Almeida Costa

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Almeida Costa

#97693 | Moura Costa | 10 ago 2005 00:11

Gostaria de reunir e coletar dados sobre os Antunes da Costa que foram para a Bahia. Teriam sido eles provenientes de Portugal ? Quando foram para o Brasil ? Seriam de origem judaica ? Existe algum trabalho sobre os mesmos ?

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RE: ALMEIDA COSTA

#97709 | Cordeiro | 10 ago 2005 09:06 | In reply to: #97693

Ola penso que esse nome so pode ser originario de Portugal onde existem muitas familias com esse nome Costa.
Atenciosamente Cordeiro

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ALMEIDA COSTA

#97726 | victorferreira | 10 ago 2005 13:41 | In reply to: #97693

Caro/a participante,

Se gostaria de reunir dados sobre os Antunes, Almeida e os Costa (juntos ou separados, nesta ordem ou em outra) que foram para Bahia, em viagem junta ou separada, tem bom remédio: começe por fazer a SUA pesquisa de ancestrais.

Não tome este comentário senão como uma opinião de quem já fez alguma e já chegou à conclusão de que, ou existe um trabalho já feito, e em geral ele é conhecido por quem por ele se interessaria - os familiares - ou é pôr mãos à obra e fazê-lo.

É que 'Antunes', 'Almeida' e 'Costa' são apelidos (=nomes de família) muito disseminados na lusofonia e, separados ou em conjunto, aparecem em dezenas senão centenas de famílias que não são necessariamente aparentadas.
Por isso a única maneira de saber quem são e de onde vieram os SEUS Almeidas e Costas é ... pesquisar.
Vá aos Organismos que tenham esses documentos e tire certidões de nascimento ou registos de baptismo (ou simples fotocópias ou anotações, como queira) dos pais, dos avós, etc ... até haver registos. Depois, ou alguma linha 'entronca' numa genealogia conhecida ou não. Se sim, fica a saber de mais alguma coisa para além do limite do princípio do século XVII, fim do XVI. Se não, muito bem também: chegou até onde podia.

Mas não tire conclusões do tipo 'se o meu ancestral mais antigo se chamava Almeida é porque sou descendente do João Fernandes, de Mangualde' ou 'se era Costa é porque venho do amigo do Afonso Henriques que o convidava para umas patuscadas na sua Quinta em Guimarães', porque pode não ser necessariamente verdade. Só os documentos o dirão.

Sobre ascedência judaica, conta-se que um padre andava a infernizar a cabeça ao Marquês de Pombal para que tornasse obrigatório no reino o uso de um sinal identificativo (isto soa a qualquer coisa familiar, não?) para os que tivessem ascendência judaica, no caso, um barrête amarelo. Pombal disse-lhe para voltar daí a uns dias que ele talvez estivesse na disposição de pôr em prática a ideia. Quando o padre volta, todo inflamado de entusiasmo zelota, encontra Pombal com três barretezinhos amarelos. À pergunta do clérigo sobre para que era aquilo, responde-lhe que um era para ele próprio Pombal, um era para o padre, e o último para Sua Magestade, D. José ... Parece que o padre ficou meio amarelo e nunca mais tocou no assunto.
Todos, mas mesmo todos os portugueses, senão todos os europeus, são certamente descendentes - de forma comprovada ou não - de algum judeu.
E por último (você já deve saber disso, mas mesmo assim) não vá atrás da conversa fiada de que nomes ligados à natureza são judaicos.
Boas pesquisas. E quando chegar ao primeiro parente português, volte ao Forum que logo se vê em quê se poderá ajudar.
VF

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RE: ALMEIDA COSTA

#97770 | Moura Costa | 11 ago 2005 05:49 | In reply to: #97709

Cordeiro,

Tenho tudo para acreditar de que são de Portugal. A dificuldade reside na pobreza de informações que possuo. Tenho muitos parente e um deles até me deu 2 volumes de um livro escrito pelo padre Jaboatão. Acho que é esse o nome. E esse parente me falou que os Antunes da Costa são muito antigos no Brasil e me citou um deles cujo nome é Domingos Antunes da Costa, que era sargento-mor do terço do mestre de campo André Cusaco, em 30 de janeiro de 1968, mas eu sequer sei o que é esse tal de "terço" e não me envergonho de confessar minha santa ignorância. Tem algo sobre ele no livro do padre referido, mas achei o livro complicado de se ler. Tentarei compreender o texto lendo-o outras vezes. Este camarada ganhou uma sesmaria em Caravelas, acho que no extremo sul da Bahia, em 07/04/1701.
Esses Antunes são complicados pois esse mesmo parente me falou que seriamos também RODRIGUES DA COSTA e me citou o nome de Manoel Rodrgues da Costa, um sapateiro, se não me falece a memória.
Também existem os ALMEIDA COSTA para fazer confusão na minha cabeça. A esta altura eu gostaria de reunir informações sobre estes ANTUNES e buscar saber aonde é que eles se combinam com os ALMEIDA e com os RODRIGUES. Ainda estou começando a ler o Padre Jaboatão, mas acho ele complicado e podia ter escrito de modo mais compreensivel.
Obrigado pela sua ajuda,
Moura Costa

