Falecimento de Dona Esperanza, Infanta em Espanha,

Dona Esperanza, Infanta em Espanha, Princesa do Brasil.
Ao desembarcar no Rio de Janeiro ( então Capital do Brasil) pelos braços de seu marido, Dom Pedro Gastão, bisneto do Imperador Dom Pedro II, portanto Príncipe do Brasil, Dona Esperanza demonstrou logo que corria em suas veias o Sangue dos Das Duas Sicílias, uma nobre mistura de Bourbons, Habsburgos e Orléans, e que estava disposta a dar à Patria de seu Imperial e Real Esposo, uma bela prole de Imperiais Braganças.
Meus pais, como era costume, passavam o verão na Cidade de Petrópolis, Cidade Imperial da região serrana do Rio de Janeiro e desde pequeno acostumei-me a presença "da Princesa". Na Avenida Koeller, em frente à Casa d'Angelo ou à Sorveteria Copacabana, S.A.I.R. tinha sempre um diálogo amigável com que a reconhecia ou com os que a conheciam. Lembro-me bem de Dona Esperanza na sede da Fazenda Samambaia, situada na estrada entre Petrópolis e Correas, onde a ví pela primeira vez. Nunca esqueci tal acontecimento. Sim, para mim foi um acontecimento notável, pois fiquei sabendo que a Princesa, também, era cunhada do Pretendente do Trono de Espnha, Dom Juan, Conde de Barcelona, fato que povoou meu imaginário infantil durante muitos anos. Honrou a Deus como esposa e cumpriu seu dever de Princesa, pois deixa em Petrópolis, filhos, já com descendencia e uma das Princesas, em decorrência do casamento, vivendo no Reino de Espanha.
Apagou-se uma "Estrela de Primeira Grandeza"; quem a conheceu pode dizer quanto de verdade tem esta minha afirmação.
Como eu outros brasileiros e brasileiras, petropolitanos ou não, certamente estão muito, mas muito triste mesmo, com o falecimento de DONA ESPERANZA, INFANTA EM ESPANHA, PRINCESA DO BRASIL.
Jorge e Thereza Vicente de Azevedo Fontes Garcia.

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