Tristão da Cunha - Navegador
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Tristão da Cunha - Navegador
Caros confrades
Gostaria de saber a naturalidade de Tristão da Cunha, o grande navegador português que no início do séc. XVI, descobriu as ilhas que ficaram com o seu nome.
Tristão da Cunha consta na designação toponímica em várias cidades e vilas de Portugal, mas nunca vi referida a sua naturalidade.
De entre os confrades haverá alguém que me possa ajudar neste meu enigma?
Desde já o meu agradecimento pela atenção que possam dispensar.
Saudações
Zé Maria
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RE: Tristão da Cunha - Navegador
descendente João Pereira Agostim, filho de D.Nuno Álvares Pereira, Tristão da Cunha é filho de Nuno da Cunha , Alcaide Mor de Palmela e de D. Catarina de Albuquerque.
DDeixou varios filhos, Nuno, Simão e Pedro.
Nuno da Cunha : primogenito foi governador da India por 10 anos. faleceu no mar de regresso a Portugal.na sua descendencia estão os Cunhas de Gastaçô e Panoias, alcaides mores de Terena e os condes de São Vicente.
Simão da Cunha: foi trinchante do reiDom João III , da origem aos condes de Povolide. E tambem ao 1º conde de Sintra que não deixou descendencia.
é deste Simão da cunha que descende tambem o falecido D.Pedro da Cunha de Mendonça e Menezes, Marques de Olhão e de Valada e COnde de Castro Marim e Conde de Caparica.
Pedro Vaz da Cunha( o mais novo) teve 8 filhos.~Dos quais apenas 1, de seu nome Jerónimo sobreviveu, foi pagem da Rainha D. Catarina .
deixou um unico filho Luis, de quem foi neto Manuel da CUnha e Menezes, casado com uma irmã do 6º conde de Castanheira e 6º alcaide-mor de Tavira, de qeum veio a ser herdeiro seu sobrinho neto Manuel Inácio de Cunha e Menezes.
Deste Manuel, foi filho José Felix da Cunha e Menezes , 8º alcaide-mor de Tavira, marechal de campo e governador da provincia da Beira. Casou com uma filha dos primeiros marqueses de Louriçal e seu filho e herdeiro, Manuel foi governador de Pernambuco e da Baía e veio casar com a herdeira do 2º conde de Lumiares. Por este casamento foi 3º Conde de Lumiares.Sucedeu-lhe seu filho José Manuel Inácio da CunhaFaro Menezes Portugal da Gama Carneiro e Sousa. Casou com uma filha do 1º Marques de Valada e foram os pais entre outros do 6º conde , José Felix e de Manuel da Cunha e Menezes, cuja filha, D.Maria luisa, casou com Anselmo Braamcamp Freire
Bibliografia: Cunhas e Oliveiras, joaquim Rosado de Camões e Vasconcelos, 2 vols, Lisboa 1962.
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RE: Tristão da Cunha - Navegador
Caro João Gaspar
Antes de mais obrigado pela sua exposição, aliás muito bem documentada sobre Tristão da Cunha e sua família.
O motivo que me levou a recorrer ao Forúm para saber a naturalidade de Tristão da Cunha, deve-se ao facto de encontrar a sua mãe D. Catarina de Albuquerque com uma herdade coutada no antigo concelho de Panoyas, assim como o encontrar ligado à comendadoria de Panoyas por incapacidade de Vasco Martim Moniz. O rei D. Manuel concedeu-lhe mesmo o título de Senhor de Panoyas, no entanto não sei a que localidade se refere o título, se à Vila no Alentejo com esse nome ou à antiga e desaparecida Panóias de Trás-os- Montes.
Naquela localidade no Alentejo, havia mesmo um núcleo de homens influentes nos descobrimentos ligados à Ordem de Cristo, cuja marca ficou bem patente na abobada da capela mór da Igreja Matriz da Vila ao colocarem, uma cruz de Cristo numa chave da ilharga da mesma abóbada. Quem não gostou lá muito da brincadeira foi o Mestre da Ordem de Santiago que numa visitação a mandou logo retirar "...mandamos logo com afecto tirar porque no mestrado de Santiago não deve aver outra devisa senão ha da Ordem".
O Comendador de Panoyas, Vasco Martins Moniz, foi uma pessoa influente na empresa dos descobrimentos, à sua volta gravitaram Cabral, Cristovão Colombo, Tristão da Cunha e os Albuquerques. Vasco Moniz encontra-se ligado a Santarém, Torrão, Silves e Panoyas, tendo mesmo habitado nesta última localidade nos Paços do Comendador e deixado em testamento a terça dos seus bens para a Igreja Matriz de Panóias.