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RE: ALMEIDA COSTA

#97771 | Moura Costa | 11 ago 2005 05:52 | In reply to: #97770

Nossa mãe, eu escrevi que o Domingos foi sargento mor em 30 de janeiro de 1968. Na verdade o ano foi o de 1668. Peço desculpas a todos por este erro, mas a pressa é mesmo inimiga da perfeição.
Moura Costa

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RE: ANTUNES DA COSTA e ALMEIDA COSTA

#97772 | Moura Costa | 11 ago 2005 06:08 | In reply to: #97726

Victor Ferreira,
Encontro dificuldades dentro da família por inúmeros fatores. Tem os que acham que vou publicar a genealogia da família e que vou enrriquecer às custas dele. Creia nisso pois é verdade. Tem outros chatos que acham que sou um caçador de herança, só desconheço a herança que existe para que eu possa ir busca-la. Se no seio familiar há muita ignorância eu resolvi buscar ajuda sozinho. Me indicaram este forum e me contaram que aqui muita gente acaba descobrindo muita coisa.
Para lhe ser franco eu não tenho nenhuma metodologia e gostaria de ir coletando todos os Antunes da Costa que migraram para o Brasil. Dizem que tem Antunes na Bahia desde o tempo de Men de Sá, se é verdade eu não sei, ainda. Eu estou querendo ajuda e seus conselhos são ótimos, mas eu tenho a dificuldade de obter informações na própria família. Dizem que eu esqueça essa coisa de procurar parentes importantes porque nossa família tem origem humilde e que ninguém tem sangue azul. Mas eu quero apenas conhecer quem foram os meus antepassados. O nome dos meus bisavós eu não tenho. Dizem que houve uma briga por herança e que meu pai foi passado pra trás. Eu não estou certo disso. Papai morreu faz bastante tempo e ele falava pouco sobre o assunto. Isolou-se e nunca mais quis saber dos parentes e eu quero refazer essa história e saber se papai tinha ou não razão. Também existem outros aspectos e se os coloco aqui, de modo aberto, é porque acredito que muita gente já deve ter passado o que eu passei. Gostaria de contar com sua ajuda. Eu também gostaria de que qualquer pessoa que tenha conhecimento de algum Antunes da Costa que me informe. Quanto a questão judaica eu não ligo pois sei que os judeus e os arabes descendem de um ancestral em comum e que possuem gens iguais. Vou ler com calma sua orientação junto as outras tantas que copiei da internet.
Muito obrigado pela sua valiosa atenção e disposição em ajudar este iniciante.
Moura Costa

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RE: ANTUNES DA COSTA e ALMEIDA COSTA

#97773 | Moura Costa | 11 ago 2005 06:10 | In reply to: #97772

Bem, talvez seja prudente eu criar outro tópico dedicado aos Antunes da Costa e aos Rodrigues da Costa, não é mesmo ? Talvez desperte mais a atenção de outros frequentadores e genealogistas e quem sabe de algum parente.
Abraços

M. Costa

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RE: ANTUNES DA COSTA e ALMEIDA COSTA

#97776 | Cordeiro | 11 ago 2005 06:38 | In reply to: #97773

Ola ?
Acho que tem que ter calma e vai ver que vai conseguir.
Primeiro vai ao registo onde nasceram seus pais ai tira uma certidâo la estara de onde eram os seus avos depois os trisavos e vai por ai acima e vera que consegue nâo sei onde esta no Brasil mas nas grandes cidades ha arquivos onde pode consultar algo.
Sabe tenho um amigo que é do rio e demorou muito para saber de onde eram seus antepassados e depois conseguiu por acaso tambem tem Costa na sua familia e soube que era de Tras Os montes norte de portugal.
Bem espero que va conseguindo e depois vera que ista é muito legal se deve aceitar tudo o que se encontra seja sapateiro ou doutor .
Atenciosamente Cordeiro

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'Novos tópicos': não o faça.

