Dúvidas na linhagem Correia
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Dúvidas na linhagem Correia
Os nobiliários tradicionais como o de Felgueiras Gayo e de Manuel de Sousa da Silva, começam a linhagem dos Correia por:
I D. Payo Ramiro
II D. Soeiro Paes Correia cc D. Urraca Hueriz
III D. Payo Soares Correia c 2ª vez c D. Maria Gomes da Silva
IV Pedro Paes Correia cc D. Dordia Paes de Aguiar. Tiveram entre outros:
V (1) Payo Correia, que segue.
V (2) Gomes Pires Correia cc Maria Anes Redondo CG de que falarei adiante.
V Payo Correia cc D. Maria Mendes de Melo.
Até este ponto as coisas parecem-me pacíficas e consensuais. Os problemas começam a partir daqui. A este casal, estes autores dão-lhe como filho, entre outros:
VI Afonso Correia que fazem casado com:
Gayo: Brites Martins da Cunha fª Martim Vasques da Cunha Sr. de Tábua. Mas depois no seu ttº de Cunhas não há nenhuma Beatriz cc com este Afonso Correia.
Sousa da Silva: Maria Martins da Cunha fª de Pedro Martins Alcoforado, tese que Gayo rejeita.
Os dois autores dão-lhe como filho:
VII Fernão Afonso Correia cc Leonor Anes da Cunha, pais de, entre outros:
VIII Gonçalo Correia, que segundo Gayo c a 1ª c Isabel Pereira de Lacerda e a 2ª c Branca de Pinho Botelho, com vários filhos de ambos os matrimónios. Sousa da Silva só o faz casado com a 2ª m.er.
Portanto, aqui já começam a existir diferenças importantes sobre a realidade genealógica desta família. No entanto, as coisas pioram ainda bastante quando confrontadas com a obra que julgo que é considerada um das mais rigorosas sobre esta época e que constituirá mesmo o “estado da arte”: as “Linhagens Medievais Portuguesas” de José Augusto Pizarro.
Se este autor confirma as 5 primeiras gerações (e aqui, refiro-me somente ao tronco principal), relativamente a Afonso Correia, aliás Afonso Pais Correia, nega-lhe a existência de descendência. Esta negação é resultante não somente de uma mera ausência de dados, mas é mesmo baseada em documentação que indica a não existência de filhos de Afonso Correia.
Quanto à geração seguinte, Fernão Afonso Correia, obviamente que assim sendo, não aparece com os pais que os “clássicos” lhe dão. Mas atendendo ao nome e casamento, parece ser um que autor identificou (não sem algumas dúvidas) como um bisneto dos referidos atrás Gomes Pires Correia cc Maria Anes Redondo, os quais tiveram:
VI Vasco Gomes Correia cc Boa de Pamplona
VII Afonso Vasques Correia cc Teresa Martins Raimundinha
VIII Fernão Afonso Correia cc Leonor Anes da Cunha.
Este último casal é referido na pg. 401 do Vol. 2. É dito que tinham uma filha e que Fernão Afonso consta da lista dos naturais do mosteiro de Grijó, pelo que José Pizarro evoca aqui a sua anterior obra “Os Patronos do Mosteiro de Grijó”, pg 47-48 e 320.
Refira-se que esta última linha está no Gayo no §8 e em Sousa da Silva no §18.
Realmente, estes Correias medievais parecem estar mergulhados num significativo conjunto de confusões. A esta baralhada, parece que nem José Pizarro escapou totalmente: se no seu ttº de Correias não revela casamento e nega descendência a Afonso Correia, no seu ttº de Alcoforados, na pg. do Vol. 2, refere uma Maria Pires Alcoforado (com a mesma ascendência proposta por Sousa da Silva) cc Afonso Pais Correia, mas infelizmente não dá qualquer notícia deste casal nos Correia.
Sendo assim, várias questões se levantam:
- Se Afonso Correia da VI geração não teve filhos e se Fernão Afonso, da linha de Gomes Pires só terá tido uma filha, donde vem os Correias da Casa de Farelães?
- Quais as ligações entre Correias e Lacerdas? E que Lacerdas são estes? São dos da Casa Real de Castela?
- Quem foi efectivamente Payo Correia de Lacerda, Bailio de Leça, dado por Gayo como filho de Gonçalo Correia e Isabel Pereira de Lacerda e com descendência, por exemplo, em Vila Real?
Grato pela atenção,
Vasco Jácome
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Vasco,
Tal como todos nós, também eu descendo desses Correias. E também eu tenho o mesmo problema que Você, Vasco.
Depois de levantar essas legitimas duvidas sobre o que tão ilustres genealogistas escreveram, quem somos nós para dar a correcta resposta? :-)
Errar é humano... e esses senhores não são Deuses (apesar de terem escritos verdadeiras «Bíblias»). :-)
O F.A.Dória passa a vida a dizer (citando Glöckner), "toda genealogia é, no fundo, hipótese''. Como tal, só nos resta - no meio de tanta confusão - aceitar todas as hipóteses com as devidas reservas, até que possamos eliminar as que estão indubitavelmente erradas... se algum dia tivermos acesso e consultarmos as fontes primárias (difícil...).
Já agora, creio que o próprio F. Gayo escreve qu a Brites Maria da Cunha (em "Cunhas") foi casada com Fernão Martins Teixeira, não diz? Seria o Afonso (Pais) Correia um segundo casamento, ou um erro?
Um abraço.
Luís K. W.
Lisboa-Portugal
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caros Vasco Jacome e Luis K.W.,
A Pedatura Lusitana de Alào de Moraes confirma as grandes linhas "classicas".
No entanto para Alào, Fernão Afonso Correia c.c. Leonor Rodrigues
e Gonçalo Correia C.C. Branca Rodrigues Botelha
No meu parecer Isabel Pereira de Lacerda e Branca de Pinho Botelho, sào nomes complexos, mais representativos dos finais do séc.15/principios do séc. 16, do que dos finais do séc. 14/principios do séc. 15.
Mais um comentario : O casamento de Paio Correia “o Alvarazento” com a filha de Mem Soares de Melo tem a mesma logica geografica que os confrontos com os Tavares que ocasionaram, parece, a morte de Afonso Correia. Estamos no interior Beirào.
Isso nào responde à questào mas é talvez um elemento de coerencia interna da tese dos « classicos ».
Melhores cumprimentos
Carlos Paulo Silva
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Luís K.W.
Quanto à consulta das fontes primárias, esse foi o grande trabalho de José Pizarro. Toda a sua obra é baseada em documentação autêntica, somente secundado pelos nobiliários do séc. XIV, mas sempre com uma perspectiva crítica, nunca aceitando de ânimo leve o que lá é dito. Aliás, para uma tese de doutoramento tinha de ser assim.