Tristão da Cunha terá sido um homem muito próximo de Vasco Moniz nos seus últimos dias de vida, talvez lhe tenha mesmo redigido o seu testamento.
Donde seria natural este Homem?
Cumprimentos
Zé Maria
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RE: Tristão da Cunha - Navegador
Parece então que os descendentes directos de Tristão da Cunha estão nas casas dos condes de São Vicente, dos condes de Povolide, dos marqueses de Olhão e dos condes de Lumiares. Na casa de Xabregas (dos marqueses de Olhão) existe um famoso óleo a corpo interiro do grande navegador; consta que a família Cunha e Menezes (dos condes de Lumiares) tinha um anel que pertenceu a Tristão da Cunha.
F. Guimarães
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RE: Tristão da Cunha - Navegador
Caro F. Guimarães
Obrigado pela sua participação e testemunho que aqui nos deixa através da sua revelação e informação sobre a recordação que ainda existe do grande navegador que foi Tristão da Cunha.
A sua descendência directa terá se dissipado principalmente pelas casas que mencionou. No entanto encontro apenas nos Condes de S. Vicente, a continuação da concessão do título de Senhor de Panoyas, dos quais seriam herdeiros pelo menos até ao 4º Conde Manuel Carlos da Cunha e Távora. Sendo assim o titulo teria sido atribuído por cinco vidas a Tristão da Cunha. Gostaria de entrar em contacto com alguém descendente da família de Tristão da Cunha, para que me elucidasse sobre este assunto. O nosso confrade António da Cunha e Távora ainda é descendente desta família, já tentei contactá-lo, mas em vão, será que está lendo esta mensagem?
Cumprimentos
Zé Maria
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RE: Tristão da Cunha - Navegador
Caro Zé Maria,
Parabéns a este seu tópico, mas tal como sabe "traz água ao meu moínho".
Li a sua menssagem, já responderei logo á noite. Entretanto convido-o a visitar e se desjar intervir no tópico que acabo de iniciar Mercadores: I rota do Norte: Madeira - Flandres.
Um grande abraço
Luis Santos
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RE: Tristão da Cunha - Navegador
Junto aqui mais algumas informacoes:
O tumulo de Tristao da Cunha encontra-se na Igreja de N. Sra. da Encarnação do séc. XVII em Olhalvo (perto de Alenquer). Sofreu danos no terramoto. Por tras da Igreja existe um convento (agora privado, em tempos Carmelita julgo).
O tumulo foi ali posto julgo que por ordem do Bispo D. Manuel da Cunha. Nao sei onde estava o tumulo anteriormente.
Existe tambem um oleo deste navegador no Museu dos Condes de Castro Guimaraes.
Sem esquecer a embaixada a Roma em 1514, onde ficou um elefante (muito famoso, com o nome de Hanno), que durante anos serviu de mascote ao Papa Leao X.
Espero que interesse.
Cumprimentos,
Nuno da Cunha e Lorena
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RE: Tristão da Cunha - Navegador
Caro Nuno da Cunha e Lorena
A embaixada do rei D. Manuel a Roma, para além do elefante Hanno, também integrou um famoso rinoceronte. Antes de saír para a cidade eterna, organizou-se no Terreiro do Paço, em Lisboa, uma luta entre Hanno e o rinoceronte; mas o elefante assusta-se com os gritos da multidão, fugindo espavorido e esmagando alguns dos espectadores curiosos.
Desejando impressionar o Papa, D. Manuel em 1514, ordena que o rinoceronte acompanha a embaixada de Tristão da Cunha a Roma. Preso por uma corrente dourada e com uma coleira de veludo enfeitada de cravos e rosas, embarca com destino a Génova. Em pleno golfo uma tempestade faz naufragar o navio e o rinoceronte morre afogado. Segundo o humanista Damião de Gois, o corpo do animal, empalhado depois de recolhido junto à costa, acabou por fazer parte da embaixada. Curioso, ah? Graças ao grande Albert Dührer, que o desenhou a partir de uma gravura da época, os eurpeus não o esqueceram.
Quanto ao anel de Tristão da Cunha (uma simples lenda urbana "avant la lettre" e sem fundamento? vade retro, rumore), parece que passou para a família Cunha e Menezes, que sempre tiveram fama de sizudos e altivos, tendo-se perdido na India durante do vice-reinado de D. Francisco da Cunha e Menezes; consta que o seu irmão D. José Manuel da Cunha e Menezes (conde de Lumiares), mandou fazer uma cópia e que havia um retrato (séc.XIX) da sua bisneta de D. Maria Luisa da Cunha e Menezes (já como marquesa da Ribeira Grande) a qual exibia o anel (falso, porque era uma imitação) de Tristão da Cunha.