#97782 | victorferreira | 11 ago 2005 11:01 | In reply to: #97773

Caro participante,
Não é com mais tópicos que chega a qualquer lado: é com informação precisa!
E isso só consegue com pesquisa objectiva:
- tire a certidão de nascimento do Sr. seu Pai. Sabe a data do seu nascimento e o local onde nasceu, não sabe? Já agora, tire também da Srª. sua Mãe, e começa logo a construir a sua árvore de costados;
- com a informação que lá tiver sobre os seus avós e bisavós, volte aos registos e busque as deles.
Quando tiver alguma dúvida, volte a este mesmo tópico, escreva um 'post' que ele voltará à primeira página concentrando tudo o que diz respeito a este assunto.
Não vale a pena multiplicar tópicos muito menos sem adicionar informação. Isto é um Forum de partilha. Se não se tem nada de concreto para abordar, pouco se avança.
VF

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RE: 'Novos tópicos': não o faça.

#97897 | M Villas-Boas | 14 ago 2005 05:24 | In reply to: #97782

Moura,
Tenho registro de alguns nomes que podem lhe interessar e, mais que isso, existe um trabalho que versa sobre Antunes da Costa e Rodrigues da Costa e, por incrivel que possa parecer, com os Almeida Costa.
Terei que ir até a Ilha da Madeira resolver um problema financeiro e, no meu retorno, poderei ver o que posso fazer para lhe ajudar.
M Villas-Boas

Lamento ter postado algo em outro tópico, mas a intenção foi das melhores

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s/tt

#97903 | victorferreira | 14 ago 2005 11:24 | In reply to: #97897

Caro M.Villas-Boas,
A sua mensagem veio para mim...
Posicione-se numa mensagem do Moura Costa e copie-a, senão ele pode não se dar conta dela.
Cpmts VF

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RE: Almeida Costa

#97947 | M Villas-Boas | 15 ago 2005 18:18 | In reply to: #97693

Ainda não estou familiarizado com este tipo de forum. Peço, desculpas por postar mensagens em locais errados.
O que tenho a dizer, agora, é o que consta no tópico da Caetana Arnizaud, pois, pelo que lá foi postado, existem Antunes, Almeida e Rodrigues, mas numa confusão genealógia tremenda, pois o Frei Jaboatão mudou o nome de Martini Doria e a transformou em Clemência. Um manuscrito revelava ter a Martini Doria casado com O Fernão Vaz e isso muda toda uma genealogia de doges genovezes. Nos Arnizaud, também parece que a coisa não tem base documental nenhuma e tudo parace ser chute. O certo é que ninguém sabe nada a respeito do assunto. Temos que ter muito cuidado com muitas árvores genealógicas feitas com base em suposições.
Bem, minha ida para a Ilha da Madeira teve que ser suspensa, pois o empresario que me pediu que enviasse dolares para lá me explicou a razão. Eu não estava entendendo o porque dele querer que eu mandasse os dolares para a Ilha, se ele mora em Lisboa. Mas é porquê ele gosta de passar férias naquele paraíso e tem conta por lá. Tive receio de estar caindo em alguma especie de golpe, mas está tudo certinho, graças a Deus.

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RE: Almeida Costa

#97960 | Moura Costa | 16 ago 2005 04:40 | In reply to: #97693

Interessa-me acompanhar os debates sobre os Arnizaud vez que conduz a um passado que agora emerge duvidoso e que alcança por via destes mesmos Arnizaud, famílias que busco pesquisar e, que, pelo visto, também encerra problemas por falta de consistência dos dados que, confrontados com os de fontes primárias, parecem não coincidir.
Non Nobis Domine, Non Nobis, Sed Nomini Tuo da Gloriam!

M. Costa

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RE: Caetana Arnizaud

#97964 | Katia Rocha | 16 ago 2005 06:09 | In reply to: #97693

Senhor Moura,

Depois que me envolvi no tópico que versa sobre os Arnizaud e, verificando que, há uma vinculação destes com os Dórias e com os Rodrigues, Antunes e Almeida Costa, resolvi tentar trazer alguma luz a este tópico, oferecendo dados que me forneceram
à título de contribuição. Vou lhe revelar o teor de um e-mail interessante, mas vou apenas cortar o cabeçalho do mesmo pois não sei se é permitido tal divulgação. Eis o texto que finda falando em algo que poderá lhe interessar:

From: Francisco Antonio Doria
Subject: ] Longo - Herdeiros do Poder, errata (I)
Date: Sat, 13 Nov 99 09:33:29 -0000


Pensei nesse livro pela primeira vez em 81, quando uma autoridade brasileira da área dos museus me perguntou, aqui em casa, como fazer uma exposição que mostrasse a continuidade do império na república. Respondi, `vai mais longe; te traço a genealogia de uma porção de presidentes e você vê que eles são aparentados e contra-aparentados, e vêm de famílias onde se exerce o poder, numa ou várias linhas, continuamente, desde a colônia, e às vezes desde antes.' A autoridade me respondeu, `não, isso é um vespeiro, não quero mexer nisso.'