De facto, no Gayo ttº de Cunhas §1N7 existe uma Beatriz da Cunha cc Fernão Martins Teixeira. De qualquer modo, não parece ter havido o tal 2º casamento. Nenhum nobiliário o dá, nem sequer José Pizarro. Segundo este autor, a tal m.er de Afonso Dias Correia (na pg. 22 do Vol. 2) era filha de Pero Martins Alcoforado e de Mor Gonçalves Camelo, sendo esta fª de Gonçalo Martins da Cunha, o Camelo e de Teresa Anes; neta paterna de Martim Lourenço da Cunha e Sancha Garcia de Paiva (pg. 355, 364 e 384-385, do Vol. 2).
São os que Gayo traz no ttº de Cunhas §15 e §19.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Carlos Silva
Eu não tenho a Pedatura, mas já um outro participante do fórum me enviou o que lá é dito para o meu e-mail, pelo que vou estudá-la.
Quanto aos nomes complexos das mulheres de Gonçalo Correia, é natural que tenha razão. É possível que sejam um pouco fantasiados por Gayo, no sentido em que elas não deveriam ainda usar os dois apelidos. O que não quer dizer que não descendessem das respectivas famílias.
Julgo que tem os “Os Patronos do Mosteiro de Grijó”. Será possível dar uma olhadela nas pg 47-48 e 320, para confirmar o que aí é dito sobre a descendência de Fernão Afonso Correia e Leonor Anes da Cunha?
Quanto à guerra com os Tavares, parece assunto pacífico, pois José Pizarro também o confirma.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Vasco Jacome,
Tem por sua vez razào com o que escreve a respeito da fantasia dos apelidos que nào impede a filiaçào efectiva.
No entanto, nào deixa de ser mau agouro para a proposta, principalmente quando o bastante escrupuloso Alào de Moràes faz de seu lado uma proposta simples e mais verosimil (em termos onomasticos).
In concreto :
José Augusto de Sotto Mayor Pizarro transcreve em « os patronos do Mosteiro de Grijo » pp.45-46 (e 320):
Item hua filha que foi de Joham de Coiinha que a nome Leonor Eannes que cassou com Fernam d’Affonso Correiia
Item ha hua filha
Comentando :
Pensamos que Leonor Anes da Cunha era filha de Joao Rodrigues da Cunha, e nào de Joao Martins avô do primeiro, como afirma Felgueiras Gayo, por uma questào cronologica, jà que Fernando Afonso Correia viveu no tempo de D. Joào I e Joao Rodrigues, como primo-direito de Martim Lourenço da Cunha, jà referido, viveu muito mais proximo da época do que seu avô.
Quanto à filha comenta "nào conseguimos apurar o seu nome".
Apresenta um esquema da ascendencia de Fernando Afonso Correia, mas acrescenta em nota : Ascendencia duvidosa, tirada de Felgueiras Gayo e sem comprovaçào de LL. Alias, o avô a viver em meados do séc. XIII e o neto ainda vivo em meados do XV, parece exagero.
N.B. : Frei Paio Correia de Lacerda, bailio de Leça, vem referido em Patriciado urbano quinhentista de Pedro Ribeiro (p.156) como pai de Violante Correia, màe por sua vez de Pantaliào Ferreira, vereador do Porto (1553)
Melhores Cumprimentos
Carlos Paulo Silva
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Carlos Paulo Silva
É de facto em João Rodrigues da Cunha e Beatriz Martins Velho que José Pizarro filia esta Leonor Anes da Cunha, nas “Linhagens”, pg. 359 do Vol. 2. Gayo, no ttº de Cunhas §18, comete o erro de a fazer irmã do seu avô. Parece-me que o patronímico Anes o despistou e não atendendo à cronologia, cometeu a gafe.
Quanto à descendência de Leonor e Fernão Afonso Correia, talvez à data da elaboração desse documento citado por si, só fosse nascida a filha mais velha. Os eventuais outros filhos teriam nascido posteriormente e seria necessário procurar “papelada” de datas posteriores ao período estudado por José Pizarro para poder comprovar a sua existência. É apenas uma hipótese que me ocorreu.
A questão que levantei em relação ao Bailio de Leça, tem também a ver com os vários ramos de Correias de Lacerda que aparecem posteriormente. Donde lhes vem o Lacerda? É certo que um neto de Gonçalo Correia e Branca Botelho, Diogo Correia, Sr. de Farelães cc Isabel de Lacerda fª de Álvaro Pinheiro e Joana Lacerda. Mas existem vários ramos Correia de Lacerda que não vejo que descendam deste casal.
Se realmente o Bailio D. Payo Correia de Lacerda é filho de Gonçalo Correia como diz Gayo, donde lhe vem o Lacerda se não do tal 1º casamento de Gonçalo, ignorado por Alão e Sousa da Silva?
Quanto à sua filha Violante, Gayo também dá, embora não exactamente da mesma maneira, uma ligação a um Pantalião Ferreira, Morgado das Taipas no Porto.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Tenho interesse no Pedro Correia da Cunha, 1º senhor donatário da ilha Graciosa, com farta descendência nos Açores.
Tenho-o como filho de Gonçalo Correia e Branca (Beatriz?)Rodrigues Botelho.
Está correto?
Cumprimentos,
Manoel Furtado
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Manoel Furtado,
segundo Alào de Moràes e Manuel de Sousa da Silva està certo, e c.c.Isabel Perestrelo.
C.P. Silva
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Vasco Jacome,
Note que a fonte estudada por J.A.S.Pizarro é de 1365.
Manuel de Sousa da Silva tem dois Gonçalos Correias, pai e filho : Um para cada um dos casamentos (primeiro Botelho, Segundo Lacerda, sendo Isabel Pereira segunda mulher do segundo Gonçalo, depois de Margarida do Prado).
Para Alào de Moràes sào esses os matrimonios de 3 geraçoes :
Goncalo I c.c. Branca Rodrigues Botelho
Gonçalo II c.c. Margarida do Prado
Diogo c.c. Isabel Pereira, filha de Alvaro Pinheiro “o velho” e Joana de Lacerda
Alào tem um titulo dedicado a Correias de Lacerda que parecem nào ter ligaçào.
Pedro de Brito tambem parece identificar mais algum Correia de Lacerda ligado aos Figueiroas do Porto, e a uns Correias Mariz, portanto talvez no patriciado urbano portuense.
Tal como no caso dos Azevedos Coutinhos parece que a associaçào de apelidos « Correia de Lacerda » teve especial exito, e foi adoptada por familias diversas.
