Família- Freire de Andrade
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Família- Freire de Andrade
Caros colegas
Em virtude de não ter na minha posse o livro de L. Peter Cloude: " Genealogia da Família Freire de Andrade "; venho-vos perguntar onde posso comprar semelhante obra?
Entretanto gostaria que me esclarecessem, se possível sobre a ascendência de Ruy Freire de Andrade e de sua mulher D.Thereza de Andrade.
Sei que Ruy Freire de Andrade foi Comendador-mor da Ordem de S.Tiago, Almirante da Armada do Rei D.FernandoI, e eleito
Mestre da Ordem de Cristo. Era irmão de Gomes Freire de Andrade.
Os melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Artur,
O Rui Freire de Andrade Mestre da O.Cristo foi (segundo Felgueiras Gayo) PAI de Teresa de Andrade (ou Teresa Freire de Andrade) - que casou com Estevão Soares de Melo e, salvo erro, tambem com Afonso Rodrigues Magalhães - e não «marido» desta Teresa Andrade.
Esta Teresa de Andrade é obviamente «Bastarda», e a mãe era uma mulher solteira chamada Clara Martins. O F.Gayo diz que o pai desta Clara era um Martim Gonçalves Navo de Bomar.
Macacos me mordam se isto não soa a NABO DE POMAR! :-))
O Freire de Andrade 6º Mestre da Ordem de Cristo, era filho de Nuno ou Rui Freire de Andrade (F. Gayo §1N1), fidalgo, sr da casa de Andrade, 13º mestre da Ordem de Santiago e de Inês Gonçalves Sotomaior - aparentemente todos galegos.
Um abraço,
Luís K.W.
Lisboa-Portugal
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Luís K.W.
Obrigado pela sua resposta. Dir-lhe-ei no entanto que Felgueiras Gayo, embora seja fonte autorizada, não é a única das fontes.
A obra que consultei foi:"A linha varonil dos Mellos de S.Pedro do Sul", da autoria de José de Sousa e Mello; nesta obra pp. 68-69, é taxativo relativamente ao casamento de Estevão Soares de Mello, 6º Senhor de Mello e Capitão-general de Ceuta(até 1419), com Theresa Freire de Andrade, filha de Ruy Freire de Andrade e de sua mulher Theresa de Andrade.A sua hipótese de bastardia nunca poderá pois ser conclusiva.
Relativamente á ascendência de Rui Freire Andrade, tenho-lhe a agradecer os dados enviados.
Um abraço
Artur Camisão Soares
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RE: Família- Freire de Andrade
Caros Luís K.W e Artur Camisão Soares
Como já tive oportunidade de referir aqui, no tópico Magalhaes de Mato Bom, D. Tereza de Andrade não casou com Afonso Rodrigues de Magalhães, nem julgo que este tenha casado com nenhuma Andrade.
D. Tereza de Andrade, que está sepultada no convento de S. Francisco de Órgens, em Viseu, junto ao altar de Stº António, sucedeu na quintã do paço de Nespereira, também dita do paço do Infante, pois aí tinha sido criado o futuro D. João I. Casou a 1ª vez cerca de 1408 com Estêvão Soares de Mello, senhor de Mello, Gouveia, Seia, Linhares, Celorico da Beira, Penedono, etc., que foi ferido mortalmente em Ceuta (1415) e veio falecer ao Algarve, indo sepultar a Mello, deixando um filho, com geração nos senhores (e depois condes) de Mello, e três filhas, uma casada com Fernão Soares de Albergaria, senhor do Prado, outra com Mem de Britto, morgado de Stº Estêvão de Beja, e outra com o chanceler-mor do reino Doutor Rui Gomes de Alvarenga (pais do vice-rei Lopo Soares de Albergaria).
D. Tereza casou a 2ª vez cerca de 1420 Fernão Cabral, senhor de Azurada da Beira (hoje Mangualde) e 1º alcaide-mor de Belmonte, também com ilustre geração (deste casamento é neto paterno Pedro Álvares Cabral).
Esta D. Tereza, que antes de se chamar Andrade (p.e., «dona Tareixa dAndrade», num documento de 1438) se chamou D. Tereza de Novais, era filha legítima de Rui Freire de Andrade, comendador da Ordem de Santiago (legitimado por carta real de 12.9.1361 como Rui Nunes), e de sua mulher, uma senhora Novais, cujo nome se julga ser Aldonça. Este Rui era filho legitimado de D. Nuno Roiz Freire de Andrade, natural da Galiza, mestre da Ordem de Cristo, aio do futuro D. João I, etc, e de Clara Martins.
Cordiais cumprimentos
Manuel Abranches de Soveral
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Manuel Abranches de Soveral
A sua intervênção em boa hora veio.Não sabia, de facto,que D.Teresa de Andrade pertencia também à família Novais, por parte materna.
No que diz respeito, a um segundo casamento, efectivamente o livro de José de Sousa e Mello, o refere no Capítulo III, Secção II: Pedro Álvares Cabral seria neto do 2º casamento de Teresa Freire de Andrade.
Um abraço
Artur Camisão Soares
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RE: Família- Freire de Andrade
Siento no poder escribir en portugues. Loentiendo pero nada más.
Hay otor Nuño freire de andrade, hijo o sobrino del maestre de la orden de Cristo. Creo que muere en 1.428. Era partidario de Don fadrigue, duque de Arjona. Estaba casado con Beatriz de Valdés, hija de Men Rodríguez de Valdés, señor de Veleña, y Mencía Iñiguez de Orozco.
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RE: Família- Freire de Andrade
Muchas gracias por la información. Tiengo que conocer em particular: las linages de Váldes y de Orozco.
Salud
Artur Camisão Soares
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RE: Família- Freire de Andrade
Meu muito caro amigo Manuel Soveral:
Que grande confusão que aqui vai!
Ora vejamos: D. Teresa de Andrade casada com Estêvão Soares de Melo, em 1ªs núpcias, e com Fernando Álvares Cabral, em 2.ªs (este morto em Tânger, na malograda empresa de Outubro de 1437), era efectivamente filha de Rui Freire de Andrade e de sua mulher Aldonça de Novais.
Em 16 de Novembro de 1428, faz ela com seu 2º marido uma doação de umas casas na cidade de Viseu, ao cabido da mesma, sitas na rua da Triparia.
Em 20 de Janeiro de 1434, na pousada do infante D. Henrique, houve um acordo celebrado entre Fernando Álvares Cabral, D. Teresa de Andrade e os filhos do 1.º casamento dela, por um lado; e do outro Rui de Melo e seus irmãos.
Este acordo dizia respeito à quinta de Melo, pelo mesmo se ajustando que houvesse o dito Fernando Álvares trinta marcos de prata ou o seu valor, como pagamento do que deveria ter recebido das rendas e novidades da dita quinta, desde que começara a demanda, "e o mais se repartisse entre as duas partes igualmente", sendo os filhos de Estêvão Soares e de D. Teresa representados pelo Infante, seu curador ("Monumenta Henricina", vol. IV, pág.s 325-326).
A outra Teresa de Andrade, casada com Afonso Rodrigues de Magalhães, alcaide-mor do castelo da Nóbrega, seria tia desta, irmã de Rui Freire de Andrade, e filha também do Mestre de Cristo e de Clara Martins. Ainda que eu gostasse de ver a Carta de Legitimação desta que, ao contrário de seu suposto irmão, não conheço...(ele foi legitimado em 12 de Setembro de 1361 - Chancelaria de D. Pedro I, Livro I, fls. 65 v.º).
Um abraço amigo.
Fernando Moreira de Sá Monteiro
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RE: Família- Freire de Andrade
Esta filha do mestre de Cristo também é chamada Teresa Roiz Freire.
Um abraço.
Fernando Moreira de Sá Monteiro
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Manuel Abranches de Soveral
Julgo não trazer nada de novo, mas nunca se sabe..., Alão de Moraes dá como mulher de Rui Frei de Andrade, D. Maior de Novais, mas diz também que outro nobiliário lhe dá por mulher D. Maria Fernandes de Meira.
Acabei de chegar da sua página (Casa da Trofa), á procura da descendência de Diogo da Silveira, Sr. de Recardães e de sua mulher D.Brites de Goes e Lemos, filha de Fernão Gomes de Lemos e Gois e de D.Leonor, filha de Vasco Martins da Cunha, Sr. de Lanhoso. Se souber alguma coisa fico-lhe agradecido.
Cumprimentos,
José Duarte Valado Arnaud
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RE: Família- Freire de Andrade
Meu caro Fernando
Espero que a confusão não seja minha... Não desfilei toda essa informação, mas tenho conhecimento dela, alguma da qual já publiquei mesmo em «Mello e Souza» e o Prof. Luiz de São-Payo muito bem trata.
