Como iniciar uma árvore genealógica?

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Como iniciar uma árvore genealógica?

#104507 | lapoetesse7 | 04 nov 2005 14:45

sou professora do ensino secundário e sempre acalentei o sonho de um dia fazer a minha árvore genealógica.
alguém é capaz de me dar alguns conselhos sobre como começar, onde procurar informação e se não é complicado obter essa formação?

Agradeço toda a ajuda que me puderem oferecer.

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RE: Como iniciar uma árvore genealógica?

#104511 | MarioBC | 04 nov 2005 15:23 | Em resposta a: #104507

Cara Confrade,
Não sendo um especialista na matéria o que lhe posso indicar são os passos que tomei na minha pesquisa. O 1º passo foi saber as datas de nascimento dos meus avós, caso não as conheça pelo menos ter uma estimativa do ano provavel. Seguidamente saber a localidade onde nasceram, a partir daí consultar na Conservatória do Registo Civil referente á localidade, os livros de baptismos dos anos provaveis, onde encontrará os nomes dos pais e avós da criança. Aconselho-a a entrar em contacto com as conservatórias porque no meu caso foi-me pedida uma autorização para consultar os livros. A partir da indicação dos nomes dos pais e avós poderá ir recuando no tempo e acrescentando novos elementos. Livros de Baptismo mais antigos decerto irá encontrá-los no Arquivo Distrital a que a localidade pertence (ou mesmo na Torre do Tombo), mas entrando em contacto com a Conservatória ou com o Arquivo esclarecem-lhe esse assunto. Por ultimo e uma vez que á medida que se vai avançando a quantidade de nomes e informação pode-se tornar grande e confusa sugiro-lhe que anote os livros e o nº de página do registo de baptismo no caso de ser necessário voltar a ele e atribuir referências (numero,letra) a cada individuo para mais facilmente indentifica-lo. Se tiver acesso a um programa informatico para organização da arvore melhor ainda. Eu uso o Familytree Maker 2005. Espero ter sido util e boa sorte na pesquisa!

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RE: Como iniciar uma árvore genealógica?

#104512 | small | 04 nov 2005 15:32 | Em resposta a: #104511

Caro Mario
Que tipo de autorização, pode fazer o favor de explicar melhor? Onde se pode pedir a referida autorização, por vezes tenho sido confrontada com situações negativas e mais tarde nessa mesma Conservatória mas apenas com outra pessoa a informação é positiva em relação a uma determinada pesquisa.
Obrigada pela informação que aqui nos deixou
Stella

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RE: Como iniciar uma árvore genealógica?

#104514 | MarioBC | 04 nov 2005 15:44 | Em resposta a: #104512

Como os registos de anos mais próximos dizem respeito a pessoas que eventualmente ainda estarão vivas é necessário uma autorização da Direcção Geral dos Registos e do Notariado. Para tal deverá entrar em contactop com a dgrn por carta ao mail expondo os motivos a que se destina a consulta e aguardar a resposta.

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RE: Como iniciar uma árvore genealógica?

#104515 | lapoetesse7 | 04 nov 2005 15:49 | Em resposta a: #104511

Agradeço-lhe sinceramente as orientações que me deu. Penso que as suas dicas vão ser úteis e o suporte informático será, com certeza, de grande ajuda.
Bem-haja!!

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RE: Como iniciar uma árvore genealógica?

#104545 | chartri | 04 nov 2005 19:32 | Em resposta a: #104515

Antes de fazer uma pergunta deve pesquizar, aqui neste sitio, se encontra a resposta à questão que ira colocar. Basta colocar a questão de forma sucinta no campo de pesquiza.

Por exemplo neste sitio encontra em: http://genealogia.netopia.pt/home/newpes.php informações sobre a forma como deve proceder para fazer a sua arvore genealógica. Sobre o software a utilizar tambem, se fizer uma pesquiza, encontra muita informação e opiniões sobre qual usar.

