Falsários da História e da Genealogia

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Falsários da História e da Genealogia

#100256 | Portuguêsdescendente | 12 set 2005 20:18

Documentos que se inventam e cronistas que os acreditam – Origens de nacionalidades, documentadas na mentira – Uma dinastia completa de reis pré-históricos. A Monarquia Lusitana – Frei Ânio de Viterbo e Frei Bernardo de Brito, um mestre pernicioso e um discípulo ingénio.

Maurice Biscateiro de Torres
Colorado
Amerique du Nord

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RE: Falsários da História e da Genealogia

#100348 | S.ta Rita | 13 set 2005 14:01 | Em resposta a: #100256

Caro Maurice de Torres
Não posso deixar de lhe dizer que considero todos os seus artigos o melhor do melhor que aqui foi publicado!
Ainda esta semana terei de ir em trabalho a alguns Estados incluindo o Colorado. Estaria disposto a encontrar-se comigo? Se anuir, peço-lhe que mo faça saber através de S(.)tarita@clix(.)pt. Os parêntesis são para iludir os caçadores automáticos de endereços.
No final descerei de carro até Miami uma das melhores formas de desfrutar e rever as várias Américas. Alguns dias depois deslocar-me-ei para a América Central e a seguir para a do Sul; e, no penúltimo país que estarei neste Continente, Chile, procurarei voltar a deliciar-me com as mais apetitosas santolas que conheço, exceptuando um
restaurante da cidade de Panamá.
Se estiver a aguçar-lhe o apetite então venha comigo! E se gostar de dançar prometo-lhe um começo do zénite, na Argentina, ao som de réplicas dos imortais criadores de romances e sonhos: Francisco Canaro e Roberto Mayra, tendo nos braços uma escultural, bela e gentilíssima dama.
Com os meus cumprimentos
Gervásio Costa

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RE: Falsários da História e da Genealogia

#100384 | Portuguêsdescendente | 13 set 2005 22:25 | Em resposta a: #100256

Os fins do século XVI e princípios do século XVII, são para alguns portugueses de que fazemos parte, veneráveis. Infundem-nos um respeito quase supersticioso. Nessa época excepcional exerceram, no mundo, a sua actividade maravilhosa uns historiadores extraordinários, tão extraordinários que dificilmente nos libertamos, ao admirar o seu génio, e as suas obras, repositórios da mais excepcional colecção de factos e da mais notável seriação de feitos, dum inultrapassável assombro. Formaram esses formidáveis historiadores uma escola tão perigosa, que os cronistas anteriores quase se diluíram, apesar da sua imortal importância. Descendiam dos que elaboraram os “cronicons” medievais e receberam a influência do neo-paganismo renascentista. Espanha, Portugal, França e Itália foram pátrias eleitas, berços dourados destes génios da historiografia.
Encheram o mundo com as mais assombrosas novidades e as mais prodigiosas revelações. Deram às suas pátrias origens bíblicas.
Tiveram grandes mestres, duma excepcionalidade absoluta, que foram as indiscutíveis autoridades em que basearam as suas indiscutíveis afirmações.
Descobriram, por exemplo, que a França devia a sua existência a Francion, herói de clara estirpe, classicíssimo, pois na guerra de Tróia interveio. Edmundo Rostand, o poeta de “Cirano” e “Chantecler”, dele se ocupou, na sua incompleta “Franciade”. E descobriram também uma longa teoria, a dinastia maravilhosa de reis de França. Onde foram estes genialíssimos historiadores, duma gravidade monacal, mergulhados em sombras propícias, pela arquitectura do silêncio, fundamentar a existência duma dinastia de reis sublimes que ocuparam o trono da França, sem que a França o houvesse suspeitado? Num dos seus mestres predilectos, cuja autoridade ninguém ousara por em dúvida, ou até fazer a mais leve restrição: o grande, o imortal Diógenes Laércio. A cada passo, nas suas descobertas famosas, os doutos historiadores acrescentavam, para impedir que dúvidas se suscitassem, que discussões surgissem: - Vem no Diógenes Laércio...
Perante tal afirmação restabelecia-se o silêncio, um silêncio reverente – um silêncio religioso – porque descoberta, afirmação e tentativa frustrada de controvérsia, decorriam na sombra arquitectural dos claustros. E citavam-se as obras de Diógenes Laércio, onde, com difusa pormenorização, vinham os factos de maravilhar.
Havia em tudo isto um pequenino senão: as obras e as crónicas de Diógenes Laércio, que eram citadas, não tinham chegado a ser escritas. Por este motivo apenas: Diógenes Laércio nunca existira.

