95 nomes de Sintra em apoio a D.Miguel
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95 nomes de Sintra em apoio a D.Miguel
Caros Confrades
Trago hoje ao vosso conhecimento uma transcrição parcial da acta da reunião de Câmara Municipal de Sintra, de 26 de Abril de 1828, de Fls.146 a 149 em que se pede a D. Miguel que assuma os seus “inauferíveis direitos à Coroa de Portugal”.
É um texto interessantíssimo em que, à Câmara, se juntam 105 assinaturas (algumas ilegíveis) de gente do clero, nobreza e povo da vila.
O nome de D. Miguel e outras palavras de saudação aparecem posteriormente riscadas, na sequência da vitória liberal.
«(…) Dr. Joaquim Pereira Navarro d´Andrade, Fidalgo da Casa Real do Desembargo de Sua Majestade Corregedor com exercício de Juiz de Fora desta vila e seu termo pela Imperatriz e Fidelíssima Rainha Nossa Senhora com Alçada pelo Sereníssimo Infante Regente em nome de El Rei, Presidente deste Senado, e o Vereador Segundo o Capitão-Mor Agregado Policarpo Joaquim de Fontes e o Vereador Terceiro o Alferes José Diogo Monteiro da Silva, e o Procurador do Conselho José Maria Xavier da Costa Pereira(…) sendo-lhes dirigida pelo pelo Doutor Presidente a fala e a proposta que se segue transcrita: "Clero, Nobreza e Povo desta vila e seu termo" Senhores" A Santa Religião que professamos, fidelidade, obediência constante e ilibada aos Senhores Reis deste Reino, têm sido as virtudes características deste Senado e desta Povoação inteira; mas não deve esta última, para glória nossa, ser levada a tal extremo e apuro, que fiquem confundidas as outras, equívocos os nossos desejos, e os votos de toda esta povoação. (...) A este senado com certeza consta, que grande parte das Câmaras destes Reinos tem levado aos Pés do Trono de sua Alteza o Sereníssimo Senhor Infante Dom Miguel acatadas súplicas para que o mesmo Augusto senhor se digne assumir os inauferíveis direitos que lhe assistem à coroa Portuguesa, à Possessão e Domínio destes Reinos, e este Senado, e toda esta povoação que não tem consentido jamais que nenhuma outra se lhe avantaje em pureza de verdadeiros sentimentos patrióticos não deve deixar agora de unir as suas às rogativas (sic) gerais, sendo idênticos os sentimentos de seus corações para com o mesmo Augusto Senhor: é para este fim que o senado acordou convocar as três classes desta vila para dirigirmos a mesma súplica ao Sereníssimo Senhor Infante Dom Miguel. Nós temos leis e elas declaram Nosso Rei o Sereníssimo Senhor Infante Dom Miguel: [fl. 146 vº] nós o queremos; mas só a ele cumpre deferir os nossos votos, intimamente convencidos de que por Deus reinam os Reis, norma consagrada pela aliança dos Monarcas da Europa, utilíssima à conservação dos Estados, antídoto vitorioso contra a peste das Revoluções e anarquia: esta norma, Senhores, é a legitimidade. (...)
os [fl. 147] inauferíveis direitos do mesmo Augusto senhor quando ele se digne assumi-los e alto respeito ao Senhor Dom Pedro, Primeiro Imperador do Brasil como Príncipe da Augusta Dinastia de Bragança por isso que este Príncipe Augusto havendo contraído com o Senhor Rei Dom João VI de saudosa memória a separação do Brasil desta antiga sede da Monarquia portuguesa assim o decretaram, e neste acto se constituiu em Príncipe estrangeiro, e as Cortes de Lamego celebradas na instituição da monarquia defenderam que Príncipes estrangeiros reinassem entre nós: é o Brasil um novo império mais vasto ainda que os Reinos que ocupamos e os Estados da Nação em 1641 na aclamação heróica do Senhor D. João IV celebraram e o mesmo Augusto Senhor o sancionou, que o Príncipe mais velho assumisse o maior Império, e o segundo o mais antigo Reino. O Sereníssimo Senhor Infante Dom Miguel é o filho segundo do Senhor D. João VI de sempre chorada recordação. Declaremos pois Portugueses a nossa única vontade subindo aos ares a expressão de nossos corações = (...)Viva toda a Família Real (...)Se algum dentre vós ou por escrúpulo de consciência, ou por convicção de princípios vacilar no juramento, prontos o declarai, (...)demonstrações de alegria e entusiasmo prestando cada um pronunciadamente sobre os Santos Evangelhos o juramento declarado pela Ordem de suas assinaturas que lhe foi conferido pelo Doutor Presidente e que assim prometeram cumprir, de tudo mandou este Senado fazer este auto que o Dr. Presidente e Vereadores e Procurador do Concelho assinaram com todos os concorrentes, e de tudo eu escrivão ter passado como dito fica dou minha fé e eu Manoel de Abreu Sousa Prego, escrivão ajudante dos órfãos o escrevi e eu João Inácio da Fonseca Veras de Oliveira escrivão da Câmara o escrevi e assinei.
= Joaquim Maria P. Navarro de Andrade = Policarpo Joaquim de Fontes =José Maria Costa Pereira = José Diogo Monteiro da Silva = João Ignácio Fonseca Oliveira, o escrevi;
• Máximo José dos Reis, Capitão Mor efectivo
• Aniceto Joaquim de Fontes, bacharel formado e Procurador da Real Fazenda da Coroa
• Joaquim Xavier Monteiro da Silva, Capitão da 2ª Companhia
• Manuel Abreu Sousa Prego, capitão
• Nicolau Joaquim das Neves Antunes, ex Juiz de Fora de Sintra
• P.e. José de Almeida (?) Beneficiário de S. Pedro
• José Pedro Bernardes
• O Prior de S. Pedro de Penaferim, Luis Manuel da Silva
[fl. 148]
• O Desembargador Prior de Santa Maria de Sintra, José de Almeida (Carvalho?)
• O Reverendo Presidente da Colegial Igreja de S. Martinho de Sintra, Sabino Nunes dos Reis
• O P.e. José Maria de Faria, Desembargador na Igreja de Santa Maria
• O P.e Francisco de Sto. Anselmo, ecónomo na colegiada de Sta. Maria
• O Prior de S. Miguel de Sintra, Manoel Marques Migueis
• O Beneficiado Eduardo José de Almeida (...)»
(segue)
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RE: 95 nomes de Sintra em apoio a D.Miguel
(continuação)
«(...)
• O P.e Domingos Alves de Carvalho, Capelão dos Reais Passos desta vila
• O Beneficiado João da Cruz Pereira de Azevedo em Sta. Maria
• O Beneficiado de Sta. Maria de Sintra João Álvares de Carvalho
• Manuel d’Abreu Sousa Prego, escrivão ajudante dos órfãos
• Frei Manuel (Sanchez?) Ministro, do Convento da Santíssima Trindade
• O Beneficiado Diogo Emiliano de Fontes
• O P.e António Joaquim de Sá, ecónomo de S Miguel
• O Capelão-Mor António José Malheiros
• O P.e António Gomes Barreto
• O P.e António de Oliveira
• O Beneficiado em S. Miguel Diogo Joaquim da Costa
• O P.e António Xavier da Silva
• José da costa Pinheiro, colegiado de Sta. Maria
• Beneficiado de S. Miguel José Joaquim Martins
• António José Reis, cura de S. Pedro
• Frei Luiz Monteiro de Faria
• Paulo José da Fonseca Cabral, Cavaleiro Fidalgo
• Máximo d’Assunção M (...), Alferes da 1ª companhia
• O Ajudante de recebedor, Policarpo Joaquim Agnelo de Fontes
• O Porteiro das Damas, Francisco Lourenço
• Joaquim José (...)
[fl. 148 vº)
• António Joaquim Pires, cirurgião do Partido desta Câmara e do Imperial e Real Paço do Ramalhão
• José Romão Bernardes da Silva, escrivão da Real Coutada de Sintra e Colares e Real Paço do Ramalhão
• José Romão Bernardes da Silva, escrivão da Real Coutada de Sintra e Colares e Advogado da vila de Sintra
• José António Gambôa, Capitão da 6ª companhia, escrivão dos órfãos
• Manuel (...) Alferes da Companhia das Ordenanças
• Fernando Silveira da Costa, Mestre Régio de Primeiras Letras
• Dinis Félix de Castro e Azevedo, Advogado
• Joaquim Procópio Veras de Oliveira, ajudante de escrivão da Câmara
• (+) de Pedro Gomes, caseiro dos Reais Paços do Ramalhão
• Bernardo José Pinto, boticário da Misericórdia
• José S. De Azevedo
• Joaquim José da Costa, proprietário
• António Gomes Barreto, boticário do partido da Câmara e Real Paço do Ramalhão
• Manuel Inácio Gamboa, escrivão ajudante das Provedorias
• Valentim da Cunha, Procurador
• José da Cunha Pereira Monteiro, morgado e capitão reformado do 2º regimento de Milícias
• Dionísio António das Dores, professor régio de gramática latina
• Miguel Joaquim Benvindo, administrador da jugada
• Francisco Pereira, carpinteiro louvado do senado desta Câmara (...)»
(segue)
Cumprimentos
Filipe Reis
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RE: 95 nomes de Sintra em apoio a D.Miguel
Caro Filipe Reis
Como estou neste momento sem acesso ao mail, por ter acedido ao Genea Plus e me ter sido, certamente, atribuída uma nova password, que ainda não recebi, opto por ir escrevendo aqui o que se me oferece dizer-lhe.
Depois faço um copy e paste e o Filipe recebe tudo de uma assentada.
Antes de mais os meus parabéns. Vejo que o meu Amigo anda a consultar as actas da Câmara de Sintra. Penso que algumas destas estejam mesmo em Sintra, no Arquivo Histórico Municipal?
Em tempos cheguei também a mexer por lá. Se é que posso dizer assim, dado que só lá fui umas duas vezes, por falta de disponibilidade.
Mas tenho ideia de ter visto também um documento parecido na IAN/TT. Só que não me lembro se era de Sintra, de Soure, da Figueira ou de outra localidade. Sei que vinha no meio de imensa documentação, em caixa, e de eu ter pensado que teria interesse ver mais tarde.
Bem, de qualquer modo é um manancial de pessoas e nomes irmanadas no propósito de fidelidade a D. Miguel.
Não tenho a pretensão de os conhecer (= identificar) a todos, mas talvez consiga falar de uma dezena deles.
Dos primeiros que se seguem, sabemos os dois bastante (o Filipe mais que eu, pelo menos de um deles) para o estar a enfatizar.
- Manuel de Abreu de Sousa Prego
- Máximo José dos Reis
- Policarpo Joaquim de Fontes (já temos dois da mesma família, mas já aí vêm mais uns tantos, quase todos eles unidos por laços de parentesco).
Então, daqueles já referidos pelo Filipe, temos:
- Aniceto Joaquim de Fontes
- António Gomes Barreto
- Dinis Félix de Castro e Azevedo
- Diogo Emiliano de Fontes
- João Inácio da Fonseca Veras de Oliveira
- Joaquim José da Costa
- Joaquim Procópio Veras de Oliveira
- Joaquim Xavier Monteiro da Silva
- José da Cunha Pereira Monteiro
- José Maria Xavier da Costa Pereira
- Máximo de Assunção de Miranda Henriques
- Paulo José da Fonseca Cabral
- Policarpo Joaquim Agnelo de Fontes
- Valentim da Cunha ?
Por um mero critério de ordenação, optei por esta ordem alfabética do 1.º nome.
Vejamos o 1.º:
§ Dr. ANICETO JOAQUIM DE FONTES,
nono filho de Francisco de Fontes, escrivão dos órfãos da vila de Sintra, e de sua mulher Francisca Maria de Jesus, mais dois sintrenses falecidos em consequência do Terramoto, nesse mesmo dia 1 de Novembro. O nosso Aniceto n. a 17-IV-1753 e foi bapt. a 27 de Maio, tendo por pad. o Desembargador Simão da Fonseca e Sequeira, m. em Lx. (SMS=2-B-172v.º/173), f. a 4-III-1831, quando era m. na rua (de) Trás da Igreja (SMS=5-O-54).
Era tio, o tio paterno mais novo, do nosso conhecido Policarpo Joaquim de Fontes. Confesso que não me lembro de ter procurado no AUC os dados correlativos. Mas no meio de tantos registos, alguns deles (bastantes) fora de ordem, sou capaz de ter alguma coisa, que agora não tem relevância.
§ ANTÓNIO GOMES BARRETO,
filho de pais incógnitos (como aparece várias vezes mencionado, mas eu acabei por descobrir a mãe, Jacinta Maria e a referência à freg. de S. Mateus da vila de Alvares, concelho de Góis, aonde nasceu entre 1774/75). Foi administrador do concelho de Sintra, boticário, com botica que, em 1850, existia junto à torre da Vila Velha. Casou a 1.ª vez com D. Ana Maria Rosa de Jesus (de quem teve 12 filhos – pelo menos, que foi os que eu encontrei,) a 2.ª, a 11-VI-1839, com D. Maria José de Fontes de Sousa Prego, 5.ª filha de Policarpo Joaquim de Fontes (sargento-mor de ordenanças da vila de Sintra, capitão-mor agregado e depois seu capitão-mor, além de ter sido por várias vezes vereador do Senado da sua Câmara, procurador às Cortes e cavaleiro professo na O. de Cristo) e de sua mulher D. Maria José de Sousa Prego; neta paterna do Capitão Policarpo Joaquim de Fontes (pai) e de sua mulher (casados a 1-VII-1782, SMS=2-C-125) D. Iria Bárbara Rosa, neta materna do Capitão Manuel de Abreu de Sousa Prego e de sua mulher e prima (casados a 8-V-1783) D. Ana Bernarda de Freitas e Figueiredo Maciel.
D. Maria José F S P n. a 24-II-1815 e foi bapt. a 10 de Abril, tendo por pad.s o Dr. Nicolau Joaquim das Neves Antunes, primo de seu pai, e Nossa Senhora da Conceição, da Misericórdia de Sintra (SMS=5-BI-31). Depois de enviuvar do António Barreto, f. a 4 de Abril de 1851 (SMS=?-O-72v.º), casou 2.ª vez , a 17-I-1852, com Joaquim José Roquete, viúvo de D. Leopoldina Henriqueta de Sousa.
Do seu 2.º casamento, António G. Barreto teve:
- João Carlos de Fontes Barreto
- D. Maria de Fontes Barreto
- D. Guilhermina Adelaide de Fontes Barreto.
§ DINIS FÉLIX (FELIZ) DE CASTRO E AZEVEDO,
quarto filho (de nove) do Dr. António Caetano de Azevedo e de sua mulher (casados a 11-X-1756) D. Ana Rosa Laura de Castro (dos Fonseca e Castro, 2.ª linha descendente dos morgados de Ribeira de Moinhos, cujo ramo mais velho desta 2.ª linha é o dos Sousa Prego e Castro e a 1.ª linha a dos Fonseca Cabral de Mesquita, onde entroncam os últimos morgados da Ribeira de Moinhos, na Carapinheira, em Montemor-o-Velho; de Bouça, em Penela e da Tróia, em Miranda-do-Corvo e os colaterais do grande morgadio do Cardal, em Verride), neto paterno do Capitão Francisco Lopes de Azevedo e de sua mulher D. Caetana Maria Josefa, neto materno do Dr. Joaquim Ribeiro Henriques (cunhado de Luís Cabral da Fonseca e de seu irmão Nuno Cabral da Fonseca, casados com as suas duas irmãs) e de sua mulher D. Catarina Rosa de Castro. Dinis Feliz nasceu a 13-I-1765 e foi bapt. a 28 do mesmo mês, tendo por pad.s D. Dinis de Almada e a Condessa da Ega D. Ana Ludovina de Almada (SPS=4-B-135), f. a 18-VIII-1833.
D. Ana Rosa Laura de Castro era prima co-irmã de João e de Manuel Caetano de Sousa Prego. Ela, D. Ana, por ser filha da irmã mais nova da mãe destes que era a primogénita dos oito irmãos. Além de primos, ela e o Manuel Caetano, eram compadres, porque o filho primogénito dela, o Dr. Joaquim Raimundo de Castro e Azevedo casou com a prima D. Ana Rita de Freitas de Sousa Prego, 3.ª filha de Manuel Caetano e de sua 1.ª mulher D. Rosa Caetana de Freitas Maciel.
E por aqui me fico.
Um abraço para o Filipe e cumprimentos para os restantes Confrades
José Filipe Menéndez
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RE:Chave das abreviaturas, na identificação dos 95
Olá Filipe
Sou eu outra vez.
Lá me esqueci de elucidar as siglas.
Assim, aqui vai a respectiva chave:
AUC ….– Arquivo da Universidade de Coimbra.
B (Paroquiais) – Baptismos (livro de assentos de).
Bapt….. – baptizado ou baptizada.
C (Paroquiais) – Casamentos (livro de assentos de).
f. …….. – faleceu.
freg……– freguesia.
m. ….…- morador.
n. …….- nasceu ou natural.
O (Paroquiais) – Óbitos (livro de assentos de).
pad. / pad.s – padrinho / padrinhos.
SMS – S. Martinho de Sintra.
SPS – S. Pedro (de Penaferrim) de Sintra.
E penso que não me falhou nenhuma sigla ou abreviatura.
Cumprimentos
José Filipe Menéndez
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António Gomes Barreto
Caro José Filipe Menéndez
Agradeço muito o seu contributo.
