Lisboa - Família Allen

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Lisboa - Família Allen

#10156 | José Alberto Allen | 02 out 2001 23:57

Caros colegas
Dois irmãos de meu quarto avô Edward William Allen, respectivamente:
George Allen (*Gaia 14/12/1730 + Lisboa, Mártires, 24/5/1793)
e Thomas Allen (*Gaia 15/1/1732 + Lisboa 24/06/1804, sepultado nos Paulistas)
fizeram a maior parte da sua vida em Lisboa, aí casaram, tiveram descendência e morreram.
De George conheço vagamente a descendência.Uma das filhas, Anne, casou com John Edwards, de quem teve um filho também John, nascido a 1/12/1790. Anne faleceu a 10/9/1791. Do único filho, nada sei.
Outra filha, Harriet, casou c/ um Thomas (?) Lamprière. Nada mais sei.
Outra filha, Lucy, casou com um tal James Parris. Nada mais sei.

Thomas, que foi comerciante e consul britânico em Viana, casou em Lisboa com Clara Antónia Mazza. Teve um só filho, Carlos Manuel, que deixou numerosa descendência no Porto, bem estudada. Thomas faleceu em Lisboa.
Desconheço se George e Thomas fizeram testamento e desconheço o que terão feito em Lisboa. Por um acaso da sorte, nenhum colega terá "tropeçado", nas suas investigações, com elementos biográficos relativos a estas pessoas ?
Obrigado !

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RE: LISBOA - FAMÍLIA ALLEN

#10160 | alentejo | 03 out 2001 00:24 | Em resposta a: #10156

Caro José Alberto,


Há dias tropecei no baptismo dum filho, ou filha, de Jorge Alem (sic), natural de Gaia, e de sua mulher Fulana Além, natural de Inglaterra ou Irlanda, onde se receberam. Isto passa-se na freguesia de São Julião, Lisboa, cerca de 177.... Não me recordo de momento de mais elementos e não retirei indicações por pensar que teria estas linhas estudadas. Quando tiver tempo posso espreitar esses elementos.

Cumprimentos

Nuno Borrego

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RE: LISBOA - FAMÍLIA ALLEN

#10166 | Ortigão | 03 out 2001 04:50 | Em resposta a: #10156

Caro José Alberto

No livro "A familia Ramalho Ortigão" há referência á Srª D. Gladys Pereira Leite Allen e respectiva descendência, que poderá ou não ser descendente de Allen's lisboetas. É consultável aqui no site.

melhores cumprimentos
Rodrigo Ortigão de Oliveira

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RE: LISBOA - FAMÍLIA ALLEN

#10215 | José Alberto Allen | 04 out 2001 01:48 | Em resposta a: #10160

Caro Nuno Borrego
Obrigado pela pronta resposta. George Allen, filho de George Allen e de Josefa Nevel (aliás Newel), nasceu em Gaia mas fez toda a sua vida, creio, em Lisboa. Não sei se foi comerciante, como quase todos os irmãos. Mas ao contrário dos irmãos manteve-se sempre "muito British" e perdeu um pouco o contacto com a família. Tudo o que dele e seus filhos sei está aí no Genea, mas resumindo:
George , segundo registos familiares, casou-se em Lisboa (onde ?)a 17/12/1759 com Eugénia (Jane) Garfoot. Mas eu tenho o registo de casamento com a mesma senhora a 14/06/1762, na Capela da Embaixada de Portugal em Londres... Coisa possível, mas algo estranha, pois o seu primeiro filho já teria 3 meses de idade ...
George e Jane tiveram os seguintes filhos:

a) George. * Londres 01/03/1762, + (Lx?) 16/10/1762
b) Jane. * Lx 11/03/1763 * (LX?) 25/01/1765
c) Anne. * Sintra (?) 30/06/1791 + Lx. 10/09/1791. C. Feitoria Inglesa Lx a 08/04/1786 com John Edwards (Bapº Lx 23/05/1756) e tiveram um filho, John, + Lx 01/12/1790, s.m.n.
d)Sophia, * Campolide 30/05/1767; + (Lx?) 30/07/1768.
e)Harriet. * (Lx?) 20/12/1770; C.c. Thomas Lamprière, s.m.n.
f)Lucy, C.C. James Parris (diplomata ?), s.m.n
De maneira que com um ramo tão pouco conhecido, qualquer informação seria benvinda...

