CaldeiraII
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CaldeiraII
Por motivos profissionais tenho estado afastado deste forum.
Gostaria de retomar um tema que é do meu interesse e que actualmente parece também mobilizar outros colegas.
Gostaria também de propor uma "nova" forma de abordagem...., passo a explicar:
O tema é a família Caldeira , a diferença é constituir 3 itens diferentes de modo a manter a informação " mais acessivel".
Proponho CaldeiraI, para os primeiros tempos ( século 14 e 15)?.
Caldeira II, para o periodo genealógicamente dificil ( viagens, descobrimentos, inquisição....) do século 16 e o III para o periodo em que os registos paroquiais tornam a exposição " mais segura".
Peço a vossa compreensão e colaboração.Obrigado.
João Caldeira
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RE: CaldeiraII
Caro João Caldeira.
Desejo-lhe um óptimo regresso. Coincide com uma recente "descoberta" com que me deparei ao procurar, na Igreja de S. João Baprtista de Abrantes, a Capela instituída e construída, antes das obras aí implementadas por D. Filipe I de Portugal, (este Templo já existia, embora menor em área, construído por D. Isabel, a Rainha Santa) por Diogo Soares Galhardo, Ruy Soares Galhardo, ambos de Abrantes e D. Catarina Pellada, da Vila de Nisa (creio-a viúva do Alcaide-mor de Seda, o que trás algumas complicações...) chamada da Invocação do Nome de Jesus e também de S. Martinho bem como, a manutensão da fábrica; a Confraria da Invocação do Nome de Jesus.
Entre as sepulturas aí existentes e impossíveis de descobrir, pois esta capela situa-se por de trás de um dos altares barrocos. "Encontei", numa pedra de ançã muito detriorada, a inscrição da sepultura de Cristovão Mendes Caldeira e de sua mulher, Brites ..., o sobrenome é impossível de ser lido, mas sei que era Brites Freire ou Ferreira, creio que assim também é nomeadada.
A Capela foi construída para os descendentes de Juzarte Soares Galhardo e sua mulher Inês Ribeira, embora também lá pudessem ser sepultados os descendentes de Martim Themudo ", uma vez que este e um neto haviam sido sepultado antes, naquele mesmo local.
Esta capela foi instituída e construída em 1557.
Espero que esta pequena nota, que talvez apenas traga de novo o local geográfico da sepultura de Cristovão Mandes Caldeira e de sua mulher, possa contribuir para o fim a que ambos nos dedicamos. Por outro lado, quero que sirva de orientação ao meu esclarecimento da ligação, de facto, dos Caldeiras aos Galhardos. Doutro modo não se justificaria a utilização deste apelido por parte do meu costado Soares Galhardo, nem tão pouco, a reserva daquela Capela para o seu eterno repouso.
Sinceros desejos de que os seus esforços atinjam o seu objectivo, todos temos a lucrar.
Cumprimentos.
Fernando Andrade
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RE: CaldeiraII
Caro João Caldeira,
Os Caldeiras mais antigos que conheço em Ferreira do Zêzere datam do século XVI e são os filhos do casal Afonso Dias e Margarida Vaz que residiram no lugar de Ribelas, freguesia do Beco, termo da Vila de Dornes (presentemente Concelho de Ferreira do Zêzere).
Acerca destes possuo os seguintes elementos:
Afonso Dias (f. em Ribelas a 17.1.1624) casou por volta de 1575 com Margarida Vaz (f. em Ribelas a 31.7.1638) esta Margarida era filha de Antão Heitor de Sousa e de Violante Vaz e neta materna de Lançarote Gonçalves e de Margarida Vaz (instituidores da capela de Santo António de Ribelas edificada, segundo António Baião, por 1535).
Afonso Dias e Margarida Vaz tiveram: Manuel, António, Afonso, Maria e Marcos. Todos estes com geração e nos quais entroncam muitas das principais famílias do Concelho de Ferreira do Zêzere.
Não consegui descortinar o motivo pelo qual os filhos de um Dias e uma Vaz usaram o apelido Caldeira e o passaram para muitos dos seus descendentes mas esta é a origem do tronco comum à esmagadora maioria dos Caldeiras que nos séculos seguintes ocuparam os principais cargos da região.