Desconhecia as informações sobre os casamentos e descendência de António Gomes Barreto, figura muito ligada à administração autarquica de Sintra, sobretudo após a vitória do regime liberal. Fez parte do 1º executivo liberal que tomou posse em 11 de Agosto de 1833 sob a presidência do Dr. Frederico Guilherme da Silva Pereira. Grande amigo de Máximo José dos Reis (eram compadres) foi por este escolhido para tesoureiro da Câmara quando Máximo assumiu o cargo de presidente da Câmara em 30 de Dezembro de 1834.
Mais uma vez muito obrigado pelas suas informações.
Um abraço
Filipe Reis
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RE: 95 nomes de Sintra em apoio a D.Miguel
Caros Confrades
Prossigo com a apresentação da listagem de sintrenses que em 1828 expressaram em conjunto com a Câmara o seu apoio à família Real e ao direito de D. Miguel ao Trono.
«(...)
• Jorge José, merceeiro
• Manuel Tavares Manso, médico do partido da Câmara de Sintra
• Policarpo J. dos Santos
• António de Sousa, mercador
• Francisco Duarte
• António da Silva, merceeiro e depositário da caixa dos órfãos
• João Alberto dos Reis, escrivão das sisas
• José Maria Dâmaso da Silva, tabelião do Judicial e Notas
• Guilherme Duarte Nascimento, escrivão do Real Contrato do Tabaco
• Caetano de Sousa Brochado, capitão das Ordenanças (...)»
(segue)
Cumprimentos
Filipe Reis
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Os colaboradores do Ramalhão: Nunes, Soares,Simões
Caros confrades
No prosseguimento da lista denomes é patente um conjunto significativo de trabalhadores e outros colaboradores do Paço do Ramalhão, local onde viva a Rainha D. Carlota Joaquina.
(continuação)
(...)
• Miguel José (de Azevedo ?), capitão da 1ª companhia das ordenanças
• João de Passos, alferes do (1º regimento ?) de Infantaria do Pará
• Joaquim Galvão de Sousa Prego, juiz almotacé
• Lino José dos Reis, mestre ferrador em Sintra
• José Gomes da Costa, capitão reformado das Ordenanças desta vila
• Rodrigo José Simões, criado varredor de Sua Majestade
• José Joaquim Aprigio, varredor de Sua Majestade
• Mário L. da Silva, varredor de Sua Majestade nos Reais Paços do Ramalhão
• Manuel Duarte, mestre carpinteiro
• (+) João de Sousa, criado do Ramalhão
• Manuel Luís, moleiro
• (+) José da Fonseca, criado de Sua Majestade
• José Nunes, caseiro dos Reais Paços do Ramalhão
• Miguel José dos Reis, ferrador da (abogaria ?) das Reais Quintas do Ramalhão
• (+) José Soares, carpinteiro dos Reais Paços do Ramalhão
• Pedro de Oliveira, capitão da 5ª companhia e Mestre das Obras do Paço e Quintas do Ramalhão da Imperatriz Rainha Nª Senhora
(segue)
Se algum confrade tiver algo a dizer sobre algum destes nomes seria muito interessante.
Cumprimentos
Filipe Reis
(Cascais)
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RE: Os colaboradores do Ramalhão: Nunes, Soares,Simões
Caro Filipe Reis,
Tenho seguido com o maior interesse esta listagem e um nome me chamou particularmente a atenção: o de José Soares.
Acontece que a minha mãe ainda usa o nome Soares.
O primeiro Soares da minha família que foi para Sintra foi exactamente um José Soares natural de Abrã, Santarém, e que foi casar a São Pedro de Sintra em 1786. Mas faleceu em 1826, dois anos antes da lista.
Paciência...
Um abraço
JLiberato
Bruxelas
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RE: Os colaboradores do Ramalhão: Nunes, Soares,Simões
Caro JLiberato
Quem sabe fosse familiar?
Espero mais notícias da região de Sintra e Cascais.
Um abraço
Filipe Reis
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RE: Identificação de algumas das 95 personagens
Caros Confrades e…
por força dos nossos estudos sintrenses, do nosso interesse na sua história e na das suas gentes e, principalmente, da iniciativa deste mesmo tópico,
… Caro Filipe Reis
Relativamente à lista que anteriormente indiquei, extraída do conjunto dos 95 subscritores apresentados faseadamente pelo Filipe, daqueles que identifiquei e sobre os quais me é possível acrescentar alguns dados genealógicos e pessoais, tive que proceder a uma ligeira alteração, por me terem escapado uns tantos e ter identificado erradamente uns outros.
Assim, efectuadas as alterações, temos:
1 - Aniceto Joaquim de Fontes
2 - António Gomes Barreto
3 - P.e António Gomes Barreto
4 - Dinis Félix de Castro e Azevedo
5 - Diogo Emiliano de Fontes
6 - João Inácio da Fonseca Veras de Oliveira
7 - Joaquim Galvão de Sousa Prego
8 - Joaquim José da Costa (devia aparecer riscado por cima)
9 - Joaquim Procópio Veras de Oliveira
10 - Joaquim Xavier Monteiro da Silva
11 - José da Cunha Pereira Monteiro
12 - José Maria Xavier da Costa Pereira
13 - Máximo José dos Reis
14 - Manuel de Abreu de Sousa Prego (pai)
15 - Manuel de Abreu de Sousa Prego (filho)
16 - Máximo de Assunção de Miranda Henriques
17 - Paulo José da Fonseca Cabral
18 - Policarpo Joaquim Agnelo de Fontes
19 - Policarpo Joaquim de Fontes
20 - Valentim da Cunha (Pereira Monteiro)
Retirei deste conjunto o n.º 8, Joaquim José da Costa, porque de cabeça, sem consulta dos meus apontamentos, fiz confusão com o Tenente Júlio José da Costa, genro do Capitão Policarpo Joaquim de Fontes. Dos restantes já tinha anteriormente falado dos n.os 1, 2 e 4. Como introduzi o n.º 3 é por este mesmo que vou principiar.
§ 3 - P.e ANTÓNIO GOMES BARRETO,
quinto filho de António Gomes Barreto (§ 2) e de sua 1.ª mulher (casados a 18-VII-1798, SMS=2-C-101) D. Ana Maria Rosa de Jesus. Nasceu em Sintra a 25-III-1805 e aí foi bapt. a 15 de Abril seguinte (SMS=4-B-130), tendo por pad.s António Mancio Tomás Caldeira e Nossa Senhora do Carmo.
§ 5 - DIOGO EMILIANO DE FONTES,
Tenho algumas dúvidas que seja o Diogo que indico, 2.º filho do Capitão Policarpo Joaquim de Fontes, que teria então 18 anos. Confesso que não procurei entre as habilitações de genere para me certificar se seria efectivamente o mesmo ou outro parente próximo, possível primo direito de seu pai, uma vez que este só teve uma irmã, e entre os tios avós (tios deste último) não encontrei nenhum Diogo. Mas não juro (nunca o faço) que não me tenha falhado um outro filho do matrimónio de Francisco de Fontes com D. Francisca Maria de Jesus e, como disse, não tive a preocupação de procurar todos os possíveis filhos dos irmãos do Policarpo Joaquim de Fontes (pai), o que foi escrivão dos órfãos da vila de Sintra em sucessão ao pai, que por exemplo teve um outro filho chamado Aniceto, filho de um 2.º matrimónio feito em segredo com D. Iria Bárbara Rosa. Ainda assim, sem identificar este Diogo Emiliano com uma certeza absoluta pelo que atrás disse, indico o que sei.
Foi advogado em Sintra, como já antes o fora seu avô materno, a despeito de ambos se não terem graduado em Leis por Coimbra, mas ter para esse efeito contado a experiência, o profundo conhecimento e trabalho nesse campo.
Segundo filho do então Capitão-Mor Agregado Policarpo Joaquim de Fontes e de D. Maria José de Sousa Prego, neto paterno do Capitão Policarpo Joaquim de Fontes (pai) e de sua mulher (casados a 1-VII-1782, SMS=2-C-125) D. Iria Bárbara Rosa, neto materno do Capitão Manuel de Abreu de Sousa Prego e de sua mulher e prima (casados a 8-V-1783) D. Ana Bernarda de Freitas e Figueiredo Maciel. Nasceu em Sintra a 20 de Julho de 1810. Aí foi bapt. a 2 de Agosto (SMS=4-B-177 v.º), tendo como pad.s D. Diogo de Meneses d’Eça, 3.º Conde de Lousã pelo seu casamento com D. Maria do Resgate de Saldanha Corte-Real da Câmara e Lancastre, que foi a madrinha, representados no acto solene do bapt. por seu procurador Inácio de Fontes, tio-avô paterno do neófito e irmão mais velho do Dr. Aniceto Joaquim de Fontes. Faleceu Diogo Emiliano a 18 de Março de 1883.
Casou com D. CAROLINA CARDOSO PALHARES DE FONTES, natural da Ericeira, da freg. de S. Pedro, aonde nasceu a 9 de Junho de 1820 e foi b. a 26 de Agosto seguinte (SPE=8-B-90), tendo por pad. Bento Freire de Cardoso e Figueiredo, filha de Fernando José Cardoso de Figueiredo, escrivão da Câmara da Ericeira, natural de Verride, e de sua mulher D. Maria Rosa de Jesus Palhares, natural da Ericeira. Faleceu em Sintra com 70 anos, pelas 13 h. do dia 31 de Março de 1891.
Tiveram:
- D. Maria do Livramento Cardoso de Fontes, que casou em Sintra, a 6 de Agosto de 1870, com seu primo co-irmão João Carlos de Fontes Barreto, primogénito do 2.º casamento de António Gomes Barreto, n.º 2 desta lista.
- D. Maria da Conceição Cardoso de Fontes.
- D. Adelaide Cardoso de Fontes.
- Inácio de Fontes.
§ 6 - JOÃO INÁCIO DA FONSECA VERAS DE OLIVEIRA,
que foi escrivão do juiz da paz da freg. de Montelavar e mais tarde, tal como seu pai, seu avô e bisavô maternos, escrivão da Câmara de Sintra e proprietário de um dos ofícios do Público Judicial e Notas da mesma vila.
Sétimo filho de Manuel Inácio Veras de Oliveira, que foi escrivão da Câmara de Sintra, como atrás dissemos, natural de Lisboa e de sua mulher (casados a 17 de Fevereiro de 1784, S. Jorge de Arroios=1-C-41) D. Teresa Simeana Roberta da Fonseca e Castro, neto paterno de Bartolomeu José de Oliveira e de sua mulher Quitéria Maria Teresa de Veras e neto materno de José Caetano da Fonseca e Castro, escrivão da Câmara de Sintra, tabelião, proprietário de um dos ofícios do Público Judicial e Notas na mesma vila, em sucessão a seu pai, e de sua 2.ª mulher D. Gertrudes Maria Teodora Travassos, natural de Lisboa (que por morte de José Caetano passou a segundas núpcias com José Vital Pinheiro da Veiga). João Inácio nasceu na freg. de St.ª Maria, tendo sido bapt. a 11 de Abril de 1795 (SMM=2-B-64 v.ª), tendo por pad. Seu avô paterno Bartolomeu José de Oliveira. Faleceu com 71 anos a 17 de Agosto de 1866 (SMS=6-OI-89), doze dias depois do falecimento de sua irmã D. Gertrudes Violante, com quem então vivia.
Casou na Igreja de St.ª Maria, em data que ainda ignoramos, com sua prima D. VIOLANTE ROSA DE SOUSA PREGO, que nasceu em Sintra a 1 de Agosto de 1797 e aí foi bapt., na Igreja de S. Martinho, a 26 do mesmo mês (SMS=4-B-52), tendo por pad.s D. Alexandre de Sousa e Holstein e Bernarda Teresa de Jesus, filha de Manuel Caetano de Sousa Prego (primo co-irmão de D. Teresa Simeana) e de sua 2.ª mulher D. Rosa Caetana de Jesus. Faleceu a 4-XI-1849, tendo sido sepultada no cemitério público de Sintra (SMS=6-O-65v.º).
E por aqui me fico por hoje.
Um abraço para o Filipe e cumprimentos para os restantes Confrades
José Filipe Menéndez
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RE: Correcção
Caros Confrades
Errare humanum est!
Peço desculpa, mas ontem no § 5 – relativo a Diogo Emiliano de Fontes, aonde digo
«…Policarpo Joaquim de Fontes (pai), o que foi escrivão dos órfãos da vila de Sintra em sucessão ao pai, que por exemplo teve um outro filho chamado Aniceto, filho de um 2.º matrimónio feito em segredo com D. Iria Bárbara Rosa»,
enganei-me. Efectivamente os referidos pais tiveram esse filho Aniceto - nascido a 16-IV-1789 e bapt. a 25 do mesmo mês, tendo por pad. o Desembargador João Xavier Teles de Sousa, na ocasião representado pelo seu procurador o Dr. Aniceto Joaquim de Fontes, tio paterno do baptizado – mas na constância do seu 1.º casamento, no tal matrimónio efectuado em segredo. Não houve nenhum 2.º casamento, que uma leitura precipitada dos meus apontamentos – por causa do matrimónio em segredo – junto ao assento de bapt. deste Aniceto me levou erradamente a afirmar.
Aqui fica a correcção e o meu pedido de desculpas.
José Filipe Menéndez
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O escrivão João inácio Veras e Oliveira
Caro José Filipe Menéndez
Mais uma vez me delicio com todo o manancial de informação acerca das gentes de Sintra de que dispôe.
A propósito de Veras e Oliveira gostava de contar um episódio, que espero um dia sair à estampa numa edição que estou a preparar sobre a vida do Capitão-Mor de Sintra, em que fazendo uso do seu estatuto de escrivão deixou passar um desabafo numa das muitas actas que escreveu.
A 11 de Agosto de 1833 na 2ª reunião de Câmara do novo executivo liberal de Sintra, Veras e Oliveira ousou escrever logo no início da mesma «(...) Nesta vila de Sintra em Câmara e vereação extraordinária que estava fazendo o Sr. Presidente e Juiz de Fora preso digo de Fora Provisório Frederico Guilherme da Silva Pereira (...)».
O jovem Juiz de Fora Presidente, bacharel em leis por Coimbra, irmão do futuro Conde das Antas, não mandou riscar a palavra "preso", mas esta foi a derradeira acta que o escrivão assinou. Na verdade, Veras foi considerado como tendo sido nomeado pelo Governo Usurpador (de D. Miguel) e assim substituido por António de Sousa a quem foi atribuida, pelo Regente, a propriedade vitalícia deste emprego. Nessa acta assinam como vereadores:Valério José da Silveira, António Maria da Cunha, António Gomes Barreto e António Justiniano Gaspar, a quem o presidente faz registar a sua opinião de serem pessoas com grandes qualidades.
Um abraço
Filipe Reis
(Cascais)
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Aragão, Ribeiro, Santos, Barruncho,Costa,Lopes,Sá
Caros Confrades
Termino a lista de nomes legíveis do abaixo assinado constante da acta da Câmara de Sintra de 26 de Abril de 1828, Livro nº 4, de Fls.146 a 149. Mais uma vez agradeço notícia sobre alguma destas pessoas.
• Silvestre António de Sousa
• Dinis Félix
• Manuel António
• (+) Manuel Roque
• (+) Manuel da Rocha
[149 vº]
• (+) Félix António e (+) António Fernandes, do celeiro
• (+) João Bento, jardineiro
• Francisco Pereira dos Santos
• Manuel Lourenço
• Manuel Rodrigues dos Santos
• João dos Santos Barruncho
• José Bento da Costa, porteiro desta vila
• Custódio Lopes
• (+) Adão de Sá, sapateiro
• Thomas J. Aragão, empregado da Câmara de Sintra
• João Nunes
• António Soares
• Manoel José Ribeiro
• Lino José Ribeiro, varredor dos Reais Paços do Ramalhão
Seguem-se outras 15 assinaturas de cruz, certamente também de pessoal relacionado com o Paço do Ramalhão.
Nota: (+) assinatura com uma cruz
FIM
Cumprimentos
Filipe Reis
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RE: Aragão, Ribeiro, Santos, Barruncho,Costa,Lopes,Sá
Caro Filipe
Deste últimos nomes que apresenta não tenho nada a acrescentar, embora alguns deles não me sejam estranhos, como o do Lino José Ribeiro.
Logo que eu tenha oportunidade continuarei a desenvolver os restantes nomes que retirei da sua anterior lista.
Um abraço
José Filipe Menéndez
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RE: Aragão, Ribeiro, Santos, Barruncho,Costa,Lopes,Sá
Caro Filipe Reis,
Tenho um antepassado chamado António da Silva Soares, natural de Ranholas, aonde nasceu aos 02-02-1795. Casou com Maria da Piedade aos 30-08-1820 em São Pedro de Sintra. Bate certo com as datas mas não tenho outros elementos que permitam ligá-lo com a lista.
Cumprimentos
JLiberato
Bruxelas
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RE: Aragão, Ribeiro, Santos, Barruncho,Costa,Lopes,Sá
Caro Jliberato
Só confirmando a assinatura dele constante na acta. Já agora pode dar-me mais elementos sobre a ascendência da Maria da Piedade?.
Cumprimentos
Filipe Reis
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Maria da Piedade
Caro Filipe Reis,
Maria da Piedade nasceu em Ranholas aos 26-11-1798. Era filha de Martinho Afonso e Maria do Rosário.