F. Guimarães
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RE: Tristão da Cunha - Navegador
Caro José Maria Ferreira,
Sei que nos Açores, actualmente, na ilha de São Jorge, existe uma família que usa o apelido duplo Tristão da Cunha.
Cumprimentos,
Nuno M. Figueira
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RE: Tristão da Cunha - Navegador
Sobre o assunto - Tristao da Cunha - acrescento que nasceu em 1460 (onde ????) e faleceu no Cabo da Boa Esperanca em 1539.
Panoyas, julgo ser uma vila do Alentejo, segundo informacao do falecido 9 Conde de S. Vicente - D. Antonio Jose Carlos da Cunha Silveira e Lorena.
Maria Montoya
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RE: Tristão da Cunha - Navegador
Caros confrades
Tristão da Cunha, além de Senhor de Panoyas e administrador da comendadoria da vila por incapacidade de Vasco Martins Moniz, foi também Camareiro-mor do Duque de Viseu D. Diogo.
Tristão da Cunha, como sempre disse só poderia ser um Homem de Panoyas!!!
Cumprimentos
Zé Maria
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RE: Tristão da Cunha - Navegador
Tristão da Cunha nasceu possivelmente em Palmela de onde era a sua familia.
Sinceros Cumprimentos
João da Silva Gaspar
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RE: Tristão da Cunha - Navegador
Caro Zé Maria
1º
Tristão era Senhor de Panoyas. A "sua" Panoyas.
2º
Os Senhores de Panoyas de Trás-os-Montes são possivelmente da mesma família dos Senhores de Panoyas do Alentejo. Mais, a dado momento estariam próximos de D. Vataça de Lascaris pela proximidade e relação familiar que tinham com D. Dinis e D. Isabel de Aragão. Tudo faz sentido.
3º
Se virmos que D. Fernando foi Mestre de Cristo e de Santiago percebemos porque nas terras duma Ordem podia haver simbolos da outra. E apesar da Ordem de Cristo dizer que quem dela fazia parte não poderia pertencer a outra isso não sucedeu com D. Fernando e alguns outros (todos eles grandes).
Abraços,
Rui
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RE: Tristão da Cunha - Navegador
Caro Zé Maria
O chamamento à frente deste tópico permitiu-me ler esta sua já pouco recente mensagem, onde fala da “antiga e desaparecida Panóias de Trás-os- Montes”.
Não há tal.
A antiga Panóias não desapareceu, muito pelo contrário, é uma importante cidade portuguesa.
Vila Real de Panóias foi o nome que tomou, quando refundada por D. Dinis, uma antiga Panóias, que perdera o nome anterior por lá ter residido, em aquartelamento permanente, um destacamento de uma legião romana com o título de Panónia acrescentado ao número de ordem.
Não lhe direi o que Panónia significa, pois bem sei que não ignora qual a região europeia onde a legião se havia distinguido.
A designação “Terra de Panóias”, de que faz tão abundante uso neste Fórum referindo terras alentejanas, ainda apareceu a apontar a região vilarealense, numa divisão em comunas (não garanto que o termo fosse este), que Gonçalo Ribeiro Teles apresentou, integrando um dos primeiros projectos políticos do PPM.
É certo que o topónimo subsiste num modesto santuário rupestre romano, sobre o qual Jerónimo Contador de Argote escreveu, mas não era aí a antiga cidade de Panóias. A simples consideração de uma carta que inclua curvas de nível, logo fornece evidência de onde ela se situaria. A sua topografia é, aliás, irmã gémea da de Conímbriga.
O uso da expressão Panóias de Trás-os-montes, legítimo no contexto da sua mensagem, fez-me recordar uma parvoíce que frequentemente surge nos noticiários de televisão: chamarem à cidade nortenha Vila Real de Trás-os-montes.
Que os jornalistas e locutores lisboetas, que frequentam o Algarve onde existe uma recentíssima povoação de traça pombalina com um extenso nome, o simplifiquem para Vila Real quando falam de toalha para toalha com as bronzeadas madamas, é o incontestável direito deles. Já que entendam que a cidade de Vila Real – que é não só cabeça de distrito mas uma das 18 capitais de província – tenha que ser artificialmente distinguida de um dos menos importantes concelhos algarvios, quando falam para milhões de portugueses, mostra o respeito que têm pelo país, displicência só possivel dado o laxismo absurdo que permite que tudo possa ser estropiado por quem tem um microfone à frente, neste nosso Portugal que só a custo emerge do terceiro mundo.