Adiantas, contudo, que a mulher de Rui Freire de Andrade se chamava de facto Aldonça. Tens conhecimento de algum documento que finalmente o comprove?
O mesmo em relação ao casamento de Afonso Rodrigues de Magalhães com uma filha do mestre de Cristo e Clara Martins. Como já referi no tópico Magalhaes de Mato Bom, não creio neste casamento, pois essa filha só é referida nas genealogias tardias. Falas também em suposta, pelo que também não terás conhecimento de documento que o comprove.
Um grande abraço
Manel
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro José Duarte Valado Arnaud
Não investiguei pelo que não sei nada de especial sobre a ascendência de Diogo da Silveira, senhor de Reacardães, escrivão da Puridade e vedor das Obras de D. Afonso V, etc., para além do que é conhecido das genealogias antigas, ou seja, que era filho de Nuno Martins da Silveira, «huum homem muito homrrado», que teria sido o 1º do nome, que também foi escrivão da Puridade, vedor das Obras e coudel-mor, e foi senhor de Ferreira, e de sua mulher D. Leonor, filha de Gonçalo Anes de Abreu, alcaide-mor de Castelo de Vide. Este Nuno Martins seria filho de Martim Gil Pestana, natural de Évora.
Quanto a Fernão Gomes de Góis (usou primeiro de Lemos e depois de Góis, mas julgo que nunca os dois nomes ao mesmo tempo) e sua mulher D.Beatriz de Góis não sei mais nada de substancial para além do que já digo em Casa da Trofa, sobretudo em Armas.
Quanto à descendência de Diogo da Silveira e sua mulher também não a investiguei. Recorrendo mais uma vez às genealogias antigas, teram tido três filhos: Nuno Martins, Henrique e Martim da Silveira, todos casados com ilustre geração. O mais velho casou com D. Filipa de Vilhena e foram pais, entre outros, do 1º conde de Sortelha.
Tudo isto, contudo, já é certamente do seu conhecimento. Pelo que lamento não lhe poder ser de maior utilidade
Cordiais cumprimentos
Manuel Abranches de Soveral
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro José Duarte Valado Arnaud
Esqueci-me de referir que o problema está justamente no serem dados nas genealogias nomes diferentes à mulher de Rui Freire de Andrade, e, tanto quanto eu saiba, não existir documento que tire a dúvida.
Cordiais cumprimentos
MAS
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Manuel Abranches de Soveral
A aduzir, posso referir o epitáfio que está no túmulo de D.Melicia(Mécia) de Mello, no Convento da Graça:
"Aqui jaz a muito nobre e virtuosa"
"Snra D. Melicia ou Mécia de Mello"
"mulher do Senhor Ruy Gomes de Alva"
"renga, fª dos muito honrados Senho"
"res Estevão Soares de Mello e de D."
"Theresa de Andrade, fundadores des"
"ta Capela, e neta dos muito honra"
"dos Senhores Martim Afonso de Mel"
"lo, Senhor de Seia, Gouveia, Linha"
"res, Celorico e Penamacor e filha de"
"Ruy Freire de Andrade, que foi Mes"
"tre de S. Thiago; e com ela aqui"
"jaz a condessa sua fª, mulher de"
D. Pedro de Menezes, conde de Canta-"
nhede, a 20/Out./1498."
Um abraço
Artur Camisão Soares
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Manuel Abranches de Soveral
Muito obrigado pela sua intervenção.
Cumprimentos,
José Duarte Valado Arnaud
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Artur Camisão Soares
Caros Senhores
Existe um estudo bastante interessante sobre a antiga e orinária família luso-galaica Freire de Andrade/Andrada do genealogista António de Sousa Leite(acho que é este o nome),estudo esse a nível ibérico.Para aqueles que ainda não o leram,recomendo-o.
O próprio generalíssimo caudilho e regente de Espanha,Don Francisco Franco Bahamonde,ao que parece descendia desta ilustre família e usava as suas armas,embora personalisadas.
A chefe do nome e armas da família ,julgo ser a Duquesa de Alba,aliás também Condessa de Andrada.Quem será o chefe de linhagem dos Freire de Andrade portugueses?Já ouvi dizer que seria o actual Conde de Mangualde,pelo lado Mello.Poderão ser os Teixeira Coelho,representantes dos Condes de Bobadela e Camarido? Ou ainda outros?
Obrigado
Com os melhores cumprimentos,
Pedro Maria d'Eça Queiroz de Andrada Ahrens Teixeira
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Pedro Ahrens Teixeira
Em primeiro lugar, peço desculpa por não ter traçado pessoalmente a linha de ascendência, em pormenor, desde António Pinto Coelho, até minha antepassada D.Francisca Xavier de Araújo e Sousa: fui um pouco brusco!
Relativamente a este tópico, agradeço-lhe que me informe onde posso adquirir esse livro.
Quanto à questão que coloca, será matéria de pesquisa. De qualquer das formas os dados que lançou são bem significativos da relevância dos Andrade.
Os melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Artur Camisão Soares
O artigo de António Pedro de Sousa Leite foi por este escrito tendo em vista a comemoração, salvo erro, da passagem do V centenário do aniversário do nascimento de Pedro Álvares Cabral. Mais concrctamente é dedicado à memória de D. Teresa de Andrade, avó do descobridor. O mesmo trabalho encontra-se publicado num dos n.ºs da Revista Portuguesa de Ex-Libris da qual foram extraídas separatas sendo eu possuidor de um exemplar oferecido pelo autor. Como me encontro no meu escritório ( e por consequência longe da minha biblioteca) não lhe posso dar mais pormenores. No entanto, caso esteja interessado posso extair - com todo o gosto - fotocópias do meu exemplar, já que tratando-se de uma publicação dos anos sessenta não deverá ser fácil encontrar no mercado.
Sem outro assunto, com os meus cumprimentos
Luís Freire de Andrade
PS: A representação dos Conde de Bobadela, creio andar na família Teixeira Coelho. Todavia, o mesmo já não direi da família Freire de Andrade propriamente dita, a qual desconheço.
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Luís Freire de Andrade
Nesse caso, terei o maior gosto. Resta encontrar uma maneira de me entregar as fotocópias(pagas por mim como é evidente. Sugiro que me envie para a minha morada:
Rua Tristão Vaz, 41, 3ºDto.
1400-350 Lisboa
Um abraço
Artur Camisão Soares
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Artur Camisão Soares
Não se preocupe com o preço das fotocópias. Com efeito, tenho todo o gosto -insisto- em enviar-lhas a custo zero. Como já tive a oportunidade ainda hoje de referir noutro tópico, é dentro deste espírito de partilha de de informações que reside a virtude deste Forum.
Assim, só lhe peço que aguarde um pouco pela localização da separata (de momento não tenho de memória onde a guardei no meio de tantos livros que possuo) e depois logo a enviarei para a morada que me fez o favor de indicar.
Com os meus cumprimentos
Luís Freire de Andrade
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RE: Família- Freire de Andrade
Meu caro Manuel:
Mea culpa, mea culpa!!!
Na verdade, mais uma vez, tenho que te dar razão pela minha "irresponsabilidade documental"...*rs
O que eu queria referir, quando salientei a "confusão" (e não era propriamente para ti), era o facto de se estarem a identificar (pareceu-me) duas Teresas de Andrade que os nobiliaristas afirmam serem tia e sobrinha.
Mas, como muito bem salientas - e eu próprio o sugeri - faltam as provas documentais sobre essa Teresa mais antiga, que seria minha antepassada também.
De qualquer modo, o Dr. António Pedro Sousa Leite não duvudou da filiação e fá-la efectivamente filha do "Mestre".
Quanto ao casamento com Aldonça de Novais, também me cingi a seguir o Dr. Sousa Leite.
Desta vez dou a mão à palmatória.
De uma próxima me vingarei, descansa!*rsrsrsrsrs
Um forte abraço amigo.
Fernando de Sá Monteiro
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RE: Família- Freire de Andrade
Meu Caro
Desculpe meter foice em seara alheia. Já uma vez escrevi isto no forum mas não me lembro quando nem a quem.
Um dos primeiros povoadores da Ilha Graciosa/Açores foi João Fernandes Raposo "o do sul grande" que chegou depois de 1460 de certeza antes de 1475, casado com Maria Vaz Freire tambem referida por Maria Vaz Freire de Andrade e oriundo da Beira.
Tiveram descendência :
Isabel Vaz Freire de Andrade e Margarida Vaz Freire de Andrade que casaram respectivamente com Luís Afonso Carração ou de Lira e Pedro Anes de Lira, e sairam da ilha não se sabendo se aqui casaram ou já fora dela, não se conhece descendência.