Um bom fim de semana,
Paulo Alcobia Neves
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RE: CaldeiraII
Caro João Caldeira
Um dos milhares de descendentes dos Caldeiras que anteriormente referi é o meu primo e amigo Eng.º Pedro Miguel dos Reis Caldeira, da Auto Europa, que entronca nestes Caldeiras pelos seguintes costados:
1 - Pedro Miguel dos Reis Caldeira
2 - António Cotrim Caldeira
3 - Maria Custódia dos Reis
4 - Raul Cotrim Caldeira
5 - Irene Carvalheira
8 - Higino Cotrim Caldeira (casaram em Dornes em 1913)
9 - D.Adelaide das Neves
16 - Cesário Augusto da Costa Caldeira (nasceu no Beco em 1849)
17 - D.Isménia Augusta Cotrim
32 - José Rafael Caldeira (Casaram em 1848)
33 - D.Podenciana Emilia da Mata e Vasconcellos
64 - Leonardo José de Figueiredo e Vasconcellos(Casaram no Beco em 1812)
65 - D.Maria Benedita da Mata e Vasconcellos
130 - Inácio Evaristo Caldeira (Casaram em S.Pedro do Rego da Murta em 1787)
131 - D.Ana Narcisa Rosa da Mata e Vasconcellos
260 - Dr. Gregório Heitor de Sousa (Casaram em 1741,no Beco)
261 - D.Simpliciana Teresa Cotrim de Vasconcellos
522 - Lic. Miguel de Sousa Caldeira (casaram no Beco em 1706)
523 - D.Mariana Cotrim de Vasconcellos
1044 - Manuel Caldeira (Casaram no Beco a 19.2.1664)
1045 - D.Maria Mendes
2088 - Marcos Caldeira (sol)
2089 - Margarida Antunes (sol.)
4172 - Afonso Dias
4173 - Margarida Vaz
8246 - Antão Heitor de Sousa
8247 - Violante Vaz
* Utilizei o prefixo Dona somente quando o mesmo consta dos respectivos registos.
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RE: CaldeiraII
Caro João Caldeira,
Descendo por varonia de uns Caldeiras de Lisboa. O primeiro que tenho notícia é:
1. Diogo Caldeira, deve ter nascido cerca de 1500. Foi almoxarife das três casas de Lisboa. CCasou com N.....................tiveram:
2. Duarte Caldeira , Almoxarife das três casas de Lisboa. Casou com Catarina Ribeiro. Tiveram:
3. Diogo Caldeira, Almoxarife das três casas de Lisboa,Moço de Camara. Casou com Maria de Abreu Soares em Lisboa em 1607. C.g.
O cargo de Almoxarife vai-se mantendo na família até cerca de seculo XVIII.
Existe um curto espaço de tempo, finais do séculu XVI, em que o cargo de Almoxarife pertence a Pedro Caldeira, ignoro se da mesma família.
Se souber mais alguma coisa destes Caldeiras agradeço qualquer informação.
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RE: CaldeiraII
Agradeço e retribuo os desejos de que os seus esforços continuem a ser coroados de êxito.
Tenho ainda uma promessa por cumprir...não sou de esqueçer promessas...
A informação que me trouxe é valiosa ,pois nada mais agradável do que passear um pouco para "ver essas pedras antigas " com informação dos nossos antepassados.
Lembro-me que em Monsanto é visivel em perfeito estado de conservação um edificio com o Brasão dos D'Andrade.
Lembro-me também, que apesar de ter visto os Registos Paroquiais da Guarda, Covilhã, Castelo Branco e de quase todas as terras da Beira Baixa, só em Monsanto encontrei referências aos D'Andrade (era assim que por vezes surgia escrito) .
Os Paroquiais de Monsanto começam em finais de 1500 e um dos primeiros párocos a assinar é João de Andrade.
Cristovão de Andrade é nessa altura pessoa de posses na localidade.
Nessa altura os Andrade tem ligação preferencial ( em Monsanto), aos poucos Telles da referida localidade.
O Cristovão Mendes que refere, é muitas vezes citado no livro "Abrantes no tempo dos Filipes" e realmente teve cargos significativos nessa cidade e nesses tempos, penso que morreu em 1622 (ou cerca).
Penso que é um dos motivos de erro em Manso de Lima , que o confunde com outro Cristovão Caldeira que em inicios de 1500 é referido nas Chancelarias.
Pelas datas não podem ser o mesmo...este é um ponto muito importante ( a confusão entre estes dois Cristovão), no esclarecimento das linhagens desta familia no inicio de 1500....
Gostaria de referir que Rui Caldeira de Leiria, Juiz de fora na Covilhã em 1497 é referido nas "Moradias", como pai de Cristovão e Vicente Caldeira...