Recentemente, ouvi um dos maiores dirigentes da RTP, se não o seu máximo responsável, agradecer a colaboração de todos os EQUESSE-MINISTROS que tutelaram a dita. Penso que isto contribui para explicar o impunidade de que goza o boçal tratamento que à língua e ao resto é dispensado, no órgão que pagamos e que as nossas crianças ouvem diariamente.
Cumprimentos,
Manuel.
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RE: Tristão da Cunha - Navegador
Simão filho de Tristão da Cunha , foi protegido do Infante D.Henrique, que em testamento o recomenda ao Rei seu sobrinho e usou sempre o nome de Simão Infante. Dele descendem todas as familias com este apelido.
cumprimentos
M.Cristina
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rio do Infante RE: Tristão da Cunha - Navegador
Cara M. Cristina,
Foi este o único a ter o apelido de Infante?
E haverá alguma ligação com a o rio do Infante (se não me engano era um rio mas poderia ser uma baia ou outra coisa) em sul de África?
Ctps,
Manuel Rosa
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Isabel Moniz RE: Tristão da Cunha - Navegador
Caro Zé Maria,
Por acaso não encontras nesses documentos referências á isabel Moniz ou seu marido (Bartolomeu Perestrelo) também membro de Santiago?
Cpts,
Manuel Rosa
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RE: Tristão da Cunha - Navegador
Caro Rui Pereira
Já aqui tinha dito mais de uma vez, que a nobreza a quem D. Vataça tinha concedido terras no território do antigo concelho de Panoyas de que ela foi donatária, passaram depois para os seus descendentes que vamos encontar na Casa do Infante D.Henrique, seguidamente na Casa do Infante D. Fernando e finalmente na Casa de D. Brites e D. Diogo.
A exemplo do que fez com muitos outros nobres, D. Vataça como Senhora e donatária do concelho de Panoyas fez doação de terras a Gonçalo Mendes de Vasconcelos, alcaide-mór de Coimbra, (de notar que nesta cidade viveu D. Vataça, e na Sé Velha se encontra sepultada em campa monumental com brasão de águia bicéfala do Império Bizantino),
No tempo do Infante D. Henrique vamos encontrar essas terras pertencendo ao seu neto Gonçalo Mendes de Vasconcelos, fidalgo da Casa do mesmo Infante, casado com D. Brites Pinheiro, que pede ao Rei para coutar essa mesma herdade.
Depois essa mesma herdade passa para a sua filha Brites de Vasconcelos que foi casada com João Pereira da Cunha Agostim, dos quais descende Nuno da Cunha, o Velho, Senhor de Panoyas, ( não sei donde lhe surgiu o título de Senhor de Panoyas se da parte dos Vasconcelos do lado da sua mãe, ou pelo lado paterno através dos Cunha.)
Nuno da Cunha o Velho, é Senhor de Panoyas, fidalgo da Casa Do Infante D. Fernando e seu camareiro-mór, alcaide-mór de Penela e do conselho do Rei, foi casado com D. Catarina de Albuquerque. Deste casamento nasceu Tristão da Cunha. Depois de Nuno da Cunha, o Velho, falecer D. Catarina de Albuquerque, volta a pedir ao Rei para este lhe conceder coutada na sua herdade situada no termo de Panoyas.
Tristão da Cunha, foi Senhor de Panoyas e administrador da comenda de Panoyas por incapacidade de Vasco Martins Moniz, foi Camareiro-mor do Duque de Viseu D. Diogo, e Embaixador em Roma, aonde foi eleito General das armas da Igreja numa Armada contra os Turcos, não aceitando este posto por ser Embaixador, casou com Dona Antónia Pais, filha de Pedro Gonçalves, Secretário del Rei D. Afonso o Quinto e escudeiro da Casa do Infante D. Fernando, que morava em Setúbal e era casado com Dona Leonor Pais, irmã de João Rodrigues Pais, este casado com Catarina Leme, filha de Fernão Gomes da Mina e irmã de Nuno Fernandes da Mina que foi Comendador de Panoyas.
Deste casamento com D. Antónia Pais teve, entre outros filhos, Nuno da Cunha, que foi Vice-Rei da Indía.
O título de Senhor de Panoyas passou depois aos descendentes de Tristão da Cunha, os Condes de São Vicente, onde se manteve sempre até ao fim da monarquia.
Fico com a ideia que este título de Senhor de Panoyas veio a partir de D. Vataça, a qual teve o Senhorio daquela terra. Não consigo ir mais longe, só sei que D. Vataça através de Panoyas conseguiu infiltrar no Convento de Palmela os seus homens que perfilhavam o Culto do Espírito Santo, e tomar a Ordem de Santiago, isto é, conseguiu atingir o "cerne" do poder Papal, numa das mais prestigiadas Ordens religiosas-militares em Portugal.