Quem não leu a “Monarquia Lusitana”, de frei Bernardo de Brito jamais conhecerá como se fundou a Lusitânia. Será um bípede nacional profundamente ignorante. Nunca saberá que as origens do país estão, em profundo mergulho, no Gênesis. Mas os que a tenham lido, esses grandes felizes conhecerão, não só o que acima se deixa, mas outros factos excepcionais. Um deles: Adão viveu lá para as bandas do Mondego! E saberão ainda que a Lusitânia deriva de Luso, um dos seus reis, que era da estirpe de Noé.
Frei Bernardo de Brito era historiador meticuloso e de grandes escrúpulos. Não é sem fundamento que põe Adão no Mondego. Apoia-se numa autoridade incontestável: o clarividentíssimo Laymundo Ortega. Na origem do nome de Lusitânia, está solidamente firmado em Berosos, o grande, o inolvidável Berosos; em Luitprandos, o douto e profundo Luitprandos.
Diz-nos ainda Frei Bernardo de Brito que Afonso Henriques descende de reis bíblicos, alguns dos quais viveram antes do Dilúvio! E, na longa teoria destes reis miríficos, se contam entre muitos, Tubal, Ibero, Jubalda, Bryggo, Tago, Genão, Hispalo, Hispano, Hércules, Atlante, Italo, Sicoro, Sicano, Luso, Testa, Cacus, Eritreio, Gorgoris e Abidis. Não foi de animo leve que frei Bernardo de Brito nos deu estes citados reis. Sempre consciencioso, apoiou aquelas veneráveis, antiquadíssimas existências realengas na suprema autoridade de Flavios Dextros e Angelo Pacense.
Simplesmente os Dextros, os Berosos, os Luitprandos nunca foram animados, de sopro vivo. Diga-se com mais simplicidade: nunca existiram.
Pior dos que foram citados foi frei João Ânio de Viterbo, por esta forte razão: de todos eles foi o único que existiu. Na sua sepultura, tem uma lápida com estes dizeres de altíssimo louvor: “Divinarum, Scripturarum doctissimo”.
Forjou factos históricos, falsificou documentos, construiu montanhas de mentiras este “divinarum scripturarum doctissimo”!
Frei Bernardo de Brito apoiou-se em Frei João Ânio de Viterbo.

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RE: Falsários da História e da Genealogia

#100394 | Mavasc | 13 set 2005 23:36 | Em resposta a: #100384

Caro confrade Maurice Biscateiro de Torres

Noto, aliás com o maior agrado , que esse seu périplo pelo sul da Europa ( Beaulieu-Sur-Mer, Portofino, Monte Carlo, Mediterraneé, Monaco) a estadia em Como e travessia do mar Vermelho, desembocando agora no Colorado- Amérique du Nord- contribuiu para uma expressiva melhoria dos seus conhecimentos da língua portuguesa. Tendo em atenção que é um "Português Descendente" teço-lhe os maiores encómios neste aprofundamento profíquo da língua dos seus ancestros e espero, com todo o empenho, que, quando chegar á Terra Nova, não só possa fazer dissertação meritória sobre a diferença entre a pesca do bacalhau á linha ou de arrasto como a mesma rivalize com os mais lídimos cultores do nosso idioma.