Cumprimentos
JLiberato
Bruxelas
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RE: Identificação de algumas das 95 personagens
Caros Confrades
Continuando a identificação, de algumas das personagens desta extensa lista apresentada pelo Filipe Reis, temos:
§ 7 - JOAQUIM GALVÃO DE SOUSA PREGO,
cunhado do anterior n.º 6, mas como falo dele e da sua descendência noutro tópico limito-me a dar o endereço respectivo:
http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=106275
§ 9 - JOAQUIM PROCÓPIO VERAS DE OLIVEIRA,
irmão do anterior n.º 6, escrivão ajudante da Câmara de Sintra e seu escrivão substituto, como consta das actas da câmara relativas ao ano de 1825, das quais consta ter servido durante alguns meses nos ofícios de seu irmão João Inácio. Aliás, permita-se-me o aparte, que quase em cada uma das folhas dos diversos livros de actas da Câmara de Sintra, para a 2.ª metade do século XVIII e princípios do séc. XIX, se tropeça numa referência e/ou numa assinatura de um ou de vários membros das famílias dos Fonseca e Castro, dos Sousa Prego e Castro e dos Freitas Maciel, uma e mais vezes cruzadas por outros tantos casamentos ao longo dos anos, e na dos seus vários genros e descendentes desses sucessivos casamentos: Miranda Duarte, Fontes, Costa Pereira, Castro e Azevedo e Veras de Oliveira, para só citar aqueles que tiveram projecção pública.
Voltando a este nosso Joaquim, a filiação é a mesma do n.º 6, pois eram irmãos inteiros. Nasceu em Sintra a 8 de Julho de 1802 e aí foi bapt. a 19 do mês seguinte (SMS=4-B-105v.º), tendo como pad. o Dr. Joaquim Custódio Carneiro e Sá, juiz de fora de Sintra, na ocasião representado por seu procurador José Vital Pinheiro da Veiga (padrasto de D. Teresa Simeana e como tal avô do neófito) e madrinha Nossa Senhora da Misericórdia.
§ 10 – JOAQUIM XAVIER MONTEIRO DA SILVA,
foi por diversas vezes vereador do Senado da Câmara de Sintra e um dos seus vários capitães de ordenanças. Faleceu a 20 de Dezembro de 1840 (SMS=6-O-24).
Casou (em data que ignoro) com
D. Rita Joaquina Rosa do Espírito Santo, falecida a 27 de Setembro de 1751 (SMS=6-O-76v.).
Tiveram (pelo menos) os seguintes filhos:
- Joaquim * 6-III-1809 (SMS=4-B-166v.), e foi bapt. a 13 do mesmo mês tendo por pad.s o Rev. P.e Severiano Teles de Faria e Nossa Senhora do Cabo, s.m.n.
- Faustino * 17-V-1810 (SMS=4-B-177), s.m.n.
- Zacarias + 9-I-1816 (SMS=4-O-39v.), s.m.n.
- Maria + 25-VII-1819 (SMS=4-O-60v.)., s.m.n.
E por agora aqui termino, esperando ainda este fim de semana continuar com mais alguns dados.
José Filipe Menéndez
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RE: Identificação de algumas das 95 personagens
Caros Confrades
Continuando a identificação, de mais algumas das personagens desta extensa lista apresentada pelo Filipe Reis, temos:
§ 11 - JOSÉ DA CUNHA PEREIRA MONTEIRO,
embora não sendo natural de Sintra, aí viveu na sua casa do Terreirinho, tendo por diversas vezes ocupado cargos do maior relevo na governança da vila, para além de ser outro dos seus capitães de ordenanças. Era filho de Francisco Xavier da Cunha Pereira e de sua mulher D. Tomázia Felícia Monteiro e Almada, natural de Lisboa, da freguesia de Santos-o-Velho. Faleceu em Sintra a 22 de Fevereiro de 1831.
Casou na “irmida das casas de António de Saldanha na Quinta da Penha Verde”, a 12 de Maio de 1799 com
D. Maria Violante de Sousa Prego,
que nasceu em Sintra a 9 de Agosto de 1768 e aí foi bapt., na Igreja de S. Martinho a 27 do mês seguinte, 7.ª filha de Manuel Caetano de Sousa Prego e de sua 1.ª mulher D. Rosa Caetana de Freitas Maciel.
Deste casamento nasceram:
1 – D. Maria, * 7-IV-1799 em S. Martinho de Sintra (SMS=4-B-78) e aí foi bapt. a 13 de Janeiro de 1800, tendo por pad.s Manuel Joaquim de Sousa Prego (irmão mais velho de sua mãe) e Nossa Senhora do Rosário, s.m.n.
2 – António Maria da Cunha Pereira e Almada, * 13-I-1801 em S. Martinho de Sintra (SMS=4-B-96) e aí foi bapt. a 28 do mesmo mês, tendo por pad.s seu tio paterno o Dr. Valentim da Cunha Souto Mayor (é o n.º 20 desta lista) e Nossa Senhora do Barreiro. Neste filho continuou (e acabou) o morgadio, por força da abolição dos morgadios, cujo fim foi precipitado pelas reformas levadas acabo por Mousinho da Silveira e, efectivamente, concluída pela legislação, de 1860 e 1863, saída da Regeneração. Acabou o morgadio, mas não acabou a linha sucessória por ter tido António Maria larga descendência (Cunha Pereira e Almada > Rodrigues da Cunha, Silva Rosa, etc.) do seu casamento com
D. Margarida José Morais Palhares,
verificado a 30 de Agosto de 1826, filha de José Rebelo Palhares e de sua mulher D. Gertrudes Severiana Benedita de Morais.
3 – Joaquim Maria da Cunha Pereira e Almada, * 7-VIII-1805 em S. Martinho de Sintra (SMS=4-B-132) e aí foi bapt. a 14 do mesmo mês, tendo por pad. Joaquim Pedro, morador na Quinta das Praias, em Belém, em “casa do ilustre Marquês de Marialva”. Faleceu em Sintra a 22 de Fevereiro de 1870 (SMS=10-O-2).
4 – D. Maria Efigénia, * 14-XI-1807 em S. Martinho de Sintra (SMS=4-B-152) e aí foi bapt. a 21 do mesmo mês, tendo por pad. seu tio materno Manuel Joaquim de Sousa Prego. Faleceu com 17 anos incompletos, em Sintra, a 7 de Julho de 1825 (SMS=5-O-10).
§ 12 – JOSÉ MARIA XAVIER DA COSTA PEREIRA,
foi por diversas vezes vereador do Senado da Câmara de Sintra “Homem da Governança desta villa [,] filho e Neto de outros [da mesma governança,] abonado de bens de Raiz [,] bem mogirado [morigerado,] hábil para o Posto e bem quisto dos Povos” conforme se lê na acta do dia 28 de Abril de 1813 (Arquivo Municipal de Sintra / Arquivo Histórico – Actas da Câmara Lv. 2, fl. 61) em que ficou em primeiro lugar na eleição para o posto de Capitão da Companhia de São João das Lampas, vago em razão da destituição do Capitão Paulo Nogueira de Andrade (dos Nogueira de Andrade de Casal de Pianos). Mais tarde, em 1814 foi Procurador do Concelho, Capitão da Companhia da vila, ajudante do escrivão dos órfãos, etc.
José Maria nasceu em Sintra, na casa paterna de Rio de Porto, freguesia de S. Pedro de Penaferrim, a 15 de Agosto de 1784 e aí foi bapt. a 26 do mesmo mês (SPS=5-B-30v.º), tendo por pad. seu avô materno o tabelião Francisco Vieira Maciel. Era filho do Dr. Sebastião Pedro Xavier da Costa Pereira e de sua mulher D. Brízida Isabel Inácia de Freitas Maciel. Faleceu na sua quinta de Fontanelas, S. João das Lampas, a 23 de Julho de 1868 (SJL=6-O-148v.º, também existente nos livros SJL=7-O-16v.º e SJL=10-O-11v.º). Casou na matriz de S. João das Lampas, a 21 de Agosto de 1816 (SJL= -C-23v.º), com sua prima
D. CARLOTA JOAQUINA DE SOUSA PREGO,
tendo para o efeito sido dispensados por bula apostólica em 3.º grau de consanguinidade por uma parte e em 3.º e 4.º grau por outra. Era 6.ª filha de Manuel de Abreu de Sousa Prego e de sua mulher D. Ana Bernarda de Freitas e Figueiredo Maciel. Nasceu em Sintra a 23 de Outubro de 1792 e aí foi b. na Capela do Paço Real, com autorização do Patriarca de Lisboa, a 11 de Novembro (SMS=3-B-178), tendo por pad.s Simão Martins, Cav. da Ordem de Santiago, sargento-mor e criado particular de sua majestade, por quem tocou João de Sousa Prego III, seu irmão mais velho.
Deste casal houve vasta descendência com os apelidos Costa Pereira, Pereira, Miguel e Jorge, espalhada pelo concelho de Sintra, em particular em Fontanelas e S. João das Lampas, que abordarei mais tarde na esperança de prosseguir ou de concluir vários ramos incompletos.
Saudações cordiais,
José Filipe Menéndez
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RE: Identificação de algumas das 95 personagens
Caro Filipe Reis
Apenas um ligeiro comentário, à guisa de explicação, à ausência de “conteúdos informativos” por minha parte neste seu tópico.
Não! Não encalhei no próximo subscritor - por acaso com o n.º 13 - daquela lista que desenvolvi, a partir do extenso repositório dos 95 nomes que o Filipe nos trouxe. Ao contrário da maioria das pessoas, que o acham aziago, eu gosto particularmente do 13 e também do escatológico 7.
Isto só para dizer que não tenho tido disponibilidade para prosseguir na identificação dos meus 20 dos seus 95 nomes. Conto oportunamente prosseguir com o n.º 14 da minha lista, visto o 13 ser o seu antepassado Máximo José dos Reis, para o qual desde já remeto os nossos possíveis leitores, consócios ou não, que entretanto tenham caído neste nosso fórum.
Graças a Deus, não de discussão como por vezes aí vejo, mas fórum de partilha de conhecimentos, de informação e divulgação.
Assim sendo, quanto ao
§ 13 - MÁXIMO JOSÉ DOS REIS
remeto para os seguintes tópicos aonde o Filipe Reis o referencia e trata sobejamente:
http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=100298
http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=39857
http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=100300
(particularmente o conteúdo de 23-11-2005
Até breve
José Filipe Menéndez
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RE: Identificação de algumas das 95 personagens
§ 14 - MANUEL DE ABREU DE SOUSA PREGO (pai),
escrivão e apontador das Obras dos Paços Reais da Vila de Sintra, no impedimento de seu pai, por alvará do Conde de Soure, provedor das mesmas obras, datado de 15 de Agosto de 1780, de que houve posse e prestou juramento, em Lisboa, a 20 do mesmo mês. Proprietário dos mesmos ofícios por sucessão a seu pai. Tabelião de um dos ofícios do Público Judicial e Notas da vila de Sintra, aí exerceu advocacia, como ficou determinado pela mercê de D. João VI adiante transcrita.
Traslado 1 - Mercê feita por provisão de 5 de Fevereiro de 1820
"Dom Joaõ etc. Faço Saber: Que Manoel de Sousa prego, morador na V.ª de Cintra: Me Reprezentou, q’elle tinha servido todos os Cargos honorificos da Camara, que tinha igualm.te tractado defrentes dependencias Forences havia muitos annos, ad’quirindo p.r experiencia, e estudos, e sufficiente pratica, para uzar da Ad’vocacia, ma m.ma Terra, na qual só existiaõ dois Ad’vogados, dos quaes som.te hum comparecia nas Audiencias, q.e eraõ àliás precizos mais, para naõ hirem indefezas as Partes, q.e eraõ estes os motivos porque Me Implorava a graça de lhe Mandar passar Prov.aõ // para poder Advogar na d.ª V.ª naõ obstante naõ ser formado. E visto o Seu Requerim.to informaçaõ do Juiz de Fora de Cintra, e a Resposta do Meu Pro.or da Corôa sendo ouvido:
Hey p.r bem fazer-lhe Mercê, de que, por tempo de trez annos possa Advogar, e uzar de suas Letras, nos Auditorios da V.ª de Cintra, sem embargo de naõ ser Formado, e da Ley em contrario. E Mando ás Justiças a qe o Conhecim.to disto pertencêr lhe deixem Advogar nos Auditorios da d.ª V.ª, dando-se-lhe primeiro o juram.to dos Santos Evangelhos de q.e bem, e verdadeiram.te sirva guardando em tudo Meu Serviço, e ás Partes seu Direito, obrigando-se a guardar o Regim.to dos Ad’vogados, e sogeitar-se ás penas, que por elle, e pela Ord. Lhe saõ impostas de que se faraõ os ASsentos necessarios nas costas desta Prov.aõ, q. se cumprirá como nella se conthem, e valerá posto que seu effeito haja de durar mais de hum anno, sem embargo da Ord. L.º 2.º N.º 10 em contrario. Pg. De Novos Direitos 2000 rs. q. foraõ carregados ao Thex.ro delles a f 48 v.º, do L.º 29 de Sua Receita, e se Registou o Conhecim.to em f.ma a f 244 v.º do L.º 88 do Registo G.al El Rey Nosso Senhor a Mandou, pelos Ministros abaixo assignados, do Seu Cons.º e seus Dez.res do Paço Joaq.m Leandro de Souza Per.ª Leite a fez em Lx.ª aos 5 de Fever.º de 1820. Desta 800rs. e d’assignar 2:400 rs. = Jozé Maria Sinel de Cordes a fez escrever = M.el V.te Teixeira de Carv.º = Luiz Freire da Fon.ca Cout.º = Por Desp.º do dez.º do Paço de 10 de Maio de 1817 = M.el Nicolao Esteves Negraõ = Pg 1000 rs; e aos off.es 1028 r.es
Lisboa 10 de Fever.º de 1820 =
D. Miguel Joze da Camara Mald.º
E comigo Esc.am do Reg.to
Joze Joaq.m da Costa M... Jozé Martins de Carvalho"
IAN/TT - Chancelaria de D. João VI, Lv. 33, fls. 185
Capitão de ordenanças da vila de Sintra e seu termo, na Companhia de Almargem do Bispo, por indicação e votação do senado da câmara daquela vila e mercê de D. Maria I de 5 de Maio de 1790, sargento-mor, votado em 1.º lugar, em Julho de 1824, por ser “Homem da Governança filho e Neto de Vereador e ser o Capitão mais antigo desta Capitania Mor ”. Vereador, por diversas vezes, do Senado da Câmara de Sintra. Aí nasceu a 28 de Janeiro 1758 e foi bapt., na igreja de S. Martinho, a 18 de Fevereiro, tendo por pad. seu avô paterno Manuel de Sousa Prego.
Casou em Sintra, a 8 de Maio de 1783, com sua prima co-irmã
D. Ana Bernarda de Freitas e Figueiredo Maciel,
nascida a 28 de Março de 1763, b. por necessidade a 2 de Abril seguinte, por se encontrar em perigo de vida, tendo depois recebido os Santos Óleos a 17 de Setembro (SMS=2-B-273v.º), tendo na ocasião como pad.s o Rev. P.e Caetano Soares e Nossa Senhora da Misericórdia, filha de seu tio-avô materno o Alferes Carlos de Freitas Maciel, “emqueredor do jeral e escrivam dos direitos Reais das jogadas desta mesma vila ” de Sintra e de sua 1.ª mulher D. Bernarda Caetana de Figueiredo e Andrade, filha de Manuel Pereira de Andrade.
Continuarei oportunamente.
José Filipe Menéndez
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RE: Identificação de algumas das 95 personagens
Caros Filipe Reis
Há já muito tempo, cerca de sete meses, que não escrevia nestes nossos tópicos de gentes e lugares sintrenses. Exceptuando uma leitura superficial do que diariamente vai aparecendo e uma ou outra ligeira intervenção tenho, de facto, andado arredado da participação activa no “Genea” e nas lides genealógicas.
Esperava ter tido tempo de escrever alguma coisa por aqui, pelo período de férias.
Mas quer ainda antes de começar as minhas, quer mesmo depois, não tive qualquer disponibilidade para tal, nem sequer para ao menos concluir as informações sobre os seis nomes que me faltam ainda concluir da lista dos vinte que, lá mais para trás deixei escrita, e extraí dos tais 95 nomes de apoiantes de D. Miguel aqui apresentados.
Vamos ver se consigo agora retomar esta actividade, pelo menos sem uns hiatos tão longos.
Assim sendo, continuando a identificação das últimas personagens, temos:
§ 15 - MANUEL DE ABREU DE SOUSA PREGO (filho), que nasceu em Sintra a 12 de Abril de 1795, tendo sido b. na capela do Paço Real a 20 do mesmo mês (SMS=4-B-22v.º). Foi pad. José de Resende Cabral e mad. Nossa Senhora da Misericórdia. Faleceu a 12 de Setembro de 1850 (SPS=6-O-55v.º), na sua casa da rua Nova, na freg. de S. Pedro de Penaferrim.
Aí casou a 30 de Dezembro de 1829, com sua prima D. Maria Rosa de Oliveira, nascida e b. em S. Pedro, filha de António Francisco e de sua mulher Eugénia Rosa, de quem houve, antes de casado, uma
Filha:
1 (VII) B - D. Violante Maria das Dores, nascida em S. Pedro de Sintra a 8 de Abril de 1828 e aí b. a 22 de Maio, tendo por pad.s seu primo João Inácio Veras de Oliveira e Nossa Senhora das Dores (SMS=6-B-51v.º). Faleceu a 7 de Maio de 1829 (SMS=5-O-38).