Lamento nào trazer elementos mais elucidativos.
Cumprimentos
C.P. Silva
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Carlos Silva
Pelo que Gayo escreve sobre Gonçalo Correia dizendo que teve senhorios dados por D. João I em 1411, parece-me perfeitamente possível que tivesse nascido após 1365.
Quanto ao tal 2º casamento de Gonçalo Correia II com uma Lacerda, Gayo diz que viu numa “memória” mas que não segue a tese e só lhe dá o casamento com Margarida de Prado.
Enfim, é possível que realmente tenha havido um casamento anterior entre Correias e Lacerdas antes de Diogo Correia e Isabel Lacerda.
Realmente, seria necessário empreender estudos a partir das fontes, porque por nobiliários está difícil apurar a verdade!
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Manoel Furtado
Felgueiras Gayo faz alguma confusão com esse ramo. Acaba por se inclinar para esse Pedro Correia ser filho do 2º Gonçalo Correia e Margarida de Prado, portanto neto dos que indicou.
Note-se que Sousa da Silva tb refere um Pedro filho do 2º Gonçalo Correia e c na quinta da Charneca em Lisboa c D. Helena Perestrelo.
Ou seja, temos 2 Pedros, filhos de 2 Gonçalos Correia e ambos casados com senhoras Perestrelo!
Depois admiram-se que haja confusões...:-) !!
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Vasco Jácome:
Será conveniente ter em atenção o seguinte dado irrefutável:
No ano de 1339, mandou el-rei D. Afonso IV fazer um tombo pelo corregedor Vasco Anes, dos casais e rendas que tinha o mosteiro de Mancelos.
Nesse tombo, consta o rol dos fidalgos que eram naturais desse cenóbio (ricos-homens e ricas-donas, infanções e cavaleiros.
Ora, na lista dos "infançõens e Infançoas", que eram 131 e de que "não vão aqui todas", consta:
"Martim Aff.º Ayres Affonso f.ºs q forão de Affonso Correa".
Ora, logo antes destes, consta "Rui da Cunha e seos filhos", pelo que a naturalidade destes Correias lhes deveria vir pela mulher de Afonso Correia, eventualmente uma Cunha, pois ainda nesta lista dos infanções, logo no começo e pouco antes destes Correias, são citados "Joana Vasques e Beringuella Vasques f.ªs de Vasco Miz da Cunha o Seco e mulheres de Gonsallo Vasques, e Ruy Vasques de Azevedo" e ainda "Vasco Miz f.º de Martinho Vasques da Cunha e sua irman Leonor Miz".
Indiscutivel é o facto de serem ali apontados como filhos de Afonso Correia os Martim Afonso e Aires Afonso.
Um abraço e espero serem úteis estes dados.
Fernando Moreira de Sá Monteiro
Bibliografia: "Os Naturais (sec. XIII e XIV)" de Luiz de Mello Vaz de São Payo.
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
CARLOS EDUARDO DE ALMEIDA BARATA
Rio de Janeiro, 20.11.2001 – 13:24
Caro debatedores das origens dos Corrêas,
CONTINUA TUDO MUITO NEBULOSO
Empolgado em participar dos debates sobre as origens dos Mascarenhas, em ouro tópico, ao ver este dos Corrêas, percebi tratar-se do mesmo tipo de indagações - desvendar os mistérios com relação as verdadeiras origens das famílias de Portugal.
Na tentativa de buscar beber das fontes que se valeu nosso extraordinário Gayo, ou daqueles que o antecederam, todos são unânimes em principiar esta família e D. PAYO RAMIRO, de quem também descendo, entre eles, o Padre Antonio de Carvalho e o magnífico D. Pedro, Conde de Barcelos, em seu Nobiliário, que o fazem Rico-Homem da Casa do Rei D. Afonso VI de Castela [1065-1109], em cuja corte deu assistência, apesar de não ser português, segundo dizem alguns.
O Conde D. Pedro, em seu Nobiliário (séc. XIV), na Plana 348, registra Payo Ramiro.
João Batista Lavanha [1555, Lisboa – 1624, Madrid], em ssuas Notas ao NOBILIARIO DEL CONDE DE BARCELOS [sic] HIJO DEL REY DON DINIS DE PORTUGAL - Impresso em Madrid, em 1646, ao falar da mesma Plana 348, já informa ser Payo Ramiro um fidalgo português, sendo um dos principais no reinado do Rei D. Afonso VI de Castela [1065-1109].
O Marquês de Montebello Félix Machado da Silva Castro e Vasconcelos [1595–1662], em suas « NOTAS AO NOBILIÁRIO DO CONDE D. PEDRO, CONDE DE BARCELOS » - que já mencionei hoje, quando falei dos Mascarenhas, informa que seu Solar ficava junto à Braga, no Couto de Farelães.
Antônio de Villas Boas e Sampaio [1629-1701], em sua NOBILIARCHIA PORTUGUEZA; TRATADO DA NOBREZA HEREDITÁRIA E POLÍTICA, impressa em Lisboa, na officina de Francisco Villela, 1676 – à pág. 264, diz que sempre andaram juntos as Famílias Correas com os Lopes, de Galiza.
Ainda sobre a origem desta mui antiga família, vale transcrever as de Frei D. Antonio Brandão [25.04.1584 – 27.11.1637, autor das Partes III e IV da Mnarchia Luzitana:
Sobre o Mestre D. Gualdim Paes, José Mattoso, em seu maravilhoso trabalho Rico-Homens, Infanções e Cavaleiros, à pág. 215, lhe dedica importante parágrafo.
III – D. PAYO CORRÊA, O Velho [Livro de Linhagens], filho de D. Soeiro Paes Correa e de D. Urraca Hueriz, citados acima, ítem II. Foi Senhor de Farelães (Gayo, § 1, N.3) onde viveu.
Sucedeu na casa de seus pais e se achou no cerco de Sevilha - – baseado no Nobiliário do Conde D. Pedro, fl. 211 N. 4 [do séc. XIV].
Foi casado duas veses:
- a primeira, com D. Gontinha Godins, filha de D. Godinho Tafes e de D. Gotinha Mendes – baseado no Nobiliário do Conde D. Pedro, fl. 211 [do séc. XIV].
- a segunda, com D. Maria Gomes da Silva, filha de D. Gomes Paes da Silva e de D. Urraca Nunes.
Estes casamentos, podem ser vistos em antigas obras genealógicas. Salazar, na Casa de Silva, Tomo II, pág. 804, o faz casado com a dita Maria Gomes da Silva, que depois foi esposa de Rodrigo Afonso de Bayão, e filha dos mesmos pais citados por Felgueiras Gayo.
