Mercadores, Rota do Norte: I. Madeira – Flandres
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Mercadores, Rota do Norte: I. Madeira – Flandres
Caros Confrades,
Nos princípios do séc. XVI, várias naus nacionais, utilizavam a rota MADEIRA – FLANDRES, (portos de origem e ou escala: Portimão/Faro/Tavira/Lagos/Alcácer do Sal/Sesimbra/Lisboa/ Aveiro/Gaia/Porto/Matosinhos/Vila do Conde/Viana/Caminha), várias dentre elas foram tomadas por corsários “franceses”, entre estes destacou-se, pelo numero de presas efectuadas, Jean Ango, e que a ele só foi uma multinacional , isto sem contar com os seus inúmeros associados de nacionalidades diferentes.
Ora em 1524, este corsário, tomou ao largo das Berlengas uma nau carregada de açúcar, pertença de JOAM MARTINS DA RUA , (natural de Sta. Maria de Vinha de Areosa, Viana do Castelo), existe uma referencia a este acto de corso:
ANTT, Gavetas XV, m.º 24, d.3, nº. 7 (refº. C.C. II m.º 221, d.21)
Onde poderei eventualmente encontrar mais informação sobre … o “contrato de frete” desta nau, ou o registo da mesma, os diferentes associados que supostamente mandataram Joam Martins da Rua, ou o nome do eventual comprador e destinatário?
Algum dos Confrades, terá a oportunidade na TT de ler os documentos acima referidos?
Agradecendo desde já qualquer comentário, pois será de uma mais valia.
Atentamente
Luís Filipe Vieira Santos
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RE: Mercadores, Rota do Norte: I. Madeira – Flandres
Caros Confrades,
A Sra. Dª. Ana Maria Pereira Ferreira, no seu livro
“Problemas marítimos entre Portugal e a França na primeira metade do século XVI”,
em um dos apêndices -Relação das vitimas do corso - (1513 a 1539) , refere variadíssimos nomes dos mestres, dos pilotos - proprietários - mercadores, etc. com o nome das naus e datas do acto de corso e nome do corsário.
A autora identifica-nos o nome de 25 senhoras, mas não refere qual seria a ocupação a bordo, e as quais quantifico por cidade…
Lagoa 1
Tavira 1
Guimarães 2
Lagos 2
Lisboa 2
Sesimbra 2
Tavarede 2
Viana 6
Porto 10
Seriam provavelmente mandatárias….. pelos maridos, ou seja Mercadoras - Banqueiras. Também presumo que estavam presentes no momento do acto de corso.
Pois, contrariamente ao que se pensa as senhoras também PARTICIPARAM de forma activa.
Para os nossos confrades do Algarve e Baixo Alentejo há vários nomes sonantes…um deles é o de Francisco Mestre, cirurgião, de Faro, (1538).
Atentamente
Luís Filipe Vieira Santos
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RE: Mercadores, Rota do Norte: I. Madeira – Flandres
Caro Luís Filipe
Que pena não ter visto este tópico antes de ter ido à TT.
Poderia ter procurado. Assim se não conseguir que outro confrade o ajude, ficará para a próxima o que certamente só será daqui a algum tempo.
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Renovados cumprimentos
M.Elisa
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RE: Mercadores, Rota do Norte: I. Madeira – Flandres
Cara M. Elisa,
A intenção....... tal que a Sra. sabe, é tudo.
A referencia à TT, é que quero validar-me uma 2da vez, pois encontrei várias anomalias, por exemplo nomes de pessoas que nunca existiram e estão referenciadas, ou seja que mesmo sem terem nascido fazem parte da história.
O projecto Rañestres.....já lhe direi como tenciono, perdão, devere-mos proceder, entretanto como e efectivamente na Galicia encontra em quase todo o "Reino" lugares...grandes e pequenos com o nome do Santo referido. Confrontei a m. BD
com o nomenclator e é exactamente o mesmo Rañestres, com a diferença que a m.BD dá-me o numero de habitantes e o outro não, o nome dos lugares são os 3 seguintes:
Cima de Vila – O Mato – As Quintas
Agradecendo
Atentamente
Luís Filipe Vieira Santos
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RE: Mercadores, Rota do Norte: I. Madeira – Flandres
Cara M. Elisa,
O nosso Confrade António Mota, acaba de contactar-me. Vou estructurar os dados e enviá-los. Já comunicarei com a Sra. mais para a noite.