Cumprimentos
Zé Maria
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Isabel Moniz RE: Tristão da Cunha - Navegador
Caro Manuel Rosa
Sobre Isabel não consta nada.
Bartolomeu Perestrelo foi cavaleiro da Casa de D. Henrique e depois foi criado da Casa do Infante D. Fernando (o pai de Colón). É referido como criado e capitão donatário da Ilha de Porto Santo desde 1441.
Cumprimentos
Zé Maria
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rio do Infante RE: Tristão da Cunha - Navegador
Nada se relaciona com o rio .O apelido infante aparece com Simão filho de Tristão da Cunha que por ser protegido do Infante D.Henrique lhe chamavam Simão Infante. Os seus filhos e demais descendentes usaram todos Infante como apelido.
Assim nasceu o apelido INFANTE.
Cumprimentos
M.Cristina
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RE: Tristão da Cunha - Navegador
Caro João da Silva Gaspar
Toda esta gente gravita à volta da Ordem de Santiago e naturalmente muitos eram moradores em Setúbal ou Palmela, aliás já fiz a pesquisa de alguns e confirmou isso mesmo, mas evidente não há regra sem excepção. Sobre Tristão da Cunha ainda não consegui nada que o ligasse a Palmela. Tudo indica que Alenquer não estará muito longe da sua naturalidade. Mas quem sabe?
Cumprimentos
Zé Maria
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RE: Tristão da Cunha - Navegador
Caro José Maria
Estamos perto da Páscoa mas não me mude de apelido pf (eu sei q não teve intenção e não é o 1º a fazê-lo)
Num texto que estou a escrever os nomes que tem abordado aqui vão surgindo de quando em vez e aquilo que achava inicialmente casualidades engraçadas apenas confirmam que não há coincidências.
Lá estão os Mendes Vasconcelos, os Lourenço da Cunha, alguns Pereira. Vou ver se me apresso a escrever mais umas gerações e depois lhe envio o meu texto(mande-me o seu e-mail pf p/ rui.ccorreiaatclix.pt) .
Já conseguiu os livros s/ a Regaleira?
Abraços
Rui
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RE: Tristão da Cunha - Navegador
Caro Rui,
não pretendendo ser indiscreto porventura seria possivel conhecer tb os seus escritos?
eu sou um amante da história, mas após ter conhecido este site, e ter visitado entretanto a TT por curiosidade, deparei-me com uma realidade: eu não sou amante, quanto muito alguém com uns pequeníssimos conhecimentos de história!
e devo dizer que esta vertente da história, a genealogia, tornou-se para mim deveras importante...
Sabe, sinto-me como uma esponja, e tudo que tenha a ver cm a história portuguesa em todos os seus parametros, para mim é fascinante...
Cpts,
Augusto Costa
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Tristão da Cunha Camareiro-D. de Viseu
Caros Confrades,
Alguém pode esclarecer a ligação de parentesco entre o Nuno da Cunha (que era dono das casas onde pousava D. João II quando matou o Duque de Viseu) e Tristão da Cunha que era Camareiro do Duque de Viseu?
1- Era este Nuno da Cunha o mesmo Camareiro do Infante D. Fernando e Comendador de Aljustrel da Ordem de Santiago e irmão de Tristão da Cunha?
2- Era este Tristão da Cunha o mesmo senhor das Terras de Gestaço e Panoyas da Ordem de Santiago? E sendo Membro da Ordem de Santiago como poderia servir como Camareiro do Mestre de Cristo?
Obrigado,
Manuel Rosa
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RE: Tristão da Cunha Camareiro-D. de Viseu
Caro Manuel Rosa
Tenho comigo a relação do elemento humano da Casa de D. Fernando, na qual consta Nuno da Cunha, fidalgo/camareiro-mór, que fazia parte do Conselho do Rei e foi alcaide-mór de Penela( o que deve ser engano, mas sim Palmela). Penso que este Nuno, seja o pai de Tristão da Cunha, que tinha uma Quinta em Azeitão, confinante com a Quinta da Bacalhoa que foi de D. Fernando/D. Brites/D. Diogo, assim como uma Herdade no concelho de Panoyas.
Sobre o teu último paragrafo, faço-te notar que D. Fernando foi simultaneamente Mestre da Ordem de Santiago e de Cristo, assim se entende que na Igreja de Panoyas da qual era Comendador Vasco Martins Moniz, houvesse gravado na pedra o hábito da Ordem de Cristo, que D. Jorge de Lencastre, numa altura de ruptura com aquela mesma Ordem de Cristo, achou por bem mandar retirar. Essa data não só ficou gravada em Panoyas como na Pedra de Dighton 1511. Esta data tem um significado muito especial.