A origem do ramo Caldeira em Abrantes ( e arredores), é de grande importância no esclarecimento das linhagens desta familia...
Um dos principais em finais de 1500 foi Cristovão de Andrade
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RE: CaldeiraII
Almoxarife não foi um desempenho estranho , elementos desta familia foram Almoxarife em Castelo Branco e tambem em Abrantes.
Tenho por principio que a origem dos que surgem eferidos como residindo em Lisboa, vai ser sempre mais dificil de destrinçar, no entanto, atendendo ao nome...iogo peço-lhe o favor de ver o topico I e a importancia que considero ter Diogo caldeira Vedor da casa do Infante D. João.
Este Vedor, também Clérigo legitima o seu filho Pedro em 1452 "tido em ...Roiz, solteira".Pedro é já nessa altura Cavaleiro e será o muito referido Alcaide de Marvão- após Alfarrobeira...
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RE: CaldeiraII
Caro João Caldeira,
Por acaso já conhecia o referido Diogo Caldeira, Vedor, das chancelarias. Mas vai ser complicado entroncá-lo. Já vi vários titulos de Caldeiras em genealogias mas sem resultados. Também já me deparei com homónimos na mesma época e ignoro se são relacionados.
Aqui vai a descêndencia mais actualizada do Diogo Caldeira e dos cargos que ocupou.
1. DIOGO CALDEIRA, almoxarife das três casas de Lisboa e da marcearia, entre 1521 e 1557. Casou com N…........... e tiveram:
2. DUARTE CALDEIRA, Moço de Câmara de Filipe II, almoxarife e feitor de dentro das três casas de Lisboa entre 1557 e 1580. Entre 1579 e 1583 foi almoxarife das três casa Pedro Caldeira. Casou com CATARINA RIBEIRO e tiveram:
3. DIOGO CALDEIRA, Moço de câmara de D. Filipe II . Foi almoxarife e feitor de dentro das três casas de Lisboa por alvará de 11 de Novembro de 1606. (Chancelaria de Filipe II lv17 fl 156
DIOGO CALDEIRA casou em Lisboa na freguesia de S. Tomé em 7 de Setembro de 1607 com MARIA DE ABREU SOARES freguesa nesta freguesia. Foi testemunha Antónia Soares irmã da noiva. Tiveram:
4. ANTÓNIA nasceu em 31 de Julho de 1608 na freguesia de S. Tomé. Foi padrinho João de Teves, contador mor.
4. VICENTE nasceu na mesma freguesia em 9 de Junho de 1613. Foi padrinho o Conde do Redondo e madrinha D. Mariana.
4. DUARTE CALDEIRA DE ABREU nasceu em Lisboa na freguesia de S. Tomé .Foi cavaleiro do hábito de Avis e almoxarife de três casas. C.g.
4. MATEUS CALDEIRA DE ABREU nasceu em Lisboa. C.g.
Cumprimentos
António Perestrelo
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RE: CaldeiraII
Caro João Caldeira.
Em relação ao período de tempo que este tópico refere, encontrei vários Cristovãos Caldeira.
A fonte das informações que passo a fornecer, correndo o risco de repetir informações que já possa ter, são do Prof. Doutor Candeias da Silva que fez um levantamento exaustivo das elites Abrantinas durante o período Filipino.
Quando surgir SV, referimos Igreja de S. Vicente. Quando surgir SJ, referimos Igreja de S. João Baptista.
a) Cristovão Caldeira.
Era casado com Leonor da Rosa de quem houve:
Manuel (b. SV, 24.12.1604), Vicente (b. 1614), Francisco (b. 19.04.1617). Faleceu sem testamento, a 1.09.1632, enquanto sua mulher viveria até 22.04.1652. Foi Almotacé em 1616, pelo menos.
b) Cristovão Frade Caldeira.
Filho de Álvaro Frade Caldeira e de Maria Camela foi criado (escudeiro-fidalgo) de D. António de Meneses e casou com Francisca Dias. Tiveram:
Mariana Caldeira(n. 1603), Francisca Camela (b. SJ, 11.01.1607), casada depois em SV, 1635 com João Gomes sirgueiro, filho de Vicente Gomes e Isabel Pinheira), João Frade Caldeira (b. SV, 16.12.1609), Maria (n. cerca de 1612 e faleceu solteira), Vicente Frade (n. 1615, faleceu solteiro no Brasil ou Castela? onde assentou praça, com 30 anos). Simão Frade Caldeira (b. SV, 4.11.1620, foi também para o Brasil por soldado e em 1645 era religioso do carmo do hábito de Santiago) e Leonor Camela ou Caldeira (n. cerca de 1628).