Essa a idéia básica, presente nuns artigos que escrevi, esparsos, até começos dos anos 90. Resolvi pegar o livro a sério em 91, mas a família-modelo ia ser os Acciolis/Acciaiolis. Tinha combinado publicá-lo pela Vozes, e vinha discutindo com Waldemar Boff, que era o editor, dando forma numa coisa realmente informe. Só que entrou de repente uma direção neoliberal na Vozes, o Bohne (ou `Feijão') e fiquei de repente suspenso no ar - na Vozes se negociavam as coisas de boca, e o novo editor me disse, `você tem contrato de boca? Azar o seu; aqui, agora, só papel.' Ah São Francisco!

Melhor. Nesse meio tempo Victorino Chermont de Miranda, secretário do CBG, tinha me empurrado para fazer direito uma genealogia dos Dorias, dizendo que eu tinha que tomar vergonha na cara. Jorge Ricardo Fonseca, em Salvador, se dispôs a copiar os inventários existentes no APEBA, pré-selecionados pela Neusa e pela Mercedinha, Mercedes Dantas Guerra, filha do Dantinhas genealogista (Costa Pinto Dantas). Esse foi o grosso do trabalho; tava tudo ali.

Peguei os Dorias como modelo (além de minha família paterna, claro) porque embora não tivessem enorme preeminência no período colonial, vc pode ver sempre os vínculos familiares - a rede de sustentação - funcionando para manter à tona os membros da família. Depois, para minha surpresa, a presença deles era, de fato, grande no século XVII em Salvador (fiz as estatísticas para os vereadores), politicamente, administrativamente e em termos de riquezas - a maior riqueza urbana constatada na primeira metade do século XVII foi a de Antonio de Sá Doria, personagem que aliás não aparece em Jaboatão.

(Genealogias como Jaboatão ou Taques são feitas (1) em momentos de grande mobilidade social, quando uma fração larga da elite está sendo substituída por gente `nova,' e a velha elite quer se reafirmar ideologicamente, e (2) são feitas retrospectivamente: de quem sobrou hoje, quais os ancestrais?

Como exemplo clássico de (1) está o Livro Velho de Linhagens, escrito para glorificar os senhores da Maia, em decadência, além dos exemplos citados (aos quais junto Silva Leme). Como exemplo de (2), as _Famílias Baianas_ de Bulcão Sobrinho, que apresentam um grupo de famílias periféricas em Jaboatão, ou totalmente desconhecidas então - caso dos Berengueres ou Vianas dos barões de S. Francisco.)

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O livro foi feito meio no tapa. Devo o capítulo inicial a Waldemar Boff, e talvez seja a melhor parte de todo o livro. Esboça rapidamente a estrutura da classe dominante brasileira, e conclui num aforismo: quem faz democracia é a classe média. E uma observação, que mais ou menos tirei de Karl Polányi (devia tê-lo citado expressamente), todo plano de estabilização monetária é uma tentativa que a classe dominante faz para esmagar a classe média. `As vezes termina mal: a estabilização alemã de 24 levou com certeza ao nazismo. (Isso quer dizer que a classe média, por si só, não é suficiente para fazer democracia, mas sem ela não tem democracia. E quando ela cresce bastante, as ditaduras e as oligarquias caem: o ciclo é, crescimento econômico, crescimento da classe média, disputa de poder e queda da oligarquia/ditadura. Exemplos: Brasil pós-milagre ---> fim do regime militar, e URSS pós Brejnev ---> fim da ditadura soviética.

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Errata:

1) A genealogia dos Dorias baianos é muito confiável. Todas as fontes estão explicitadas. O que tenho a corrigir é varejo, datas (José Luiz da Rocha Doria morreu em 1799, e não em 1769; o erro não foi só meu, como disse; o inventário de 1769 é da primeira mulher, D. Isabel de Aragão, falecida em 1765), detalhes extras - meu trisavô José da Costa Doria nasceu em 1809, e não em 1803, como botei, e a mulher dele foi Helena Bernardina de Souza Mendonça, e não Helena `Mendes,' como me havia sido dito por um tio-avô.

Erros mais sérios:

- A ascendência de Clemenza por Lorenzo Doria está toda furada. Conhecia a passagem de Gayo que dava a Clemenza um `Lourenco de Oria' como pai. Em 94 estive uns tempos nos EUA, fui dar uma palestra em Stanford e aproveitei para olhar na Green Library se tinha a genealogia do Battilana, das famílias genovesas. Tinha. Copiei os Dorias, e achei um Lorenzo na tav. 5. Arrisquei: botei, `cautelosamente identificamos...'