Quanto ao Thomas Allen (mesma filiação acima), sei que foi comerciante de certo vulto em Viana, depois Consul Britânico naquela cidade. Quando se retirou para Lisboa (onde casara com Clara Antónia Mazza, filha do violinista Giovanni Thomazzo Mazza, da orq. de Câmara de D.João V),deixou o consulado de Viana a seu irmão Edward William, meu 4º avô. Que terá feito em Lisboa, onde veio a morrer em 24/06/1804, tendo sido sepultado nos Paulistas ?
Por curiosidade : de Thomas Allen, através de seu único filho deste Carlos Manuel Allen,e do seu neto José Allen, descendem, extra-matrimonialmente, muitos dos Allens que há em Portugal, e que eu não inseri no Genea para não ferir, eventualmente, quaisquer susceptibilidades.
Mas não é o caso de Gladys Allen ou Guilherme Pessoa Allen, que não estão, que se saiba, ligados ao nosso ramo.
Um abraço e obrigado.

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RE: LISBOA - FAMÍLIA ALLEN

#10217 | José Alberto Allen | 04 out 2001 01:57 | Em resposta a: #10166

Caro Rodrigo Ortigão de Oliveira
Muito grato pela sua resposta. Já pesquisei a senhora Gladys Allen, mas não encontro ligação connosco. Para mal de meus pecados, Allen é em Inglaterra ou Irlanda um nome tão vulgar como Silva, em Portugal. O que dificulta enormemente qualquer pesquisa, especialmemte em Inglaterrra onde, como penso saberá, nos registos de casamento raramente se registavam filiações e nos baptisados, salvo alguns casos envolvendo gente de importantes linhagens, não se mencionavam os avós !
De qualquer forma, o muito apreciei a sua disponibilidade. Um abraço.

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RE: LISBOA - FAMÍLIA ALLEN

#10220 | PDOBT | 04 out 2001 04:04 | Em resposta a: #10156

Caro José Alberto,

Encontrei o seguinte:

1)John Lemprière era em 1794 cônsul, ou vice-cônsul, britânico em Faro ( The Historical Association. Lisbon Branch. 7th Annual Report & Review, 1943, p. 440, citando o Almanaque de Lisboa de 1794 ).
Seria parente do seu Thomas Lamprière? ou Lemprière? Creio tratar-se de uma família da ilha de Guernsey, de origem francesa
( veja o óptimo site de Paul Carey em Careyroots sobre famílias dessa ilha ).

2.) Encontro em The Historical Association. Lisbon Branch. Third Annual Report & Review , 1939, p. 165, George Allen como testemunha
na leitura do testamento do negociante Thomas Parr de Lisboa, em 3.7.1783. Também consta o nome de David Bowden, o "vizinho de cima" do
seu George Allen.

3.)De facto, George Allen (Jorge Alem nas corruptelas dos semi-analfabetos que faziam os registos )aparece a arrendar o 1.º andar de um prédio na Rua Direita do Corpo Santo ( hoje Rua Bernardino Costa ), em 1778. Dez anos depois ainda lá estava e pagava a renda de 476$000 réis, que incluía também uma loja no rés-do-chão e a sobre-loja. O andar por cima era do
dito David Bowden, negociante da British Factory, e no 3.º andar morava Carlos O'Neill, irmão de João O'Neill, primeira geração desta família em Portugal. Nessa casa acabou por falecer George Allen em 24.5.1793 ( Arq. Hist. Trib. Contas: Décima da cidade de Lisboa, freguesia de S. Paulo, arruamentos, maços 897( 1778 ),902 ( 1788 ).