Os dois casamentos, também veem documentado no Livro Velho I , escrito talvez no princípio do século XIV:
D. Payo Soares Corrêa e D. Maria Gomes da Silva, de quem sou 22.º neto, tiveram, entre outros:
IV – D. Pedro Paes Corrêa, que sucedeu na quinta de Farelãe, e comprou uma quinta no Couto do Mosteiro de Roriz em que fez umas casas, que lhe quiseram impedir os Priores dele, pelo que resultou na morte de dis religiosos, por parte de D. Pedro Correa, como consta das Inquirições do Rei D. Diniz [1279-1325] – tudo segundo informa Felgueiras Gayo (§ 1, N. 4].
Foi casado com D. Dordia Paes de Aguiar, filha de Pedro Mendes de Aguiar e de D. Estevinha Mendes – conforme diz Gayo ter tirado da Corografia Portuguesa, Tomo I, pág. 334.
D. Pedro Paes Corrêa e D. Dordia Paes de Aguiar, de quem sou 21.º neto, tiveram, entre outros:
V (1) - D. Payo Corrêa, que segue
V (2) - Gomes Corrêa, que segue no § 2.
V (1) - PAYO CORRÊA, filho de D. Pedro Paes Corrêa e de D. Dordia Paes de Aguiar – citados acima, ítem IV.
Vários autores, curiosamente – o que segue Gayo – dão dois irmãos com este mesmo prénome: Payo. Este fato já vi acontecer no Brasil, com filhos de dois casamentos. Um exemplo foi um dos nossos genealogistas, Adalberto Cabral de Mello, há muito falecido, dedicado as famílias de Pernambuco, que tinha um outro irmão (meio-irmão), chamado Adalberto.
Ainda sobre os dois Payos, informa Gayo:
Conhecido pela alcunha de O Alvaracento, foi Senhor de Farelães e viveu no tempo do Rei D. Afonso III [1245-1279]. Também esteve na conquista de Sevilha.
Este Payo Corrêa, segundo Gayo, vem citado também na Corografia Portuguesa, fl. 334. Seu irmão do mesmo nome foi o renomado Mestre de Santiago, sobre o qual, em um manuscrito anônimo do séc. XVII, escreveu-se:
O Cônego Frei Agostinho de Santa Maria, na sua História Tripartida, Tratado 3, pág. 400, n.º 69, dá o Mestre Payo Peres Corrêa nascido em Évora, e Comendador de Alcacere. Frei Francisco Brandão, citado no documento anônimo acima, descreve tota a vida do mestre D. Payo, no dito capítulo 13, onde o faz morador em Santarém. O Conde D. Pedro, em seu Nobiliário [séc. XIV], não lhe dá sucessão, como outros linhagistas, que o seguem. No entanto, Duarte Nunes de Leão, o abade D. Rodrigo da Cunha e Frei Antonio de Madureira, lhe dão sucessão, o que foi seguido por muitos, entre eles, Felgeiras Gayo.
Quanto ao Payo Corrêa, que dei princípio no ítem V (1), deixou geração do seu casamento com D. Maria Mendes de Melo, filha de D. Mem Soares de Melo e de D. Tereja Afonso Gata.
Este casamento também vem documentado no Livro Velho I, escrito talvez entre 1280 e 1310, quase que contemporâneo dos mesmos:
Payo Corrêa e D. Maria Mendes de Melo, tiveram:
VI (1) Afonso Corrêa – que segue.
VI (2) Sancha Corrêa, que foi casada com Fernão Afonso de Cambra – conforme Felgueiras Gayo, § 1 N. 6 e § 108 N. 6.
Este casamento de Sancha Correa também vem documentado no Livro Velho I , escrito talvez no princípio do século XIV:
VI (1) AFONSO CORRÊA – que foi Senhor de Farelaes, e das Igrejas de São Pedro do Monte, Viatodos, e Vila Meão entre Douro e Minho, como consta dos Registros do Rei D. João I [1385-1433], que pouco depois de reinar fez mercê a seu filho. Teve a contenta os três irmãos Tavares entre Fornos e Algodres, onde morreu com muitos da sua companhia, ficando igualmente mortos os contrários – como tudo consta de Felgueiras Gayo, § 1 N6.
Teve jurisdição na freguesia de Viatodos e São Pedro do Monte e Vila Meã.
Casou com Brites Martins da Cunha, filha de Martim Vasques da Cunha, Senhor da Taboa, e, segundo outros, filha de Pedro Martins Alcoforado e de Maior Gonçalves da Cunha.
- O Conde D. Pedro, em seu Nobiliário não dá esta mulher.
- No Livro Velho I, escrito entre 1280 e 1320, trata da descendência de sua irmã, porém não registra casamento para Afonso Corrêa.
- A Corografia Portuguesa, Tomo I, pág. 335 – citada por Gayo, diz que sua esposa chamava-se Brites Alvares.
- Em uma Árvore Genealógica da Casa de Farelaes, se diz ser casado com Maria Peres da Cunha Portocarreiro, ou Brites Martins da Cunha.
- D. Antonio de Lima, Senhor de Castro Daire, Alcaide Mor de Guimarães, em sua LINHAGENS DE PORTUGAL, diz ser casado com Brites Martins da Cunha.
- João Batista Lavanha [1555-1624], citado acima, nas suas Notas ao NOBILIARIO DEL CONDE DE BARCELOS [1646], diz ser casado com Maria Peres Alcoforado, filha dos memos indicados por Gayo.
- Souza da Silva, o dá casado com Maria Martins da Cunha, filha de Pedro martins Alcoforado.
Este Afonso Corrêa e sua incógnita esposa, deixou:
VII – FERNÃO AFONSO CORREA, que sucedeu na Casa de seus pais e honra de Farelães e das terras de Valadares de Riba de Mouro, mercê que lhe foi dada a 03.08.1385 – segundo Gayo:
[Gayo, § 1, N.7 – Nota 3].
D. João I lhe fez mercê, por seus serviços, da dita terra de Valadares e Ribadouro, reservando as apelações e agravos, por Carta feita em Santarém, datada de 30.08.1385 (e não 03.08.), lançada no Livro I.º da Chancelaria, fls. 160.
Grande valido do Rei D. João I [1385-1433], que lhe confirmou o Senhorio de Faralães na vila de Santarém no ano de 1385 e lhe deu as mais terras acima por seus serviços, e depois lhe deu muitas mais terras e nas ditas doações lhe chama seu Vassalo.
A segunda doação foi feita em 1393.