Cpts
Zé Maria
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Pai, Filho e S.S... RE: Tristão da Cunha Camareiro
Caro Zé,
No "Nobiliário de famílias de Portugal" em titulo de Cunhas (página) 147 aparece o Nuno da Cunha camareiro de D. Fernando, Comendador de Aljustrel da Ordem de Santiago.
A casa deste foi escolhida como o lugar para abatimento de D. Diogo e que papel teve o filho de Nuno da Cunha, Tristão da Cunha, Camareiro de D. Diogo também senhor de Panoias?
Quem foi o camareiro de D. João II?
Cpts,
Manuel
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RE: Tristão da Cunha Camareiro-D. de Viseu
José Maria
Lembra-se do Memorial de que falei. O Memorial a Leonor, Leonor como a Rainha?
Além da cruz do seu Papa, também tem o Brazão dos Cunhas e dos Mellos. E foi de Santiago, como o Rei.
Responda a Kolon, e comece a unir as pontas.
AIRMID
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RE: Tristão da Cunha - Navegador
Não sei se a informação que segue já terá sido mencionada neste tópico mas Tristão da Cunha, salvo erro vem nos manuais universitários, era neto do Bartolomeu Dias.
Quanto a Panóias, acho que também ninguém o disse aqui, há também o mosteiro de Panóias, junto a Prado Braga
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RE: Tristão da Cunha - Navegador
Não sei se a informação que segue já terá sido mencionada neste tópico mas Tristão da Cunha, salvo erro vem nos manuais universitários, era neto do Bartolomeu Dias.
Quanto a Panóias, acho que também ninguém o disse aqui, há também o mosteiro de Panóias, junto a Prado Braga
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era neto do Bartolomeu Dias. RE: Tristão da Cunha
Caro Salamandra,
Quem sabe se seria outro Bartolomeu Dias?
Será que o mesmo Tristão da Cunha era já adulto bastante para ser Camareiro do Duque de Viseu, D. Diogo (1472-1484) e ao mesmo tempo o seu avô era jovem bastante para capitanear uma armada em 1487 até ao fim do mundo desconhecido em que levou 16 meses no mar?
Ou quem sabe se seria outro Tristão da Cunha que foi neto de B. Dias?
Tens mais algumas informações?
Obrigado,
Manuel Rosa
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Tristão da Cunha - Navegador
Havera alguem com o sobrenome "Goncalves" na geneologia de Tristao da Cunha?
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Tristão da Cunha - Navegador
Caro Pedro Bento
Só agora vi a sua mensagem e só por isso estou agora a responder-lhe. Tem provas coevas como Tristão da Cunha, o Senhor de Panoias, filho de Nuno da Cunha e de D. Catarina de Albuquerque era natural de Moimenta da Beira, ou estará a referir-se a outra família do mesmo nome?
No entanto procurando na Internet encontro no sítio http://www.cm-gouveia.pt/concelho/moimentadaserra/Paginas/default.aspx pela primeira vez a naturalidade de Tristão da Cunha. Pergunto esta informação terá algum fundamento? Obrigado
Cumprimentos
Zé Maria
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Tristão da Cunha - Navegador
Caro confrade José Maria Ferreira,
De facto em Moimenta da Serra viveu uma família que descendia de um Tristão da Cunha que morou em Manteigas em meados do século XVI. Tanto a confreira herbert como eu temos investigado a sua origem. Sem sucesso ate hoje. Pelo que se sabe da sua vida é altamente improvável que possa ter alguma relação familiar com o navegador, tendo nascido duas gerações depois.
Com os melhores cumprimentos
António Taveira
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Tristão da Cunha - Navegador
Caro António Taveira
Obrigado pela sua informação. Pois a historia que nos contam pode estar deturpada. Eu também tenho andado às voltas para saber a sua naturalidade e até hoje ainda não tive nenhum documento que comprove a sua naturalidade. No entanto é minha convicção que Tristão da Cunha seja natural da cidade de Setúbal/Palmela ou da vila de Panoias do Campo de Ourique, faltam-me os documentos coevos para comprovar. Há documentos e bibliografia que o fazem Senhor de Gestaçô e Senhor de Panoias, no entanto pesquisei na Torre do Tombo, Leitura Nova de D. Manuel e encontrei a carta que lhe foi atribuído o título nobiliárquico, na mesma não é referido Senhor de Panoias mas sim de Penajoya. No entanto os Condes de S. Vicente herdam o título e já são referidos como Senhores de Gestaçô e Panoias. Penso que possa aqui haver alguma confusão quanto a Penajoya e Panoias. Também existe bibliografia que fala que Tristão da Cunha por incapacidade de Vasco Martins Moniz, administrou a comenda de Panoias, de facto comprova-se a ausência em Panoias de Vasco Martins Moniz de 1494 a 1500, altura de se ausentou para Loulé. Preciso também de encontrar a documentação que comprove que Tristão da Cunha administrou a comenda de Panoias, uma vez que não seria nada de estranhar na medida em que os seu pai, Nuno da Cunha (também Senhor de Panoias e comendador de Ourique) possuía no termo da vila uma herdade que ainda hoje é um dos maiores latifúndios do Alentejo, assim como possuía também uma outra herdade no concelho de Ourique. Qualquer informação que sirva para esclarecer o caso é sempre bem-vinda a bem da verdadeira História de Portugal! Obrigado
Cumprimentos
Zé Maria
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Tristão da Cunha - Navegador
Caro António
Permita-me discordar consigo.