Atentamente
Luís Filipe Vieira Santos
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RE: Mercadores, Rota do Norte: I. Madeira – Flandres
Caro Luís Filipe
Apenas como curiosidade: o apelido RUA encontra-se reg. nos Liv. Parq. mistos ( séc. XVI ) de Almodôvar.
Cumprimentos.
Rafael Carvalho
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RE: Mercadores, Rota do Norte: I. Madeira – Flandres
Caro Rafael,
Agradeço a sua visita, assim como a sua intervenção, as duas são bem vindas, mas para além disso são sobretudo motivantes... o assunto, aqui e agora, é que as mulheres, (prefiro por hábito dizer senhoras), também estiveram á frente de numerosas "empresas" e os registos de Vítimas atestam indiscutivelmente a veracidade...!
A minha família, do ramo materno, e ascendendo até 1620 (paroquiais) AD Viana,
utilisaram sempre Martins da Rua, também já encontrei, naverdade um piloto/mercador ???? Rua, salvo erro em Lagos.
O Rafael já teve ocasião de aceder ao famoso "Censos do Marquês de Enseñada?
Agradecendo
Atentamente
Luís Filipe Vieira Santos
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RE: Mercadores, Rota do Norte: I. Madeira – Flandres
Caro Luís Filipe Vieira Santos,
Só para lhe dizer que visitei o ano passado o solar de Jean d'Argo, decerto construído com muito do dinheiro roubado a Portugal.
É uma extraordinária construção do século XVI, pouco conhecida, pouco restaurada, mas com imenso charme. É perto da cidade francesa de Dieppe que venera a personagem.
Cumprimentos
JLiberato
Bruxelas
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RE: Mercadores, Rota do Norte: I. Madeira – Flandres
Caro JLiberato,
Ia justamente, convidá-lo a intervir neste tópico...mas antecipou-se.
As suas dicas e reflexões serão bem vindas.
Atentamente
Luís Filipe Vieira Santos
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RE: Mercadores, Rota do Norte: I. Madeira – Flandres
Caro Luís Filipe
Mais uma vez muito obrigada.
Agradeço-lhe o seu interesse.
Claro que foi óptimo ter transmitido os dados ao nosso confrade António Mota, a quem vou também tentar contactar.
Os meus cumprimentos
M.Elisa
Nota: o casamento de José Fernandes dos Santos com Inácia Júlia foi mesmo em Alcantarilha, onde já encontrei o casamento dos pais dela e dos avós.
Acontece que faltam várias páginas nos registos relativos ao princípio da década de 1820, que só reparei na semana passada.
Um dos casamentos em falta deverá ser o dos meus antepassados.
M.Elisa
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RE: Mercadores, Rota do Norte: I. Madeira – Flandres
Cara M. Elisa,
Lembrei-me agora que conheço uma freguesia junto da mítica serra de Arga, muito perto de Estorãos que é S. Pedro de ARCOS, (Ponte de Lima). Vou verificar estes paroquiais.
Atentamente
Luís Filipe Vieira Santos
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RE: Mercadores, Rota do Norte: I. Madeira – Flandres
Caros Confrades,
Listo alguns dos “náuticos” que se presume serem algarvios pela cidade de “origem”. No caso de se interessarem em algum em particular, é só dizer, e envio então a cota do documento no ANTT, (respeitante ao acto de corso, predador, total das perdas, nau, etc.)
O Confrade Rafael, referiu-se neste tópico a um individuo de nome “da Rua”, referenciado em Almodôvar …..na lista existe de facto um Tomás da Rua, cuja cidade de origem é Faro, contráriamente ao que eu tinha divulgado e que era de Lagos.
Vicente Gago, de Faro, mestre e dono da nau, acto de corso sofrido em 1524,1525,1528,1530.
Vicente Eanes Gago, de Faro, ano de 1538.
Tomás Mestre, de Lagos, mercador, ano de 1538.
Tomás da Rua, de Faro, ano de 1538.
Rui Dias Mexia, de Tavira, mercador, ano de 1537.
Pedro Eanes Gago, de Lagos, ano de 1536.
Nicolau Arão, de Lagos, dono da nau, ano de 1529.
Mem Rodrigues, de Castro Marim, mestre e dono da nau, ano de 1527.
Martim Tagarro, de Silves, ano de 1529.