Encontra-se enterrado em São Francisco da Vila de Guimarães.
Com geração do seu cas. com Leonor Anes da Cunha, filha de Nuno da Cunha – segundo a Corografia Portuguesa, Tomo I, fl. 335, Cap. 3 –Gayo discorda desta paternidade. Outros a fazem filha de João Martins da Cunha, que tinha a Comedoria no Mosteiro de Grijo, e de Sancha Vasques Pimentel – conforme se vê dos Livros das Comedorias do Convento de Grijo, que encontra-se na Torre do Tombo – informa Felgueiras Gayo.
Enfim, deixou geração do seu casamento com Leonor Anes da Cunha, como consta do Tombo das Comedorias do Mosteiro de Grijó, onde ela tinha comedoria no ano de 1365, como consta da Lista das Comedorias do dito Mosteiro, que mandou fazer o Rei D. Pedro I.
Fernão Afonso Correa e Leonor Anes da Cnha, tiveram, entre outros:
VIII – GONÇALO CORREA, que sucedeu na Casa de seus pais e honra de Farelães, e nas mais terras de seu pai.
3.º Senhor de farelães.
Criado de D. João I [1385-1433], que lhe deu pelo Senhorio das terras de Valadares, que foi de seu pai, as terras de Val de Cunha a Velha, e sua jurisdição, no Almoxarifado de Guimarães, a 22.12.1411 [Livro 3.º dos Registros]. Confirmou a honra de Farelães, e a respeito dela alcançou sentença contra o Duque de Bragança, que a queria lhe tirar por estar dentro das suas terras.
Alcaide-Mor do Rei D. Duarte [1433-1438], que lhe confirmou para sempre a terra e jurisdição da freguesia de São Pedro do Monte, Igreja de Veatodos e Casaes de Vila Meão, que recebeu por morte de seu pai e seu irmão, por Carta dada em Santarém, a 04.12.1435.
O Rei D. Afonso V [1438-1481] lhe confirmou o Senhorio – segundo o Livro 4.º de Além Douro, fls. 255, do ano de 1441 – citado por Gayo.
Com geração do seu segundo casamento com Isabel Pereira de Lacerda, filha de Martim Rodrigues de Lacerda, castelano – outros a dão como filha de Gomes Ferreira e de Isabel Pereira.
O já o citado Freire Montarroyo, grande genealogista do século XVII-XVIII, o dá por casado (primeiro) com Branca Rodrigues Botelho, filha de Francisco Ferreira Botelho e de Guiomar Rodrigues da Costa.
Gonçalo Correa e Branca Rodrigues Botelho, tiveram, entre outros:
IX – GONÇALO BOTELHO CORREA, que sucedeu na Casa de seus pais e honra de Farelães (4.ºSenhor).
Com geração do seu csamento com Margarida de Prado, filha de Bartolomeu Afonso do Prado e de Maria Esteves. Outras a faz filha de joão Afonso do Prado e de Brites Pimenta.
Agora surgem diversas versões. Há uma antiga memória genealógica, que entre os filhos deste Gonçalo, apresenta o seguinte:
X – PAYO CORREA, que Felgueiras Gayo apresenta como meio-irmão do que aqui vai como pai, acrescentando-lhe o apelido Lacerda. O próprio Gayo (§ 11, N.9), ao falar das diversas versões dadas para a paternidade deste Payo Corrêa, também apresentou a hipótese de ser– f.º de Goncallo Cor.ª Sr. de Farelaens, e sua 2.ª m.er no § 1 N. 8 – o que aqui segue na qualidade de neto, segundo tenho anotado.
Outros chegam a chamá-lo de Gil Corrêa.
O já citado D. Antonio de Lima, em sua LINHAGENS DE PORTUGAL, dá como princípio da Família Corrêa de Lacerda, ao neto deste Payo, conforme segue adiante.
Pai de:
XI – PAYO CORREA, que Felgueiras Gayo apresenta no ítem N. 10. Foi Maltez e Bálio de Leça ou de Acre, como dizem alguns linhagistas. Governador do priorato do Crato.
Cristovão Alão de Moraes, em sua Pedatura Luzitana [1667], diz que o fazem por irmão de Ayres Corrêa, comendador de Tavora, Cavaleiro da Ordem de Malta [in Botelhos de VillaReal].
Deixou 7 filhos bastardos:
XII (1) Pedro Corrêa – que segue.
XII (2) Diogo Corrêa, capitão de naus na Índia
XII (3) Bernardo Corrêa
XII (4) Payo Corrêa, serviu na Índia
XII (5) Guiomar Corrêa, casada, primeiro, com Sancho de Noronha, e segundo, com Nuno Cardoso.
XII (6) Maria Corrêa, casada com Gonçalo Pereira.
XII (7) Violante Corrêa, casada, no Porto, com João Martins Ferreira, filho de Martim Ferreira e de sua segunda esposa, Inês Alvares de Azevedo.
Pais de:
XIII (1) Pantaleão Ferreira
XIII (2) João Ferreira – morto pelos turcos na tomada de Tripoli
XIII (3) Bento Ferreira
XIII (4) Gabriel Ferreira, Prior de Bucelas
XIII (5) Guiomar Ferreira, casada com Alvaro Rodrigues de Araújo
XIII (6) Violante Ferreira, casada com João Correa de Mesquita
XIII (7) Jeronima Ferreira, casada com Gonçalo Lobo
XIII (8) .... Ferreira, casada com Coronel Cristovão Leitão
XIII (9) Ana Ferreira, casada com Rui Leitão
XII (1) PEDRO CORRÊA – citado acima, filho do ítem XI. Capitão de uma nau que foi à Índia, cok o Capitão-Mor Jorge de Aguiar.
D. Antonio de Lima, em sua LINHAGENS DE PORTUGAL, o dá como progenitor da Família Corrêa de Lacerda, e diz que fora Comendador da Amieira, na Ordem de São João, e sendo assim mal podia ser casado. Porém, outros dizem que casou com Isabel Vaz de Lacerda, de origem castelhana, dando princípio aos Corrêa de Lacerdra.
§ 2
V (2) - GOMES CORRÊA, que foi citado acima, filho do ítem IV – D. Pedro Paes Corrêa.
Gomes Corrêa viveu em Santarém, no ano de 1240, segundo Frei Francisco Brandão, Monarquia Luzitana, Parte V, Livro 16, Cap. 13, pág. 25 – e o dá como nascido naquela vila.
Casado com Maria Anes Redondo, filha de João Pires Redondo e de Gotinha Soares de Melo – segundo o Nobiliário do Conde D. Pedro [séc. XIV], fl. 230 N 50 – citado por Felgueiras Gayo [§ 8 N 5].