4.) A freguesia em questão é mesmo a dos Mártires que naquela altura acabava no rio e integrava a parte nascente da Praça do Duque da Terceira, vulgo Cais do Sodré. Apesar dos impostos serem ainda registados na freguesia de S. Paulo (!). Contudo todos os assentos paroquiais deverão ser procurados nos Mártires.

Cumprimentos

Pedro O'Neill Teixeira

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RE: LISBOA - FAMÍLIA ALLEN

#10226 | alentejo | 04 out 2001 11:28 | Em resposta a: #10215

CAro José Alberto,

Existe em Portugal "outra" família Allen, que remotamente pode ser dos seus. Assim temos:

DIOGO ALLEN, casou com CATARINA ALLEN. Tiveram:

WILLIAM ALLEN, Nasceu em Casteltovon (?), Bispado de Cork, Irlanda. Naturalizou-se português com o nome de Guilherme. C. na freguesia de São Nicolau, Lisboa, a 15-X-1832, D. Delfina Emília Pinto Pessoa, B. na freg. Anjos, Lisboa, a 15-X-1814, filha natural de José Rafael Pinto Pessoa, B. Bucelas, Loures, a 30-XI-1786, e de Delfina Rita Balbina Pessoa, B. freg. Ajuda, Lisboa; neta paterna de Mateus da Costa Pinto, nat. Bucelas. Capitão, e de D. Antónia Saturnina Pessoa Bezerra, B. freg. São Pedro Gonçalves do Corpo Santo, Pernambuco, Brasil (filha de António Ferreira Cristóvão, N. freg. Nª Sªdo Pranto, Fuzeta, e deD. Ana Maria Pessoa Bezerra, nat. em Olinda, Brasil). Tiveram:
GUILHERME DIOGO PESSOA ALLEN, B. na freguesia dos Mártires, Lisboa, a 02-XII-1839 e morreu a 19-III-1916. Casou na freguesia de Santa Isabel, Lisboa. Foi escritor e economista; fundador da The Finacial and Mercantile Gazette, e seu redactor de 1877 a 1880, e da revista mensal Gazeta Financeira. As suas colaborações técnicas em jornais, especialmente no Jornal da Noite, for a sempre notáveis e notadas (GEPB, Vol. I, p. 969). Casou com 1. D. VIRGINIA CÂNDIDA PEREIRA BRAMÃO, B. freg. Conceição Nova, Lisboa. Morreu a 24-XII-1935, filha de Carlos Augusto pereira Bramão e de sua mulher D. Maria José Kocher Fragoso. Tiveram entre outros:

MÁRIO PEREIRA ALLEN, morreu a 16-XI-1920. Casou com D. Emília Perry Vidal, morreu a 28-VII-1962, filha de Ricardo Perry Vidal. Com geração até ao presente.


Um abraço

Nuno Borrego

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RE: LISBOA - FAMÍLIA ALLEN

#10234 | PDOBT | 04 out 2001 13:44 | Em resposta a: #10156

Caro José Alberto,

Em tempo: talvez devido ao adiantado da hora a que lhe escrevi na última nota, troquei o Daniel Bowden pelo David Bowden. De facto, o "vizinho de cima" de George Allen era Daniel Bowden e não David Bowden. Assim o referem os livros da décima de Lisboa e os Almanaques de Lisboa. David Bowden baptizado em Lisboa, em 1750, nos assentos da British Factory, poderia ser filho deste Daniel Bowden. Houve outros Bowden baptizados em Lisboa, em datas posteriores e sempre na British Factory. Contudo, trata-se de uma família protestante tornando-se difícil arranjar dados concretos. O Almanaque de Lisboa de 1796 referia a casa comercial de Daniel Bowden & Filhos. A mesma abriu falência em meados de 1809.

Ainda sobre George Allen:

1.) George Allen aparece sempre referenciado nos Almanaques de Lisboa e nos livros da décima da cidade como negociante estrangeiro, ou negociante inglês. Portanto dedicou-se à mesma actividade que os seus irmãos do Porto.