Errei. Só pude olhar a base documental em Lisboa em fins de 98, e foi aí que apareceu o `Lourenco' - Alerame Doria. Encontrei numa genealogia ms do século XVII, o _Nobiliário_ de Torres, passagem semelhante à de Gayo, o que me assegurou não ser o `Lourenco' uma intrusão posterior. Fixei a filiação com o confronto onomástico: em especial Luiza Doria/Luigi Centurione, e Nicolau [da Costa Doria], primogênito de Clemenza, junto a Niccolò, irmão de Alerame. E enfim, a `Guiomar,' outra filha, é com certeza Geronima [abrev.: Ger.ma], nome da mãe e de irmã de Alerame. Lembremos que o nome em português, a esse tempo, era Hieronymo/Hieronyma. Disse que Clemenza era portuguesa. Não, devia ter nascido em Gênova, pois seu nome se escreve estranho, `Clemençia,' `Clementia,' em Macedo Leme, `Clemente' (!) Como se se tentasse reproduzir o som de Clemenza. (z = ts, tsch, dependendo do dialeto). Se era bastarda não sei. Com certeza se fosse portuguesa, provavelmente filha de uma prostituta `alu!
gada' como esposa e empregada ersatz (empregada de cama e mesa, prática comum).

- A linha dos Menezes Dorias do morgadio de Loreto foi tirada de uma certidão de nobreza do século XIX, e confrontada às notas do próprio barão de Loreto. Mas tem inconsistências se confrontada com os documentos que encontrei. Em especial, a origem nos Dorias fica - complicada, digamos assim. Tem muita repetição de `Luisas' e `Martins de Carvalho' nessa linha. Isso está aliás dito no livro.

- A linha dos Vaz da Costa/Sá Doria está correta. A ligacão que coloquei pode ser comprovada indiretamente.

- A linha dos Moreiras/Costas Dorias está como em Jaboatão e Macedo Leme. Muito dela (a ligação Cristóvão da Costa Doria - Antonia Doria de Meneses c.c. Antonio Moreira da Gamboa aparece em familiaratos da inquisição) está comprovada independentemente, ou os personagens o são. Claro que tomei esse cuidado extra orque é meu lado... ;-))

- Joana `de Sousa' da Gamboa era, com certeza, só Joana da Gamboa. Depois dou detalhes, mas me baseio numa nota à margem de Macedo Leme.

- Não consegui até hoje saber de onde vem o Doria dos Rochas Dorias. Botei - como conjectura - o que acho mais provável. Falta procurar uns dois ou três outros documentos.

- Rodrigues da Costa/Almeida Torres. Usei genealogias mss desses. Vou rever os detalhes.

Segue - talvez amanhã."

Eis ai uns dados que em parte é um mea culpa.

Katia Rocha

Gostaria de que me enviassem um e-mail em que alguém abordou algo sobre as órfãs da rainha.

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RE: Almeida Costa

#97966 | Katia Rocha | 16 ago 2005 06:18 | In reply to: #97693

Sr. Moura,
Acabo de receber o e-mail solicitado e que passo a transmitir:

Date: Fri, 08 Jun 2001 17:38:37 -0300


As seis primeiras órfãs deveriam ser 9, todas consideradas "nobres ou de
origem honrada" (cf. Thales de Azevedo). Estas viviam em um Mosteiro ,
sob a proteção da Rainha, que o sustentava juntamente com alguns
religiosos e de homens de negócios. A velha seria a preceptora, Maria Dias,
que veio acompanhando as "mocinhas" que traziam na bagagem carta de
recomendação ao corregedor-mor. Essas 9 que se resumiram em 6, foram:
Clemência Dória, Mecia Lobo de Mendonça, Joana Barbosa, Marta de Souza,
Violante de Eça e Inês da Silva. Vieram na armada comandada por Antônio
Oliveira, em 1551.
Consoante Thales, todas casaeam com "funcionários graduados, agricultores e
comerciantes, tendo numerosos filhos".
Em julho de 1953, Duarte da Costa trazia mais 3 órfãs, porém, apenas duas
delas tiveram os nomes conhecidos:
Catarina Lobo (ou C. de Almeida, ou C. Lobo Barbosa de Almeida) e Jerônima
de Góis.
Vieram mais seis órfãs em 1553, com Men de Sá, e todas foram confiadas à
mulher de Braz Alcoforado. Eis os nomes colhidos:
Ana de Paiva, Catarina Fóis, Maria de Reboredo, Apolônia de Góis, Damiana
de Góis e uma de nome até hoje desconhecido, salvo outro juizo.
Estas últimas não contaram com o apoio e assistência de Maria Dias, visto q
a mesma fora comida (antropofagicamente falando) pelos Caetés (dez/1556)
juntamente com o Bispo Pero (de Campo?) Sardinha.
Thales de Azevedo, alicerçado por Helio Viana, assevera q as "mulheres
erradas" nunca vieram, porém muitas se infiltravam "de contrabando nas
frotas, com a conveniência dos capitães das naus, vindo fazer o seu
comercio na colônia.
Eis um campo que poderia vir a ser melhor pesquisado, pois o que era certo
em Portugal, naqueles tempos já distantes, deveria ser de muita felicidade
para os colônos que além das muitas índias e negras, tinham
uma nova alternativa para os prazeres da carne.
Será que alguém na lista possue a relação das sucessivas armadas que vieram
à costa do Brasil ? Não conheço ainda qualquer trabalho feito neste
sentido e se alguém tem conhecimento que, por favor, me informe.
(final)