Cristovão Frade exerceu também alguns cargos da governança; era almotacé em 1618,1632(?) e 1633.
c) Cristovão Mendes Caldeira.
Cavaleiro da Casa Real, natural e morador em Abrates, era filho de Inês Álvares de Almeida (m. 1599). Decerto fervoroso adepto da causa Filipina, como todos os membros da família Almeida, foi logo em 31.01.1581 eleito um dos dois procuradores de Abrantes às Cortes de Tomar, juntamente com o seu amigo e parente Bernardim Ferreira, sendo também muito provável que já em 1580 tenha servido como vereador. Sabe-se que foi também ele que em 1598 serviu de alferes da bandeira real na cerimónia de exéquias por morte do primeiro dos Filipes. Foi, porém, como vereador que este incondicional melhor serviu o concelho e o regime, participando pelo menos em quatro equipas (1583, 1589, 1595 e 1601). Desempenhou ainda os cargos de almoxarife da vila (já o era em 1579), provedor (1584, 1594 e 1604) e escrivão da Misericórdia (1582), reitor das confrarias da Igreja de S. Vicente e decerto também almotacé.
Casou com Beatris Ferreira, de quem teve entre outros: Inês [Álvares de Almeida; um filho, que morreu de peste em 1580(SV) e um outro (Brás Mendes) que morreu em 1597 e foi repousar na Igreja da Esperança. Em 1585 andava em demandas em que inytevieram os moradores das Sentieira; em 1587 fez no tabelião Manuel Maia um contrato e obrigação com trabalhadores para poder fazer madeira para as naus d´el-rei no termo de Maontargil. Possuia bens de raíz diversos, designadamente em Chão dsa Vide (Alferrarede). Finou-se sua mulher a 1.09.1600, sendo sepultada em São Domingos (SV, mistos2, fl. 65 v.); enquanto ele viveu bastante mais, até 30.01.1622 (SV, 2, fl.82v.).
Constato agora que não está sepultado na capela dos Soares Galhardo (SJ). Talvez o que li seja uma referência a alguma relação familiar posterior que passe por Inês Álvares de Almeida.
Em relação a Cristovãos da época em causa, é tudo.
Depois prossigo, caso não lhe esteja a repetir informações.
Cumprimentos
Fernando Andrade
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RE: CaldeiraII
Caro João Caldeira.
Andei à procura de Vicentes Caldeira que se enquadrem no tempo a que este tópico se refere e encontrei, também do Prof. Doutor Candeias Silva o seguinte:
VICENTE CALDEIRA.
Casou a 2.12.1600 (SJ) com Gracia Pereira de quem houve Luís Caldeira Pereira (1602). Foi provido no ofício de tabelião das notas, que fora de seu Pai e de um irmão, dando fiança de 20 mil réis em 18.5.1586 (Tabelião Manuel Maia, 3, fiador, Vaz Pita).
Morreu em S. João, a 3.6.1614, ficando sepultado em cova de seus maiores, na nave do meio perto da primeira coluna para a parte de S.to. António.
VICENTE TEMUDO CALDEIRA.
Considerado também dos principais da vila e da governança dela, era filho de Jerónimo Temudo Caldeira e de Inês de Almeida, neto paterno de Pantaleão Temudo Caldeira e de Brites Freire, materno de Cristovão Mendes Caldeira e de Brites Ferreira, todos naturais e moradores na vila de Abrantes. Em 9.1.1641 foi eleito um dos dois procuradores às Cortes de Lisboa desse ano.
Nasceu cerca de 1590 (SV). Estudou em Abrantes "na Escola de ler e escrever e latim"; depois matriculou-se em Coimbra, em Instituta e Cânones, em 1604 e 1612, mas não sabemos se chegou a concluir o curso... em 1636 era um dos capitães da ordenança.
Não casou. Talvez (também) por isso em 22.5.1640, após diligências e inquirições sobre a sua "limpeza de sangue", foi considerado como habilitado para servir como "familiar do Santo Ofício: (ANTT, Habilitações..., 1-12).
Em 25.2.1637 morria em casa dele seu irmão Frei Cristovão religioso de S. Domingos (um Convento de Abrantes). Viria a falecer a 11.11.1658, sendo sepultado no mosteiro da Esperança.