Espero prosseguir brevemente com mais estas personagens da nossa lista:
16 - Máximo de Assunção de Miranda Henriques
17 - Paulo José da Fonseca Cabral
Um abraço,
José Filipe Menéndez
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Paulo José Fonseca Cabral
Caro José Filipe Menéndez
Grato pelo seu regresso.
Fico aguardando mais informação sobre o Fonseca Cabral e Máximo Henriques.
Descobri um Francisco de Pedro Souza Prego que abordarei no tópico próprio.
Um abraço,
Filipe Reis
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RE: Paulo José Fonseca Cabral
Olá Filipe
Como está?
Não é ainda para apresentar as últimas personagens que prometi na minha anterior mensagem, mas só para lhe dizer para ver o outro tópico, que eu lancei sobre os SP.
Verifique a primeira das minhas mensagens do dia 30 de Dezembro de 2005. Se não estou em erro o seu Francisco Pedro SP é o 4.º filho do 1.º casamento do Manuel Caetano SP, irmão da 5.ª avó da minha mulher, cujos dados aí deixei.
Se, por ventura, for outro Francisco Pedro distinto desse que indico, então creio que fez um achado, porque de momento não me lembro de outro SP com o mesmo nome.
É verdade que eu já devia ter feito um ficheiro com todos os nomes deste trabalho sobre os SP, de modo que uma vez ordenados alfabeticamente os registos dos nomes me fosse mais fácil descobri-los. Será para fazer qualquer dia...
Um abraço,
José Filipe Menéndez
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RE: Paulo José Fonseca Cabral
Caro José Filipe Menéndez,
Desculpe a intromissão indevida em tópico alheio, mas chegou a conseguir receber as informações que lhe enviei sobre José de Seabra da Silva?
Abraço,
Miguel Gorjão-Henriques
PS - Deixei-lhe há bastante tempo um mail no rossio, indicando o meu mail da Faculdade: deixo-lhe também este mgorjaoharrobagmail.com.
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RE: Seabra da Silva
Caro Gorjão-Henriques
Não tem que nos pedir desculpa.
Embora o tópico tenha sido - em boa hora - lançado pelo Filipe Reis, estou certo que nos desculpará esta troca de informações, sobre uma personagem periférica a esta gente de Sintra. Ou talvez não ... tão periférica assim...?
O facto é que depois de, logo de seguida à nossa troca de mailes, ter consultado o rossio, não tenho efectivamente lá ido, pelo que penso estar duplamente em falta consigo. Não só por não lhe ter agradecido essas informações (que vou tentar já de seguida ver ... o meu filho está a acabar de jantar - somos piores que os espanhóis em termos de horários, pelo que tenho o computador que está ligado à rede livre), como também por não ter entrado na "onda" e trocado impressões e informação consigo.
Por ambas as faltas, ainda que involuntárias, lhe apresento as minhas desculpas, além do agradecimento devido pela sua atenção.
Vou de seguida para o Rossio...
Um abraço,
José Filipe Menéndez
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RE: MIRANDA HENRIQUES
Caro Filipe Reis
Como prometido, numa das minhas últimas intervenções, apresento hoje aquele que penso ser o Máximo d’ Assunção M (…), Alferes da 1.ª Companhia, referido pelo Filipe e que eu identifico como sendo:
MÁXIMO DE ASSUNÇÃO DE MIRANDA HENRIQUES, que era efectivamente alferes, embora eu nunca tenha procurado investigá-lo numa das minhas passagens pelo Arquivo Histórico Militar.
Embora tenha a sua filiação, que apresentarei mais à frente, o que agora passo a acrescentar é no domínio da presunção de este pertencer e de se tratar dessa mesma família. Ainda que eu tenha quase como uma certeza de este ser mais um ramo dos Miranda Henriques. Só não o afirmo aqui peremptoriamente porque ainda não procurei entroncá-los.
Não sei se o Filipe minimamente os conhece (histórica e genealogicamente falando) ou já leu alguma coisa sobre esta família.
À semelhança de outras grandes famílias - que pelas páginas da nossa história pátria deixaram o seu nome assinalado e que pelo Mundo calcorrearam boa parte de 5 dos 6 continentes, como os Albuquerques, Almeidas, Castros, Coutinhos, Fonsecas, Mascarenhas, Menezes (Meneses na grafia actual, embora eu prefira a antiga denominação, por não concordar com essas actualizações para apelidos, não obstante a constante evolução da língua falada e escrita), Saldanhas, Sousas e Távoras, para só falar de um punhado deles - também esta cruzou os oceanos e por terras de África, da Ásia e das Américas deixou um rasto de si, muitas vezes o seu sangue e algumas, ainda, a própria vida, cujos ecos de todo se não perderam.
Há mais de 15 anos apresentei uma comunicação, na Sociedade de Geografia de Lisboa, intitulada “A ÁRVORE DE COSTADOS DO VISCONDE DE SOUSEL – SUBSÍDIOS PARA A GENEALOGIA DOS MIRANDAS HENRIQUES”, assim mesmo como está escrito, sem engano, no plural.
Foi uma outra presunção, de os Mirandas da família paterna da minha mulher serem mais um dos seus ramos - que se revelou sem fundamento, não obstante lá para trás o apelido de Miranda Henriques se ter propagado por algumas gerações - o que me levou a proceder a um estudo genealógico sistemático dos Mirandas que, por serem muitos, tive de delimitar e circunscrever a uns tantos. Assim, fixei a minha atenção na descendência de Aires de Miranda e de D. Briolanja Henriques. Como então escrevi “é a partir deste casamento que se radica na família o apelido Henriques, mas posteriormente os Mirandas ligaram-se ainda aos Henriques, e entre eles próprios, por diversas vezes, de tal modo que os dois apelidos passaram a considerar-se um só, usando uns Miranda Henriques, outros Henriques de Miranda e outros, ainda, isoladamente um destes dois apelidos”.
Segui, na altura, como fonte primacial o respectivo título da monumental obra de Felgueiras Gayo, o Nobiliário de Famílias de Portugal, que me permitiu estabelecer um quadro genealógico geral. Para o cotejar baseei-me então, entre outras, nas obras de Cristóvão Alão de Morais – Pedatura Lusitana, de Bernardo Pimenta do Avelar Portocarrero – Genealogias Manuscritas Trasladadas de Diversos Livros Genealágicos, de Lourenço Huet – Adições aos § dos Diversos Títulos que se Contem na Obra de D. Francisco Aranha e de Anselmo Braamcamp Freire - Brasões da Sala de Sintra. Além disso consultei muita documentação avulsa no então ANTT e, sobretudo, nos reservados da BNL. Contudo, dada a imensa descendência proveniente daquele matrimónio, tive uma vez mais que particularizar este estudo. Assim, orientei a minha investigação documental fundamentalmente para as linhas geralmente conhecidas pelos Mirandas de Setúbal e pelos Mirandas, alcaides-mor de Fronteira.
Não me vou deter agora aqui em considerações históricas, que fazem parte de História Social e das Mentalidades ou de História da Expansão. Que de ambas tratei e desenvolvi nessa minha comunicação. Sem o querer fatigar, não quero, no entanto, deixar de lhe transcrever algumas linhas daquilo que intitulei:
“OS MIRANDAS HENRIQUES E A EXPANSÃO”, na linha de continuação do título anterior “A EXPANSÃO E A SOCIEDADE DE EMIGRAÇÃO”.
Escrevi então eu – “No que diz respeito aos Mirandas Henriques, a geometria variável da Expansão tentou-os por diversas vezes, passando alguns membros desta família de um continente a outro e a outro de novo, no decurso das suas actividades militares e marítimas.”
“Seguiram nas naus da Índia e por lá combateram e morreram. Alguns casaram e viveram mesmo lá, perdendo-se aí o rasto da sua descendência. Chegaram à China. Andaram nas armadas do Brasil, onde combateram os holandeses e os franceses. Serviram por diversas vezes em África e mesmo mais tarde, passada a fase imperial e já em plena vertente do declínio – alcançada pelo esgotamento interno de recursos humanos, de meios materiais e financeiros, incapazes de suportarem as dimensões do império marítimo, de estabilidade sempre preclitante pela oposição velada ou pelo confronto activo com os povos locais, e do empório comercial, em crescente concorrência com os empreendedores holandeses, ou aguerridos franceses e, por último, os astutos aliados ingleses que nos seguiram e substituíram nessas paragens, isto para já não falar da secular rivalidade luso-espanhola; mesmo mais tarde, dizia – quando as luzes do Império se ofuscavam, o último facho ainda aceso da presença portuguesa na costa atlântica do Norte de África, que serviu de palco e cenário aos derradeiros combatentes lusíadas, mais precisamente a praça-forte de Mazagão, contou entre os seus últimos defensores alguns homens desta linhagem.”
Filipe, já que comecei esta explicação, ainda que periférica, mas não totalmente desfasada do contexto em que me envolvi no seu tópico- que era o da identificação e esclarecimento de algumas das personagens - continuo e acabo amanhã a minha intervenção sobre este Miranda Henriques e a família de onde, certamente, procede.
Um abraço,
José Filipe Menéndez
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RE: MIRANDA HENRIQUES, sua origem e varonia
Caro Filipe Reis
(e eventuais Confrades que por aqui passem o olhar)
Retomando esta breve exposição sobre os MH, dentro da outra mais alargada da identificação de algumas das personagens referidas pelo Filipe, passo agora a referir a varonia de Miranda Henriques, tal como a apresentei na SGL:
“Os Mirandas, particularmente os diversos ramos dos Mirandas Henriques nos quais veio a recair sucessivamente a representação varonil daqueles, eram nobreza castrense, com maior ou menor importância ao longo da história, variável consoante os tempos e a linhagem, mas destacando-se sempre pela sua categoria principal.”
“Eram fidalgos da Casa Real, ao serviço da qual ocuparam importantes cargos palatinos e militares em diversos reinados, não lhes sendo igualmente estranha a carreira eclesiástica, na qual alguns deles chegaram a altos dignitários, embora a maioria que a seguiu – quase sempre filhos segundos – o fizesse por uma estratégia de colocação em cargos eclesiásticos que oferecessem uma compensação económica e social para as normas de sucessão, que tendiam a impor a primogenitura estrita.”
“A sua linhagem, razoavelmente estabelecida, não oferece margem para dúvidas quanto ao problema das origens. Aquelas, a existirem, prendem-se mais com D. Mécia Gonçalves de Miranda, a senhora supostamente francesa ou espanhola – e porque não portuguesa? – que com a ascendência de D. Martinho Afonso Pires da Charneca.”
“Provêm, pois, os Mirandas de D. Martinho ou Martim (que era a forma popular daquele nome) Afonso Pires da Charneca, ou de Lisboa, como aparece também geralmente mencionado pelos genealogistas, filho de Afonso Pires, dito da Charneca por aí ter vivido, e de sua mulher Constança Esteves. Esta era natural de Lisboa, não se lhe conhecendo até ao presente a ascendência. Quanto a Afonso Pires, embora fidalgo castelhano, foi «cidadão principal de Lisboa, dos que ajudaram D. João I no começo do seu reinado e um dos cinco companheiros que D. Nuno Alvares Pereira tomou quando desafiou D: João Ansores», levando-o depois consigo quando foi pela primeira vez por fronteiro-mor do Alentejo. Foi, também, um dos quatro representantes que a cidade de Lisboa escolheu e o condestável nomeou para o seu conselho. Teve o senhorio das Alcáçovas e de outras terras e, também, dos Lagares de El-Rei, em Lisboa, os quais lhe foram dados pelos muitos serviços que prestou à causa de D. João I. Era filho de outro Afonso Pires Corrichão, segundo escreve o Padre António Carvalho na Corografia Portuguesa, fidalgo castelhano que passou a Portugal ao serviço de D. Fernando que, segundo diz Duarte unes de Leão na crónica deste rei, lhe fez mercê da vila de Pereira e de outras terras.”
(continua)
Dado o adiantado da hora continuarei amanhã (= oportunamente).
Um abraço,
José Filipe Menéndez
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RE: MIRANDA HENRIQUES, sua origem e varonia
Ressalvo, na última linha do texto anterior, o nome de Duarte Nunes de Leão, como certamente depreenderam.
Melhores cumprimentos,
JFM
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RE: MIRANDA HENRIQUES, sua origem e varonia
Caro JFMenéndez
Mais uma vez estou muito grato pelo seu contributo.
Estarei atento a outras citações deste nome nos documentos que estudo.
Os meus melhores cumprimentos
Filipe Reis
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RE: MIRANDA HENRIQUES, sua origem e varonia
Caro Filipe Reis
(e eventuais Confrades que por aqui naveguem)
Continuando esta exposição, acrescento que aqui no Genea vem indicada outra ascendência, diferente daquele Afonso Pires Corrichão. Um tal Pedro Fernandes de Castro, por sua vez filho de Fernão Anes de Castro, com os respectivos patronímicos a condizer – Pires para Pedro e Fernandes para Fernão. Como os não referi naquela minha comunicação, por nunca o ter lido nas genealogias consultadas, apenas os indico aqui a título informativo.
Fosse como fosse, essa ascendência em nada altera o que antes escrevi e apresentei na SGL para D. Martim Afonso.
“D. Martim Afonso Pires da Charneca parece ter estudado em Bolonha, de onde teria regressado a Portugal com o Dr. João das Regras. Foi conselheiro de D. João I e seu embaixador a França, «de onde se diz que trouxe uma senhora francesa, que outros pretendem ser castelhana» e natural de Miranda de Zamora – a já referida D. Mécia Gonçalves de Miranda (de Miranda – certamente a querer expressar a naturalidade de uma das povoações com este topónimo). Bernardo do Avelar inclina-se para que esta seja portuguesa, da família de Gil Lourenço de Miranda, cerradeiro-mor de D. João I e Alcaide-mor de Miranda, com muita probabilidade sua descendente ou de sua irmã D. Leonor Afonso de Miranda.”
Aqui no Genea vem referida como D. Mília Gonçalves, como aliás destaca também Alão de Morais, para lá do nome Mécia que refere em primeiro lugar. A opção pelo Mília advem das Legitimações Joaninas, de Valentino Viegas que assim a nomeia.
“Como quer que seja é dela que provem o apelido de Miranda, logo usado pela geração seguinte proveniente daquela ligação.”
Referindo-se ainda a D. Martim Afonso, alguns genealogistas dizem ter sido depois Bispo de Coimbra e outros do Porto. De concreto sabe-se que em 1398 era Arcebispo de Braga, onde sucedeu a D. João Garcia Manrique em data que se ignora. Mas em 1402 cedia a D. João I o senhorio de Braga.”
“Doou-lhe o rei S. Cristóvão de Lisboa, «onde fez uma capela para cabeça do vínculo principal (dos dois que instituiu – o outro foi o da Patameira, no termo de Torres Vedras - e deixou aos dois filhos mais velhos), em cujo compromisso mandou que seus descendentes se chamassem Mirandas».”
“Com a morte do antigo Mestre de Avis, a 14 de Agosto de 1433, o arcebispo, que tinha sido dos principais conselheiros do falecido rei, tornou-se grande privado de D. Duarte, a ponto de vulgarmente lhe chamarem - a Sombra de El-Rei.”
“Faleceu em Lisboa a 25 de Março de 1416 tendo sido sepultado na referida capela."
(continua)
Melhores cumprimentos,
Filipe Menéndez
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RE: MIRANDA HENRIQUES, sua origem e varonia
Caro Filipe Menéndez
Detectei o Máximo Miranda Henriques como escrivão em Sintra, como pode constatar no tópico http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=133064
Também o encontrei numa acta da CM de Sintra de 1833, que conto em breve trazer a este fórum.
Os melhores cumprimentos,
Filipe Reis
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RE: MIRANDA HENRIQUES, sua origem e varonia
Olá Filipe Reis
Como está? Obrigado pela sua referência que, de resto, já tinha tido ocasião de ver ontem aqui.
Não comentei na altura nada nesse seu outro tópico por duas razões:
- O meu amigo poderia pensar que era perseguição minha aos seus tópicos ...
Olhe que estou a brincar. Não sou um "interveniente" militante. O facto é que conheço alguns dados mais sobre o Máximo de Assunção de Miranda Henriques, que ainda não dei, porque aproveitei a deixa para meter a "bucha" sobre um pouco das origens e história dessa grande família, a que ele quase de certeza pertencia.
- A outra razão é que não conheço e, que me lembre, nunca li ou ouvi falar do José Lane, motivo de sobra para me manter prudentemente calado e atento a algo mais que possa aprender sobre "as gentes" de Sintra.
Votos de uma boa semana,
Filipe Menéndez
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RE: MIRANDA HENRIQUES, sua origem e varonia
Caro Filipe Reis
(e mais Confrades que por aqui naveguem)
Continuando esta breve (breve em relação à comunicação integral) exposição, ainda em relação a D. Martim Afonso Pires, direi que:
“Entre a sua ilustre descendência por via feminina, mais precisamente através de sua filha D. Margarida de Miranda, primeira mulher de D. Pedro de Menezes, 2.º conde de Viana do Alentejo e 1.º conde de Vila Real, contam-se entre outros os condes, marqueses e duques de Vila Real e os duques de Caminha, cuja linhagem foi tragicamente extinta em 1641, em consequência da conspiração desse mesmo ano, e ainda os condes e marqueses de Cascais.”
Por via masculina, foi seu filho primogénito:
“- Martim Afonso de Miranda, rico-homem e 2.º senhor do morgado de Patameira, junto a Torres Vedras. Casou com D. Genebra Pereira, filha de Aires Gonçalves de Figueiredo, senhor de Gaia, e de sua mulher D. Leonor Pereira de Berredo.”