K. Rocha

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Trágico e cômico

#98073 | Danilo Azevedo | 18 ago 2005 07:17 | In reply to: #97966

Sra. Katia,

Deixe-me entender:

Jaboataão tinha um manuscrito dando Martini Dória como tendo casado com um certo Sr. Fernão Vaz da Costa, porém, seculos depois da chegada das primeiras levas de orfãs ao Brasil, ele - Jaboatão - escolheu, baseando-se em um livro de batizados, dar outro nome a esta Martini, sem verificar, sem investigar melhor, na maior irresponsabilidade, simplesmente achou que uma seria a outra e transfigurou toda uma genealogia que já não podemos mais levar fé, vez que cometeu - se quisermos ser duros - um estelionato genealogico. Assim me pareceu pelo que li.
Depois, surege a informação de que das 9 orfãs vindas de Portugal para o Brasil, na primeira leva, apenas 6 tiveram seus nomes identificados. Como foram elas identificadas se li um e-mail em que um cidadão escreveu dizendo que o único documeto que encontrou no ANTT, sobre estas e/ou outras órfãs, não continha nenhum nome das mesmas ? Depois renomados homens, como Thales de Azevedo diz, textualmente que meretrizes (com a devida licença e sem ofender estas mulheres) vinha clandestinamente, "de contrabando na frota, com a conivência dos capitães das naus, vindo fazer seu comercio na colônia". Ai está uma nova dúvida: teriam vindo clandestinas, contrabandeadas, ou vieram na condição de escravas brancas, como muitas brasileiras que saem nestes tempos últimos do Brasil e seguem o destino do exterior, principalmente a Espanha e Alemanha, para onde vão "artificialmente" casadas, mas com finalidade exclusiva de tornarem-se escravas de bordeis ?
Esta epopeia portuguesa, esta empresa portuguesa, com o intuito de criar uma família cristã, acabou por criar muitos outros negocios juridicos e o amor era apenas resultado destes negocios. Nem mesmo - perdão de todos - as pobres orfãs tiveram liberdade de escolha. Eras "franguinhas" quando cairam em mãos de "antropofagos" ricos de Portugal. Neste tempo era comum o "direito da pernada" e era tamanha a sem-vergonhice relatada, que não podemos sequer saber o que estas pobres garotinhas faziam de verdade. Sequer podemos saber se nesta cidade do Salvador, que era uma Sodoma-Gomorra, eram as órfãs fiéis aos respectivos "esposos", ou "senhores delas". Ainda tem a história da tal da velhinha, Maria Dias, preceptora,
que veio acompanhando as "mocinhas"recomendadas ao corregedor-mor.
Estas ilações aconteceram pouco tempo depois de fundada a cidade do Salvador e, administrativamente, toda as cidades também tem um outro lado a ser revelado: o doprazer, da luxuria, da alegria dos bebados e das putas, da sacanagem, do alvoroço, do barulho e de toda zueira que possamos imaginar. A cidade só tinha duas coisas básicas para se fazer: foder e furtar. Assim foi que o Jaboatão, buscando proteger algo que não sabemos, tratou de trocar os nomes de criaturas filhas de um mesmo Deus, mas fez isso em nome de Deus, ou em nome da própria razão da loucura dele ?
Jaboatão, Jaboatão,
Toma esta linhagem podre
Que lhe dou uotra são !
As Santas Casas foram empestadas pela burguesia emergente, pernóstica, que em uma sociedade já dividida em classes, também assim procedia com o irmãos, tendo-os uns como de maior condição (os que mais gastavam e os que mais tiravam proveito de tudo porque essa gente com dinheiro na mão fazia muito vendaval). Não conheço estudo algum sobre a "sociedade brasileira" mas, de imediato, salvo bem raras exceções, esta cidade formou uma elite bem esculhambada, com linhagens filhas da puta e tidas todas elas como linhagesn de santas. A sociedade da hipocrisia, do grumete que comia o capitão e que comia as pobre orfãs da rainha. Uma sociedade de sacanagem, onde a rola valia mais do que o trabalho e a boceta era um ouro raro. Imagine-se, você que é homem, enfurnado na mata, salvando-se na base da punheta, no mato sem cachorro, quando de repente lhe jogam nesta mata algumas especimes de fêmeas (falo em nosso instinto animal e o faço antropologicamente falando), fatalmente estas "pobres" criaturas foram "selvagemente" possuídas, como ainda hoje ocorre nos meios em que o homem ainda não se encontra devidamente polido. Era um tal de chupa xereca e de todas as sacanagens e bacanais, desses que já participamos e que nunca registramos por escrito para que, na posteridade, algum leitor venha aquilatar o mundico em que vivemos e em cuja existência permanece a dúvida: "Existir, a que será que se destina".
Aos que estudam genealogia é preciso ter muita cabeça fria e este Jaboatão deveria pagar larga indenização a quem gastou tanto dinheiro em busca da nobreza perdida. É assim que muito genealogista se sente: seviciado, violentado, comido, arrasado, dando ponta-pé nas paredes.
Agora resta saber o que fazer com este tópico se esta fraude deve ser reexaminada e junto com ela toda uma genealogia. O pior é que sem a tal base documental iremos ficar no campo das suposições e neste campo, não existe anjo que seja santo e nem demônio que não seja bom.
Com mil perdões, assim me parece e assim me é.
Cordialmente,
Danilo