Outra filha, Iria Vaz Freire de Andrade, casou na Graciosa com Gomes Lourenço Coelho referido como "fidalgo de geração" e tiveram descendência que chegou aos nossos dias mas abandonando Freire de Andrade aí pela 3ª ou 4ª geração. E ainda Filipa Vaz Freire de Andrade que casou com Pedro Álvares do Quental tambem desconhecendo se tiveram descendência.
Do J.Fernandes Raposo em diante temos documentação avulsa que permite seguir o rasto da descendência mas dos antepassados dele e da mulher não se conhece nada.
Considerando que os Freire de Andrade são uma família estudada a vários níveis pelos genealogistas, já alguma vez "esbarrou" com esta beirã Maria Vaz Freire de Andrade que emigrou para a Graciosa em meados do século XV ?
Obrigado Eugenio Medina
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Artur Camisão Soares
Afinal foi mais fácil encontrar o trabalho do António Pedro de Sousa Leite do que aquilo que eu estava à espera. Assim, já tirei as cópias e entreguei no correio para seguir. Em breve terá, por consequência, em seu poder o dito estudo sobre os Freire de Andrade que desejava.
Com os meus cumprimentos
Luís Freire de Andrade
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Eugénio Medina
Não tenho realmente notícia da Maria Vaz Freire que refere. Como sabe, antes de vir para Portugal o mestre da Ordem de Cristo D. Nuno Roiz Freire de Andrade já aqui existia o nome Freire. Alguns, pelo menos, deviam descender de Lourenço Soares Freire, documentado em 1241 e já falecido em 1288-90, quando é referido nas inquirições. Era irmão de Mem Soares de Mello e ambos filhos de Soeiro Raimundes de Riba de Vizela e de sua mulher Urraca Viegas Barroso.
Este Lourenço Soares Freire, justamente muito ligado à Beira, onde teve nomeadamente a quintã de S. Cosmado, em Azurara (hoje Mangualde), casou com Maria Rodrigues Fafes e teve pelo menos dois filhos e três filhas que usaram o nome Freire.
É ainda provável que outros Freire tenham vindo directamente da Galiza por outra via que não a do mestre. E julgo que muitos dos Freire originais portugueses passaram a certa altura a acrescentar Andrade por julgarem tratar-se da mesma família.
Julgo, portanto, que descendentes do mestre são apenas aqueles que estão estudados e são referidos nas genealogias antigas, ou seja, a prole de seus dois filhos Rui e Gomes Freire de Andrade. Este Rui teve três filhas: D. Tereza de Andrade, já aqui vastamente referida, D. Beatriz de Andrade c.c. D. Fernando de Menezes, senhor de Cantanhede, e D. Isabel de Andrade c.c. Bernardim de Barbuda. Pelo menos de D. Tereza descendem várias linhas de Andrade. Ao outro irmão, Gomes Freire de Andrade, c.c. D. Leonor Pereira, filha dos senhores da Feira, as genealogias antigas apenas lhe apontam um filho, João Freire de Andrade, c.c.g.
Que eu saiba apenas por genealogistas tardios, como Felgueiras Gaio, é apontado como irmão do mestre um Vasco Freire, que teria sido alcaide-mor de Abrantes. Não sei se o seria de facto, ou se era dos Freire portugueses, de resto de ascendência igualmente ilustre. Deste Vasco Freire descendem vários Vaz Freire, entre os quais pode estar a Maria Vaz Freire que refere.
Cordiais cumprimentos
Manuel Abranches de Soveral
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Luís Freire de Andrade
Os meus agradecimentos.
Um abraço
Artur Camisão Soares
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RE: Família- Freire de Andrade
Meu Caro
Obrigado pela sua informação. Eu não passo de um curioso de famílias e dentro destas daquelas da ilha Graciosa donde sou natural e limito-me a servir do trabalho laborioso de alguns meus amigos esses sim investigadores como o Jorge Forjaz, o Luís Pimentel e o Oriolando Silva e a registar algumas das suas informações numa base de dados (PAF 5.0)que já irá por volta das 6.000. Eles, sobretudo o primeiro citado já deverão ter milhares e milhares de nomes. Fico ao seu dispor
Eugenio Medina
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Artur Camisão Soares
Desculpe-me o atraso na resposta, mas não sei porquê só agora vi a sua mensagem, que agradeço.
Contudo, o texto correcto do epitáfio é o seguinte: «Aquy jaz a muy nobre e virtuosa sra dona Milicia de Mello molher do sor Ruy Gomez dAlvarega fylha dos muy honrrados senhores Estevã Soarez de Mello e de dona Tareja dAndrade fundadora desta capela neta dos muy honrados sres Marty Afonso de Mello snr de Sea Gouvea Lynhares Celorico Penamacor e de Ruy Freire dAndrade q foy nestre de Sãtyago. E cõ ela jaz a cõdesa dona Britys Soarez sua fylha molher do cõde dõ Pº de Menezes. Finouse a XX doutubro era de 1479»
Um abraço
Manuel Abranches de Soveral
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Manuel Abranches de Soveral
Tem toda a razão. Tenho a dizer, a meu favor, que transcrevi o epitáfio como está no livro de José de Sousa e Melo: na pág.68. Mas, acima de tudo, o purismo.
Um abraço
Artur Camisão Soares
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Artur Camisão Soares
O livro da falecido Dr. José de Souza e Mello, como em geral tente a acontecer nas obras genealógicas, tem bastantes imprecisões e lacunas, algumas das quais tentei colmatar num estudo intitulado «Mello e Souza» que publiquei na revista «Armas e Troféus» (1998).
Um abraço
Manuel Abranches de Soveral
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Manuel Abranches de Soveral
Pode-me dizer como obtenho essa revista, onde está inserido o seu estudo?
É que é de enorme importância para mim a obtenção de dados, da maneira mais objectiva e rigorosa.
Um abraço
Artur Camisão Soares
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Artur Camisão Soares
A forma mais simples de ver esse estudo é na Net, onde coloquei uma cópia, que pode ver em
http://pwp.netcabo.pt/0437301501/mas/pag9.htm
Um abraço
Manuel Abranches de Soveral
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Manuel Abranches de Soveral
Obrigado pela dica.
Um abraço
Artur Camisão
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RE: Família- Freire de Andrade
Caros Luís Freire de Andrade e Artur Camisão Soares
A representação dos Freire de Andrade, desse mesmo ramo que ao tempo de Dom João II, era tido como 1º linha e 1º ramo, das Damas Camaristas, dos Mariscais, uns bons e outros menos bons (deserdados mesmo...) estava nos Condes de Bobadela e Camarido e com eles se extinguiu a linha varonil. A representação oficial destes títulos está hoje numa senhora Teixeira Coelho, bem como a representação dos velhos morgadios de Teixeira/Cergude, Abaças, Bonjardim, Capela de São Braz, entre outros monumentos de menor importancia. Mas, como disse já a Artur Camisão Soares, há uma contestação, muito pertinente, dentro da família e q. não vem ao caso ser aqui exposta.
Mais lembro que na célebre questão da herança Camarido/Bobadela só foram citados os descendentes Dona Teresa José do Carmo Freire de Andrade, filha dos 2ºs Condes de Bobadela. Como é sabido a tal ordem italiana e a diocese de Lisboa, ganharam a questão por falta de comparência dos citados. Então (já lá vão mais de 100 anos)as penas de excomunhão e dos infernos assustavam muita gente...
Por este assunto estou disponível para dar outros informes interessantes, mas particulares.
cmptos.
Magalhães - magalp@hotmail.com
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Artur Camisão,
gostaria de saber se me pode dar informações sobre a descendencia de Francisco Xavier Bequer e de D. Joana Luiza Caetana Freire de Andrade que casaram por volta de 1751 em Coimbra. Sei que tiveram um filho ntl de Coimbra chamado José Miguel de Freitas Bequer. Ela era viúva de Francisco Luís Rangel Perestrelo de Quadros natural de Aveiro.Ela era moradora em Aveiro mas acho que teriam casado em Coimbra.
Um abraço
António Perestrelo
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RE: Família- Freire de Andrade
Meus caros:
Agradecia a quem me pudesse dar informações sobre os ascendentes de Maria Roza Xavier Freire e Andrade,(aparece em alguns documentos como Freire de Andrade), da Quinta da Troia, Miranda do Corvo,que casou com Vicente António de Paiva Manso, Capitão Mor de Miranda do Corvo na 2ª metade do séc XVIII. Uma sua filha , Inácia Delfina de Paiva Manso Freire e Andrade, também natural da mesma quinta ,casou a 22 de Outubro de 1780, na capela de Nª Sªdo Amparo,da sua casa, com José Pimentel Teixeira de Figueiredo e Sequeira, dos Pimentéis Teixeiras de Maçãs de Dona Maria.