De ambos foi terceiro filho:
“- Aires de Miranda, fidalgo da casa de el-rei D. Afonso V e depois da de João II, alcaide-mor de Vila Viçosa, então corte dos duques de Bragança e depois senhorio do duque de Beja e futuro rei D. Manuel, após a condenação do terceiro duque D. Fernando e a abolição (temporária) da Casa de Bragança.”
“Casou Aires de Miranda com D. Briolanja Henriques, filha de D. Fernando Henriques, 2.º senhor das Alcáçovas de Évora e de sua mulher D. Branca de Melo, senhora de Barbacena, neta paterna de outro D. Fernando Enriquez, nascido em 1365, filho bastardo do conde de Trastâmara e depois rei de Castela Don Enrique II, “el de las Mercedes”, por sua vez filho bastardo do rei de Castela Don Alfonso XI, “el Justiciero” e D. Leonor Nuñez de Guzmán.”
“É deste casamento que provêm todos os ramos dos Mirandas Henriques. Entre a sua descendência por legítima varonia contam-se os morgados da Bacalhoa, os condes de Sandomil e o visconde de Sousel, e por via feminina os condes da Ericeira, os marqueses de Louriçal e os condes de Arcos de Valdevez.”
Não vou entrar em mais pormenores. Apenas acrescentarei que, grosso modo, a sua numerosa descendência se classifica genealogicamente de acordo com os cargos que se transmitiram, em primogenitura, dentro de determinado ramo, ou com a região geográfica em que determinado ramo se fixou. É assim que falamos do ramo dos Mirandas morgados da Patameira, dos Mirandas alcaides-mor de Fronteira e comendadores das Alcáçovas de Elvas, dos Mirandas senhores de Murça, dos Mirandas morgados da Bacalhoa, dos Mirandas de Setúbal, etc.
Por hoje fico-me por aqui, esperando na próxima oportunidade falar finalmente deste nosso Máximo de Assunção de Miranda Henriques.
Um abraço,
José Filipe Menéndez
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MÁXIMO MIRANDA HENRIQUES
Caro José Filipe Menéndez
Fico a aguardar os seus dados sobre esta figura de Sintra.
Um abraço,
Filipe Reis
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RE: MÁXIMO MIRANDA HENRIQUES
caros confrades nos diversos artigos sobre sintra aparece um doutor joaquim jose bernardes da silva ..... conteporaneo dum antepassado da minha sogra luis bernardes da silva cujo nome parece em doc em meu poder relativos ao seu neto jose bernardes da silva nasc 1856 nat da freg de cartaxo morador na rua da carreira .este neto vai casar com uma elisa gomes duarte natural da freg de rio de mouro filha dum canteiro de pedra mas duma familia proprietarios de terras de cultivo entre rio de mouro e é descendente duma familia d'assumpção e duns baleia da vila de sintra .Nao enviei para o genea os dados de todos os documentos que tenho mas ja esta alguns dados no genea .
se me souber mais sobre a ascendençia do dito bernardes agradecia
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RE: MÁXIMO MIRANDA HENRIQUES
Caro Jorge Arez
Estou a responder-lhe só para o informar que não tenho ideia destes Bernardes a que faz alusão. Tenho por vezes falado de Bernardes, neste ou noutros tópicos, mas de uma outra família e região totalmente distintas - são de Cabanas (de Viriato), Carregal do Sal.
Quanto aos Baleia, esses sim, tenho ideia de me terem passado vários indivíduos com esse apelido pela frente, no decurso das minhas antigas pesquisas. Talvez tenha alguma coisa apontado, juntamente com os apontamentos que recolhi de pessoas de Sintra, mas que não constituíam o cerne da minha pesquisa. Daí os meus informes serem mais escassos.
Vou ver se encontro o que tenho, que depois aqui lhe deixarei.
Não sei se o nosso Confrade Filipe Reis lhe poderá também trazer alguma coisa, mas a isso só ele poderá responder.
Melhores cumprimentos,
José Filipe Menéndez
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RE: MÁXIMO MIRANDA HENRIQUES
Caro Filipe Reis
Cumprindo com o prometido no último conteúdo (dirigido a si) que aqui lancei, venho – finalmente, eu sei – falar desta personagem, a 16.ª, dentro dos vinte da listagem que enumerei por ordem alfabética, a partir dos seus nomes próprios, sobre o extenso reportório de 95 nomes que o Filipe nos trouxe e apresentou neste seu tópico. Como disse no início, deste último conjunto de conteúdos sobre os Miranda Henriques, creio que o Máximo d’ Assunção M (…), Alferes da 1.ª Companhia, referido pelo Filipe é, sem margem para dúvidas a personagem que eu identifico como sendo:
§ 16 - MÁXIMO DE ASSUNÇÃO DE MIRANDA HENRIQUES.
Nasceu em Sintra, na freguesia de S. Martinho, a 29 de Maio de 1783 e aí foi bapt. a 16 de Junho, tendo por padrinho Francisco José de Mello, filho do monteiro-mór do reino e por madrinha sua avó D. Maria Ignácia Micaela (SMS=3-B-164v.º), filho do capitão Raimundo de Miranda Henriques e de sua mulher D. Mariana Cândida de S. José. Casou a 6 de Outubro de 1808 com Maria Leopoldina, filha de Joaquim Ribeiro e de sua mulher Antónia Maria. Penso ter casado uma 2.ª vez com Cecília Maria, mas os meus apontamentos não estão lá muito concludentes neste particular. Faleceu em Sintra a 3 de Março de 1849, penso que na freguesia de S. Martinho, mas não o deixei indicado nos meus apontamentos
Antes do 1º casamento, com Maria Leopoldina nasceram dois filhos. Para não estar com complicações de antes e de depois do casamento, indico simplesmente todos os filhos nascidos desta união. Uns legitimados pelo casamento subsequente e os outros nascidos já na constância desse matrimónio:
1 – D. Libânia, que n. em Sintra a 18 de Dezembro de 1806 e aí foi bapt. a 7 de Janeiro do ano seguinte, tendo por pad. Joaquim Xavier Monteiro da Silva (aqui identificado no § 10), filho do capitão Faustino Xavier Monteiro da Silva e D. Escolástica Teresa de Siqueira, s.m.n.
2 – Manuel, que n. em Sintra a 28 de Março de 1808 e aí foi bapt. a 22 de Outubro, s.m.n.
3 - D. Joana, que n. em Sintra a 24 de Junho de 1809 e aí foi bapt. a 15 de Agosto, tendo por pad. Manuel Vieira de Andrade, s.m.n.
4 – José, que n. em Sintra a 7 de Fevereiro de 1812 e aí foi bapt. a 1 de Março seguinte, tendo por pad. seu tio paterno José, s.m.n.
5 – António, que n. em Sintra a 11 de Junho de 1813 e aí foi bapt. a 5 de Julho, tendo por pad. Frei Manuel de Jesus Maria, religioso trinetario e sua tia paterna D. Ana Victória, s.m.n.
6 – Máximo, que n. em Sintra a 24 de Maio de 1815 e aí foi bapt. a 10 de Novembro, tendo por pad. o capitão Francisco Pedro de Sousa Prego, s.m.n.
E são todos os dados genealógicos que tenho do Máximo. Tenho outros mais, mas são relativos aos seus irmãos nascidos em Sintra, uma vez que os seus pais se receberam em S. Jorge de Arroios e, como era frequente o primeiro ou primeiros filhos nascerem na casa dos avós maternos, não sei (porque nunca o averiguei) se algum outro irmão terá nascido em Lisboa.
A terminar, recordo o que de início disse em relação ao mais que provável parentesco com os Miranda Henriques, descendentes de Aires de Miranda. Reafirmo que tratar-se-á, certamente, de mais um ramo dessa mesma grande família, para mais escudado na selectiva escolha que fez o capitão Raimundo, entre a primeira nobreza do reino para padrinhos dos seus filhos.
Um abraço,
José Filipe Menéndez
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O povo de Sintra agora em apoio a D. Maria II
Caro José Filipe Menéndez
Espero que leia este meu texto e nos dê um pouco mais das suas excelentes informações.
"Ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1833 aos 26 dias de Julho (...) nesta vila de Sintra e casas da Câmara dela, aonde se reuniu a Câmara composta dos actuais membros, e na falta do Vereador Valério José da Silveira, José Maria Xavier da Costa Pereira para efeito de reduzir (sic) a este soberano acto de aclamação da Rainha Nª Sª D. Maria II e na sua ausência, a Regência de Seu Augusto Pai e Senhor Dom Pedro Duque de Bragança já publicada na Praça e Ruas desta vila por geral aplauso dos habitantes (...) além de bastantes dignos estrangeiros: sendo todos aqui reunidos, geralmente, foi aclamada Rainha destes Reinos a Sra. D. Maria II (...) com o vigor da Carta Constitucional; ficando por esta revogada a que (fl. 68 vº) se havia feito em Junho de 1828 (...) assinou a Câmara este Auto com todas as pessoas que se achavam presentes, acordando que sem demora se felicitasse o Governo que ao presente se acha em Lisboa. E eu Sebastião Paulo da Fonseca Cabral escrivão da geral o escrevi e assinei, assinando também o da Câmara que entrou depois de principiado o auto e por isso o não escreveu.
O presidente Botto Machado, os vereadores Manuel Souza Prego, Monteiro da Silva, (Costa?)
Guilherme Duarte do Nascimento
Sebastião da Fonseca Cabral
Domingos (Sequeira)
Joaquim Vital Pinheiro da Veiga
O P.e António Gomes Barreto
Joaquim José da Rocha
Baltazar de Sousa Pereira (Coutinho?), proprietário
O P.e Domingos Alves de Carvalho, capelão dos Paços Reais
António Gomes Barreto
Bernardo José Pinto
O P.e cura António José Malheiros
Joaquim Maria da Cunha
António de Sousa
O P.e Francisco de Santa (Ana?)
José Inácio Coelho
(fl. 69)
José ª Almeida e Sousa
António Maria da Cruz
João Alberto dos Reis, escrivão das sisas
Diogo Emiliano de Fontes
Inácio Joaquim da Costa
Joaquim José dos Santos
Policarpo Monteiro dos Santos
Fernando Arsénio de Sousa Prego
João Inácio da Fonseca Veras e Oliveira
António Joaquim Pires, cirurgião
Isidro António da Silva
E logo se acordou pela proposta de muitos dos assistentes que se passasse à Igreja de S. Martinho a cantar um solene Te Deam (sic) ao Altíssimo (...)"
Um abraço do
Filipe Reis
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RE: O povo de Sintra agora em apoio a D. Maria II
Caro Filipe Reis
Faz tempo que não nos "falamos" por estas bandas.
Sei que a culpa tem sido minha, por faltoso ao cumprimento integral do que prometi numa das minhas primeiras intervenções neste seu tópico. Falta-me ainda falar de 4 personagens, creio, daquela primeira lista com que o Filipe nos presenteou.
Tenho andado por aqui, é certo, mas às voltas com os Coutinho Garrido, Garrido de Meireles, Macedo Garrido e, cruzados com eles, Tudela de Castilho, todos eles cruzados ou descendentes dos Cabral da Fonseca (ou Fonseca Cabral) que o Filipe encontra pelos paroquiais das freguesias de Sintra, mormente de S. Martinho, e, também, nestas suas duas listas.
Tenho aproveitado tb para, paulatinamente, ir aqui construindo algumas linhas destas famílias (algumas já existiam, mas destroncadas ou sem as respectivas ligações), bem como dos Sousa Prego, seus parentes pela ascendência feminina(a gateway ancestor, como dizemos) comum dos Fonseca e Castro.
Quanto a esta última lista, para além dos Sousa Prego e Fonseca Cabral, verei oportunamente o que poderei dizer.
Entretanto, aproveito para acrescentar, que regressei à investigação activa, quer na TT, quer noutros arquivos, como ainda esta semana em Coimbra, aonde estive dois dias no Arquivo da Universidade (AUC).
Não vou todos os dias à TT, mas pode ser que numa das vezes que o Filipe lá for nos conheçamos pessoalmente (com aviso prévio aqui, claro está, não nos estou a ver de cartaz ...)
Um abraço cordial,
José Filipe
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A gente de Sintra
Caro José Filipe
Obrigado pela sua atenção. Tenho lido as suas investigações sobre os Garrido e a ligação aos Fonseca Cabral.
Espero em breve ter oportunidade de me deslocar à TT para ver se prossigo com a investigação dos Vital Pinheiro da Veiga, a partir de dados muito interessantes que o José Filipe me facultou neste forum. Nessa altura confirmo consigo a hipótese de encontro para nos conhecermos pessoalmente( sem cartaz...).
Um abraço
Filipe
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RE: O povo de Sintra agora em apoio a D. Maria II
Bom dia caro confrade,
Tendo percebido que é um genealogista super-entendido na gente de Sintra, e muito embora o que lhe vá pedir seja provavelmente de somenos importância para si, é de grande importância para mim, que estou - como amadora - a tentar fazer a árvore genealógica de vários ramos / famílias / nomes e apelidos que se cruzaram. Uma delas é uma poetisa, de seu nome usual Oliva Guerra, que embora filha de Pais do norte - salvo erro Vila Flor - nasceu em Sintra, segundo li na GELB. Só que não consigo encontrar o seu assento de baptismo. Sei ou julgo saber que nasceu em 10 Maio de 1898 em Sintra, de seu nome completo Oliva Correia de Almada Menezes Guerra, filha de Constâncio Alfredo de Almada Menezes Guerra e de Antónia Augusta Correia. Penso que era solteira.
Se me puder ajudar no que diz respeito ao assento de nascimento, confirmação da sua filiação, avós, padrinhos, muito agradeço.
Cumprimentos
Maria Isabel Fontoura
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RE: Oliva Correia de Almada Menezes Guerra
Cara Maria Isabel
Não sei se a sua simpática designação se reporta a mim ou ao Filipe Reis. Em qualquer dos casos, ambos mexemos em gente de Sintra sem sermos "super-entendidos", dado que nos detemos e trabalhamos sobre determinadas famílias e não na generalidade das gentes nascidas e criadas em Sintra, ou aí residentes a partir de determinado momento.
Ainda assim, pela minha parte, ao pesquisar as famílias que me interessam de sobremaneira, tomo por vezes nota de alguns nomes de pessoas que me aparecem nos baptismos, casamentos e óbitos que compulso, embora pertencentes a outras famílias. Refiro-me, não apenas aqueles que aparecem como padrinhos de baptismo, testemunhas de casamento ou anfitriões em casa dos quais ocorreu o óbito (de que tomo quase sempre nota), mas a algumas outras pessoas (não pertencentes às famílias que procuro) a que se reportam esses registos.
Desculpe-me todo este arrazoado, mas era necessário fazê-lo para me situar, não como especialista mas, vá lá, como entendido "vanitas vanitatum" da gente de Sintra - para os séculos XVIII e XIX.
Mas passemos ao cerne da sua questão.
Não me recordo de ver o nome em epígrafe. Não tanto o nome próprio da Oliva, mas o dos seus apelidos Almada Menezes, o que me chamaria a atenção. Os únicos Almada que tenho entre as famílias com que trabalho são Carnide Monteiro e Almada e, mesmo assim, limito-me à sua descendência, sem ter ainda tido oportunidade de investigar a respectiva ascendência.
Lamento não ter, por agora, qualquer outra informação que lhe possa interessar. O que lhe posso prometer é ficar atento a este nome e, para aquela data, tentar procurar numa das 3 freguesias de Sintra se ele consta, numa das minhas próximas deslocações à TT.
Melhores cumprimentos,
José Filipe Menéndez
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RE: A 2.ª "Viradeira"
Caro Filipe
Quanto a esta 2.ª "Viradeira" (a designação é abusivamente minha, porque a autêntica é aquela subsequente à subida ao trono da Senhora D. Maria I) e aos signatários do acto de aclamação e sua reducção (submissão) à rainha, tenho conhecimento de cerca de meia dúzia de nomes inéditos - 5 para ser mais exacto:
- Fernando Arsénio de Sousa Prego
- Joaquim Maria da Cunha
- Joaquim Vital Pinheiro da Veiga
- Manuel de Sousa Prego
- Sebastião da Fonseca Cabral
Uma vez que já antes falei dos seguintes quatro, por conseguinte personagens já nossas conhecidas:
- Antonio Gomes Barreto
- P.e Antonio Gomes Barreto
- Diogo Emiliano de Fontes
- João inácio da Fonseca Veras de Oliveira
e quanto ao Monteiro da Silva, há vários, razão pela qual não posso precisar qual será este, sem saber o nome próprio. Tanto pode ser o Capitão Faustino Xavier Monteiro da Silva como, com mais probabilidade, o seu filho o Alferes Joaquim Xavier Monteiro Silva.
Não vou entrar hoje em pormenores, deixando-lhe apenas a menção de que todos eles estão ligados por laços de parentesco, embora uns mais estreitos que outros.
A "Respública" de Sintra, como tantas e tantas outras era dirigida uma oligarquia que, se não a dominava completamente, a influenciava significativamente.
Um abraço,
José Filipe
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RE: A 2.ª "Viradeira"
Caro José Filipe
Tem razão quanto às oligarquias de Sintra. Tal como noutros concelhos o meio dirigente era relativamente restrito e as interligações familiares interessantes de analisar.
O Monteiro da Silva aqui referido é o Alferes que chegou a ser vereador.
Se tiver mais alguma informação sobre a familia Pinheiro da Veiga agradeço.
Um abraço
Filipe
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RE: Oliva Correia de Almada Menezes Guerra
Tal como o José Filipe não tenho nenhuma nota acerca da poetisa.