Este casamento, vem documentado nno Livro Velho I, escrito entre 1280 e 1320:
O mesmo casamento, também documentado no Livro Velho III, escrito entre 1360 e 1365:
Maria Anes, depois de viúva, fez doacão do padroado da Igreja de Santa maria da Campanhã, no Bispado do Porto, a D. Sancho Pires Homem, filho de sua irmã Tereza, no ano de 1297 – segundo pode-se ver em Cunha, Ctálogo dos Bispos do Porto, Parte 2.ª, Capítulo 13, pág. 106.
Assim, Gomes Correa e D. Maria Anes Redondo, de quem sou 20.º neto, são pais de:
VI (1) Ayres Gomes, que foi clerigo – citado no Livro Velho I [1280-1310], e esquecido no Livro Velho III [1360-1365].
VI (2) Martim Gomes, citado no Livro Velho I [1280-1310], e no Livro Velho III [1360-1365]. Casado com D. Estevainha Pires, filha de Pedro Paes Curvo – segundo Felgueiras Gayo (§ 8 N6).
Casamento documentado no Livro Velho I, escrito entre 1280 e 1310:
VI (3) Vasco Gomes Corrêa, citado no Livro Velho I [1280-1310], e no Livro Velho III [1360-1365] – QUE SEGUE.
VI (4) Maria Gomes, citada no Livro Velho I [1280-1310], e no Livro Velho III [1360-1365]. Casada com Rui Lourenço de Cerveira – segundo Felgueiras Gayo (§ 8 N6).
Casamento documentado no Livro Velho I, escrito entre 1280 e 1310:
VI (5) Teresa Gomes Corrêa, citada no Livro Velho I [1280-1310], e no Livro Velho III [1360-1365]. Casada com Payo Soares de Azevedo, filho de D. Soeiro Pires de Azevedo – meus 18.º avós - – segundo Felgueiras Gayo (§ 8 N6).
Casamento documentado no Livro Velho I, escrito entre 1280 e 1310:
Casamento também documentado no Livro Velho III, escrito entre 1360 e 1365:
VI (6) Lourenço Corrêa – somente indicado, com dúvidas, por Felgueiras Gayo (§ 108 N6). Os velhos Livros de Linhagens, contemporâneos desta família, não registram este Lourenço Corrêa.
VI (3) – VASCO GOMES CORRÊA, que foi Alcaide Mor de Abrantes, por mercê do Rei D. Afonso IV [1325-1357] – segundo Felgueiras Gayo [§ 8, N 6].
Com geração do seu cas. com Boa de Pamplona – segundo Felgeiras Gayo, talvez baseado no Nobiliário do Conde D. Pedro – que cita, e diz ser filha de hum carniceiro e diz o Conde della tivera os filhos abaixo.
Casada, segunda vez, com Leonor Mendes de Oliveira, filha de Mem Pires de Oliveira.
No Livro Velho I, escrito entre 1280 e 1320, não fala deste segundo casamento, porém, do primeiro, informa ter deixado geração:
Também o Conde D. Pedro, em seu Nobiliário [séc. XIV], escrito pouco depois do Livro Velho III, certamente uma de suas fontes, dá geração ao casamento de Vasco Gomes Corrêa com Boa de Pamplona [tt.º 62, fl. 350 N 12].
Assim, Vasco Gomes Corrêa e Boa de Pamplona, são pais de (entre outros):
VII – AFONSO CORRÊA, que também foi Alcaide-Mor de Abrantes. O Rei D. Fernando [1367-1383] lhe deu a terra de Gondomar junto ao Porto, no ano de 1380, a qual lhe confirmou o Rei D. João I [1385-1433], e lhe deu uma quinta em Elvas.
Com geração do seu cas. com Teresa Martins, filha de Martim Anes Reymondino ( O Raimundinho) e de Maria Vasques.
Este casamento e geração vem confirmado no Livro Velho III, escrito entre 1360 e 1365, contemporâneo dp casal:
Pais de:
VIII (1) Gonçalo Afonso Corrêa, citado no Livro Velho III [1360-1365], e em Felgueiras Gayo. Sucedeu na casa de seu pai. Deste descendem, por parte de seu neto João Afonso Correia, os Correias da Ilha da Madeira – Nobiliário da Ilha da madeira, § 1 N 1, pág. 151.
VIII (2) Pedro Afonso Corrêa, citado no Livro Velho III [1360-1365], o que não vai em Felgueiras Gayo.
VIII (3) Diogo Afonso Corrêa, citado no Livro Velho III [1360-1365], o que não vai em Felgueiras Gayo.
VIII (4) Martim Afonso Corrêa, citado no Livro Velho III [1360-1365], e também em Felgueiras Gayo. Tinha a Comedoria do Mosteiro de Mancelos, no reinado de D. Afonso IV, em 1339, segundo consta da Lista do mesmo. Gayo diz ter sido casado com Maria Rodrigues de Penellamas, segundo viu no Livro antigo, que já sabemos não ser o Livro Velho III.
VIII (5) Ayres Afonso Corrêa, que não vai citado no Livro Velho III [1360-1365], que é contenporâneo de sua família, o que me faz acreditar que tenha nascido pouco antes da elaboração aquele valioso Livro de Linhagem, e que não teria havido uma checagem sobre os novos filhos de Vasco Gomes Correia. Também tinha a Comedoria com seu irmão Martim. D. Pedro I [1357-1367], lhe coutou a herdade do Azinhal. Fez-lhe o Rei D. Fernando [1367-1383] mercê do Castelo de Monforte, no ano de 1367. Ainda, D. Pedro I [1357-1367], deu-lhe o Castelo de Monforte, em cuja Carta o chama de Vassalo
Livro da Chacnelaria de D. Pedro I:
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
ATENÇÃO - FUI OBRIGADO A REPETIR ESTE TEMA, POIS PERCEBI QUE NÃO FORAM REGISTRADAS, NA MENSAGEM ANTERIOR, AS TRANSCRIÇÕERS
PARTE I
Rio de Janeiro, 20.11.2001 – 13:24
Caro debatedores das origens dos Corrêas,
CONTINUA TUDO MUITO NEBULOSO
Empolgado em participar dos debates sobre as origens dos Mascarenhas, em ouro tópico, ao ver este dos Corrêas, percebi tratar-se do mesmo tipo de indagações - desvendar os mistérios gayosos com relação as verdadeiras origens das famílias de Portugal.