Fernando Andrade
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RE: CaldeiraII
Caro Fernando Andrade,
Ligados aos Caldeiras de Ferreira do Zêzere que refiro neste tópico surgem algumas pessoas de Abrantes com os apelidos Mattos Noronha, Saraiva de Matos, Camelo Gueifão e Cotrim. Estou a referir-me concretamente ao último quartel do século XVI e á primeira metade do século XVII.
Gostava de saber se possui elementos acerca de pessoas com estes apelidos nesse período, em Abrantes.
Comprometo-me a colocar aqui dados mais detalhados ainda hoje.
Cumprimentos,
Paulo Alcobia Neves
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RE: CaldeiraII
Caro José Cadeira
Será que nos seus apontamentos sobre Caldeiras consta a ascendencia deste Afonso Cadeira de Elvas http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=236275
os melhores cumprimentos
Óscar Caeiro Pinto
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RE: CaldeiraII
Caro Paulo Alcobia Neves.
Revendo a obra de que me tenho servido, encontrei:
FELICIANO MENDES COTRIM.
Cavaleiro Fidalgo da Casa Real e tabelião do judicional, casado com Ana Matos, dela havendo um filho, J0ão Saraiva de Matos. Faleceu Feliciano Cotrim a 12.10.1628 em S. Vicente, a esposa a 7.09.1635, sem testamento (SV, 3, fl. 265).
Registam-se desta família outros nomes dos quais não restam senão elementos biográficos avulsos: António Cotrim, casado em 1593 (SV) com Maria Camela; Miguel Cotrim, casado com Joana Dias em 1624 (SV) e Simão Cotrim da Costa, casado em 1620 (SV) com Maria de Miranda Caldeira.
Dos restantes não encontrei quaisquer nomes relacionados.
Cumprimentos,
Fernando Andrade
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RE: CaldeiraII
Caro Fernando Andrade,
Muito obrigado pelas informações.
Desconheço a obra que está a utilizar mas pela quantidade e qualidade das informações estou deveras interessado em a adquirir.
Em Ferreira do Zêzere as principais famílias do século XVI andavam ligadas a algumas das principais famílias de Abrantes no entanto quando os genealogistas começaram a publicar títulos sobre estas famílias já tinham passado alguns séculos e hoje é possível verificar que nas gerações mais recuadas encontramos incongruências diversas.
Por exemplo, a maior parte dos nobiliarios indicam Gonçalo Camelo como o Abrantino que esteve na origem dos Camelos da Vila de Dornes (Concelho de Ferreira do Zêzere),dizem alguns que este Gonçalo foi casado com Mayor de Matos Saraiva e Noronha (Salvador Soares Cotrim e Salter de Mendonça por exemplo).
No entanto documentação coeva leva-nos para outras figuras da principalidade Abrantina. A título de exemplo referirei a habilitação para o Santo Oficio de Francisco Saraiva de Mattos, na qual, uma das testemunhas, o reverendo Diogo Fernandes de Almeida, clérigo do hábito de São Pedro, morador em Abrantes, diz que a Maria Camelo procedia dos Camelos de João Saraiva de Matos, morador em Abrantes, de geração muito honrada e que têm por apelido Camelos Pegamassos (?), que foram alferes mores de Tanger, família muito nobre e honrada e que ainda hoje há além do Rio (Bispado de Coimbra) muita gente desta geração.
Também o Padre João Rodrigues Cansado, beneficiado na Conventual Igreja de Santa Maria do Castelo, em Abrantes, de 46 anos +-, disse que, por tradição que lhe contaram seus pais, a Maria Camela era da melhor família que havia neste povo. Sabia também que desta procediam o prior de Aguas Belas e o vigario de Paio Mendes, seu irmão.
O Padre Vicente Lopes Ferreira, diz que ouvira dizer que Maria Camela era natural da Vila de Abrantes e filha de Manuel Camelo.
Como se vê parece-me haver uma enorme confusão nas genealogias supracitadas.
Os elementos que o Fernando me fornece são igualmente esclarecedores e coincidem com algum trabalho produzido por Manso de Lima, figura da região e quiçá mais bem informado.
Gostaria de saber se este apelido Pegamassos é conhecido ou se existe pois tive alguma dificuldade em decifrar a caligrafia do referido processo.
Ficando à sua disposição, despeço-me com gratidão,
Paulo Alcobia Neves
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RE: CaldeiraII
Estamos a chegar a um ponto importante nesta questão...