A Torre do Tombo ( http://www.iantt.pt/instituto.html?menu=menu_genealogia) difusa as seguintes recomendações:

COMO INICIAR A SUA GENEALOGIA

A Genealogia é o ramo da História que se dedica ao estudo das famílias, à sua origem e evolução, descrevendo as gerações em cadeia (em sentido ascendente ou descendente) e traçando, sempre que possível, as biografias dos seus membros.

Se pretende conhecer as suas raízes familiares e estudar a sua ascendência, tenha em conta as seguintes indicações:

Qualquer trabalho de pesquisa genealógica deverá iniciar-se tendo por base os assentos de baptismo, de casamento e de óbito, registados nos livros paroquiais (livros de baptismos, de casamentos e de óbitos). Por vezes, os livros paroquiais são mistos, isto é, concentram no mesmo livro registos de baptismos e de casamentos ou de óbitos. Esta situação é sobretudo frequente nos livros mais antigos. Estes registos estavam a cargo dos párocos, motivo porque cada livro só inclui assentos de uma paróquia ou freguesia.


Sobretudo através dos assentos de baptismo e de casamento obtêm-se informações essenciais para o estudo de qualquer família, como sejam: duas ou até três gerações com os nomes das pessoas, datas, naturalidades, moradas, profissões, relações de parentesco com os padrinhos e testemunhas, etc.


O registo dos baptismos e dos casamentos "em livro próprio" só passou a ser obrigatório a partir de 1563 (por força de uma norma da 24ª sessão do Concílio de Trento), muito embora numerosas paróquias já o praticassem anteriormente. A obrigatoriedade do registo dos óbitos data de 1614.


Os livros paroquiais com menos de 100 anos encontram-se ainda nas Conservatórias do Registo Civil, enquanto que os mais antigos acham-se por norma depositados nos Arquivos Distritais.

O Arquivo Distrital de Lisboa está integrado na sede do IAN/TT e nele se conservam os antigos livros paroquiais das freguesias de todos os concelhos do distrito de Lisboa, desde o século XVI até aos finais do XIX. Neste Arquivo Distrital encontram-se ainda depositados muitos dos livros paroquiais de outros distritos, a saber: Beja, Bragança, Castelo Branco, Faro, Guarda, Santarém e Vila Real, os quais se encontram em microfilme nos respectivos Arquivos Distritais.

Os respectivos índices encontram-se à disposição dos leitores na Sala de Referência da Torre do Tombo. Para facilitar a pesquisa, os leitores devem consultar o Inventário Colectivo dos Registos Paroquiais, vol. I - Centro e Sul e vol. II - Norte (só abrange Portugal continental), bem como o Inventário dos Registos Paroquiais - Lisboa Cidade (concelho de Lisboa) e o respectivo índice informatizado.A pesquisa poderá ser efectuada ainda através do sítio www.familysearch.com, onde existe informação sobre a documentação já microfilmada.


Se apenas tem conhecimento dos nomes dos seus avós, deverá iniciar a sua pesquisa procurando obter uma certidão do registo de nascimento dos seus pais, dirigindo-se para o efeito à respectiva Conservatória do Registo Civil. Através deste documento fica a conhecer os nomes dos seus bisavós, bem como outros elementos biográficos. O mesmo deverá depois fazer para os registos de nascimento dos seus avós, através dos quais ficará também a conhecer os seus trisavós. No caso dos seus avós terem nascido há mais de 100 anos, deverá procurar os respectivos assentos de baptismo nos Arquivos Distritais.


Sempre que procurar um assento de baptismo ou de casamento no tempo, tenha presente que normalmente as gerações têm intervalos médios de 25 anos. Porém, há sempre excepções.


À medida que vai conhecendo os seus antepassados e construindo a sua árvore genealógica, com base nos registos paroquiais, poderá simultaneamente consultar outras fontes documentais manuscritas que se encontram à sua disposição nos Arquivos Distritais e sobretudo na Torre do Tombo, as quais lhe permitirão enriquecer as biografias das pessoas que são objecto do seu estudo.

Cumprimentos e boa sorte para a sua arvore

Ricardo Charters d'Azevedo

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