Cumprimentos
Luís Piçarra
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro António Perestrelo
Eu tenho notícia de dois filhos do casal Francisco Xavier Bequer e D. Joana Luísa Caetana Freire de Andrade, a saber:
-JOSÉ, nasceu em Coimbra, na freguesia de São João de Santa Cruz, a 5-II-1758, e foi baptizado a 11 do mesmo mês e ano, sendo padrinhos o Ex.mo e R.mo Bispo Conde e N.ª Sr.ª da Esperança (fl. 197);
-FRANCISCO, nasceu na mesma freguesia, a 23-IV-1760, e foi baptizado a 7-V do mesmo ano (fl. 227).
No entanto, ainda não me foi possível confirmar se terão tido outros filhos e bem assim localizar o respectivo assento de casamento, que poderá ou não ter tido lugar em Coimbra.
No meu caso, estou particularmente interessado em tudo quanto diga respeito à ascendência Freire de Andrade de D. Joana Luísa Caetana, pelo que desde já lhe agradeço qualquer informação que me possa vir a dispensar.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Luís Piçarra
Por curiosidade, gostaria apenas de lhe perguntar se a quinta que refere é a que se situa na povoação de Chão de Lamas, hoje na posse de um primo meu.
Caso não seja do seu conhecimento, existem na Secção dos Reservados da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra elementos com muito interesse sobre Miranda do Corvo, segundo creio da autoria do Coronel Belisário Pimenta.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Miguel Mora
Vou tentar saber mais alguma coisa sobre a quinta. Houve um erro da minha parte ,ao localizar nesta, a capela dedicada a NªSª do Amparo. Possuo a certidão de casamento das pessoas referidas,de quem descendo, na qual se diz que o mesmo teve lugar na referida capela mas devia ter lido em casa "do contraente" ( Solar dos Pimentel Teixeira, em Maçãs de D. Maria ), e não "da contraente", como me pareceu ,mas que verifiquei ser errado...Por outro lado, uma melhor leitura permitiu-me igualmente concluir que se esta nasceu na Quinta da Troia , a mãe é apenas referida como "sendo da Quinta da Troia". Por referências que entretanto encontrei ligando esta quinta à família Paiva Manso,de Miranda do Corvo, estou convencido que o seu proprietário seria ,na altura ,Vicente António de Paiva Manso, Capitão Mor de Miranda do Corvo. Na certidão de casamento referida e ns de nascimento e de casasmento de Francisco Maria Teixeira Pimentel, aparece sempre a referência ao facto da mãe e da avó materna "serem da" dita quinta...
Cumprimentos
Luís Piçarra
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Miguel Mora
Vejo agora que não lhe agradeci a sua informação relativa à Biblioteca da Universidade de Coimbra, que pode vir a ser muito útil não só qunto a este caso como a outros elementos diferentes que procuro relacionados com a região.
Cumprimentos
Luís Piçarra
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Luís Piçarra
A quinta de Chão de Lamas - que eu não sei se será a mesma - foi adquirida nos anos "40" do século passado pelo meu tio por afinidade Francisco Rodrigues Martins, e pertence actualmente ao seu filho primogénito e meu padrinho Francisco José de Castro Filipe Martins.
Desconheço o seu historial , mas sei que Nuno Canas Mendes, nos "Freires de São Gião", refere alguns dos seus antigos proprietários, julgo que oitocentistas e dos apelidos Paiva Manso. Na residência, que se encontra em bom estado de conservação, sobrepõe-se à porta principal uma pedra de armas, em que um dos quartéis seguramente representa o apelido Freire de Andrade.
Quanto aos manuscritos existentes nos Reservados da B.G.U.C., para a semana conto poder confirmar os respectivos títulos e cotas, que de seguida lhe enviarei.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Família Andrade, da freguesia do Campo, Viseu
Carissimos Genealogistas,
Pretendo obter informações acerca da ascendência da familia do Major LUIS ANTÓNIO DE ANDRADE,que terá nascido por volta de 1785 na freguesia de Campo, Viseu. Era filho de António Gomes e da Dª Barbara Maria de Andrade.
Gostaria igualmente de saber se existe algum estudo sobre a familia Andrade, de Viseu.
Antecipadamente Grato,
CARLOS PINTO MACHADO
E-Mail: canivari@mail.pt
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Miguel Mora :
Posso agora confirmar que efectivamente se trata de uma quinta que pertenceu a ascendentes meus.
O já referido Vicente António de Paiva Manso,meu 6º avô, que foi capitão mor de Miranda do Corvo,onde n.no lugar da Tróia, a 5.4.1721, Fid. da C.R., FSO, Cav. da Ord.de Cristo, casou com Maria Rosa Xavier Freire e Andrade( que também aparece como Maria Rosa Luísa Bernarda Xavier Freire da Fonseca) e era filho de António de Paiva Manso, capitão mor de Miranda do Corvo, FSO, Cav. da Ord. de Cristo e de sua mulher, Jacinta Maria da Orta, filha de Simão Esteves de Carvalho ,de Penela e Domingas Simões, de Chão de Lamas.
Jacinta de Orta tinha dois irmãos, o Rev.º Dr.Manuel Esteves de Carvalho, cura de Lamas e José Esteves de Carvalho, sargento mor de Odenanças de Miranda e Podentes, os quais instituiram um morgado no lugar de Chão de Lamas, em 19.9.1749 e nomearam para para primeiro administrador do conjunto de bens que vincularam, seu sobrinho Vicente António.
Seriam ,em seguida, administradores desse morgado:
2º-José Joaquim de Paiva Freire de Andrade da Fonseca,seu filho, sem suc.;
3º- O irmão deste último, António Pedro Freire de Andrade de Carvalho, casado c. Inês Perpétua de Castro;
4º-Sévulo Maria de Paiva Manso, seu filho, casado com Maria Ricardina de Sacadura Botte, filha do Dr. José da Costa Pereira Estaço de Sande Corte-Real e de Rita Efigénia de Mendonça Leite Ferraz de Távora, sem geração;
5º-Seu irmão, José Joaquim de Paiva Manso Freire de Andrade, casado com Joana Francisca de Paula Sárrea;
6º,e último administrador do Morgado de Chão de Lamas - José de Paiva Manso Sárrea de Carvalho, filho dos anteriores, nascido c.de1850 ,no qual sucedeu em 4.12.1854.
Como penso que terá eventualmente interesse para esse seu familiar, envio-lhe estes dados que entreanto coligi.
Fontes: "Freires de São Gião" págs. 119 a 124, de Nuno Canas Mendes; "Garridos e Melo Coutinhos",pelo Dr. Francisco Cyrne de Castro,in Boletim da Academia Portuguesa de Ex-Libris, Lisboa-1970, Ano XV- Jan.º nº51.
Também existe num site sobre Miranda do Douro, Chão de Lamas ,uma fotografia de um solar, que suponho seja a casa desta quinta.
Cumprimentos
Luís Piçarra
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Luís Piçarra
Muito agradeço os importantes dados genealógicos e fontes documentais que me enviou sobre os Morgados de Chão de Lamas — certamente do maior interesse para o meu familiar –, e peço-lhe que aceite as minhas desculpas pelo atraso desta resposta, devido a um problema de saúde que me tem mantido afastado destas paragens.
Gostaria ainda de lhe dizer que, recentemente, ao rever algumas notas bibliográficas dispersas, me deparei com uma referência ao facto de ter sido incorporada na Secção dos Reservados da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra uma colecção de documentos que pertenceu ao Coronel Belisário Pimenta, notável historiador militar que julgo ter tido algum tipo de afinidade com esta região. Apesar de nunca ter consultado esse espólio, ter-me-á chamado a atenção a existência de uma monografia de Miranda do Corvo (Ms 3345), possivelmente um original manuscrito onde poderá encontrar informações de grande utilidade — a restante documentação, da qual apenas tomei nota de um estudo sobre a Acção da Cruz dos Morouços, possui cotas contíguas à referida.
Com os meus melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Luís Piçarra
Hoje à tarde, quando consultava o ficheiro de Inventários Orfanológicos do A.U.C., deparei-me com duas fichas que lhe poderão intereassar, a saber:
FREIRE, JOSÉ JOAQUIM DE PAIVA (apenso ao de D. Joana Francisca de Sarrea Paula Garfias)
Comarca da Lousã (julgado de Miranda do Corvo)
Localidade: Chão de Lamas
Processo: Inventário orfanológico
Inventariante: D. Joana Francisca de Paula Sárrea Freire
Ano 1855 - Maço 24 - 3.º Ofício - Esc. Durão
Dep. VI - Sec. I E. - Est. 16 - Tab. 5 - N.º 7
GARFIAS, D. JOANA FRANCISCA DE SARREA PAULA
Comarca da Lousã
Localidade: Chão de Lamas
Processo: Inventário orfanológico
Inventariante: Basílio Máximo de Paiva
Ano 1858 - Maço 24 - 3.º Ofício - Esc. Durão
Dep. VI - Sec. I E. - Est. 16 - Tab. 5 - N.º 7
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Miguel Mora:
Agradeço o envio destas infomações que são realmente úteis pois trata-se de familiares meus.