Houve um D. Dinis de Almada, arcediago de Braga, proprietário da Quinta de D. Diniz em S. Pedro de Penaferrim, junto ao terreiro da feira. D. Diniz faleceu em 1806.
Há uma numerosa e antiga família Correa originaria da Malveira da Serra, a dois passos de Sintra.
Filipe Reis
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RE: Oliva Correia de Almada Menezes Guerra
Caros Confrades José Felipe Menendez e Filipe Reis,
Estive ausente e sem poder ver o meu correio, pelo que só agora vos posso responder; aliás, a resposta é para vos agradecer a vossa atenção, e se nessas pesquisas por Sintra tropeçarem na poetisa Oliva Guerra, muiti agradeço a informação do assento de nascimento, que não consegui encontrar (provavelmente "nabice" minha). De qualquer modo, realmente família é quase toda de Trás os Montes - os Pais, pelo menos de Vila Flor, onde há um museu com 1 quadro com o seu retrato; mas não sei bem como, ela terá nascido em Sintra e há até um prémio literário instituído pela Câmara de Sintra, com o seu nome.
Ficarei muito grata por qualquer informação.
Cumprimentos
Mª Isabel Fontoura
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RE: Oliva Correia de Almada Menezes Guerra
Caro Filipe
Principio por falar no 1.º nome desta última lista - Fernando Arsenio de Sousa Prego - que assim nos aparece apenas devido à ordenação alfabeticamente e não a nenhum outro critério de encadeamento genealógico ou cronológico.
Já antes escrevi aqui no GENEA sobre ele, só não me recordo se foi num tópico seu, se meu. Aliás, é igual. Como os tenho em ficheiros word, não me recordo aonde é que o lancei e tb. não vou agora estar à procura. Assim, temos:
1 - FERNANDO ARSÉNIO DE SOUSA PREGO, proprietário, tabelião do Público Judicial e Notas da vila de Sintra, em sucessão a seus maiores, por diversas vezes vereador do Senado da Câmara de Sintra. Nasceu nessa mesma localidade a 18 de Agosto de 1790, sendo b. a 11 de Setembro seguinte (SMS=3-B-247 v.º), tendo por pad. D. Fernando de Lima, por quem tocou o Dr. Francisco José de Miranda Duarte, juiz de fora local e tio paterno for afinidade do neófito. Faleceu a 1 de Agosto de 1833 (SMS=5-O-80 v.º/ 81), tendo sido sepultado no adro da ermida de S. Sebastião.
Curioso é de salientar que o seu falecimento ocorreu menos de uma semana sobre a data em que se celebrou esta aclamação...
Foi o 5.º filho, em ordem de nascimento, dos onze que tiveram seus pais.
Pais:
2 - MANUEL JOAQUIM DE SOUSA PREGO, tabelião, proprietário de um dos ofícios do Público Judicial e Notas da Vila de Sintra, por diversas vezes vereador do Senado da Câmara dessa mesma vila, aonde nasceu a 22 de Janeiro de 1755, tendo sido logo b. em casa pela Parteira Catarina Soares, por estar em perigo de vida. Recebeu os Santos Óleos a 7 de Maio desse mesmo ano (SMS=2-B-192 v.º), tendo por pad.s Francisco Xavier Stoqueler e D. Júlia Josefa de Azevedo. Faleceu a 8 de Julho de 1825 (SMS=5-O-10 v.º) tendo sido sepultado na Santa Casa da Misericórdia de Sintra.
Foi o 1.º filho, em ordem de nascimento, dos treze que tiveram seus pais. Aliás, o pai ainda teve mais dois do seu 2.º casamento.
3 - D. ANA JUSTINA DE FREITAS, prima de seu marido em 2.º e 3.º grau de consanguinidade, que nasceu em Sintra a 30 de Setembro de 1754 e foi b. a 15 de Dezembro seguinte, tendo por pad.s o Rev.º P.e Frei António de Santa Rosa Fachada e D. Antónia de Sousa Cabral Baracho.
Avós:
4 - MANUEL CAETANO DE SOUSA PREGO, tabelião, proprietário de um dos ofícios do Público Judicial e Notas da vila de Sintra; monteiro-mor da Serra de Sintra e das coutadas de Colares e de Cheleiros dela dependentes, por nomeação de 28-II-1750, por carta do monteiro-mor do Reino Fernando Telles da Silva, inclusa no processo de habilitação para a Ordem de Cristo adiante mencionado, com todos os privilégios inerentes até 24-XI-1760, data em que deixou esse cargo, cavaleiro professo na Ordem de Cristo por mercê de D. José I e portaria do secretário de Estado Francisco Xavier de Mendonça Furtado, datada de 29-XI-1760, confirmada depois do processo de habilitação por alvará de 26-VIII-1761, pelo qual se mandava armar cavaleiro na “minha real Capella, ou na Igreja de Nossa Senhora da conceipsam desta Cidade de Lisboa”, com doze mil reis de tença, mais tarde aumentada para quarenta mil reis; foi ainda governador da fortaleza de St.ª Maria do Magoito, cargo que ocupou por mais de 21 anos. Teve ainda mercê do hábito da Ordem de Sant’Iago, em 24-I-1799, com padrão de doze mil reis de tença. Nasceu em Sintra a 8 de Janeiro de 1725 e aí foi b. na Igreja de S. Martinho a 22 do mesmo mês e ano (SMS=1-B- ), tendo por pad.s Manuel Caetano Lopes de Lavre, cav.º professo da Ordem de Cristo, fid. da CR, deputado da Junta do Tabaco, alcaide-mor de Montemor-o-Velho e administrador da Casa de Aveiro, e de D. Maria da Câmara. Faleceu nessa mesma vila repentinamente de uma apoplexia a 30 de Novembro de 1801 (SMS=3-O-245v.º).
Casou a l.ª vez em Sintra, em data que ignoramos pela mesma razão já várias vezes apontada do desaparecimento dos livros de recebimentos correspondentes aos registos compreendidos entre 1614 e 1775, com a mãe deste seu filho. Casou a 2.ª vez, também em S. Martinho de Sintra, a 7 de Novembro de 1796 com Rosa Caetana de Jesus, natural da freg. de St.ª Maria de Sintra, nascida a 4 de Janeiro de 1765 e aí b. a 19 do mesmo mês, tendo por pad.s o Rev. P.e José Simões e D. Maria Josefina da Câmara Noronha e Ataíde, filha de Quintino da Costa Galvão, natural de Monte Lavar e aí b. na freg. de Nossa Senhora da Purificação, e de sua mulher Isabel Luísa da Silva, natural da freg. de St.ª Maria.
5 - D. ROSA CAETANA DE FREITAS MACIEL, natural de Sintra aonde foi b. a 9 de Março de 1732 (SMS=1-B- ) e veio a falecer a 5 de Novembro de 1789 (SMS=3-O-174).
6 - JOSÉ RODRIGUES SANCTO, n. da freg. da Orada, Avis, Évora.
7 - JOANA JOSEFA DE FREITAS (irmã de D. Brízida Inácia de Freitas, avó materna de Manuel Joaquim) que n. em Sintra e aí foi b. a 23-VI-1711 (SMS=1-B-102), tendo por pad.s o Beneficiado Francisco de Sousa e Maria Josefa Tomázia, moradora em casa do Conde de Alvor.
Continua oportunamente,
Um abraço,
José Filipe
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RE: FERNANDO ARSÉNIO DE SOUSA PREGO
Caro Filipe
Como deve ter verificado, enganei-me no título que seguiu a acompanhar o último conteúdo. O título correcto é o que agora apresento em epígrafe e que continua válido para o assunto de hoje, em continuação e como conclusão do anterior conteúdo.
Assim, temos como Bisavós do FERNANDO ARSÉNIO DE SOUSA PREGO:
8 - MANUEL DE SOUSA PREGO, administrador da Casa de Aveiro em Sintra, em sucessão a seu pai, por resolução e mercê régia de 14 de Novembro de 1711, monteiro-mor do Lavradio, proprietário dos ofícios de escrivão e apontador das Obras dos Paços Reais da Vila de Sintra, também em sucessão a seu pai, escrivão do almoxarifado, várias vezes vereador e procurador do Senado da Câmara de Sintra, seu juiz de fora substituto, na ausência do ministro, quando era o vereador mais velho em exercício, por provisão de 15 de Agosto de 1754. Nasceu em Sintra e aí foi b. na Igreja de S. Martinho, a 2 de Fevereiro de 1678, tendo por pad. o prior de S. Miguel, Manuel Pereira Sotto Maior. Faleceu em Sintra, com perto de 90 anos, a 20 de Janeiro de 1768.
9 - D. CAETANA FELICIANA DE CASTRO, Nasceu em Sintra e aí foi b. na Igreja de S. Martinho a 16 de Março de 1693 (SMS=1-B-30), tendo por pad.s Francisco Travassos e D. Antónia Pacheco. Faleceu na mesma freg. a 11 de Dezembro de 1731 (SMS=2-O-120).
10 - PAULO VIEIRA MACIEL, “Cavaleiro da Caza de sua Magestade ” , tabelião, proprietário de um dos ofícios de escrivão do Público Judicial e Notas da vila de Sintra, natural de Lisboa, da freg. de S. Paulo, falecido com todos os sacramentos a 21 de Dezembro de 1748 (SMS=2-O-235), na sua quinta junto ao campo de Seteais. Casou na igreja de S. Martinho a 25 de Maio de 1724 com
11 - D. BRÍZIDA INÁCIA DE FREITAS (sua 2.ª mulher e prima) natural de S. Martinho de Sintra, aonde foi b. por necessidade em casa, tendo recebido os Santos Óleos naquela igreja a 10 de Fevereiro de 1706 (SMS=1-B-77), aí falecida a 17 de Novembro de 1753.
14 - FRANCISCO LUÍS MACIEL , natural de Lisboa, da freg. de Santos-o-Velho, aonde foi b. a 21 de Dezembro de 1653, depois de casado morador na de S. Martinho de Sintra, junto à praça, aonde faleceu com todos os sacramentos a 8 de Agosto de 1742 (SMS= -O-189v.º). Casou na igreja paroquial de Santos a 2 de Junho de 1703 com
15 - GABRIELA MARIA DE FREITAS, natural da freg. de St.ª Catarina do Monte Sinai, aonde foi b. em Fevereiro de 1674 (5-B-273), tendo como pad.s Rui Dias de Meneses e Gabriela de Freitas, depois moradora com seus pais na rua da Madragoa, tendo falecido na de S. Martinho de Sintra na fatídica manhã de 1 de Novembro de 1755 (SMS= -O-276).
Trisavós:
16 - JOÃO DE SOUSA PREGO, que foi feito administrador da Casa de Aveiro, em Sintra, por resolução régia de 4 de Março de 1674, com pouco mais de 15 anos e meio de idade, o que nos induz a pensar, ou na existência de uma significativa protecção superior, ou na atribuição desse cargo como dote de casamento que, como adiante diremos, se celebrou 3 meses mais tarde (o que de todo não invalida a primeira asserção), por não se tratar de qualquer sucessão familiar nesse cargo. Dez anos mais tarde foi feito proprietário dos ofícios de escrivão e apontador das Obras dos Paços Reais da Vila de Sintra, por mercê régia de D. Pedro II, datada de 20 de Agosto de 1684, dos quais houve posse e prestou juramento aos 12 de Outubro desse mesmo ano, mais tarde confirmada e ampliada por mercê de D. João V de 2 de Dezembro de 1708. Ocupou, além destes, outros cargos administrativos e honoríficos municipais. Quer na vereação do Senado da Câmara de Sintra, para o qual foi por diversas vezes eleito, quer na Confraria do Espírito Santo, como também na Santa Casa da Misericórdia local. nasceu em Cascais, na antiga rua Direita da Ressurreição, onde foi b. por necessidade, por se encontrar em perigo de vida, e depois levado em segredo para Alcabideche, termo da vila de Cascais, onde recebeu os Santos Óleos, na igreja de S. Vicente, a 2 de Julho de 1658. Faleceu em Sintra a 26 de Março de 1738 (SMS=2-O-156) e foi sepultado em jazida própria na Igreja de S. Martinho. Casou nessa mesma igreja, a 22 de Junho de 1674, com
17 - D. LUÍSA DE ABREU, sua prima em 3º e 4º graus de consanguinidade, b. em Lisboa a 26 de Dezembro de 1649, na Igreja de Nossa Senhora da Encarnação e falecida em Sintra a 29 de Maio de 1728 (SMS=2-O-99v.º), tendo sido sepultada na capela de S. Luís da Igreja de S. Martinho.
18 - MARTINHO MOREIRA DA FONSECA, tabelião, proprietário de um dos ofícios do Público Judicial e Notas da vila de Sintra, escrivão da câmara local e capitão de ordenanças da mesma vila, natural de Lisboa, b. na freg. de Santos-o-Velho e falecido naquela vila a 20 de Maio de 1740 (SMS=2-O-170).
19 - D. SIMEANA MARIA DE CARVALHO E CASTRO, Foi baptizada na freguesia de St.ª Justa, em Lisboa, a 15 de Abril de 1671 (SJUL=2-B-50v.º), tendo por pad. Manuel Lopes de Lavra. Faleceu em Sintra, nas suas “cazas de morada”, na freguesia de S. Martinho a 15 de Novembro de 1754, sendo sepultada na igreja local.
20 - BARTOLOMEU VIEIRA, natural da freg. de S. Pedro da vila de Peniche, depois morador na de S. Paulo, em Lisboa, e de sua mulher
21 - JOANA VENTURA MACIEL, nascida na rua do Campo do Forno, paróquia da igreja matriz, colegiada da vila de Viana do Minho, entre 1660 e 1667, a qual casou 2.ª vez na freg. de S. Julião, a 28-III-1691, com Manuel Lopes de Miranda, nascido na freg de St. Estevão de Alenquer.
22 - = 14
23 - = 15
28 - João Maciel
29 - Catarina Cordeira
30 - Manuel de Freitas
31 - Maria de Goes
E penso que chegará em termos de ascendência. Claro que a podia prolongar por mais 3 ou 4 gerações, mas só em relação ao costados de Pregos, Abreus e Fonsecas.
Um abraço,
José Filipe
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RE: FERNANDO ARSÉNIO DE SOUSA PREGO
Caro Filipe
Ressalvo logo no 1.º parágrafo, onde está escrito "que nos aparece devido à ordenação alfabeticamente e não..." deve, evidentemente, ler-se:
que nos aparece devido à ordenação alfabetica e não ...
Melhores cumprimentos,
José Filipe
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RE: Joaquim Maria da Cunha
Caro Filipe
Como vai?
Não o tenho "visto" por estas paragens.
Prossigo hoje com a 2.ª personagem, em ordem alfabética, que identifiquei neste 2.º conjunto de signatários - Joaquim Maria da Cunha.
Mas, agora que me debruço mais atentamente sobre o que aqui escrevi, bem lá mais para trás, reparo que também já o mencionei, ainda que indirectamente, ao falar, no § 11, de JOSÉ DA CUNHA PEREIRA MONTEIRO.
Disse, então, que dele e de sua mulher D. Maria Violante de Sousa Prego, foi 3.º filho:
3 – Joaquim Maria da Cunha Pereira e Almada, * 7-VIII-1805 em S. Martinho de Sintra (SMS=4-B-132) e aí foi bapt. a 14 do mesmo mês, tendo por pad. Joaquim Pedro, morador na Quinta das Praias, em Belém, em “casa do ilustre Marquês de Marialva”. Faleceu em Sintra a 22 de Fevereiro de 1870 (SMS=10-O-2).
Pela data do Auto de Aclamação, passe embora os outros dois apelidos que atrás menciono, penso que seja o mesmo indivíduo. Julgo também que o encontrei em qualquer lado com esses apelidos todos, mas, pensando melhor, eles caberiam ao irmão primogénito e morgado António Maria da Cunha Pereira e Almada, este sim que os teve e usou e com eles aparece várias vezes nomeado.
Não sei se reparou num dos meus últimos tópicos, precisamente sobre os Cunha Pereira. Estou a tentar desenvolver a descendência deste ramo dos Sousa Prego, graças à identificação que me foi prestada, amavelmente, pela nossa Confreira Maria Benedita de um dos seus actuais descendentes, que se prontificou ajudar-me no que sabe desse seu ramo.
Embora já em 1833 houvesse outro Joaquim Maria da Cunha - Júnior, filho do morgado e sobrinho do anterior, pela sua idade de cinco anos, o signatário só pode ser aquele que indico.
Um abraço,
José Filipe
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RE: Joaquim Maria da Cunha
Caro Filipe
Agradeço as suas informações sempre completíssimas. Alguma razão para o apelido Almada? e a ligação ao M Marialva ?.
Um abraço
Filipe R
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O Senado de Sintra aclama D. Maria II
Caros confrades
Alguns dias depois a 30 de Julho de 1833, toma posse o novo Juiz de Fora presidente da Câmara, o jovem bacharel de Coimbra, Frederico da Silva Pereira.
Eis o trecho da acta...
"Ano do nascimento do nosso senhor Jesus Cristo de 1833, aos 30 dias do mês de Julho (...) em Câmara e vereação extraordinária que estavam fazendo o Vereador mais velho do Senado da Câmara (...) Manoel de Abreu de Sousa Prego, que serve de Presidente na falta do Doutor Juiz de Fora que se acha doente, e os mais vereadores para, em virtude da portaria que lhe foi apresentada dar posse do lugar de Juiz de Fora desta mesma vila ao Bacharel Frederico Guilherme da Silva Pereira."