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RE: Trágico e cômico

#98167 | Gilmar Rodrigues | 19 ago 2005 10:57 | In reply to: #98073

Senhor Danilo,

Eis ai uma excelente crônica genealogica. Entretanto entre o riso e a lágrima daqueles que investiram tempo e dinheiro para fazer suas respectivas genealogias eu presto e hipoteco minha solidariedade enquanto prego que o caminho do recomeço, ou do refazimento de tantas genealogias seja uma causa perseguida com obstiniação.
Agora verifico porque o autor do livro HP cometeu tantos erros e fica mais fácil compreender, humildemente, que os meus Dórias não descendem de principes por inúmeras razões, contrariando o autor do mencionado livro, mas, com certeza somos da Ilha da Madeira. Olhe que eu descendo dos Rodrigues da Ilha dos Frades e já tinha conhecimento de muitos erros e omissões, mas nunca esperei que Jaboatão viesse a levar muita gente a ignorar a existência da Martini Doria e se fixar em uma subjetividade nascida da imaginação de Jaboatão. Ele fez uma merda tão grande que iremos ter que enrrolar muito para sustentarmos nossas antigas genealogias, principalmente aquelas que nos levariam aos principes genovezes que financiaram Colombo. Não sei se riu ou se choro de raiva. O jeito é mesmo chutar as paredes do meu quarto de dormir e se não puxo os cabelos é porque já estou carequinha.
Cordialmente,
Gilmar Rodrigues (do Porto)