2.) George Allen terá sido dos primeiros moradores desse prédio, acabado de construir em 1778 ( o prédio não aparece nos registos de 1776 e os de 1777 não existem ). Daniel Bowden e Carlos O'Neill foram seus vizinhos durante anos. Este último morreu nessa casa em 22.12.1783, mas a viúva, Catarina O'Neill, ainda aí viveu até à sua morte em 14.6.1787 e alguns sobrinhos mesmo até 1796. Em 1784 apareceu nesse mesmo prédio a loja do chapeleiro João António Scotto, que ficava contígua ao estabelecimento de Allen, ambas com portas para a Rua Direita do Corpo Santo. Este Scotto ( andava aí noutro dia um senhor à procura dos Scotto... mas depois desapareceu ) manteve-se mais de trinta anos no local e a sua chapelaria era uma das mais conhecidas de Lisboa.
Pode imaginar assim o negociante britânico George Allen residindo na movimentada rua que fazia ligação entre o Cais do Sodré e a Praça do Comércio, num prédio habitado por famílias numerosas, onde o idioma inglês devia ser frequentemente utilizado.

3.) George Allen também frequentaria a vizinha igreja do Corpo Santo. Já reparei que este era católico, o que é raro dentro da colónia inglesa de Lisboa. Mas mais insólito foi ter sido sepultado no Corpo Santo (!). Sou especializado em irlandeses de Lisboa desta época e digo-lhe que não me lembro de outro caso. Os ingleses católicos eram normalmente sepultados no Colégio de S. Pedro e S. Paulo, vulgarmente conhecido como "Os Inglesinhos".

4.) Se George Allen fez testamento deve ser quase impossível encontrá-lo. O barco que em 1807 transportava os arquivos da British Factory naufragou na sua viagem para Inglaterra. Existe assim um interregno nos livros entre 1749 e 1807. Só com muita sorte existirá alguma transcrição em algum processo português. Tente o Desembargo do Paço.

Cumprimentos

Pedro O'Neill Teixeira.

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RE: LISBOA - FAMÍLIA ALLEN

#10260 | José Alberto Allen | 04 out 2001 22:52 | Em resposta a: #10220

Caro Pedro O'Neill
Como é que lhe posso agradecer tantas informações ? Quando lancei este tópico não pensava ter nenhuma resposta. Foi extremamente agradável encontrar tanta gente prestável e sabedora ! Nos registos mais antigos da família, que tudo indica terem sido da autoria de Richard, o irmão mais novo de George Allen "Junior" (e 11º filho do George Allen "Senior"), o nome do cunhado está claramente escrito Thomas Lamprière, sobre quem nada diz. Refere depois um filho de Thomas Lamprière e Harriet Allen, a quem chama "Name Lamprière", s.m.n.
Por outro lado, A.H. de Oliveira Marques (História da Maçonaria em Portugal, Vol I, p424, tem a seguinte nota biográfica "1018 - THOMAS LAMPRIERE.
N. Bordeaux (França) ?
CPr: Negociante. Membro da Feitoria Inglesa (1787 a 1803 pelo menos)
M .:. Frequentador da Loja de Lisboa: 1792.
Denunciado : 1792
B ANTT : Inquisição de Lisboa, nº 8593. A.R.
Walford, The British Factory, p 72.
Sem outros elementos, é impossível estabelecer uma relação entre este e o Consul em Faro, mas apesar da diferença ortográfica do apelido, seriam muito possivelmente familiares. Espero um dia destes conseguir uma coisa raríssima - tempo - e ir até à T.T. ver o que se descobre.
Voltando a George Allen Jr. : Sabe, por acaso, se a casa onde viveu ainda existe ?
Um abraço, muito grato