Diogo Fernandes de Almeida o Prior do Crato foi influente na passagem da familia Caldeira para Abrantes ...o seu Escudeiro Diogo Fernandes Caldeira (Diogo Caldeira de Morais), foi sucessivamente tendo funções em Portalegre (terra de onde era natural ), Crato e finalmente Vila de Rei...este Diogo será o pai de Cristovão?....tal como é referido por Manso de Lima.
A ser assim o percurso/ligação Portalegre sec.15---Abrantes sec 16 ficaria explicado, assim como o casamente de Joana -filha de Cristovão, com um natural de Portalegre.
Como se está a ver a ligação a Diogo Caldeira de Portalegre pode ser importante no esclarecimento deste ramo..., pois os de Abrantes/Sardoal vão ser a origem do ramo da Beira Baixa....
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RE: CaldeiraII
"Ligar"elementos de uma familia no periodo anterior aos Registos Paroquiais para alem de ser dificil,não é nunca 100% seguro...., nem com base em " Genealogias" ou Doc. Historicos...
no entanto existem situações que têm alguma probabilidade ...e que são diariamente o ponto de partida para o trabalho de pesquisa de uma genealogia ....
"pelo correr dos tempos", o Diogo de Lisboa, poderia ser descendente deste de Portalegre-Crato -Vila de Rei...especialmente se estivesse ligado a familias Alvares, ou Morais..., ou à familia Almeida de Abrantes..
espero que a sua pesquisa seja coroada de êxito.
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RE: CaldeiraII
Caro Paulo Alcobia Neves.
Desconheço a família Pegamassos. Eu não sou grande conhecedor da matéria, é natural que para outros confrades essa família seja conhecida.
No período a que me reporto, a época Filipina em Abrantes, essa família não aparece.
Em relação às fontes que tenho utilizado neste tópico, elas surgem na "Dissertação de Doutoramento em História Apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa - Anexos, Fontes e Bibliografias", Prof. Doutor Joaquim Candeias Silva.
Além do próprio que tem a obra completa, existem outras, já que, quando se faz um Doutoramento ou outro grau aoutras tantas Bibliotecas: Biblioteca Nacional e Bibliotecas das Faculdades da área cientifica em que a obra se incere, neste caso a área de Letras/História.
Pedi ao autor que, aqui no Porto, me indicasse quem me emprestaria parte dos anexos da obra onde são referidas as fontes genealógicas.
São essas informações que agora apresento como contributo à Família Caldeira.
Conto estar em breve com o Professor e vou pedir-lhe para me autorizar a fotocopiar outros exemplares. Estou certo que neste tópico haverá vários interessados.
Cumprimentos,
Fernando Andrade
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RE: CaldeiraII
caro jcaldeira, para sua informação: veja o apelido "caldeira" em 1ª e 2ª partes intitulado: caldeiras de alegrete.
jm
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RE: CaldeiraII
Não encontro os "Caldeiras deAlegrete",PF escreva novamente a referência!
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RE: CaldeiraII
basta escrever caldeiras e clicar na pesquisa para todas as salas
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RE: CaldeiraII
Num documento interessante de 1548 (corpo cronológico), o Infante D. Luis pede para Pedro Lopes as casas em Santarem que foram de Agostinho Caldeira....
Ora no mesmo livro sobre Abrantes, Pedro é escrivão?(não me lembro bem qual o cargo),na cidade de Abrantes, cargo que passa ao seu filho João Caldeira.
A hipotese da ligação dos de Abrantes ao Crato (via Diogo ...eventualmente parente de Agostinho?), parece reforçada com este documento do CC, embora certamente ainda não provada...
Por outro lado esse Cristovão e Vicente, são certamente mais recentes (pelo menos uma geração!), que os filhos de Rui Caldeira de Leiria.
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Andrades
Caro JCaldeira,
Quanto a Andrades nesta zona, alguns dos quais chamados D'Andrade como refere, tenho:
Francisca de Andrade, casada com Manuel Francisco em Travancinha, Seia, aos 04-02-1681. Era filha de Domingos Rodrigues.
Catarina de Andrade, do Cadouço, casou com Simão Rodrigues. Tiveram José Dias que casou em Valverde, Fundão, aos 24-12-1711.
Cumprimentos
JLiberato
Lisboa
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RE: CaldeiraII
Caro Fernando Andrade,
Por motivos diversos andei afastado da internet na última semana e só agora me apercebi desta sua resposta.