Provavelmente faria todo o sentido até porque o avô do navegador (João Pereira da Cunha Agostin, um dos 12 de Inglaterra, alferes-mor de D. João I, sobrinho materno de Nuno Álvares Pereira, Senhor de Gestaço (actualmente Amarante por mercê de D. João I) e Panoias é dito ser natural de "junto da Serra da Estrela" cf. Retratos, e elogios dos varões, e donas, que ilustram a nação portugueza, Tomo I e seguintes (Lisboa 1817).
Abraço
Rui Correia
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Tristão da Cunha - Navegador
Caro José Maria
Transcrevo das páginas 774 e 775 do nº 12 da Militarium Ordinum Anacleta "Nobreza e Ordens Militares Relações Sociais e de Poder Séculos XIV a XVI" da CEPESE, por António Vasconcelos, Porto 2012
"NUNO DA CUNHA I
ORDEM: Santiago
GRAU INTERNO: Comendador de Campo de Ourique e de Alvalade
REF. CRONOLÓGICA: 1452 - † 1476
ASCENDENTES:
Filho de João da Cunha Pereira-o-Agostim, conselheiro régio e de Isabel Fernandes de Moura.
CASAMENTO / UNIÃO:
= Catarina de Albuquerque, filha de Luís Álvares Pais, mestre-sala de D. Afonso V e de Teresa de Albuquerque.
DESCENDÊNCIA:
Pai de Tristão da Cunha, 1º senhor de Gestaçô e Panóias; de Simão da Cunha, trinchante-mor da Casa régia, capitão-mor do mar; e de Joana de Albuquerque, mulher de Lopo Soares de Albergaria, 3º Vice-rei da Índia.
ESTATUTO SOCIAL:
Conselheiro régio, fidalgo do Infante D. Fernando, duque de Viseu (1462).
CARREIRA MILITAR:
Em 1452 embarcou rumo a Ceuta, em companhia do Infante D. Fernando;
Alcaide-mor de Palmela.
OUTROS CARGOS:
Camareiro-mor do Infante D. Fernando.
OUTRAS REFERÊNCIAS:
A 18 de Setembro de 1462, na qualidade de cavaleiro da Casa do Infante D. Fernando, e seu camareiro-mor, e comendador de Alvalade, recebe a confirmação do aforamento de um alpendre na Praça da Ribeira do Pescado em Setúbal, pelo foro anual de 1.000 reais brancos.
A 3 de Novembro de 1471, pelos serviços prestados na tomada da vila de Arzila e cidade de Tânger, e por estar pronto para o servir com os seus homens, armas e bestas, recebe privilégio para todos os seus amos, mordomos, apaniguados e lavradores para a comarca e correição da Beira.
A 8 de Maio de 1475, recebe licença para arrendar as suas comendas, por três anos.
A 31 de Março de 1480, referido como comendador da vila de Alvalade de Campo de Ourique, por ocasião da concessão de um perdão a Lopo Afonso."
As informações no original referem as fontes.
Abraço
Rui Correia
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Tristão da Cunha - Navegador
Caro Rui Correia,
Todas as informações que possuo do Tristão da Cunha, morador em Manteigas em meados do século XVI, levam-me a crer que muito dificilmente poderá ter uma relação familiar com o navegador.
Em Manteigas nessa época viviam vários Cunhas, certamente seus parentes. Este Tristão da Cunha era mercador de panos (inicialmente julgo que é mesmo referido como alfaiate) e o que se sabe da sua vida afasta liminarmente a hipótese de ser seu familiar (a não ser por bastardia).