O jovem Juiz apressa-se a fazer registar em acta, no dia 3 de Agosto, que "visto o desejo que muitos mostraram de assinar o Auto que vem a fls. 68, o que não tinham feito por falta de notícia (...)
Nesta vila de Sintra a casas da Câmara, onde se reuniram seus membros abaixo assinados em consequência do Acórdão (fl. 71) supra, e do ardente desejo que mostrou grande parte do Clero, Nobreza e Povo (...) de assinarem o auto de aclamação e reconhecimento da Rainha, a Senhora Dona Maria II, que por (direito?) e consenso subiu ao trono de Portugal; e (declarou?) o amor à Carta Constitucional da Monarquia Portuguesa, o qual não puderam assinar no dia 26 do mês próximo passado, pela rapidez com que foi feito, e falta de notícia (...) por isso se abriu o presente (...) como adicionamento (sic) do referido auto para se conhecerem os sentimentos da mais decidida lealdade e adesão â Causa da Legítima Rainha a Senhora Dona Maria II, ao governo de Sua Majestade Imperial o Senhor Duque de Bragança, Regente em nome da mesma Augusta Senhora e a Carta Constitucional que nos outorgou quando Rei de Portugal. E eu João Inácio da Fonseca Veras e Oliveira o escrevi.
= Frederico Guilherme da Silva Pereira
Presidente e Juiz de Fora
= Manuel de Abreu Souza Prego
= José Maria Xavier da Costa Pereira
= Joaquim Xavier Monteiro da Silva
= Joaquim Galvão de Sousa Prego
= Máximo da Assunção de Mendonça Henriques
= Policarpo Joaquim Agnelo de Fontes
= João Ribeiro Leitão
= João José da (Pornuncia?)
= José Bento da Costa
= Félix Manoel Borges Pinto
= o P.e António José Francisco da Costa
(fl. 72)
= O Beneficiado José Pedro Pinto dos Santos
= José de Jesus
= O P.e António José dos Reis
= Agostinho Fernandes Carreira
= António Joaquim Fernandes
= José Paulo de Almeida Grandela
= Miguel José de Azevedo
= Valentim da Cunha
= Alexandre Brander
= Tomé Francisco Franco
= O P.e José d’Ataíde
= Fr. Domingos de Barros, Ministro do Convento da trindade
= Fr. Franquelino da Salvação
= O Beneficiado Sabino Nunes dos Reis
= O Prior de S. Pedro de Penaferim Luís Manuel da Silva"
Cumprimentos,
Filipe Reis
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RE: Ausências
Caro Filipe
Tudo bem consigo?
Apenas umas breves palavras, e só, para lhe pedir desculpas pela minha repetida ausência de conteúdos.
Embora vá passando pela TT, uma ou duas vezes por semana, tenho o tempo sempre contado em casa e, além disso tenho andado constantemente ausente pelo norte ou para lá das nossas fronteiras?, cada vez mais fictícias.
Em meados de Maio, quando regressar de França, espero poder continuar com as personagens desta última lista e, quiçá, acrescentar algo mais sobre algumas delas.
Um abraço,
Zé Filipe
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RE: Ausências
Caro Filipe
Muito obrigado pela sua lembrança. Também não tenho tido possibilidade de acrescentar nada de novo.
Aguardo notícias suas.
Um abraço,
Filipe Reis
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RE: Ausências
Caro José Filipe
Como tem passado?
Sempre que posso leio, com prazer, os seus textos.
Pode facultar-me o seu mail?
Um abraço,
Filipe Reis
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RE: Ausências
Olá Filipe
Tudo bem consigo?
Sei que não cumpri, integralmente, com o prometido, na sequência da sua 2.ª lista de gentes de Sintra, aqui lançada em meados de Fevereiro deste ano. Algum dia a concluirei, prometo.
Entretanto, tenho andado com outras precupações, com gentes das Beiras constantes de um Processo HSO (Tudela de Castilho), como de resto penso que tenha aqui visto. Prometi fazer uma comunicação sobre esse assunto na Secção de História da Sociedade de Geografia de Lisboa, lá para Março ou Abril, de modo que tenho a atenção um pouco deslocada de Sintra.
Não tenho qualquer problema em lhe deixar aqui o meu mail, mas atenção que tenho andado com problemas de acesso à Internet.
O mail é como segue: filipe.menendezarrobasapo.pt
Estou à sua inteira disposição para qualquer dúvida, sobre assunto que eu saiba responder.
Um abraço,
Zé Filipe
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RE: Castros, de Sintra
Estimado José Filipe Menéndez,
Todos os nomes abaixo descritos não consegui entroncar em uma Grande base que estou a montar dos Castros, cujo tópico poderás ver aqui no Geneall em: http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=167568 .
Confrontando os dados que informaste nesse tópico, com o que está aqui no Geneall em http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=513846 chega-se em:
Maria Madalena de Castro e Lemos c. c. Luís da Fonseca de Carvalho – Fhs:
A) Teresa Luísa de Carvalho e Castro – N- 9.3.1669 c. c. Lourenço Cabral de Mesquita – Fhs:
1) Feliciana Rosa Cabral de Castro
2) Páscoa Luísa Cabral de Castro – Esposo: José Caetano da Fonseca Cabral de Mesquita e Lemos – Seu sobrinho – vide abaixo – s. s.
3) Lopo José Cabral
4) Margarida Cabral de Castro
5) Maria Cabral de Castro
6) José Caetano da Fonseca Cabral de Mesquita – N-1695, Lisboa – F-22.4.1737, Charneca, Lisboa c. c.
Brígida Maria Teresa Rosa – Fhs:
a) José Caetano da Fonseca Cabral de Mesquita e Lemos - N-17.12.1721 – F-30.7.1788
1ª Esposa: Páscoa Luísa Cabral de Castro – Sua tia – Sua tia - vide acima – s. s.
2ª Esposa: Francisca Maria Paula Tudela Morato de Castilho – Dentre outros:
1) Rita de Castro Cabral da Fonseca Tudela
B) Francisca de Caravalho e Castro – N-20.8.1673 c. c. N
E, em http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=511060 chega-se em:
C) D. SIMEANA MARIA DE CARVALHO E CASTRO – N-15.4.1671, na freguesia de St.ª Justa, em Lisboa – F-15.11.1754, em Sintra, nas suas “cazas de morada”, na freguesia de S. Martinho, sendo sepultada na igreja local.
c. c. MARTINHO MOREIRA DA FONSECA – N-Lisboa – B-na Freg. de Santos-o-Velho – F-20.5.1740, na Freg. de Santos-o-Velho - Tabelião, proprietário de um dos ofícios do Público Judicial e Notas da vila de Sintra. Escrivão da câmara local e capitão de ordenanças da mesma vila - Fhs:
1) Antônia Felícia de Castro
2) Cecília Margarida de Castro
3) Antônio Luís da Fonseca, padre
4) Teresa de Castro
5) Mariana de Castro
e, em http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=541427 chega-se na descendência da
6) CAETANA FELICIANA DE CASTRO, N-Sintra - B-16.3.1693, na Igreja S. Martinho, Sintra – F-11.12.1731, Sintra
c. c. MANUEL DE SOUSA PREGO – N-Sintra – B-2.2.1678, na Igreja de São Martinho, em Sintra - Administrador da Casa de Aveiro em Sintra, em sucessão a seu pai, por resolução e mercê régia de 14 de Novembro de 1711. Monteiro-mor do Lavradio. Proprietário dos ofícios de escrivão e apontador das Obras dos Paços Reais da Vila de Sintra, também em sucessão a seu pai. Escrivão do almoxarifado. Várias vezes vereador e procurador do Senado da Câmara de Sintra, seu juiz de fora substituto, na ausência do ministro, quando era o vereador mais velho em exercício, por provisão de 15 de Agosto de 1754. F-20.1.1768, em Sintra, com perto de 90 anos.
Em http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=541429 chega-se a:
7) José Caetano da Fonseca e Castro – Escrivão da Câmara de Sintra
1ª Esposa: ............. ? Fhs ?
2ª Esposa: Gertrudes Maria Teodora Travassos – N-Lisboa – (Ela C-em 2ª núpcias com José Vital Pinheiro da Veiga)
Fhs (de José Caetano e Gertrudes):
a) D. Teresa Simeana Roberta da Fonseca e Castro
Esposo: Manuel Inácio Veras de Oliveira – N-Lisboa - C-17.2.1784, S. Jorge de Arroios, Lx - Fhs:
1) João Inácio da Fonseca Veras de Oliveira - Escrivão do juiz da paz da freg. de Montelavar. Escrivão da Câmara de Sintra e proprietário de um dos fícios do Público Judicial e Notas da mesma vila.
8) Catarina Rosa de Castro c. c. Dr. Joaquim Ribeiro Henriques – Fhs:
Em http://www.geneall.net/H/per_page.php?id=336032 temos:
a) Ana Rosa Laura de Castro (dos Fonseca e Castro, 2.ª linha descendente dos morgados de Ribeira de Moinhos, cujo ramo mais velho desta 2.ª linha é o dos Sousa Prego e Castro e a 1.ª linha a dos Fonseca Cabral de Mesquita, onde entroncam os últimos morgados da Ribeira de Moinhos, na Carapinheira, em Montemor-o-Velho; de Bouça, em Penela e da Tróia, em Miranda-do-Corvo e os colaterais do grande morgadio do Cardal, em Verride) c. c. Dr. Antônio Caetano de Azevedo – N-3.11.1732, Sintra, S. Pedro de Penaferrim – C-11.10.1756) – Fhs:
1) Antônio Xavier de Azevedo – c. c. s.
2) Dr. Joaquim Raimundo de Castro e Azevedo . c. c. a prima D. Ana Rita de Freitas de Sousa Prego
3) Dinis Félix de Castro e Azevedo (ou Dinis Feliz de Castro e Avevedo)
N-13.1.1765 – B-28.1.1765 (tendo por padrinhos D. Dinis de Almada e a Condessa da Ega D. Ana Ludovina de Almada) - F18.8.1833.
xxxxxx
Diante do acima montado, pergunto-lhe:
a) Por acaso já descobriste a ascendência da Maria Madalena de Castro e Lemos ?
b) Sabe informar os demais filhos do casal: Ana Rosa Laura de Castro e Antônio Caetano de Azevedo ?
c) Sabe informar os demais filhos do casal: Teresa Simeana Roberta da Fonseca e Castro e Manuel Inácio Veras de Oliveira ?
d) Sabe informar a 2ª esposa e possíveis filhos do José Caetano da Fonseca e Castro ?
f) Se tiveres dados que complementem as informações acima e puder me disponibilizar, fico-lhe muitíssimo agradecido.
g) Fontes bibliográficas das informações acima e de outras que puder disponibilizar, serão também muito bem recebidas, pois as julgo impressindíveis.
Xxxxxx
Na oportunidade desejo-lhe um SANTO NATAL e um ANO NOVO cheio de ótimas realizações.
Deixo o meu muitíssimo obrigado no que for possível auxiliar-me. Fico a disposição. Fraterno abraço.
Samuel Cândido de Oliveira Castro – Olímpia – SP - Brasil
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RE: Fonseca e Castro, de Sintra
Caro Samuel de Castro
Relativamente ao que apurou dos muitos dados que por aí deixei, e das questões que formula, tenho a dizer o seguinte:
Quer os dados que constam deste tópico; quer no intitulado “Famílias de Sintra: os Sousa Prego e afins”, em http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=132074; quer ainda no que está aqui no Geneall, em http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=513846, bem como nas suas ramificações dos Fonseca Cabral de Mesquita (o ramo mais velho dos Fonsecas da Carapinheira, que foram morgados da Ribeira de Moinhos e descendentes dos verdadeiros Fonseca, contemporâneos da Fundação do Reino) e dos Sousa Prego e Castro, foram todos eles pesquisados, encontrados e aqui descritos por mim, tal como grande parte das actualizações e correcções dos Tudela de Castilho, Macedo Pereira e Coutinho Garrido directamente descendentes das ligações matrimoniais dos Cabral da Fonseca e que por aqui corriam com alguns erros e imprecisões.
Atenção que o José Caetano da Fonseca Cabral de Mesquita – N em data incerta em Lisboa e F-22.4.1737, Charneca, Lisboa c. c. Brígida Maria Teresa Rosa, é o filho primogénito e sucessor no morgado da Ribeira de Moinhos. A data de
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RE: Fonseca e Castro, de Sintra
Caro Samuel de Castro
O texto anterior saiu incompleto, porque me esqueci que o software do Geneall não admite determinados símbolos matemáticos, no caso vertente o de inferior ou anterior. Assim, vou repetir o mesmo na íntegra, com o sinal por extenso, esperando que desta vez passe correctamente.
FM
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RE: Fonseca e Castro, de Sintra
Caro Samuel de Castro
Relativamente ao que apurou dos muitos dados que por aí deixei, e das questões que formula, tenho a dizer o seguinte:
Quer os dados que constam deste tópico; quer no intitulado “Famílias de Sintra: os Sousa Prego e afins”, em http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=132074; quer ainda no que está aqui no Geneall, em http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=513846, bem como nas suas ramificações dos Fonseca Cabral de Mesquita (o ramo mais velho dos Fonsecas da Carapinheira, que foram morgados da Ribeira de Moinhos e descendentes dos verdadeiros Fonseca, contemporâneos da Fundação do Reino) e dos Sousa Prego e Castro, foram todos eles pesquisados, encontrados e aqui descritos por mim, tal como grande parte das actualizações e correcções dos Tudela de Castilho, Macedo Pereira e Coutinho Garrido directamente descendentes das ligações matrimoniais dos Cabral da Fonseca e que por aqui corriam com alguns erros e imprecisões.
Atenção que o José Caetano da Fonseca Cabral de Mesquita – N em data incerta em Lisboa e F-22.4.1737, Charneca, Lisboa c. c. Brígida Maria Teresa Rosa, é o filho primogénito e sucessor no morgado da Ribeira de Moinhos. A data de "anterior a" 1695 que indico, serve apenas de baliza pelo cálculo que fiz a partir da indicação de ele ter sido o pad. de sua irmã D. Feliciana Rosa.
Quanto à questão relativa à ascendência de D. Maria Madalena de Castro e Lemos a resposta é negativa, porque nunca me preocupei por aí além com ela, que presumo que ande ligada aos Senhores da Trofa. A minha preocupação fundamental quanto às origens prende-se com a varonia dos Fonseca da Carapinheira, ou de Montemor-o-Velho, dado que era aí que vivia e foi enterrado Fernão da Fonseca, o instituidor do referido morgadio em 1453.
Atenção à ordem em que apresenta os filhos de D. Semeana Maria de Carvalho e Castro e do Cap. Martinho Moreira da Fonseca. D. Caetana Feliciana de Castro é que é a primogénita, José Caetano o 3.º filho e D. Catarina Rosa de Castro a 8.ª e última filha.
Desta última e de seu marido o Dr. António Caetano de Azevedo, casados a 11-X-1756, procederam 9 filhos, mas nenhum deles com o nome de António, com que o confrade “baptiza” um deles. Claro que lhe posso apontar os nomes deles, esperando que tenha a amabilidade de se lembrar de quem lhos deu.
Então, quanto aos filhos deste matrimónio, todos eles nascidos em Sintra, temos pela ordem a seguir correctamente indicada::
1 - Joaquim Raimundo de Castro e Azevedo
2 - Francisco de Borja de Castro e Azevedo
3 – Bernardo Xavier de Castro e Azevedo
4 – Dinis Feliz de Castro e Azevedo
5 – José Firmino de Castro e Azevedo
6 – D. Maria Ana de Castro
7 – Manuel de Castro e Azevedo
8 - João Balbino de Castro e Azevedo
9 – Eleutério Inocêncio de Castro e Azevedo
E por hoje creio que chega de informação, fidedigna, baseada nos paroquiais respectivos e, também, uma boa parte dela obtida a partir das informações recolhidas no cartório notarial de Sintra, como sucedeu com a descoberta de D. Teresa Simeana Roberta da Fonseca e Castro de que falarei proximamente.
Como não sei se lhe enviarei os demais dados antes do dia 25, aproveito para lhe formular (bem como ao autor deste tópico, ao Filipe Reis) os votos de um Santo Natal e Feliz Ano de 2008.
Melhores cumprimentos,
Filipe Menéndez
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RE: Fonseca e Castro, de Sintra
Estimado Filipe Menéndez,
Em meus apontamentos provisórios eliminei o ano de 1695 como provável nascimento de José Caetano da Fonseca Cabral de Mesquita.
Quanto à ordem em que apresento os filhos de D. Semeana Maria de Carvalho e Castro, tenho a dizer que, como algumas pessoas tiveram extensa descendência e, alguns sem descendência, para não ficarem dispersos (perdidos) longe de suas linhagems, é de meu costume citar em primeiro lugar os filhos que não tiveram descendência e, depois, aqueles que tiveram descendentes.
Como talvez eu tenha interpretado mal, peço sua gentileza de me esclarecer:
a) Qual a correta esposa do Antônio Caetano de Azevedo ?
Pois, em sua mensagem de 25.1.2006, às 00:36 hs, penúltimo parágrafo, quando se rerefe ao “§ DINIS FÉLIX (FELIZ)........” citas que a esposa dele foi Ana Rosa Laura de Castro.
Já na mensagem a mim dirigida, disseste “D. Catarina Rosa de Castro a 8.ª e última filha.
Desta última e de seu marido o Dr. António Caetano de Azevedo” .