Melhores cumprimentos
Luís Piçarra
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Freire de Andrade(p/ Luis F.A.)
Caro Sr. Luis Freire de Andrade:
Precisava de entrar em contacto consigo (via e-mail, se possível) porque estou a fazer uma pesquisa sobre uma casa em Vila do Conde, a Casa da Beijoca, como hoje se designa (por causa do antigo nome onde se situa a dita casa), que tem o escudo de armas dos Freire de Andrade. E pretendia, se possível, reconstituir a árvore genealógica dos Freire de Andrade, desde a primeira ocupação desta casa.
Caso saiba alguma coisa sobre a casa da Beijoca, agradecia que entrasse em contacto comigo pelo e-mail olduvai@mail.pt.
Grata pela sua atenção, com os melhores cumprimentos,
Eliana Sousa
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RE: Família- Freire de Andrade
Caro Luís
Não sei se me consegue ajudar ou se algum dos membros me consiga ajudar numa busca. Sou casado com Elsa Cristina de Andrade Tavares, cujo avô por parte materna e o tio Abel são de família Freire de Andrade, família que é da aldeia da Tulha Nova na freguesia de Cabrial, de Castro D´Aire.
Algo que a minha esposa sempre quis saber era da origem da sua família e se de algum modo tem ligação com os andrades da galiza. Algo que me possa avançar ou mesmo alguém é de grande ajuda.
Obrigado
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RE: Família- Luís Freire de Andrade cc D. Balbina da Purificação Godinha Tavares
Boa noite,
procuro informações sobre este casal, Luís Maria Freire de Andrade «conceituado comerciante e proprietário em Peniche, donde era natural, e D. Balbina da Purificação Godinha Tavares, natural da freguesia de Santa Justa e Rufina da cidade de Lisboa.»
Uma filha do casal, D. Maria das Dores Godinha Tavares Freire de Andrade, de 21 anos de idade, nascida em 1897 na freguesia de Nossa Senhora da Ajuda em Peniche, casou em 1919 com José Bonifácio da Silva, como o sogro, viria a ser presidente de Peniche, «a 23/1/1919, na capela particular da casa da tia da nubente, D. Isabel Maria Godinha Tavares, situada na Rua Alexandre Herculano (prédio onde hoje existe o Café Aviz) em Peniche, por uma provisão do Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Neto»
agradecido por quaisquer informações ou auxílio que possam prestar
atenciosamente
pedro magalhães
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RE: Família- Luís Freire de Andrade cc D. Balbina da Purificação Godinha Tavares
renovo o pedido
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Família- Freire de Andrade
bom dia,
Luís Maria Freire de Andrade era filho de Carlos Filipe Freire de Andrade e sua esposa D. Maria Teresa Espírito Santo Freire de Andrade. Neto paterno de Maximiano Freire de Andrade e Rita Francisca Freire de Andrade; neto materno de João Baptista Ribeiro e de Maria Cândida Espírito Santo Freire de Andrade.
O padrinhos de Baptismo Sebastião António Peixoto da Gama, primeiro marquÊs da Gama, militar, e sua mulher Dona Maria Rita Ribeiro da Gama, eram tios maternos.
também agradecia se algum confrade pudesse confirmar ou complementar estes dados.
cumprimentos
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Família- Freire de Andrade
Não sei porquê, mas o Freire anda quase sempre associado ao Andrade. Na família Vilhena, do Concelho de Beja , antigos grandes proprietários, também têm sempre o Freire de Andrade. Estou a fazer a minha árvore genealógica e cheguei ao século dezassete e encontrei a ligação deste apelidos na Freguesia das Entradas , onde Vilhenas viviam, vindos de Almodôvar e se juntaram, por casamentos, com os Freire de Andrade, que tinham origem num casamento de meus ascendentes, (6ºs avós) em que um era Freire e o outro Andrade.
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Família- Freire de Andrade
Em Beja são Vilhena Freire de Andrade, sendo transmitidos estes 3 apelidos.
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Família- Freire de Andrade
existe um livro sobre essa familia a casa de andrade 1160 -1540 , nobreza , mentalidade e ideologia na galicia baixomedieval de josé Francisco Correia Arias
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Família- Freire de Andrade
Caros, hoje tropecei neste post e acho que será útil a alguns dos investigadores a leitura do ainda inédito testamento de Rui Freire de Andrade, pois tem muita informação sobre a sua família. Será publicado este ano no vol. 1 da Série 3 da colecção Portugal in the Sea of Oman.
O resto do processo tem muito mais documentação, claro, mas como apenas dizia respeito ao Reino, não se transcreveu.
Torre do Tombo, Feitos Findos, Inventários post-mortem, Letra R, Maço 28, Doc. 5, f. 17-31
[Goa], 09/02/1634
Treslado do treslado do testamento do defunto Ruy freire D andrade / [f. 17v] Capitão Geral que foi do estreito de Ormuz
Primeiramente encomendo minha alma a Deos que a criou, e Remio com seu preciozissimo sangue, e protesto crer firmemente, e morrer no que manda, e ensina a Sancta Jgreiia Catholica de Roma esperando na milagroza paixão de Christo, e mais misterios de nossa redempção auera mizericordia comigo sendo a Sacratissima Virgem Maria nossa senhora minha Auogada, e todos os sanctos da Corte dos Ceos, pera que Deos perdoe meus pecados, e as grandes offenças que lhe tenho feito nesta uida auendo Recebido della tam assinaladas merces, e lhe pesso humildemente Releue minha [sic] culpas, e erros, e salue minha alma que ponho em suas maos estando serto uzara comigo da grandeza de sua mizericordia, e por seu meio me acompanharão na hora de minha morte os gloriozos Anjos de Cuia asistencia me nase a ir em Deos desta Vida, pesso a todos os fieis Christãos que ajão Recebido de mim algum escandalo me perdoen, e desde agora, e sempre me desdigo de tudo que haia falado em dano de outrem per / [f. 18] malicia, ou ignorancia conhecendo me por mizerauel, e cheio de faltas, e incapax de beneficios, e ingrato a Deos, e aos homens
¶ Declaro que não sou, nem fui cazado, e meu Pai se chamaua João freire D andrade, e minha mai Dona Maria Botelho natural hum de Beja, e outro da Villa de Penedono, ambos ja falecidos, e sepultados, minha mai na Capella de santo Antonio no mosteiro dos frades de São francisco da Cidade do Porto, e meu Pai na cidade De goa na caza professa de bom Jesus junto ao arco da Capella mor da banda de fora a parte do Euangelho dos quais ficamos sinco filhos tres machos de que eu so sou uiuo, e duas Jrmãs freiras professas que ora estão no mosteiro de São Bento na mesma Cidade do Porto, e de todos os Varoins fui eu o mais uelho, e posso conforme a dereito por não auer herdeiro forçado despor de minha fazenda, e instetuir por herdeiro a quem Deos me ispirar beneficiendo [sic] / [f. 18v] minha alma com toda a concideração deuida as maiores obrigasoens della, e em perfeito entendimento ordenar esta minha cedula, a qual quero, e mando se cumpra na maneira seguinte, Pedindo ao Prouedor da Sancta caza de mizericordia, e ao Senhor Antonio da foncequa ozouro Veedor da fazenda que por amor de Deos queirão ser meus testamenteiros em Mascate, e em goa a meu Camarada Amaro Rodrigues, e a Sancta Caza de mizericordia, e no Reino a sancta caza de mizericordia de Lisboa atentando a [sic] grande dezemparo en que ficão minhas couzas, e o dito Amaro Rodrigues meu camarada como prezente ao descurso de todos os annos que serui na Jndia podera aclarar alguns particulares em que ouuer duuida por lhe auer manifestando [sic] sempre meus intentos
¶ Declaro que em Por/tugal [f. 19] tenho fazenda de Rais na Cidade de Beja, e en Alentejo, e na Beira, e em a Villa de Penedono a qual fazenda eu, e meu Jrmão tinhamos misticamente os bens partiueis, e eramos sos herdeiros, heu e o dito meu Jrmão Lourenço freire D andrade porquanto minhas Jrmas, e as mais Religiozas de São Bento do Porto tinhão dezestido de entrarem a dita herança, assy por respeito de seos dotes, e profição, como por outros beneficios que em Vida de nosso pay auião Recebido, e de huma tença d el Rei que meu Pai testara as ditas minhas Jrmas, as quoais me doarão tudo o que lhe podia caber por entenderem que andaua no seruiço de Sua Magestade com despezas, e tinha gastado minha legitima, e o mais que podia auer
¶ E asim declaro mais que o dito meu Pai em uerba de seu testamento me deixou a mim / [f. 19v] por seu herdeiro uniuersalmente naquillo que pertencia a sua terça, com declaração de se auincular ao Morgado de nossos antecessores serta herdade no Termo de Beja que entendo se chama de Lajem como mais claramente se uera no testamento de meu Pai que Deos tem, e porquanto meu Jrmão Lourenço freire pessuio sempre, e arrecadou os fruitos dos bens partiueis das terras que tinhamos na Beira desdo tempo que meu Pai faleceo athe o falecimento do dito meu Jrmão Lourenço freire, sem fazermos partilhas, e he necessario que o herdeiro que de nouo instituo liquide estas contas, e aja conforme a direito aquillo que lhe pertencer por minha herança da molher com que foi cazado o dito meu Jrmão da qual não ouue filhos