Gostaria muito de ter os referidos anexos até porque tenho a parte da obra que foi editada.
Na altura, quando a adquiri, naquela que considero a mais bela das livrarias ribatejanas "A Companhia dos Livros", em Tomar, fiquei curioso a respeito dos anexos, uma vez que os mesmos me sugeriam maior interesse que a parte publicada (fala o genealogista!).
Ficando a aguardar quaisquer desenvolvimentos sobre esta matéria despeço-me e agradeço a colaboração prestada.
Cumprimentos,
Paulo Alcobia Neves
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RE: CaldeiraII
Caro João Caldeira,
"Encontrei" mais estes Caldeira, nos referidos anexos do Prof. Doutor Candeias da Silva. Contêm informação que se adequa a alguma já aqui avançada.
Também eu tenho andado um pouco arredado destas matérias. Espero que, entretanto, tenha havido progressos...
CALDEIRA, Álvaro Frade.
Morou na Vila de Abrantes, de alcunha "o Tiborna", era casado com Maria Camela (filha de Belchior Camelo) supomos que seja esta a Maria Camela que faleceu em SJ, a 20.04.1596. Tiveram: Cristovão Frade Caldeira, João Camelo (que foi para o Estado da Índia, lá casou e teve filhos), Diogo Caldeira (também foi para o Estado da Índia, sendo ainda solteiro), Manuel (b. SV 16.02.1578, em perigo), outro Manuel (1.1.1581), Catarina, (26.4.1586), Belchior (1588), Luisa (1591), Cosme (1593) e Maria (1596).
Foi almotacé em 1594. Era enfermeiro da Misericórdia em Setembro de 1601.
Outro Álvaro Frade CALDEIRA.
Protonotário, beneficiado de Igreja de SV e morador junto a ela. faleceu a 25.3.1576, sem geração mas com testamento, de que foi testamenteiro seu irmão CRISTOVÃO FRADE. dele constam entre outras deliberações e vários bens, liberdade para uma sua escrava (Leonor), e legados a vários sobrinhos (VASCO FREIRE, ISABEL FRADESSA, BEATRIZ MENDES, que era casada com BERNARDIM FERREIRA, ANTÓNIA DO AVELAR, JOÃO FRADE CALDEIRA e MANUEL DA SILVEIRA FRADE. Constam ainda deliberações para a construção de uma Capela na Igreja de S. Vicente, que então se projectava reedificar.
- Não se esqueça dos D´Andrade de Monsanto, talvez sejam ancestrais dos que, até hoje, consegui encontrar. Estou parado no casal Manuel d´Andrade, *1800 em Penamacor, casou com Joaquina Martins natural de Sabugal. Tiveram: Pedro Joaquim d´Andrade e Ana Joaquina d´Andrade, esta última é minha Tetra-Avó.
Cumprimentos,
Fernando Andrade
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RE: CaldeiraII
Caro João Caldeira,
Aqui vão mais alguns. Estes dizem-me directamente respeito:
Luís Soares Galhardo e Almeida.
Filho de Juzarte Soares Galhardo e de sua mulher D. Joanna Themudo de Almeida, casou na Vila de Abrantes, em sua casa, a 12-II-1657, com D. JOANNA da SILVA, filha de Manuel Jorge e de D. Maria Manoel, naturais do Casal das Vargens, termo de Vila de Rei.
Foi proprietário do Ofício de Escrivão dos Órfãos da vila de Niza onde nasceu.
Tiveram:
1. Manuel Soares Galhardo Themudo Caldeira. Aqui em: genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=281335
Nasceu em Lisboa, S. Pedro de Alfama a 1-I-1698. Viveu em Abrantes, foi proprietário do Ofício de Escrivão dos Órfãos da Vila de Niza, ofício herdado de seu Pai.
Casou 1.ª vez com D. HUMBELINA TAVARES DE MAGALHÃES, natural de Viseu. S. g.
Casou 2ª vez em Castelo Branco com D. MARIA TUDELA de CASTILHO SOARES FIGUEIROA, C. g., filha de Fernão Tudela de Castilho, Tenente de Cavalos e Juiz da Alfândega de Castelo Branco e de sua mulher D. Francisca Marques do Prado, Irmã de D. Diogo Marques, Capitão de Cavalos em Campo Maior.
