Família Maia Negrão
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Família Maia Negrão
Caros confrades:
Estou com um mistério nas mãos que, para quem é especialista na matéria pode até ser facilmente desvendável.
Tenho um apelido - Maia - que da geração dos meus trisavós para trás desaparece. Já vou nos meus oitavos avós e não me aparece nenhum Maia nem Negrão. São os filhos do meu trisavô, Custódio José da Rocha (de Passos, Cambra, Vouzela), 9 pelo menos, que surgem com estes apelidos: da Maia ou da Maia Negrão (por exemplo: Ricardo José da Maia, Alexandre José da Rocha Negrão, Francisco da Maia Negrão, etc.).
Era possível adoptar um apelido sem o ter na família? Ou ir recuperá-lo 6 ou 7 ou 8 gerações atrás?
Qualquer opinião será muito bem vinda.
Grato, com os meus cumprimentos
A. Barahona
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RE: Família Maia Negrão
Caro Confrade
Era perfeitamente possível adoptar um apelido que não existia na ascendência.
As razões para a escolha dos apelidos são quase tantas como as que a imaginação pode conceber.
Escolhiam-se os apelidos em função: dos padrinhos, das pessoas ilustres ( da terra ou do País), de santos, de outras invocações religiosas, de nomes das terras ou regiões de origem ( neste caso, em especial quem partia para a cidade ou emigrava) e um largo etcetera...
Acredite que se hoje for averiguar quem usa um apelido "lógico", só uma ínfima percentagem da população o faz.
É verdade que a Coroa (salvo erro no reinado de D. João II) proibiu o uso de apelidos a quem deles não fosse descendente mas, como sabemos, em Portugal uma proibição tem geralmente o efeito de potenciar o número de infrações.
Cumprimentos,
Miguel Vaz Pinto
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RE: Família Maia Negrão
Muito obrigado pela resposta.
Os meus cumprimentos
A. Barahona
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RE: Família Maia Negrão
Caro Confrade:
Desculpe insistir, mas isto passa-se no 2º quartel do século XIX. De facto os padrinhos dos 9 filhos de Custódio José da Rocha parecem ser de famílias com nome na região mas nenhum é Maia ou Negrão.
Se tivessem sido "inventados" os apelidos, havia algum tipo de formalidade a cumprir, do género requerer a alguma autoridade? Haverá algum tipo de fontes documentais típicas para estas situações?
Mais uma vez, bem haja!
Os meus cumprimentos
A. Barahona
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RE: Família Maia Negrão
Caro A. Barahona
Não tem que se desculpar por insistir mas posso garantir-lhe que não era preciso o consentimento de nenhuma autoridade para adoptar um apelido.
Este facto talvez nos repugne a nós que nascemos numa sociedade hiper-organizada e, sobretudo, hiper-codificada mas, na época, uma pessoa só tinha que escolher um apelido em adulto; lembre-se que o bilhete de identidade é uma invenção de 1911.
Como lhe disse há um sem número de possibilidades para as razões de escolha de um nome; o máximo que uma investigação mais aturada pode é dar-lhe a resposta à sua pergunta: porquê estes apelidos?
Mas acredite que não é seguro que venha a obter essa resposta, embora não seja impossível.
Cumprimentos,
Miguel Vaz Pinto
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RE: Família Maia Negrão
Caro Miguel Vaz Pinto:
Mais uma vez obrigado pela resposta. Quem sabe, um dia venha a perceber a adopção destes apelidos!
Os meus gratos cumprimentos
A. Barahona
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RE: Família Maia Negrão
Caro A. Barahona
Como lhe disse, o número de razões para mudar de apelido é infindável mas há uma que surge com alguma frequência e que pode fazer sentido no caso que lhe interessa: muitos morgadios ou vínculos tinham nas cláusulas de instituição a obrigação de apelido, isto é , a sucessão estava condicionada ao uso do apelido imposto pelo instituidor.
Importa referir que houve casos em que as famílias começaram a usar o apelido antes mesmo de suceder no vínculo como forma de convencer as autoridades judiciais do seu "melhor direito".
Será que os Maia Negrão tinham um vínculo?
Cumprimentos,
Miguel Vaz Pinto
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RE: Família Maia Negrão
Caro Miguel Vaz Pinto:
Obrigado por ter ficado a pensar no meu "problema"!
Sanches de Baena contempla uns "Mayas Negroes", oriundos de Cantanhede, salvo erro, e era bem possível que tivessem vínculo, mas desconheço relações com o meu tetravô Custódio José da Rocha.
Pelos padrinhos dos 9 filhos, para além de padres e abades e mulheres de capitães, há Teles de Sampaio (ou Telles de S. Paio) e Telles Pereira de Figueiredo. Será que estes poderiam ser Maia Negrão e ter transmitido vínculo e apelido como diz?
Mais uma vez grato.
Desejo-lhe um feliz ano de 2005!
Os meus cumprimentos
A. Barahona
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RE: Família Maia Negrão
Caro A. Barahona,
já esclareceu esse mistério? É possível que o apelido venha mais de trás do que os seus oitavos avós (que são 5º avós dos primeiros Mais que conhece)
Conhece os costados de Custódio José da Rocha e da mulher dele até onde? Conhece a varonia até onde?
No tópico "Omissão/adopção de apelidos ..." encontra muitos casos de omissão de apelidos durante várias gerações e posterior recuperação por um descendente.
Cumprimentos,
Coelho
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RE: Família Maia Negrão
Caro Coelho:
Continuo com o mistério... Verdade se diga que não tive tempo de voltar ao Arquivo Distrital de Viseu. A pesquisa que tinha feito foi apenas procurar os nascimentos dos pais do Custódio José da Rocha, dos avós, os bisavós até que cheguei aos meus 8ºs avós, sem Maia, nem Negrão.
Já agora, pergunta de ignorante, os costados são exactamente o quê (eu devia saber!...)?
Obrigado pelo seu interesse!
Os meus gratos cumprimentos
Barahona
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RE: Família Maia Negrão
Caro A. Barahona,
os costados sobre as várias linhas de ascendência de um indivíduo, isto é, pai e mãe, avós paternos e maternos, os oito bisavós, etc. O que eu perguntei foi se investigou todas as linhas de ascendência do tal Custódio ou se investigou apenas a linha masculina pura (varonia).
Cumprimentos,
Coelho
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