¶ no que toqua ao morgado de meus antecessores, cuja capella esta na cidade de Beja entendo que uem por direito a Dom Antonio Lobo meu / [f. 20] Sobrinho filho de Dom Pedro Lobo mais uelho, e da Senhora Dona Briatis filha da Senhora Dona francisca, Jrmã de meu Pay, por cujo direito lhe pertence como Varão, e da mesma familia
¶ No que toqua aos bens partiueis, e a demais fazenda que no Reino se achar, e a que se ouuer de adquirir o [sic] por demanda, ou por conserto de nossa herança que meu Jrmão aministraua, e asi mais das merces das fortalezas que Sua Magestade me tem feito, e da comenda, ou comendas, e mais fazenda, e todas as ausoens que me pertencerem assy conforme a direito como das merces de Sua Magestade faço e instetuo por meu herdeiro uniuersal ao filho segundo que tiuer, ou ouuer da Senhora Dona Angella minha sobrinha irmã do dito Dom Antonio Lobo, a qual esta cazada com o Alcaide mor de Sintra, E sendo cazo que depois desta minha instetuição falessa este dito meu herdeiro, faço logo ao filho mais / [f. 20v] moço da dita minha sobrinha, e se tambem morrer quero que passe a dita herança de meus bens ao filho segundo de meu sobrinho Dom Antonio Lobo, e morrendo o terceiro pella mesma ordem que asima declara
¶ Em cazo que da dita senhora Dona Angella minha sobrinha, nem do dito Dom Antonio Lobo fiquem filhos segundos, nem terseiros Varoens a que aja de ficar esta minha herança com as condiçoens ao diante declaradas me poderão herdar filhas com a mesma precedencia
¶ E assy mais nomeo neste dito meu herdeiro em segunda uida por eu ser a primeira o prazo dos moinhos dos quintos, e cardeira que cuido se chamão os da moreira em que meu Pay tinha tres uidas pera testar, de cujo testamento se uera mais claro o nome deste prazo, e as couzas nelle conteudas
¶ No tocante as merces que sua Magestade me tem feito declaro que são as seguintes; a fortaleza de Ormuz, a fortaleza / [f. 21] de Damão, a fortaleza de Dio, e a comenda da Villa de Rey, e a promessa de contia de quinhentos mil reis de que tenho patente e cartas em Goa na Jmquisição, E em Mascate no meu escritorio, e o [sic] seruiços que tenho feito ao dito Senhor forão uinte, e seis annos continuos efectiuamente de Soldado e Capitão, he Capitão mor, e General de armadas de Remo, e alto bordo com despeza de fazenda, e patrimonios proprios Recebendo feridas em Seu Real seruiço, E em ocazioens de mar, e terra (por cuio Respeito) digo pode sua Magestade sendo seruido honrar este meu herdeiro com suas acustumadas grandezas, e pello estado em que estou afirmo com toda a uerdade que nenhuma outra couza mais dezejei que acabar a uida nas occazioens prezentes, e na guerra de que Sua Magestade ouue por seu seruico de me encarregar, e pera proua do amor e zello con que sempre me empreguei no seruico do dito senhor, ordeno que o herdeiro que ouuer de herdar estes meus bens, e merces / [f. 21v] lhe ponho por obrigação assy ao primeiro, como aos mais desendentes que siruão tres anos a Sua Magestade em suas armadas, ou fronteiras, ou em occazioens que se tiuerem por de mais honra, auendo antes em sua criação estudo outros tres annos em qualquer Vniuersidade de Hespanha, ou em Portugal.
¶ Hey por bem que assy a fazenda da Beira, como de Alentejo tenhão natureza de morgado, e pera esse effeito as auincullo pera que não possão ser uendidas, nem alienadas, e debaixo desta condição as herde, e goze o dito meu herdeiro, e seus decendentes, e uendendo sse as fortalezas da Jndia por graça de Sua Magestade mando que as tres partes do que derem por ellas se empreguem em fazenda de Rais no Reyno, que se ajunte ao dito Morgado com as mesmas clauzullas, e condiçoens
¶ Deixo doze mil pardaos pera por uia da sancta Caza de mizericordia de Goa, e Lisboa passarem a Beya a se fazer huma capella com os rendimentos que se comprarem em que me dirão duas missas / [f. 22] Cotidianas pera minha alma de meu Pay e mai, E auõs de que sera administrador o dito meu herdeiro, e andara sempre iunta ao Morgado a dita capella a que folgarei Leuem os ossos de meu Pay, e may dos Lugares donde estão.
¶ Declaro que os ditos doze mil, E o pouco, ou muito que mais tenho sabe Amaro Rodrigues meu camarada, e o declarara porque eu o não alcanso, nem uerdadeiramente sey
¶ A prata, e ouro que tenho esta tudo entregue aos dous Paulos chinas e do que montar, e mais fato se fara meu enterro, e os legados que for apontado
¶ Tenho hum habito de diamantes, e transelim do proprio que ualem mais de dous mil xerafins, e mil num colar d ouro que me mandou meu camarada Amaro Rodrigues, ordeno que as ditas tres pessas bastando o que se achar pera meus Legados se não uendão, e mandem ao meu herdeiro ao Reyno, e andarão sempre com o Morgado
¶ Sinco Cauallos enuiey meus ao Capitão de Chaul francisco de Silueira a conta / [f. 22v] delles me mandou uinte candis d aRoz preto de Cochim, e assy estão mais des caualos na estrebaria do procedido, de huns, e outros se farão tanbem meus Legados
¶ Paullo China meu despenseiro tem em seu poder hum pão de ambar grande de francisco Vaz D almada sobre o qual me deue trezentos pardaos de larins, os quais Simão Caldeira deu por minha conta a quem os paguei como se uera do conhecimento do dito francisco Vaz D almada que esta no meu escritorio
¶ A Sae mandou tenho dado sincoenta pardaos pera sem Candis de chunambo, e pedra arrecade sse delle, e uinte e sinco, ou uinte e Seis pardaos de xeque mamede
¶ Salemo Ben soar meu procurador em Julfar ha de ter arecadado as uagumbaJens deste anno de que lhe tenho mandado dar duzentos e trinta e sinco pardaos de laris a Crigi, e a demazia se cobrara delle, e peço ao Capitão Amauro Ribeiro D almeida que com toda a breuidade dirija a contia a meus testamenteiros a Mascate
¶ Aos Religiozos de Sancto Agostinho de Mascate deixo sem xarafins / [f. 23] de esmolla, e sincoenta de acompanhamento, e peço por amor de Deos ao muito Reuerendo Padre Prior me mande dar no mais humilde lugar que lhe paressa huma sepultura pera meu corpo ser enterrado
¶ Deixo a Sancta Caza de mizericordia de Masquate trezentos xerafins de esmolla, e pesso por amor de Deos queira mandar enterrar com a tumba dos pobres, e bandeira, e soposto que não ha quatro caualeiros do habito que conforme a obrigação mo ajão de leuar a Sepultura; folgarei que quatro pobres mendigos suprão a falta, e seião os que me Leuem ao enterro:
¶ Deixo a confraria de nossa senhora do Rozairo sem pardaos de esmolla de que sou Jrmão, e pella obrigação disso o prezidente me mandara acompanhar como costuma fazer aos pobres por amor de Deos
¶ Mando que o dia de meu enterramento se dee de esmolla sem pardaos de Larins a Veuuas molheres pobres que não pedem pellas portas
¶ Deixo que se me digão em Mascate os primeiros seis mezes de meu fa/licimento [f. 23v] seis officios de noue lisoens se dara a esmolla delles que parecer a meus testamenteiros
¶ Deixo se me digão duas missas Rezadas cada dia o primeiro anno de meu falecimento em Mascate, se dara de esmolla por cada huma dous Larins
¶ Mando que se me digão na caza da santa mizericordia de Goa trezentas missas Rezadas pella alma de meu Pai e mai pera o que se dara a esmolla acustumada
¶ Mando que se me digão seis missas cantadas no altar do Sancto Nicolao em Mascate e se dara por cada missa de esmola seis pardaos
¶ Deixo forra huma menina parcia que esta em caza de Dona Barbora por nome Catarina, e sem pardaos pera seu cazamento; E outrosy deixo tambem forra a Lianor irmã de Domingos que esta em caza de João cardiga, e setenta pardaos pera aiuda de seu cazamento, e declaro que assy / [f. 24] estas moças como as tres que ia estão cazadas as não tiue nunqua por captiuas, nem no são Dom Paulo, e Dom João Sipriam, Domingos, Lourenço, Pedro, e deixo a cada hum dos sobreditos mosos setenta pardaos alem do que cada hum tem de seu cabedal em mãos de Gaspar D abreu, e Manoel Salgado, e porquanto Lourenço não tem nada o acresento mais em trinta pardaos, e que a Pedro so se dem corenta
¶ Aos tres charamellas Nicolao, Gaspar, Andre deixo forros e dez pardaos a cada hum, e assy deixo mais forros os dous chinas Paulo com declaracão que ao maior delles se darão uinte pardaos, e a outro corenta
¶ A Domingos mulato deixo forro, e que lhe dem sincoenta pardaos de Larins, e tambem deixo forro a Andre que chamão o perdido e Sinão buque e darão dez pardaos a cada hum
¶ Dom Paulo, e Domingos tem cada hum seu cafre que comprarão por dinheiro hum por nome Antonio, outro João
¶ Jna/cio [f. 24v] deixo o pinto, e o meu caixão dourado; e assy deixo forro a Antonio casta Cacha que esta em Goa prendendo [sic] cozinheiro, e Antonio que se chama Burro pera seruir a caza de São João Euangelista dos Religiozos de santo Agostinho
¶ A meu camarada Amaro Rodrigues deixo o meu trassado de prata, e hum Relicario de estima com Reliquias que mo derão por a emperatris, e mando que lhe entreguem os meus escritorios com todos os papeis que nelle se acharem patentes, prouizoins, e cartas de sua Magestade Vizo Reis ministros.