Na tentativa de buscar beber das fontes que se valeu nosso extraordinário Gayo, ou daqueles que o antecederam, todos são unânimes em principiar esta família e D. PAYO RAMIRO, de quem também descendo, entre eles, o Padre Antonio de Carvalho e o magnífico D. Pedro, Conde de Barcelos, em seu Nobiliário, que o fazem Rico-Homem da Casa do Rei D. Afonso VI de Castela [1065-1109], em cuja corte deu assistência, apesar de não ser português, segundo dizem alguns.
O Conde D. Pedro, em seu Nobiliário (séc. XIV), na Plana 348, registra Payo Ramiro.
João Batista Lavanha [1555, Lisboa – 1624, Madrid], em ssuas Notas ao NOBILIARIO DEL CONDE DE BARCELOS [sic] HIJO DEL REY DON DINIS DE PORTUGAL - Impresso em Madrid, em 1646, ao falar da mesma Plana 348, já informa ser Payo Ramiro um fidalgo português, sendo um dos principais no reinado do Rei D. Afonso VI de Castela [1065-1109].
O Marquês de Montebello Félix Machado da Silva Castro e Vasconcelos [1595–1662], em suas « NOTAS AO NOBILIÁRIO DO CONDE D. PEDRO, CONDE DE BARCELOS » - que já mencionei hoje, quando falei dos Mascarenhas, informa que seu Solar ficava junto à Braga, no Couto de Farelães.
Antônio de Villas Boas e Sampaio [1629-1701], em sua NOBILIARCHIA PORTUGUEZA; TRATADO DA NOBREZA HEREDITÁRIA E POLÍTICA, impressa em Lisboa, na officina de Francisco Villela, 1676 – à pág. 264, diz que sempre andaram juntos as Famílias Correas com os Lopes, de Galiza.
Ainda sobre a origem desta mui antiga família, vale transcrever as aulas de Frei D. Antonio Brandão [25.04.1584 – 27.11.1637, autor das Partes III e IV da Mnarchia Luzitana:
Em o foral de Soure, dado pelo Conde D. Henrique no anno de 1111, acho o nome de Pedro Correia entre outros que assinam, o que se deve ter por coisa bem notável, por serem raríssimos naquele tempo os apelidos; que só se usavam os sobrenomes patronímicos. E posto que deste apelido não ficaram em Portugal Casas titulares há contudo alguns morgados ricos e Casas principais, de que saíram pessoas insignes e bastava uma só para dar lustre a esta família, pois o deu a toda a Espanha, qual foi o famoso mestre de Santiago, D. Paio peres Correia, português de nação e um dos mais illustres capitães que teve a cristandade. Da família dos Correias fala o conde D. Pedro em o título 62 e lhe dá princípioem D. pedro Ramiro. Na História de Santiago, escrita por Mauro Castella Ferrer, se diz que os Correias de Portugal estiveram sempre juntos com os Lopes de Galiza e estes diz que procedem de D. Lupa, ou Loba, primeira fundadora do templo do Apóstolo Santiago e do tempo do mesmo Santo.
D. Payo Ramiro, de quem sou 24.º neto, teve por filho:
II – D. SOEIRO PAES CORREA, que teria sido o primeiro a usar o apelido Corrêa por se sustentar com elas no apertado cerco que os mouros lhe puseram em Monte Mor-o-Velho, segundo relato de Felgueiras Gayo.
Viveu pelo tempo do Conde D. Henrique [1037-1112], e foi Senhor de Faralães – informa Felgueiras Gayo, § 1, N2.
D. Soeiro Paes Correa deixou geração do seu casamento com D. Urraca Hueriz, filha de Huer Guedas e neta de D. Gueda, na origem da Família dos Alcoforados.
Este casamento, vem documentado no Livro Velho I, escrito entre 1280 e 1320:
E D. Gueda casou cm huma dona, e fege nella Mem Gueda e Oer Gueda; e este Oer Gueda foi casado com huma dona, e fege nella D. Orraca Oeres; e esta D. Orraca Oeres foi casada com Soeiro Correa, e fege nella D. Pay Correa ....
Assim, D. Soeiro Paes Correa e D. Urraca Hueriz, de quem sou 23.º neto, são pais de:
III – D. Payo Corrêa, O Velho, que segue
III – D. Gontrade Soares, que foi mulher de Payo Ramires, conforme documenta no Livro Velho I, escrito entre 1280 e 1320:
.. e esta Orraca Peres foi casada com Ramiro Ayres, onde vem osRamirões, e fege nella D. Payo Ramires e D. Gonçalo Ramires e D. Gomes Ramires e Ouruana Ramires e Orraca Ramires; e o sobredito Payo Ramires foi casado com D. Orraca de Caldelas de Galiza, e fege nella o alcaide D. Vasco Paes (...). E desque morreo esta molher a D. Payo Ramires casou com irmã de D. Payo Correa o velho, e fege nella o mestre D. Gualdim Paes do Templo e D. Gomes Paes de Piscos [que Gayo não cita]; e este mestre D. Gualdim Paes fez Tomar, e Pombal e Castelo de Almoyrol, e pobrou outros muitos lugares que ganhou a ordem, e foi muito forte em armas e leixou ao Templo o que agora há, e em Sbelamar..
Sobre o Mestre D. Gualdim Paes, José Mattoso, em seu maravilhoso trabalho Rico-Homens, Infanções e Cavaleiros, à pág. 215, lhe dedica importante parágrafo.
III – D. PAYO CORRÊA, O Velho [Livro de Linhagens], filho de D. Soeiro Paes Correa e de D. Urraca Hueriz, citados acima, ítem II. Foi Senhor de Farelães (Gayo, § 1, N.3) onde viveu.
Sucedeu na casa de seus pais e se achou no cerco de Sevilha - – baseado no Nobiliário do Conde D. Pedro, fl. 211 N. 4 [do séc. XIV].
Foi casado duas veses:
- a primeira, com D. Gontinha Godins, filha de D. Godinho Tafes e de D. Gotinha Mendes – baseado no Nobiliário do Conde D. Pedro, fl. 211 [do séc. XIV].
- a segunda, com D. Maria Gomes da Silva, filha de D. Gomes Paes da Silva e de D. Urraca Nunes.
Estes casamentos, podem ser vistos em antigas obras genealógicas. Salazar, na Casa de Silva, Tomo II, pág. 804, o faz casado com a dita Maria Gomes da Silva, que depois foi esposa de Rodrigo Afonso de Bayão, e filha dos mesmos pais citados por Felgueiras Gayo.
Os dois casamentos, também veem documentado no Livro Velho I , escrito talvez no princípio do século XIV:
... esta D. Orraca Oeres foi casada com Soeiro Correa, e fege nella D. Pay Correa, que foi casado com D. Gontinha Rodrigues; e desque lhe morreo esta molher casou com D. Maria da Silva, e fege nella semel como dito he.