Com os meus melhores cumprimentos
Maria Benedita

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RE: Falsários da História e da Genealogia

#100450 | coelho | 14 set 2005 14:20 | Em resposta a: #100384

Ora cá temos o biscateiro novamente a escrever em português legível. Digo "legível" porque não me arrisco a dizer que é português correcto. E digo "outra vez" porque ainda recentemente escrevia umas mensagens em português ora afrancesado, ora acastelhanado, ora aitalianado, ora .... apesar de antes já ter escrito neste mesmo forum mensagens em português legível, como as mensagens deste tópico. Como viaja muito, talvez sofra de jet-leg, assim se explicando algumas das mensagens disléxicas que tem produzido. Aconselha-se descanso.

Coelho

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RE: Falsários da História e da Genealogia

#100454 | joão pombo | 14 set 2005 14:54 | Em resposta a: #100450

O Sr. Biscateiro é seguramente um "benzoca" da Capital, se calhar com quinta no Alentejo e com pretensões a "anuável" e uma vontade de nos fazer rir ou, talvez, de criar alguma polémica. Qual é o seu objectivo? É precisamente dar a entender que sabe muito (sabendo na realidade alguma coisa, mas pela rama...) debaixo de uma capa por ele criada, ou "investido" num personagem muito viajado mas pouco credível...
Pelo menos não ofende, o que já não é coisa pouca;)

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RE: Falsários da História e da Genealogia

#100458 | coelho | 14 set 2005 15:31 | Em resposta a: #100454

Caro João Pombo,

olhe que ofende! E é impertinente.

Cumprimentos,
Coelho

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RE: Falsários da História e da Genealogia

#100495 | S.ta Rita | 14 set 2005 20:06 | Em resposta a: #100394

Cara confrada e caros confrades
Mas afinal tanto veneno porquê?
A quem e como ofendeu ele para ser perseguido desta forma tão pouco humana e, ainda por cima, sem que se anteveja ou perceba uma razão mínima, para semelhante conduta?!
Eu confesso que aprendi com aquilo que ele escreveu! Provou que algumas das coisas que eram dadas como certas pela História, não passavam, afinal, de Mentiras; foi este o seu erro?!
Eu encaro-o como uma pessoa honesta, e respeito-o e admiro-o, porque além de me ter ensinado, teve a hombridade de afirmar que os artigos eram da autoria do seu irmão, salvo o erro, e que ele apenas os compila e copia! Esta rectidão não está ao alcance nem é apanágio de muitos... sejamos justos.
Julgo, ainda, que as suas viagens são um grande senão e um dos motivos de tamanha e tanta animosidade! Francamente! Andar por dois ou três países, ligados uns aos outros, é ser muito viajado!... E mesmo que fosse, o que é uma coisa tem a ver com a outra?!
Aproveito para dizer que ele já me proporcionou o endereço da sua residência nos EUA, e, inclusivamente, teve a amabilidade de a colocar à minha disposição.
Cumprimentos
Gervásio Costa

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RE: Falsários da História e da Genealogia

#100619 | Mavasc | 16 set 2005 02:33 | Em resposta a: #100495

Caro confrade Gervásio Costa

Veneno? Eu? Só se der perfume e terá, óbviamente, de ser mesmo bom ( não confundir com marca consagrada, e, muito menos, com moda!)
Sou, apenas, uma leitora atenta deste Fórum e notei, entre outras, diga-se de passagem, certas participações do confrade Maurice, que, por incongruentes, me levam a pensar que será um dos tais anónimos que o Zé Tomaz odeia e que só não teve o imediato veto porque ainda não disse qualquer coisa como: " Vamos a ver quem é Rei!"
Tenho a maior das invejas do périplo que
o vejo fazer mundo fora e que, de momento, me está interdito pelos meus deveres de mãe de um servidor da Pátria isto é: o meu menino fez as suas opções e eu cá estou na retaguarda!
Perseguir! Ofender!|Perdoe-me mas há aqui um erro qualquer e o meu filme passa na sala ao lado!