Declaro que muitas uezes me emprestou o dito meu camarada Amaro Rodrigues o seu dinheiro de que me aproueitei nas partes donde estiue pera gastar no seruiço de Sua Magestade, e tambem elle Recebeo Letras, caualos, e outras contias que me uierão de Portugal, e porque elle sabe de tudo como amigo uerdadeiro ordeno que no particular de contas sera pera muito aquillo que elle diser
¶ Declaro que Antonio Barriga que Deos / [f. 25] tem me emprestou por uezes dinheiro pera gastar no seruiço de Sua Magestade e posto que ia esta pago, e tenho quitação não sei se ouue algum erro entre meus procuradores, e a mor cautella deixo se dem a seus herdeiros sem pardaos
¶ Ordeno que se me tirem trinta bullas de compozição, e outras tantas por almas de que se dara a esmolla ordinaria
¶ Mando que se me digão duzentas missas Rezadas pella alma de meus Jrmãos Lourenço freire, e Luis freire, e se dirão tambem em Goa tres officios de noue lisoens pera alma de meu Pay, e may, e se dara pera tudo a esmolla acustumada
¶ Declaro que na fortaleza de Mascate precedendo grandissimas necessidades num dos annos passados, e não auer na terra fazenda alguma d el Rey com que se pudesse acudir as despezas, nem sostentar a gente de guerra para o serco que se esperaua conforme os muitos auizos que ouue de sobreuirem os enimigos de Heiropa [sic] consertados em [sic] os Turcos, e sodendo [sic] no tal tempo te/rem mos [sic] [f. 25v] Reprezado o Veedor da fazenda Nicolao da Silua E eu hum taurym d el Rey de Cacha com as fazendas de mercadores delle porque [sic] queixas de que dela nos fez Antonio de Buim em que declarara em que quebrara El Rey seguro que lhe auia dado, e sobre elle o Roubarão o que querendo emendar lhe detiuemos o dito Taurim prendendo a gente a qual soltamos sobre fiamça depuzitaria, e cono [sic] a necessidade foi preciza obrigou a que o Veedor da fazenda, E eu nos ualessemos do dinheiro que se Carregou ao feitor de Sua Magestade que então era o qual the gora se não satisfez pesso ao senhor Vizo rrey, e mais ministros do dito senhor que por amor de Deos, e por me fazer merce mandem pagar aos ditos mercadores na forma que a Receita do feitor de Mascate apontar.
¶ Declaro que Andre Rodrigues meu criado deixou morrendo em Catifa mil, e duzentos pardaos de sinco Laris pera se darem na Villa de Penedono a seus herdeiros de que não / [f. 26] tem uindo Reposta auendo auizado por uezes ordeno que se faça entregua da dita contia a Sancta Caza de mizericordia de Goa pera por sua uia poderem Receber as ditas pesoas encaminhando sse a mizericordia de Lisboa, e São João de Pesqueira
¶ Declaro que falecendo em Mascate Belchior Borges teixeira da obrigação da caza deixou por seu testamento quatrosentos e tantos pardaos a suas irmãs em meojão frio como constara do proprio papel mais claramente pera que la lhos mandasse eu dar como ia tenho feito a meu procurador gaspar freire D andrade em Lisboa, porem pera descargo de minha conciencia ordeno que não auendo tido, efeito se satisfaça de minha fazenda em Portugal inteiro comprimento, e mando do dito Belchior Borges, aduertindo que Recebi, e se me entregou o dito dinheiro
¶ Deixo a meu camarada Amaro Rodrigues huma pedra de porco espinho / [f. 26v] E outra pedra bazar ja gastada de malaqua
¶ Deixo a Manoel Cordeiro que me seruio de Vedor sem pardaos de Larins e hum collete de coiro d anta garnecido d ouro que esta no meu caixão cozinha do nauio, aprestos, e Matalotagens delle
¶ Deixo a Manoel Patrão as alcatifas do toldo, coxins e bandeiras do nauio, e uinte xerafins
¶ Deixo a Lao sem xarafins pera se armar, e alcatifa do Rebado
¶ Deixo a Vilhegas setenta xarafins, e outra alcatifa de pelanquim
¶ Aos paigens Reinois se dara a cada hum corenta xarafins, e a todos a sua Roupa de uestido que tiuerem
¶ A domingos mulato deixo huma esquipação de perpetuana noua que ainda não uesti garnecida com huns botoinszinhos de azul e prata, e a outra do mesmo pano uerde se dara a Paulo pequeno, e se Repartira toda a minha Roupa branca, e uestidos pellos paigens Parcis, Lao, Vilhegas
¶ Thome cozinheiro deixo forro, e que se lhe dem des pardaos, e outros tantos ao Barbeiro narane, e quinze a tayre Baniane / [f. 27]
¶ Declaro que eu prometido de fazer huma ermida a nossa senhora de bom sucessos [sic] em mascate, ordeno que de minha fazenda se dem trezentos pardaos de Larins a Sancta Caza de mizericordia de mascate pera mandar a execução a esta obra
¶ Declaro que as cazas em que pouzo com todos o [sic] seus beneficios, e obras que nellas fiz pertencem a Jnes esteues, e seus herdeiros em Rezão de os alugueres, e nunca ter tenção de faltar de minha nesta obrigação digo de faltar de minha parte nesta obrigação, e assy que as benfeitorias com mais que tem Recebido em dinheiro lhe ficara pellos ditos alugueis do tempo que morei nellas.