Quanto ao “Antônio”, que citei como filho de Antônio Caetano de Azevedo, o localizei aqui em http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=336031 , note-se que o pai N-Sintra, em data compatível e, o nome da mãe são coincidentes.
b) Sabe informar a 2ª esposa e possíveis filhos do José Caetano da Fonseca e Castro ?
Por enquanto no apontamento provisório e, se entroncar junto aos demais da base, com certeza farei a devida referência bibliográfica do link do Geneall e da sua pessoa como autor da mensagem esclarecedora.
Estarei atento às suas informações que pretende colocar sobre a D. Teresa Simeana Roberta da Fonseca e Castro, que também serão muito úteis para a base.
Agradeço e retribuo os votos, desejando a você e a seus familiares um SANTO NATAL e um ANO NOVO cheio de ótimas realizações.
Muitíssimo obrigado por tudo. Fraterno abraço.
Samuel de Castro
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RE: Fonseca e Castro, de Sintra
Caro Samuel de Castro
Pegando nestas últimas questões passo a transcrever, na íntegra, o conteúdo relativo ao Dinis:
"§ DINIS FÉLIX (FELIZ) DE CASTRO E AZEVEDO,
quarto filho (de nove) do Dr. António Caetano de Azevedo e de sua mulher (casados a 11-X-1756) D. Ana Rosa Laura de Castro (dos Fonseca e Castro, 2.ª linha descendente dos morgados de Ribeira de Moinhos, cujo ramo mais velho desta 2.ª linha é o dos Sousa Prego e Castro e a 1.ª linha a dos Fonseca Cabral de Mesquita, onde entroncam os últimos morgados da Ribeira de Moinhos, na Carapinheira, em Montemor-o-Velho; de Bouça, em Penela e da Tróia, em Miranda-do-Corvo e os colaterais do grande morgadio do Cardal, em Verride), neto paterno do Capitão Francisco Lopes de Azevedo e de sua mulher D. Caetana Maria Josefa, neto materno do Dr. Joaquim Ribeiro Henriques (cunhado de Luís Cabral da Fonseca e de seu irmão Nuno Cabral da Fonseca, casados com as suas duas irmãs) e de sua mulher D. Catarina Rosa de Castro. Dinis Feliz nasceu a 13-I-1765 e foi bapt. a 28 do mesmo mês, tendo por pad.s D. Dinis de Almada e a Condessa da Ega D. Ana Ludovina de Almada (SPS=4-B-135), f. a 18-VIII-1833.
D. Ana Rosa Laura de Castro era prima co-irmã de João e de Manuel Caetano de Sousa Prego. Ela, D. Ana, por ser filha da irmã mais nova da mãe destes que era a primogénita dos oito irmãos. Além de primos, ela e o Manuel Caetano, eram compadres, porque o filho primogénito dela, o Dr. Joaquim Raimundo de Castro e Azevedo casou com a prima D. Ana Rita de Freitas de Sousa Prego, 3.ª filha de Manuel Caetano e de sua 1.ª mulher D. Rosa Caetana de Freitas Maciel."
Do que então escrevi, embora o adiantado da hora me pudesse tolher um pouco a clareza de expressão, não resta margem para dúvidas quanto ao casal progenitor do Dinis (e dos restantes 8 irmãos). Ou seja, o Dr. António Caetano de Azevedo e sua mulher (dele António) D. Ana Rosa Laura de Castro.
Aonde me enganei foi no conteúdo de ontem, pois queria certamente dizer da filha desta última, de D. Ana Laura Rosa de Castro e de seu marido o Dr. António Caetano de Azevedo, e não, como escrevi, desta última. As minhas desculpas pelo equívoco.
Bom, quanto ao José Caetano da Fonseca (e Castro) devo dizer que me deu imenso trabalho descortinar a sua pessoa, porque os bons dos párocos o descreviam algumas vezes apenas com esse nome (os 2 primeiros nomes e o sobrenome), aparecendo-me uma vezes casado com uma D. Maria Clemência, outras com uma D. Gertrudes Maria, outras ainda com D. Páscoa Luísa... Só com a ajuda do Cartório Notarial consegui reconstituir este ramo dos Fonseca e Castro e distingui-lo do seu primo, quase homónimo, José Caetano da Fonseca ( Cabral de Mesquita e Lemos). É que em muitos dos registos paroquiais compulsados estes dois primos em 2.º grau - as mais das vezes figuram aí como padrinhos de baptismo - nem sempre são referidos com o seu nome integralmente escrito, muitas vezes nos aparecendo, tão só, com a designação atrás indicada, o que inicialmente nos confundiu e induziu em erro, como facilmente se poderá imaginar.
A sua 1.ª mulher foi, pois como indicamos, D. Maria Clemência Pereira de Sousa, falecida a 8-IV-1754. A 2.ª D. Gertrudes Maria Teodora Travassos, falecida também em Sintra a 11-VII-1808. Do 1.º matrimónio não houve descendência e do 2.º uma única filha, póstuma, Teresa, * Sintra, SMS a 7-VI-1762. Também aqui houve um compasso de espera muito grande, entre a descoberta do seu assento de baptismo e o voltar a encontrá-la, viva e de boa saúde, 20 e tal anos mais tarde.
São estes desafios que tornam a genealogia um jogo, na procura, descoberta e montagem das peças deste puzzle que é a reconstituição da família.
Curiosamente - e isto não tem nada a ver com o tema deste tópico - o ramo mais velho da minha família paterna andou, durante anos, perdido da família de cá e de Espanha, aí por terras de Vera Cruz, até ser descoberto por um dos meus tios avós maternos. Isto sensivelmente entre as duas Grandes Guerras, quando o irmão mais velho de meu pai mudou de residência aí, no Recife, ao mesmo tempo que por cá o meu pai trocava o Porto por Lisboa. É um dos episódios da História da Família que ainda não passei ao papel...
Por hoje termino, com a promessa de oportunamente retomar a "estória" daquela Teresa, que eu até pensei que tivesse morrido de tenra idade.
Um abraço e votos renovados de um Santo Natal,
Filipe Menéndez
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RE: Fonseca e Castro, de Sintra
Caro Samuel de Castro
Desculpe-me, mas como este meu conteúdo ao ser lançado ficou fora de ordem, lá mais para trás, repito-o aqui na sequência cronológica, espero eu.
Pegando nestas últimas questões passo a transcrever, na íntegra, o conteúdo relativo ao Dinis:
"§ DINIS FÉLIX (FELIZ) DE CASTRO E AZEVEDO,
quarto filho (de nove) do Dr. António Caetano de Azevedo e de sua mulher (casados a 11-X-1756) D. Ana Rosa Laura de Castro (dos Fonseca e Castro, 2.ª linha descendente dos morgados de Ribeira de Moinhos, cujo ramo mais velho desta 2.ª linha é o dos Sousa Prego e Castro e a 1.ª linha a dos Fonseca Cabral de Mesquita, onde entroncam os últimos morgados da Ribeira de Moinhos, na Carapinheira, em Montemor-o-Velho; de Bouça, em Penela e da Tróia, em Miranda-do-Corvo e os colaterais do grande morgadio do Cardal, em Verride), neto paterno do Capitão Francisco Lopes de Azevedo e de sua mulher D. Caetana Maria Josefa, neto materno do Dr. Joaquim Ribeiro Henriques (cunhado de Luís Cabral da Fonseca e de seu irmão Nuno Cabral da Fonseca, casados com as suas duas irmãs) e de sua mulher D. Catarina Rosa de Castro. Dinis Feliz nasceu a 13-I-1765 e foi bapt. a 28 do mesmo mês, tendo por pad.s D. Dinis de Almada e a Condessa da Ega D. Ana Ludovina de Almada (SPS=4-B-135), f. a 18-VIII-1833.
D. Ana Rosa Laura de Castro era prima co-irmã de João e de Manuel Caetano de Sousa Prego. Ela, D. Ana, por ser filha da irmã mais nova da mãe destes que era a primogénita dos oito irmãos. Além de primos, ela e o Manuel Caetano, eram compadres, porque o filho primogénito dela, o Dr. Joaquim Raimundo de Castro e Azevedo casou com a prima D. Ana Rita de Freitas de Sousa Prego, 3.ª filha de Manuel Caetano e de sua 1.ª mulher D. Rosa Caetana de Freitas Maciel."
Do que então escrevi, embora o adiantado da hora me pudesse tolher um pouco a clareza de expressão, não resta margem para dúvidas quanto ao casal progenitor do Dinis (e dos restantes 8 irmãos). Ou seja, o Dr. António Caetano de Azevedo e sua mulher (dele António) D. Ana Rosa Laura de Castro.
Aonde me enganei foi no conteúdo de ontem, pois queria certamente dizer da filha desta última, de D. Ana Laura Rosa de Castro e de seu marido o Dr. António Caetano de Azevedo, e não, como escrevi, desta última. As minhas desculpas pelo equívoco.
Bom, quanto ao José Caetano da Fonseca (e Castro) devo dizer que me deu imenso trabalho descortinar a sua pessoa, porque os bons dos párocos o descreviam algumas vezes apenas com esse nome (os 2 primeiros nomes e o sobrenome), aparecendo-me uma vezes casado com uma D. Maria Clemência, outras com uma D. Gertrudes Maria, outras ainda com D. Páscoa Luísa... Só com a ajuda do Cartório Notarial consegui reconstituir este ramo dos Fonseca e Castro e distingui-lo do seu primo, quase homónimo, José Caetano da Fonseca ( Cabral de Mesquita e Lemos). É que em muitos dos registos paroquiais compulsados estes dois primos em 2.º grau - as mais das vezes figuram aí como padrinhos de baptismo - nem sempre são referidos com o seu nome integralmente escrito, muitas vezes nos aparecendo, tão só, com a designação atrás indicada, o que inicialmente nos confundiu e induziu em erro, como facilmente se poderá imaginar.
A sua 1.ª mulher foi, pois como indicamos, D. Maria Clemência Pereira de Sousa, falecida a 8-IV-1754. A 2.ª D. Gertrudes Maria Teodora Travassos, falecida também em Sintra a 11-VII-1808. Do 1.º matrimónio não houve descendência e do 2.º uma única filha, póstuma, Teresa, * Sintra, SMS a 7-VI-1762. Também aqui houve um compasso de espera muito grande, entre a descoberta do seu assento de baptismo e o voltar a encontrá-la, viva e de boa saúde, 20 e tal anos mais tarde.
São estes desafios que tornam a genealogia um jogo, na procura, descoberta e montagem das peças deste puzzle que é a reconstituição da família.
Curiosamente - e isto não tem nada a ver com o tema deste tópico - o ramo mais velho da minha família paterna andou, durante anos, perdido da família de cá e de Espanha, aí por terras de Vera Cruz, até ser descoberto por um dos meus tios avós maternos. Isto sensivelmente entre as duas Grandes Guerras, quando o irmão mais velho de meu pai mudou de residência aí, no Recife, ao mesmo tempo que por cá o meu pai trocava o Porto por Lisboa. É um dos episódios da História da Família que ainda não passei ao papel...
Por hoje termino, com a promessa de oportunamente retomar a "estória" daquela Teresa, que eu até pensei que tivesse morrido de tenra idade.
Um abraço e votos renovados de um Santo Natal,
Filipe Menéndez
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RE: Fonseca e Castro, de Sintra
Estimado Filipe Menéndez,
Não tenho nada a desculpar, o erro é comum a todos nós e a correção sempre é possível. Portanto, estou considerando da forma que tão gentilmente detalhou.
Realmente, de vez em quando encontramos alguns enígmas, mas com paciência e boa vontade os desvendamos.
Esse interessante episódio por que passaram pessoas colaterais de sua família, sempre é bom passar a "história" no papel, para que os descendentes deles possam tomar conhecimentos dos problemas e das dificuldades que passaram, e que foram descobertas por pessoas interessadas em levantar a ascendência deles.
Ratifico os votos de um Santo Natal. Muitíssimo obrigado pelos esclarecimentos. Fraterno abraço.
Samuel de Castro
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RE: Fonseca e Castro, de Sintra
Caro Samuel de Castro
Para não continuar a desvirtuar este tópico, da autoria do caro Filipe Reis, na sua origem dedicado à gente de Sintra, é certo, mas não exclusivamente aos Fonseca e Castro ou aos seus parentes Sousa Prego e Castro, retomo e prossigo a resposta às suas questões no meu tópico "Familias de Sintra: os Sousa Prego e afins" cujo endereço é:
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=132074
Por o mesmo ser mais apropriado à continuação das minhas informações, embora aberto a todos os que nele queiram participar, como sempre acontece neste Fórum.
Obrigado ao Filipe, por nos ter "aturado" com estes outros assuntos periféricos ao cerne do seu tópico. Mas que ainda assim podem ter trazido alguma mais valia a quem como o Filipe (os Filipes, que também eu me incluo) se interessa por Sintra, a sua História e das suas gentes.
Um abraço aos dois e continuação de um Santo e Feliz Natal.
José Filipe Menéndez
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RE: Fonseca e Castro, de Sintra
Penso que o JOAQUIM JOSÉ DA ROCHA, seja o esposo da CONSTÂNCIA MARIA DA ROCHA (ambos meus antepassados), conforme testamento abaixo (tenho outros documentos em relação ao casal):
"Cartório: 1º Oficio Maço: nº. 93 Data: 1854
Testamento
Testadora - Constancia Maria da Rocha
Testamenteiros - 1º Joaquim da Rocha
2º Manoel Ricardo Pires
3º Bento Luiz dos Santos
Em Nome da Santíssima Trindade, Padre, Filho, Espírito Santo, em quem eu Constancia Maria da Rocha firmemente creio, e em cuja fé protesto viver, e morrer. Este meo testamento, e ultima vontade. Declaro que sou natural da cidade Diamantina, filha legítima do Capitão Francisco Jose da Rocha, e de D. Maria Jacinta Perpetua. Fui casada como Sargento Mor Manoel Carneiro da Silva, já falecido, e por isso me acho Viuva; desde consorcio tive desaceis filhos, oito homens, e oito mulheres, dos quaes morrerão já João, Manoel, Antonio, Tristão e Maria, e existem Francisco, Fermino, Jose, Joaquim, Theodora, Venancia, Candida, Joaquina, Anna, Constancia, e Joanna, os quais são, meos herdeiros. Declaro que a meo filho Joaquim devo a quantia de hú conto setecentos e trinta e cinco mil reais de quantias q.e me tem dado p.a minhas dispezas de alimentação e Vestuario, como consta da letra de débito q.e lhe passei P. ajuste de contas, tendo já abatido nesse ajuste os jornaes, q.e vencerão os meos escravos Jose, e Valentim, q.e com elle trabalhão, P.r tanto os meos herdeiros nenhuã duvida poderão por nesta divida. Fallecendo nesta cidade quero ser sepultada na Capella de Nossa Snrª do Amparo decentemente, mas sem pompa. Mando que por minha alma se digão Vinte Missas. Serão meos testamenteiros em primeiro lugar meio filho Joaquim da Rocha, em segundo meo compadre Manoel Ricardo. Pires, e em terceiro meo compadre Bento Luiz dos Santos. Esta a minha ultima vontade, e disposição para depois da minha morte; e por este testamento revogo qualquer outro, e confiança nas leis patrias espero q.e se cumpra conforme fica desposto.
Cidade Diamantina 17 de Abril de 1854.
Constança Maria da Rocha.
Approvação
Saibão quantos este publico Instrumento de approvação de testamento ou como em direito melhor dizer s possa virem que sendo no Anno do Nascimento de nosso Senhor Jesus Chisto de mil oito centos e cinqüenta e quatro trigesimo terceiro da independencia do Império do Brazil aos dezesete dias do mez de Abril do dito anno nesta cidade Diamantina da comarca do Serro, e cazas de Bento Luis dos Santos onde eu tabellião vim a rogo de Dona Contança Maria da Rocha, e sendo ahi prezente a dita Dona Contança Maria da Rocha, são e segundo o meo entender em seo perfeito juízo e claro entendimento de que dou fé, bem como de ser a dita Dona Contança Maria da Rocha a própria por ser de mim bem conhecida, e sendo tambem prezentes as testemunhas adiante nomeadas, assignadas e de mim reconhecidas de que dou fé, perante ellas a dita Dona Contança Maria da Rocha me entregou este papel que disse ser o seo testamento escripto por Manoel Ricardo Pires Camargo, e por elle assignado, o qual eu tabellião tomei da sua mão, e vi, e não li e achei não ter borrão, entrelinha, ou couza que duvida faça, e a ella testadora perguntei se é este o seo testamento e se ha por bom, firme e valiozo; ao que respondeo que sem duvida é este o seo testamento, que há por firme valiozo, e bom, e que por isso me pediu este instrumento de approvação, o qual fiz porem assinando logo abaixo da assignatura da testadora e ahei por approvado tanto quanto posso, devo e he do meo officio.
Vai numerado e rubricado com minha rubrica que diz = Ciryaco = testemunhas a tudo prezentes. Raymundo urbano Dias, Manoel Severino Porto, Joaquim Bento de Andrade, Manoel Gonçalves Ferreira, e Joaquim Gomes de Abreu que se assignão com a testadora depois de lido por mim Manoel Ciryaco de Abreu segundo tabellião que escrevi, dou fé e assigno em público e Razo."
Abraços.
Vicente Borges da Silva Neto.
vicente@borgesneto.adv.br
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95 nomes de Sintra em apoio a D.Miguel
Caros Confrades
Face ao desafio colocado informo que encontro um meu antepassado na lista.
Lino José dos Reis mestre ferrador.
Meu bisavô paterno.
Os meus cumprimentos
Lino Reis
(Fonte de Lima)
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