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RE: Almeida Costa

#98258 | Mario Dorea | 21 ago 2005 04:52 | In reply to: #97693

Senhor Costa,

Talvez sejamos parentes em Cristo pois irmãos de inferno ninguém quer ser. Tenho alguma consideração a fazer sobre aquela que me ensinaram ter sido a grande matriarca, com direito a todas aquela mentiras que somos forçados a dizer quando nos referimos a nós mesmos ou à nossa prole. Também acrediei que descendia de principes de Genova, dos duques perpetuos, mas acabo de saber que sou descendente de Martini, talvez do rum martini (a bebida dos piratas), pouco me importando agora debater se sou vindo de Florentin ou de Valentin.
Vamos então reflexionar um pouco sobre nosso passado genealógico, sem nos determos a nossa querida Ilha da Madeira, donde somos originários, ainda que resistências existam. Então vamos lá:
Como compreender uma órfã numa Portugal católica, recomendada para casar com os melhores da terra do Brasil, financeiramente falando, sem que já houvesse sido batizada, seguindo o rito católico ? Parece haver uma inconsistência no fato de uma pobre órfã, desamparada e sem um lar, protegida por uma rainha católica que não tinha, sequer, cuidado de ministrar à mesma os ensinamentos e a doutrina da fé católica dominante, numa época em que a contra-reforma espalhavasse como erva daninha pela Europa. Esta seria uma prova de que a "protegida", do ponto de vista católico, não era tão amparada e muito menos católica do que gostariamos que fosse. De resto, a rainha Catarina, deve ter encontrado um bom pretexto para livrar-se das "pestinhas" e do peso que as órfãs representavam à corte portuguesa. Melhor seria entrega-las aos "maiorais", que viviam no Brasil, "matando cachorro à tapa", ou melhor dizendo: "afogando o ganso". As pobres coitadas, novinhas em folha (se é que a "marinhagem" sedenta não as tivessem molestado, posto que "pedofilia" é uma palavra de aplicabilidade quase recente), vieram para casar e procriar, botando filhos no mundo: "Mundo mundo, vasto mundo/ se me chamasse Raimundo/ não seria uma solução/seria uma rima".
Em conversa com um amigo, soube que tais órfãs teriam sido filhas daquelas mulheres que freqüentavam os castelos, para alegria dos "pentelhos" de então e que logo "enchiam o bucho", dando vida prematura a crianças que não poderiam ter um pai certo. Para que as crianças não ficassem jogadas às traças, eram amparadas pela misericórdia honesta de algum bom samaritano, de alguém que tivesse chegado à rainha e prometido a ela, que, com a prática de boas ações, ela teria purgado os seus pecados e teria um bom retiro no céu. A rainha, que não era boba coisa nenhuma, logo topou a "indulgência" barata e de encargo tão fácil. Com umas poucas migalhas e muita exploração poder-se-ia manter jovens sem que lhes desse outra coisa senão a ração diária e aquelas malditas roupas de orfanato. Porém melhor seria ficar livre de tamanho estorvo e responsabilidade. Melhor não poderia acontecer: despacha-las para o Brasil, pois se fossem mesmo ricas não teriam vindo e se fossem e para cá viessem, por certo não trariam riqueza alguma. Nesses contos de Reis e Rainhas sempre tem o conto da carochinha. Você acredita se quiser, ou se for otário(a).
É chato, muito chato quando temos que saber como eram maltratadas as nossas pobres órfãs "nobres" e esquecidas da nobreza titulada de Genova. E a misericórdia só existia para livrar homens e mulheres da consciência pesada que portavam, além de conferir-lhes um "status" ridículo, típico dos que buscam titularidades como cigarras. Ser da Santa Casa de Misericórdia era o mesmo que ter um atestado de boa condição social, ainda que, espiritualmente, não passassem de trastes da consciência humana, farrapos de dignidade, embora com a boa aparência conferida pelos gastos que lhe imprimiam uma certa boa reputação. Mas, tudo pela glória (das chamas do inferno, diria o pedinte de outrora)...
Nós que aqui ficamos e estamos, sequer sabemos o que será do derradeiro dia quando tivermos de, voluntária ou involuntariamente, habitar a região desconhecida, levados que seremos pelas mãos dos mistérios que não ousamos exumar, tanto quanto buscamos exumar o passado como que a nos redimirmos de algo que não compreendemos bem, como se buscássemos exumar o passado em busca das misteriosas raízes dos males que nos acometem, ou dos bens que nos faltam. Genealogia´tem muito a ver com o exorcizar e com cemitérios, sepulcros. É uma ciência gótica !
Paz em Cristo é o que desejo a todos os genealogistas e que deixem de ser gananciosos e busquem viver honestamente, corrigindo as faltas que a ancestralidade miserável nos legou, enquanto mundo.

Á saúde das pobres órfãs, que só Deus sabe o que elas passaram até que nós viéssemos ao mundo. Quanto aos reis e as rainhas, nós temos que seguir o ritual macabro das classes dominantes que nos obriga perpetuar mentiras, sejam ou não oriundas das armas e dos brasões de famílias parasitárias, de ontem, ou de hoje. Onde existiu miséria, nunca houve reino feliz.

Mario Dorea

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RE: Caetana Arnizaud

#252143 | cs29 | 24 mar 2010 12:25 | In reply to: #97964

Oi, meu nome é Francisco Aguiar e desejo informações sobre o Francisco Pinheiro Bastos que chegou ao Ceará por volta de 1720 se instalou na Serra de Uruburetama, na futura Vila de Santa Cruz, levado para lá por um cacique Manacés.

Francisco Pinheiro Bastos veio de Portugal, do Norte de Portugal, perto do Minho.

Veio acompanhado do Irmão, o Francisco Teixeira Bastos.

Solicito ajuda de um dos colegas listados logo abaixo.

victorferreira
Moura Costa
Cordeiro
M Villas-Boas
Katia Rocha
Mario Dorea


Francisco Aguiar, aqui no fórum como cs29.

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