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RE: LISBOA - FAMÍLIA ALLEN

#10268 | José Alberto Allen | 04 out 2001 23:47 | Em resposta a: #10234

Caro Pedro O'Neill
Curiosíssimas essas informações. Só faltou espreitar para a loja do George Allen e ver o que por lá se venderia. Se seguiu a tradição familiar, exportou vinho (seria a famoso "Calcavelos" (!) ?) e importou tecidos, ferro, vidros e bacalhau ...
Tenho pena de nada ter a dizer sobre O'Neils.
Quanto aos Bowden, tenho um documento que me diz que Harriet, George, Jane, e Lucy Allen foram testemunhas do casamento de ANN BOWDEN e ROBERTH SMITH, de St. Gregory Parish, Londres celebrado na Feitoria, a 01/01/1793.
Um abraço, J.Allen

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RE: LISBOA - FAMÍLIA ALLEN

#10277 | PDOBT | 05 out 2001 01:12 | Em resposta a: #10160

Caro José Alberto Allen,

1.) O edifício em questão ainda existe, apesar de ter sido irremediavelmente desfigurado em meados de 1920, perdendo a sua feição pombalina que outros edifícios vizinhos ainda mantêm. Oportunamente dir-lhe-ei com mais pormenor qual deles é. Desconheço o seu n.º de polícia actual, ou o nome das lojas que possui.

2.) A minha tentativa de "reconstituição histórica" dos tempos de George Allen deve-se ao pecadilho de ser arquitecto - e as "genealogias" dos edifícios interessarem-me sumamente - e ainda por cima um devorador das obras de Júlio de Castilho, Pinto de Carvalho, Matos de Sequeira, Pastor de Macedo, Zacarias de Aça e outros, hoje consideradas "datadas" por alguns.

3.)Já agora, existe iconografia magnífica e creio que raramente reproduzida decentemente ( repetem sempre as mesmas coisas ). Uma vista do Cais do Sodré - óleo de Joaquim Marques- em 1785, como George Allen o teria conhecido. Um pormenor encontra-se reproduzido na contracapa das Cartas de Portugal, de Arthur William Costigan. Alguém sabe onde encontro a reprodução total desse quadro, e a cores?

4.) Provavelmente também Carcavelos. Já vi que era muito apreciado naquela época. Carlos O'Neill, sobrinho do outro Carlos O'Neill vizinho de Allen, comprou 50 garrafas do dito, a Domingos Aleixo Duff, em 18.8.1808 . Os irlandeses sabiam aviar-se.

Renovados cumprimentos

Pedro O'Neill Teixeira

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RE: LISBOA - FAMÍLIA ALLEN

#10324 | José Alberto Allen | 05 out 2001 23:41 | Em resposta a: #10226

Caro Nuno Borrego
Embora só conheça, com segurança, a identidade dum irmão do meu 5ºAvô George Allen, tenho razões para crer que nenhum outro irmão, ou parente próximo, se fixou por cá. O Diogo Allen que refere (possivelmente um James Allen, na versão inglesa do nome) parece ter cá chegado cerca de 114 anos depois de George Allen. Nessa altura já os apontamentos genealógicos da família estavam bem estruturados, e se existisse alguma relação de parentesco, seria de esperar que tivesse sido anotada.
Houve vários outros ramos Allen aparentemente distintos do nosso : um que se fixou na Região de Vinhais, ao que parece descendente dum oficial de Wellington, e outros que se ficaram inicialmente por Lisboa: William Allen, capelão da Feitoria, falecido a 25/03/1782; Outro William Allen, casado com Mary Pruist, que se supõe ter falecido sem descendência em Dezº de 1723; uma Mary Allen, que vivia em 1785
e foi testemunha do casamento do Embaixador Walpole com Sophia Stert: nessa data não me parece admissível que fosse a Mary , irmã do George Allen "de Lisboa", pois já estava casada e usaria certamente o apelido Rangel.
John Allen, cap. do navio Tagus, falecido em 1782, e cujo único filho, Thomas, faleceu em 1763.
No I.G.I. aparece também um Guilhermo (sic) Allen, nascido em Lisboa c. 1834, falecido na Argentina, que teve pelo menos um filho Tomas,também de Lisboa, casado com uma senhora Todd, (cito de memória, não estou seguro) que também faleceu em Buenos Aires.
Recentemente apareceram várias outras famílias com o mesmo apelido, tanto em Lisboa como no Porto.
Houve também um Padre Hyeronimous Allen, Director do English College, falecido em 1815.
Suponho que isto para si não tem qualquer interesse, mas... pode ser que aproveite a algum "passante".
Um abraço.