¶ Declaro que dos seis berços que estão a minha porta nas carretinhas são a maior parte delles meus dos quaes dous com seus aprestos deixo a meu Camarada Amaro Rodrigues, e os outros coatro fique embora a El Rey pera seu seruiço
¶ Deixo a Gomes freire os berços / [f. 27v] da manchua bofetes, cadeiras de caza
¶ Deixo a Xabam quatro baquamartes que tenho muito bons e hum poluarinho de prata, e hum esquife dos de Caza, e A paulo china grande o Caixão de que tem cuidado, e o esquife
¶ Aduirto que ficão enfardelladas sinco alcatifas grandes em Caãs que me deu o nacoda do Congo
¶ Declaro que as botoaduras d ouro que tenho entregarão os chinas como declaro com prata, e ouro
¶ A Nicolao freire digo ferreira se darão sem pardaos de Larins, e huma sella, e cabeçadas de prata que me deu o baixa de catifa douradas
¶ Deixo a feliciano Tauares sem xarafins e duas esquypasoens de chamalote de seda malaias que ainda não uesty
¶ E en Portugal mandei a meu Jrmão Lourenço freire que haja gloria fizesse huma ermida por minha Conta, e ordenei se lhe desse o dinheiro necessario pera essa obra, e a dedicasse a Sancta Eufemia / [f. 28] a quem prometi uindo do Reino escreueo me que a fazia e despois por sua morte me disserão deixara ordenado se desse satisfação como eu dispunha mandando que digo mando que se sayba se ouue comprimento, e não se lhe auendo dado prouerem meus herdeiros dos que o forem seus cumprão a dita manda
¶ Deixo ao Padre frei Antonio todos os meus Liuros que tenho
¶ Deixo a minhas Jrmãs em São Bento do Porto duzentos cruzados a cada huma que se darão do melhor parado de Portugal ou da Jndia
¶ Deixo a Antonio Soares sem xarafins, e ao Surgião Miguel Pereira se darão uinte e sinco pardaos, e outros uinte e sinco a João da Costa, e tambem se pagara a da sua [?]
¶ Declaro que as tres pessas de trancelim, colar, e habito de diamantes se não uendão em maneira alguma, e fiquem na forma que ordeno a meus herdeiros, e pera satisfazer os Legados quanto se achar em Mascate / [f. 28v] meu não bastar se fara a saber ao Camarada Amaro Rodrigues pera que feitas contas dos doze mil xerafins que limito pera a capella se saiba delle se resta alguma couza com que se perfaça inteiramente o que mando porque me parece que sempre tera bastante pera cumprir as obrigasoens que aponto neste meu testamento que fiz em meu inteiro Juizo estando enfermo da doença que Deos me deu, e pedi a Lucas Pinto escriuão d armada e meu fizesse este em que me asinei ordenando que so se cumpra, e goarde, e que nenhum outro testamento, ou sedola que apareça aja effeito porque todos deRogo, e so esta tenhão por ualioza, e como tal peço as Justiças de Sua Magestade lhe dem comprimento
oje por graça de Deos sete de Dezembro, anno do nacimento de nosso senhor Jesus christo de mil e seissentos e trinta e dous
¶ Mando que a nenhuma gente de minha caza se dem do, antes peço a todos o não tragão porque a morte / [f. 29] he natural e Deos me fes muita merce de me escolher a que me deu
¶ Declaro que na mão de Lucas Pinto estão trezentos pardaos pera ir correndo com o gasto
oje sete de Dezembro de Seissentos e trinta e dous
¶ Declaro que em Beya estão humas cazas na praça as quaes meu Jrmão nas partilhas que comessou a fazer se Lançarão a minha parte pella ualiação em que se comprarão, ou o que na uerdade for, e despois os herdeiros de Gaspar de Brito freire fizerão demanda, e não sei o estado em que ficou o negocio se se iulgarão as cazas as ditas pessoas ha sse de fazer contas nas partilhas, e tambem auer dos mesmos herdeiros porque o dito Gaspar de Brito freire tinha propriedades herdadas que deixou a sua molher que auia de herdar esteuão de Brito freire
¶ E por aqui esta minha sedola de testamento hey por acabada por ser minha ultima uontade, E estar em prefeito Juizo, pedindo a Deos nosso senhor aja mizericordia com / [f. 29v] a minha alma, e as Justiças de Sua Magestade mande dar inteiro comprimento, e fauor a meus testamenteiros
oje oito de Dezembro de seissentos trinta, e dous,,
Ruy freire D andrade,, Lucas Pinto,,
Aprouacão
Em nome de Deos amen
saibão quantos este estromento de prouação uirem que no anno do nacimento de nosso senhor Jesus christo de mil e seissentos e trinta e dous annos aos oito dias do mes de Dezembro do dito anno nesta fortaleza de Mascate nas pouzadas do Capitão Geral Ruy freire D andrade estando em cama doente da doença que Deos lhe deu mais em seu perfeito juizo como em seu falar parecia pello dito senhor me foi dado este seu testamento pedindo me que lhe aprouasse que elle era muito contente de se cumprir tudo o que nelle estaua porquanto o mandara / [f. 30] fazer estando em todo o seu perfeito Juizo, e entendimento, o qual testamento uai competindo em quatro meas folhas de papel, e huma lauda, e manda que assy se cumpra inteiramente sem duuida alguma, e pede as iustiças de sua Magestade assy o cumprão, e fação comprir assy como nelle se contem, em o qual esta o dito senhor assinado, e se assina na dita prouação por de tudo ser contente, e satisfeito, e ser assy a sua ultima uontade e que este seu testamento quer que ualha, e que derroga todos os outros, que antes deste feito tenha por escrito, ou por boca, e asi Reuogou, e declarou que Reuogaua todos os testamentos que em Goa ou em Portugal tenha feito este so sera ualiozo, e os outros sem uigor, nem força, pello assy otorgar se asinou aqui nesta prouação que eu Domingos Pereira Pantoja tabalião nesta fortaleza de Mascate fis com testemunhas que de prezentes estauão francisco Vaz D almeida, Nicolao fe/reira, [f. 30v] e Miguel Pereira, e Manoel Cordeiro, e Antonio Soares, e Lucas Pinto, e Bertolameu Leitão D andrade, E eu dito tabalião que este aprouei, e me asinei do meu publico sinal que tal, e como se segue,,
Ruy freire D andrade,,
francisco Vaz d almeida,,
Miguel Pereira,,
Nicolao ferreira,,
Antonio Soares da Veiga,,
Lucas Pinto,,
Manoel Cordeiro,,
Bertolameu Leitão D andrade.
O qual testamento, e aprouação uai aqui tresladado bem, e fielmente sem acrescentar nem demenuir couza que duuida faça e a este treslado se deue dar inteira fee, e credito em Juizo, e fora delle como se dera ao dito treslado que foi tirado do proprio que se tornou ao testamenteiro ao qual se Reporta, e pera serteza dello uai asinado pello ouuidor Manoel Camello d andrade, e selado com o sello das armas Reais da Coroa de Portugal que neste Juizo serue
em trinta de Abril de mil e seissentos e trinta e tres annos,
e Vai con/sertada [f. 31] com outro official no conserto, pagou deste treslado com papel seissentos reis e de asinar e sello trinta reis. Luis Moreira de ssa escriuão desta ouuidoria de Mascate o fis escreuer, e sobescreuy,,
Manoel Camello D andrade
sem sello ex causa,,
Camello,,
no conserto Luis moreira de ssa,,
no Conserto João Cardiga,,
O qual testamento de Ruy freire D andrade, e aprouação e mais papeis eu Luis do Rego de Nigreiros fiz aqui tresladar de outro treslado que fica no Cartorio desta sancta Caza sem acresentar, nem demenuir couza que duuida fassa, E escriuy e asiney aos noue de feuereiro de seissentos e trinta e quatro,,
Luis do Rego de nigreiros
Pedro Pinto
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Família- Freire de Andrade
Ex.mo Senhor MAGALHÃES Peço desculpa por o incomodar mas gostaria muito de trocar 2 ou 3 e-mails com o Senhor para tentar saber se os meus antigos Paiva Manso Freire de Andrade, de São Gião, da Troia e de Chão de Lamas, Miranda do Corvo, estavam ligados por laços de parentesco aos Freire de Andrade de Bobadela, Oliveira do Hospital.
Por grave falta de saúde física deixei de trabalhar em 2008 e em vez de melhorar ainda piorei. Sou Bisneto de José de Paiva Manso Sárrea de Carvalho Freire de Andrade, nascido em Chão de Lamas, Miranda do Corvo em 18-12-1850 --- e falecido em Lisboa em 1931.
Peço encarecidamente ao Senhor MAGALHÃES que por favor, se puder, me responda para o meu endereço de e-mail que é o seguinte; paivamansoebelisáriopimenta@gmail.com
Com os meus melhores cumprimentos e agradecimentos Jorge Santos
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Família- Freire de Andrade
A primeira pessoa a usar os três apelidos Vilhena Freire de Andrade foi Luís de Vilhena Freire de , Andrade, nascido em Entradas em 1820. era filho do dr. José Joaquim Guerreiro de Vilhena, nascido em Almodôvar em 1764,notário nesta vila e de sua mulher D. Ana José Freire de Andrade nascida em Beja em 1780. Esta senhora foi casada em primeiras núpcias com Manuel Anastácio Mendes Cordeiro Godinho, familiar do conhecido poeta alentejano Conde de Monsaraz (António de Macedo Papança). Quanto ao referido Luís de Vilhena Freire de Andrade foi procurador do concelho de castro verde e provedor da Santa Casa da Misericórdia de Entradas
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