Se possui algum dado que possa revelar que contrarie o que eu digo e que indicie essa relação entre estes dois homónimos, agradecia-lhe que o divulgasse.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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Tristão da Cunha - Navegador
Caro António Taveira
Explicada a situação admito que poderá não haver ligação apesar da curiosidade da homonomia e proximidade geracional e territorial (se bem que de lados distintos da serra) e que me levou a não excluir a hipótese, mas haverá outras certamente.
Como diz um confrade "em genealogia tudo é hipótese" e não devemos excluir nada até prova em contrário. O espirito foi esse, apenas.
Abraço
Rui
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Tristão da Cunha - Navegador
Caro Rui Correia
"A 3 de Novembro de 1471, pelos serviços prestados na tomada da vila de Arzila e cidade de Tânger, e por estar pronto para o servir com os seus homens, armas e bestas, recebe privilégio para todos os seus amos, mordomos, apaniguados e lavradores para a comarca e correição da Beira"
Este paragrafo é muito estranho e deita por água toda a minha investigação que tenho feito sobre Tristão da Cunha. Tristão da Cunha em Panoias (Ourique), era um grande proprietário e tinha como principal actividade a agrícola, pelo que é muito estranho o privilégio que recebe se referir apenas aos seus homens (criados) da comarca e correição da Beira! Não se referirá a carta de privilégio aos seus homens da comarca e correição de Beia?( antigamente era assim que se escrevia Beja). Como grande proprietário que era no termo de Panoias do Campo de Ourique , casou ou amantizou-se com uma lavradora lá da zona de nome Catarina Mendes, ( possivelmente ainda prima de Vasco da Gama, e irmã de Joana Mendes do Couto, mulher que foi de Estêvão de Brito alcaide-mor de Beja???) da qual nasceu D. Guiomar da Cunha que foi a herdeira em Panoias das herdades de seu pai. Esta D. Guiomar da Cunha era ainda irmã de Pedro Vaz da Cunha cujas filhas foram educadas no Convento da Conceição de Beja, ao qual convento Tristão da Cunha faz escritura de quitação pela educação das suas netas. Portanto sem margens para dúvidas Tristão da Cunha era um Homem de Panoias do Campo de Ourique, que educava os seus netos no Convento de Nossa Senhora da Conceição, mandado construir pelo Infante D.Fernando/D. Brites e Infante D. Diogo.
Cumprimentos
Zé Maria
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Tristão da Cunha - Navegador
Num documento de 1492 do convento de Santa Clara do Funchal, relativo à venda de "três dias de água da ribeira de São Francisco" feita por D. Catarina de Albuquerque por seu filho e procurador Tristão da Cunha, Tristão da Cunha é dito morador em Lisboa ao "Chão do Alcamim". (PT/TT/CSCF/016/M01/029)
Seu pai, Nuno da Cunha, já falecido, é dito morador em Setúbal. No antigo Paço do Duque?
Ele tem como aforamento em 1462 um alpendre do concelho na praça da Ribeira em Setúbal. (PT/TT/CHR/I/0001/514)
Tristão da Cunha terá nascido antes de 1462. Talvez em Lisboa?
Cumprimentos
Manuela
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Cara Manuela,
Ao fim de tantos anos tenho uma pista (ainda que ténue, é a 1ª hipótese que me atrevo a formular) para a filiação do nosso Tristão da Cunha. Mas sendo ainda ténue não quero deixar de lha revelar.
Em 1597 formou-se na U.C. um Domingos da Cunha, de Manteigas, filho de Simão FERNANDES. Este Domingos da Cunha seria da geração dos filhos de Tristão. Por sua vez a Filipa da Cunha casada em S. Maria de Manteigas em 28.8.1569 com Gomes Gonçalves também é referida como Filipa FERNANDES.
Tenho a impressão de leituras de outros tempos dos paroquiais (que terei de confirmar) que Filipa e Tristão eram compadres. Poderiam ser irmãos (conjuntamente com aquele Simão) e filhos de Antão Fernandes (eventualmente casado com uma Cunha) contador e inquiridor em Manteigas por carta de D. Manuel em 1521.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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Caro António
É um prazer voltar a falar destas familias de Manteigas. Agradeço a sua mensagem.
A sua pista é optima. Não sabia que Filipa da Cunha era também Fernandes. Creio ser ela da familia do nosso Tristão, talvez irmã.
Em Manteigas aparece um Simão Fernandes do Teixoso, Covilhã, que casa com Clara Tavares (filha de Sebastião Pires) em 16.11.1586 (m0269). Pode ser que seja irmão de Domingos da Cunha.
Parece que este Simão Fernandes é filho de António Fernandes, do Teixoso, que instituiu um vínculo, e de Catarina Dias.
O Antão Fernandes tambem é novidade.
Depois escrevo-lhe.
Os meus cumprimentos
Manuela
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