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RE: LISBOA - FAMÍLIA ALLEN

#24163 | NBA | 10 jul 2002 15:04 | Em resposta a: #10156

Caro José Alberto Allen

Gostaria de saber se dispõe de algumas informações sobre um João Allen, fotógrafo amador, provavelmente irmão ou sobrinho de Alfredo Allen, 1.º Visconde de Vilar d'Allen, que participou na Exposição Industrial do Porto, realizada em 1861, no edifício da Bolsa, onde apresentou fotografias estereoscópicas do Minho. Qualquer informação biográfica, retrato ou informações sobre o destino do seu espólio seria do maior interesse para mim. Gostaria também de obter seu contacto.

O meu contacto é:
Nuno Borges de Araújo
Alameda da Fonte, 80-2.ºC,
4700-428 Braga
tel. 967 634 695 (temporariamente)
e-mail: nunoborgesdaraújo@netc.pt

Peço desculpa por me desviar ligeiramente do tema 'Allen, de Lisboa', mas de facto é o único relativo a Allens no fórum.
Com os meus melhores cumprimentos
NBA

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FAMÍLIA ALLEN

#24173 | José Alberto Allen | 10 jul 2002 16:23 | Em resposta a: #24163

NBA
Engº João Allen :
Não tenho muitas informações sobre este meu tio-bisavô: era o filho mais novo (5º) de João Francisco Allen e nasceu no Porto a 16 de Março de 1840. Formou-se em 1863 na Academia Politecnica, obtendo a "Carta de Capacidade" em Eng. Civil de Pontes e Estradas, Zoologia, matemática, Física, Química, Economia Política, desenho de topografia e máquinas, tendo sido premiado no 1º,2º,3º e 5º anos de curso. Estudou depois em Paris (Escola Central de Artes), "à sua própria custa", segundo se diz numa carta de recomendação do Conde de Castro para o Embaixador de Portugal em Paris, datada de Setº 1863. Foi autor e tradutor de obras técnicas, especialmente relacionadas com Geologia. Morreu em Rilhafoles a 11/02/1905, demente, dizem que por excesso de actividade intelectual. No arquivo cá de casa existe uma fotografia sua (i.e.: da sua pessoa), em novo. Quanto a fotografias da sua autoria, conheço apenas uma claramente identificada, mas é possível que um exame mais atento ao espólio fotográfico da casa (o seu irmão Alfredo e sobrinho Alberto também foram fotografos amadores) revele mais alguma coisa. Posso fazer uma busca, se quizer.
Os meus cumprimentos, José Alberto Allen

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RE: LISBOA - FAMÍLIA ALLEN

#24197 | José Alberto Allen | 11 jul 2002 08:52 | Em resposta a: #24163

Caro Nuno B. Araújo
Dei ontem à noite uma espreitadela ao arquivo fotográfico. Há uma pequena caixa de madeira, identificada com " Tio João Allen" com negativos estereoscópicos. Muitas têm vistas antigas dos nossos jardins e outras mostram uma quinta que talvez seja a Quinta da Palmeira, em Braga, que creio ainda estaria na posse da família nessa época.
Cumprimentos