Com os meus melhores cumprimentos

Maria Benedita

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RE: Falsários da História e da Genealogia

#100623 | zamot | 16 set 2005 08:31 | Em resposta a: #100619

Cara Maria Benedita

Tem toda a razão até porque ninguem se chama "Biscateiro de Torres". Cada vez gasto menos as minhas palavras com estes idiotas.

Um abraço para si

Zé Tomaz

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RE: Falsários da História e da Genealogia

#100627 | joão pombo | 16 set 2005 09:48 | Em resposta a: #100619

Cara Maria Benedita:

A isso se pode chamar uma resposta magistral!
Com classe, inteligência e grande categoria.
Tanta que - confesso - ao lê-la até senti um leve aroma de perfume...;)

Com os meus cumprimentos,
João Pombo Lopes

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RE: Falsários da História e da Genealogia

#100643 | Mavasc | 16 set 2005 12:38 | Em resposta a: #100627

Caro João Pombo

Você é, decididamente, uma simpatia!
Bem haja pelas suas palavras, que retribuo já que as suas participações neste Fórum têm sempre primado pela inteligência, sabedoria e educação.

Com os meus melhores cumprimentos

Maria Benedita

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RE: Falsários da História e da Genealogia

#100674 | quemteavisateuamigoé | 16 set 2005 19:42 | Em resposta a: #100623

Grande Amigo Zé Tomaz,

Olha que há gente que usa por vezes nomes muito estranhos. Não tenhas tantas certezas.
Há paises onde a escolha dos nomes é quase á vontade de cada parceiro. Sabe-se lá se o apelido Biscateiro é para lembrar algum antepassado que fazia biscates na estranja e se safou muito bem. Sempre é melhor do que Cabeça de Boi. Alguém em Portugal teve estes apelidos é verdade. Atenção que eu disse teve.
Se ele anda a divertir-se, eu não sei, parece que tem conseguido os seus intentos.

Um grande abraço,

Quem te avisa teu amigo é

Vá não fiques zangado nem percas as estribeiras imploro-te.

Eu nem sei por que o Genea não correu com ele ainda.
Disparates e mais disparates

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RE: Falsários da História e da Genealogia

#101091 | Portuguêsdescendente | 22 set 2005 00:25 | Em resposta a: #100674

Monsieur,

Favor ver http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=101090

Saludos,

Maurice Biscateiro de Torres

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RE: Falsários da História e da Genealogia

#101108 | coelho | 22 set 2005 11:28 | Em resposta a: #101091

Caro Biscateiro,

essa mensagem já não existe no forum. Poderia resumir o conteúdo?

Cumprimentos,
Coelho

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RE: Falsários da História e da Genealogia

#101110 | manelsp | 22 set 2005 12:32 | Em resposta a: #100394

Cara Maria Benedita,
uma vez mais, o seu humor completamente "rafinée" fez-me rir com boa disposição. Sabe que nós (ambos os dois, como se diria na minha terra) jamais poderiamos viajar tanto pela côte d'azur a não ser que fosse de comboio ou bus... olhe os nossos carritos todos riscados!
Bem, je crois que foi educadíssima dans sa resposta, e je ne sais quoi mais dizer.
Cumprimentos
Manel S. P.

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RE: Falsários da História e da Genealogia

#101269 | quemteavisateuamigoé | 23 set 2005 19:37 | Em resposta a: #101091

?!!!

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RE: Falsários da História e da Genealogia

#101284 | Portuguêsdescendente | 23 set 2005 23:29 | Em resposta a: #101108

Senor Coelho,

Atencao de Senor Genea 22-09-2005, 00:11
Autor: Portuguêsdescendente [responder para o fórum] Senor,Peco grande favor de eliminar todo o que tenho escrevido no forum et o meu registo.Obrigado,Maurice Biscateiro de Torres

Adeus,

Biscateiro

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RE: Falsários da História e da Genealogia

#101414 | quemteavisateuamigoé | 25 set 2005 18:56 | Em resposta a: #101284

Lamento o veto.

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