2. João Soares Galhardo de Albergaria.
3. António Soares Galhardo Caldeira de Almeida,
Filho de Luís Soares Galhardo e de sua mulher D. Joanna da Silva, nasceu na Vila de Abrantes a 25-VI-1701, baptizado a 07-VIII-1701 e aí viveu. Foi Vereador dessa Vila no ano de 1728.
Casou 1.ª vez com D. Antónia Fradessa de Mendanha, filha de Manuel Borges de Sousa e de Leonor da Rosa de São Paio. Tiveram:
D. MARIA, (n. 20.10.1727) (m.m.).
Casou 2ª vez com D. Maria Josefa Inácia da Silva, natural de Tomar, filha do Dr. António Gomes Monteiro, natural de Abrantes, Juiz dos Órfãos de Tomar, e de sua mulher Ana Maria Teresa da Silva.
Tiveram:
D. Antónia Themudo Soares Caldeira de Almeida.
Nasceu na Vila de Abrantes a 14-VI-1738. Casou com Jacinto Serrão da Motta, Juiz Ordinário do Sardoal, que militou alguns anos num Regimento de Cavalaria. Vem nomeado na Biblioteca Lusitana de Barbosa Machado, Vol. IV, pág. 144, escreveu:
Poesias Sérias e Jocosas;
Delicta Juventutis Mea;
Destroços (“acerca da tempestade de 15-X-1733, que assolou o Reyno de Portugal”);
Filosofia Política, Moral e Economia;
Memórias Restauradas do Sardoal entre 1753/77 (Manuscrito);
Tiveram:
Sebastião Serrão Themudo Soares de Albergaria Galhardo, casado com D. Maria Paula Burguete de Oliveira, etc...
Pelo que conheço desta genealogia o apelido Caldeira aparece associado aos Themudos de Abrantes.
Até breve.
Fernando Andrade
4. D. Joanna Themudo Almeida da Silveira. (tutora e administradora do Morgado de Luís Soares Galhardo Themudo Caldeira Tudela, filho do 2º casamento de Manuel S. G. Themudo Caldeira).
5. Thomaz Soares Galhardo. Foi Irmão da Misericórdia de Abrantes.
Nomeou como herdeira, em testamento a sua Irmã, D. Antónia Themudo Soares Caldeira de Almeida
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RE: CaldeiraII
Baralhei-me durante o "copy"/"paste".
O ponto 4 e 5 segue o ponto 3.
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RE: CaldeiraII
Caro João Caldeira.
Espero que estaja de boa saúde. Após este longo interregno, aqui tem alguns dados que encontrei e desejo sejam úteis:
Estes dados foram coligidos pelo meu 6º Avô, Sebastião Serrão da Motta, no seu manuscrito "Memórias Restauradas do Antigo Lugar e Vila do Sardoal".
Para a época a que este tópico refere encontrei no Sardoal, retirados do Cartório da Câmara, Livro da Fábrica para os anos de 1507 a 1559 e rubricado pelo Juiz Diogo Gonçalves, os seguintes Caldeira:
Fernão Caldeira - Juiz no ano de 1535.
João Caldeira, Escudeiro - Juiz no ano de 1540.
Fernão Caldeira - Juiz no ano de 1543 (dece ser o mesmo que em 1535).
Fernão Caldeira - Juiz no ano de 1548.
Fernão Caldeira - Juiz no ano de 1556.
Mesmo Cartório da Câmara, outro Livro da Fábrica para os anos de 1559 a 1595, rubricado pelo Juiz Sebastião de Figueiredo, os seguintes Caldeira:
Fernão Caldeira - Juiz no ano de 1564.
João Caldeira - Juiz no ano de 1581.
Naturais do Sardoal que nas conquistas do Reino foram mortos ou captivos:
Palimpsesto 1º
Fl. 15.V. Duarte Caldeira, filho de Diogp Fernandes, Tabelião, morreu nas Praças da Índia.
Fl- 27. João Caldeira, Cortezão, Cavaleiro Fidalgo da Casa do Senhor D. Duarte seu aposentador e Irmão do dito Duarte Caldeira ( diz o contexto estar assistente em Argel ).
Palimpsesto 4º
Isabel Caldeira, mulher de Manuel Chorro Dinis, o qual morreu nas partes de Argel.
Serviram na Misericórdia do lugar do Sardoal, ao tempo de ser feito Vila:
Provedores e oficiais de Mesa:
João Caldeira - 1553.
Fernão Caldeira - 1535-1556.
Com os meus cumpriemntos,
Fernando Andrade
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