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RE: LISBOA - FAMÍLIA ALLEN

#24209 | NBA | 11 jul 2002 13:20 | Em resposta a: #24197

Caro José Alberto Allen

Agradeço-lhe a pronta resposta à questão que lhe levantei. Está a deixar-me 'com água na boca'...
Ao que parece, à volta da figura do seu bisavô Alfredo Allen, há uma série de pessoas ligadas à fotografia como amadores. O seu filho Alberto, o seu irmão mais novo João, de que temos estado a falar, e o seu sobrinho por afinidade José Maurício Rebelo Valente, que foi colaborador da revista "Arte Photographica" (1884-85), e participou na Exposição Internacional de Fotografia realizada no Palácio de Cristal em 1886. Há ainda duas pessoas ligadas à fotografia, que não sei se tem alguma relação familiar com estes: Adriano Ramos Pinto e António Ramos Pinto, que teve um armazém de aparelhos fotográficos na rua Sá da Bandeira (1889-96).
O meu interesse em João Allen e no seu trabalho fotográfico, tem a ver com o facto de fazer investigação na área de história da fotografia. Neste momento estou a escrever uma monografia sobre outro fotógrafo amador, contemporâneo do João Allen, que também participou na referida Exposição Industrial do Porto, em 1861. É bastante provável que se conhecessem. Tenho na minha colecção algumas estereoscopias do Minho datáveis dessa época. Conheço outras numa colecção privada que foram tiradas pela mesma pessoa. Nalgumas aparecem alguns jovens ligados à pintura e outros não identificados. Seria o João Allen um deles? Ver o seu retrato e as suas estereoscopias e compará-las com as minhas seria muito útil para este trabalho, uma vez que as duas hipóteses mais prováveis de atribuição de autoria das imagens que acima referi são o fotógrafo que tenho estado a estudar ou o João Allen. Seria possível combinarmos um encontro brevemente? Como posso contactá-lo?
Com os meus melhores cumprimentos,


Braga, 11 de Julho de 2002

Nuno Borges de Araújo

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RE: FAMÍLIA ALLEN

#268859 | miguelallen2011 | 18 jan 2011 23:50 | Em resposta a: #24173

Caro José Alberto Allen

O meu nome é Miguel Allen Revez Ferreira e estou pela primeira vez nestas andanças de procura das origens!!!

Nasci em 1974, S. Sebastião Pedreira - Lisboa
Filho de Célia dos Santos Allen Revez, 1945, Mértola
Filha de Afonso Allen Revez, 1920, Mértola
Filho de Guilherme Allen, 18xx
Filho de um William Allen, Inglês

Tenho aárvore genealógica desde os irmãos do meu avô (7), mas para "cima" apenas agora comecei a investigar..

Deste meu trisavô apenas sei que foi Eng nas Minas de S.Domingos e que tinha um irmão Eng Civil no Porto

Será possível que haja relação com a sua família?

Apesar desta sua msg já ter vários anos, espero que me possa dar alguma informação.

Melhores cumprimentos

Miguel Allen

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RE: FAMÍLIA ALLEN

#268880 | aeiou2 | 19 jan 2011 16:25 | Em resposta a: #268859

Caro Miguel Allen,

Se escrever Allen Revez,na janela na parte de cima à direita, ao lado de pessoas, encontrará alguns Allen Revez.

Julgo que o José alberto não vem já a este site.

Cumprimentos
Maria Oom Oliveira Martins

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RE: FAMÍLIA ALLEN

#268948 | miguelallen2011 | 20 jan 2011 23:18 | Em resposta a: #268880

Boa noite Maria Oom Oliveira Martins

É bem verdade que lá estão alguns, todos eles descendentes de Manuel Allen Revez, Irmão do Meu Avô, Afonso Allen Revez.

Haverá alguma forma de entrar em contacto com o Sr José Alberto Allen, ou familiares?

Muito Obrigado

M.Allen

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RE: FAMÍLIA ALLEN

#268955 | aeiou2 | 21 jan 2011 09:09 | Em resposta a: #268948

Olá,

Vou perguntar ao José Alberto.Ele está no Facebook

Cumprimentos
Maria

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RE: FAMÍLIA ALLEN

#268956 | hbanha | 21 jan 2011 09:09 | Em resposta a: #268948

Caro Confrade
Se fizer uma busca no Google pelo nome, ou até no Facebook, vai encontrar.
Cumprimentos
Henrique de Melo Banha

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RE: FAMÍLIA ALLEN

#269263 | aeiou2 | 25 jan 2011 14:32 | Em resposta a: #268948

O José Alberto Allen já não vem a este site,mas está no Facebook e é só escrever o nome no Facebook e pode perguntar o que lhe interessa.
Cumprimentos
Maria

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RE: FAMÍLIA ALLEN

#282733 | Alterego | 24 jul 2011 13:38 | Em resposta a: #268880

Caro Miguel Allen Revez Ferreira


Talvez eu lhe possa dar algumas achegas para melhor completar a sua árvirea genealógica. Vamos lá a isso.