Lopo de Melgar, de Tavira, ano de 1538.
João Val de Alpoem, de Tavira, mestre da nau, ano de 1527.
Francisco Mestre, de Faro, cirurgião, anos de 1527, 1538,1538.
António Faleiro, de Tavira, mercador, ano de 1537.
Afonso Dias Vilarinho, de Tavira, cavaleiro, ano de 1538.
Contrariamente ao que tinha dito ao Confrade António Mota, existem de facto:
Diogo Denxeriz, de Braga, ano de 1528.
Pedro Gomes Lamego, de Braga, mercador, ano de 1526.
Algum dos Confrades tem conhecimento, e por favor elucidei-me, se em 1526 e em 1771, (duas datas diferentes) o cirurgião, tinha uma carta, fornecida por alguma identidade oficial…?? e para exercer a prática tinha que obter o consentimento de quem, do Santo Oficio? E no caso de um Alferes….?
Atentamente
Luís Filipe Vieira Santos
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RE: Mercadores, Rota do Norte: I. Madeira – Flandres
Caro Luís Filipe
Muito obrigada por mais essa diligência.
Os meus melhores cumprimentos
M.Elisa
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RE: Mercadores, Rota do Norte: I. Madeira – Flandres
Cara M. Elisa,
Na teia complicada dos diplomatas/informadores que viviam em França, tais como Diogo Gomes, Gaspar Palha, Gaspar Vaz... e que tratavam dos negócios do soberano português... acabo de encontrar Belchior RAPOSO (carta de 27/09/1531). Pertencerá este a alguma das vossas famílias ?
Atentamente
Luís Filipe Vieira Santos
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RE: Mercadores, Rota do Norte: I. Madeira – Flandres
Cara M.Elisa,
O António Mota referiu-me a freguesia de S.Jorge (Arcos de Valdevez), …. após verificação nada....sou mesmo "pas bon".!
Na freguesia de S. Pedro de Arcos (Ponte de Lima).verifiquei os baptismos de 1806 a 1810, falta-me ver 1806 para trás.
Encontrei uma estranha casualidade… um Jozé, n .25/071808, filho de Manoel Velho e de Maria Luiza, onde Maria Velha (solteira) é a mãe do Manoel, e os pais da Maria Luiza são Manoel Alves e xxxx? Fernandes.
Com os meus cumprimentos
Atentamente
Luís Filipe Vieira Santos
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RE: Mercadores, Rota do Norte: I. Madeira – Flandres
Caro Luís Filipe
Muito obrigada.
E então Arcos, perto de Braga?
Relativamente ao José nascido em 1808, não deverá ser o José Fernandes, dado que foi pai do meu trisavô em 1826, e salvo erro as páginas em falta do livro de casamentos de Alcantarilha são dos primeiros anos da década de 20, altura em que o José nascido em 1808 seria demasiado novo.
Não esquecendo que quando parte para o Algarve o faz em fuga e em consequência de algo que aconteceu (não sabemos o quê ) mas que terá ocorrido já depois de adulto.
Os seus sogros que casaram em Alcantarilha em 27/8/1778 são Cristovão José da Silva ( filho de João Fernandes Rijo cc Teresa Josefa de Oliveira) e Ignacia Angélica da freguesia da Franqueira - Silves.
Por sua vez os avós paternos da sua mulher, acima referidos casam em 3/9/1743 (também Alcantarilha) sendo testemunhas o Dr Jacinto Netto (que por ora não o encontro ligado à família), Manuel Figueiredo da Franca,( que poderá ter ligações familiares à noiva e os irmãos do noivo, Domingos Fernandes Rijo e José Fernandes Rijo. Todas as testemunhas assinam.
Poder-se-ia julgar que, pelo apelido Fernandes deste familiares de sua mulher, havia algum parentesco.
Só que a haver ,o mesmo seria muito remoto pois já o pai destes irmãos, Domingos Fernandes Rijo casou já viúvo, em Alcantarilha em 1709, com a mãe dos mesmos.
Confesso que não vi se ele era natural desse lugar.
Assim a haver qualquer ligação familiar ela remontava a pelo menos 110 anos antes.
De qualquer forma dado em pelo menos 3 gerações se manter a conjugação Fernandes Rijo, refiro-a por poder conhecer ai no Norte (ou Galiza) os referidos apelidos.
Os meus cumprimentos
M.Elisa
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