O Miguel é, pois, filho de Célia dos Santos Allen Revez, nascida em 1945.

Sua Mãe é filha do recém falecido Afonso Allen Revez, por conseguinte seu Avô materno.

Seu Avô materno era filho de Cristina Allen Revez e de Cipriano Revez. Aqui está a primeira omissão nos degraus da sua árvore.

Ora, Cristina Allen Revez, sua bisavó materna, era a irmã mais nova de Amália, Ernestina, Manuel, Guilherme e Mariana, todos filhos de William Allen que adoptou o nome de Guilherma Allen, casado com Ernestina dos Santos Allen. Este Guilherme Allen era marítimo e nessa qualidade registado na Capitania de Vila Real de Santo António. Ele é, pois, o seu trisavô materno.

Não sei como lhe omitiram os nomes dos seus bisavós maternos, que eu ainda tive o privilégio de conhecer! Ainda conheci a sua trisavó materna mas já não o seu trisavô!

Também não sei como é que refere que o seu trisavô foi engenheiro nas Minas de São Domingos! Nem o irmão que teria sido engenheiro civil no Porto! Quem é que lhe vendeu esta historieta?

Se lhe puder ser útil, disponha sempre

António

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RE: FAMÍLIA ALLEN

#282756 | aeiou2 | 24 jul 2011 16:45 | Em resposta a: #282733

Desculpe mas não era eu, aeiou2 que deveria ter recebido esta mensagem mas sim, miguelallen2011.

Cumprimentos amigos
Maria

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RE: LISBOA - FAMÍLIA ALLEN

#283106 | alvim | 28 jul 2011 00:21 | Em resposta a: #24197

Raramente consulto o Forum. Hoje resolvi dar uma vista de olhos e deparei com este tópico. Como tenho a colecção completa do BOLETIM CULTURAL DA CÂMARA MUNICIPAL DO PORTO verifico que nos Vol. XI Fascículo 1/2 de Março/Junho de 1948 há um artigo com o seguinte título:
JOÃO ALLEN (1781-1848) SOLDADO, NEGOCIANTE, ARTISTA E AMIGO DAS ARTES. COMEMORANDO O 1.º CENTENÁRIO DO SEU FALECIMENTO

Mais interessante é o que se encontra nos Vol. XXI SET/DEZ 1958 FASC. 3/4 E VOL. XXII MARÇO/JULHO 1959 FASC. 1/2 APONTAMENTOS SOBRE A FAMÍLIA DE JOÃO ALLEN 1698-1948 onde para além de dados genealógicos aparecem gravuras de casas da Família Allen, Gravuras Humorísticas e cartas.

Esta obra, O Boletim Cultural está obviamente esgotadíssimo.

Pedro Taveira Leite Pereira

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RE: LISBOA - FAMÍLIA ALLEN

#326661 | Tiago R de Andrade | 03 abr 2013 19:28 | Em resposta a: #24197

Boa tarde,

Bem sei que já passaram mais de 10 anos após este pedido de ajuda. Sendo eu desscdendente desta Família, mais concretamente via Tomás Allen, Carlos Manuel Allen, Maria Isabel Allen (2ª baronesa da Regaleira), Ermelinda Maria Allen de Morais Palmeiro (1ª viscondessa de Benavente),por aí fora, tenho alguma informação que posso facultar, incluindo um livro sobre a vida de João Allen.

Poderá contactar-me através e tiago ponto rebelo ponto de ponto andrade arroba gmail ponto com

Cumprimentos,

Tiago Rebelo de Andrade

Resposta

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