... e esta D. Gontinha Godins casou com Payo Correa e fez em ella D. Ouroana Paes, e D. Sancha Paes: esta D. Ouroana Paes (mais adiante recebe as denominações: Ouroana Paes Correa e Urraca Paes Correa) foi casada com D. Pedro paes de Grauel, e fez em ella ... (...). E Sancha Paes irmã de Urraca Paes Correa rfoi casada com Reymão Pires filho de Pero Pires de Guimaraens, e fez em ella ...
D. Payo Soares Corrêa e D. Maria Gomes da Silva, de quem sou 22.º neto, tiveram, entre outros:
IV – D. Pedro Paes Corrêa, que sucedeu na quinta de Farelãe, e comprou uma quinta no Couto do Mosteiro de Roriz em que fez umas casas, que lhe quiseram impedir os Priores dele, pelo que resultou na morte de dis religiosos, por parte de D. Pedro Correa, como consta das Inquirições do Rei D. Diniz [1279-1325] – tudo segundo informa Felgueiras Gayo (§ 1, N. 4].
Foi casado com D. Dordia Paes de Aguiar, filha de Pedro Mendes de Aguiar e de D. Estevinha Mendes – conforme diz Gayo ter tirado da Corografia Portuguesa, Tomo I, pág. 334.
D. Pedro Paes Corrêa e D. Dordia Paes de Aguiar, de quem sou 21.º neto, tiveram, entre outros:
V (1) - D. Payo Corrêa, que segue
V (2) - Gomes Corrêa, que segue no § 2.
V (1) - PAYO CORRÊA, filho de D. Pedro Paes Corrêa e de D. Dordia Paes de Aguiar – citados acima, ítem IV.
Vários autores, curiosamente – o que segue Gayo – dão dois irmãos com este mesmo prénome: Payo. Este fato já vi acontecer no Brasil, com filhos de dois casamentos. Um exemplo foi um dos nossos genealogistas, Adalberto Cabral de Mello, há muito falecido, dedicado as famílias de Pernambuco, que tinha um outro irmão (meio-irmão), chamado Adalberto.
Ainda sobre os dois Payos, informa Gayo:
Era Payo Cor.ª como diz o Conde D. P.º fl. 350 N 9: e erão dois Payos como diz o m.mo Conde e se pode ver nas Notas de Alvaro Fer.ª de Vera Plana 54 fl. 617, onde diz se chara na Conquista de Cevilha com seu Irmão D. Payo Peres Cor.ª o m.mo da Corografia Portugueza fl. 334.
Conhecido pela alcunha de O Alvaracento, foi Senhor de Farelães e viveu no tempo do Rei D. Afonso III [1245-1279]. Também esteve na conquista de Sevilha.
Este Payo Corrêa, segundo Gayo, vem citado também na Corografia Portuguesa, fl. 334. Seu irmão do mesmo nome foi o renomado Mestre de Santiago, sobre o qual, em um manuscrito anônimo do séc. XVII, escreveu-se:
Na quinta parte da Monarchia Lusitana tratando seu autor da familia dos Santarens, e da morte do Mestre de Santiago D. Payo Perez Correa, diz que o certo he que morreo no anno 1275. A cidade Evora pertende que seja sua patria, mas parece que fou natural de Santarém, achando lhe na Alcaçova desta Villa casas proprias de morada, que devião ser de seus Paes, e isto mesmo residentes aqui seu irmaõ, e parentes; aqui na Alcaçova se acha que morava seu irmão Gomes Correa, E Gonçalo Correa seu parente: Vinte anos antes, que foy no de 1240. Sendo D. Payo ainda Comendador de Alcacer, se fez huma compossiçaõ entre o Abade de Alcobaça e João Gomes O Santarem, estando presente Dom Estevaõ Soares Rico Homem, Gomes Correa irmão do comendador de Alcarce, E Gonçalo Correa. A este Gonçalo Correa chama o Conde Dom Pedro no tit 24 e 36 Gonçalo Correa de Santarem. Gomes Correa foy casado, teve huma filha, a quem o Conde Dom Pedro chama de Dona Teresa Correa em huma parte, E Dona Maria Gomes Correa em outra, casou ella com Payo Gomes de Azevedo, e de ambos foi filho Gomes Paes de Azevedo e netto Gonçalo Gomes de Azevedo, Alferes mor del Rey Dom Afonso 4.º na batalha do Salado, como se ve na septima arte desta historia. A este Alferes daõ tambem o appelido de Correa por que lhe vinha por sua may avó digo, sobrinha do Graõ Mestre Dom Payo, mas nas escreturas só com o apelido de Azevedo se asignava: O estandarte do qual (dizem estas palavras falando del Rey Dom Afonso 4.º na batalha do Salado) levava Gonçalo Gomes de Azevedo, estremado cavalleiro em armas, o qual foy sobrinho de D. Payo Correa Mestre em outro tempo de Santiago de Velez. As rimas de Afonso Giraldes, que se achou nesta batalha, daõ ao Alferes mor o mesmo appellido de Azevedo.
Gonçalo Gomes de Azevedo, Alferes del Rey de Portugal, entrava aos Mouros sem medo, como fidalgo Leal. De tudo o proposito se deixa ver, que era o Alferes Azevedo por varonia, e que o apellido de Correa era por sua Avó. Tudo he do lib. 16, cap. 13 fol. 25 e 26.
O autor do Livro dos Triunfos de Galiza diz que o mestre D. Payo Peres Correa era natural de Galiza, e que se passara ao servisso dos Reys de Portugal, e lhe asigna Paes em Galiza, o certo he que servio a Deos, e aos Reys de Portugal, e Castella.
O Cônego Frei Agostinho de Santa Maria, na sua História Tripartida, Tratado 3, pág. 400, n.º 69, dá o Mestre Payo Peres Corrêa nascido em Évora, e Comendador de Alcacere. Frei Francisco Brandão, citado no documento anônimo acima, descreve tota a vida do mestre D. Payo, no dito capítulo 13, onde o faz morador em Santarém. O Conde D. Pedro, em seu Nobiliário [séc. XIV], não lhe dá sucessão, como outros linhagistas, que o seguem. No entanto, Duarte Nunes de Leão, o abade D. Rodrigo da Cunha e Frei Antonio de Madureira, lhe dão sucessão, o que foi seguido por muitos, entre eles, Felgeiras Gayo.
Quanto ao Payo Corrêa, que dei princípio no ítem V (1), deixou geração do seu casamento com D. Maria Mendes de Melo, filha de D. Mem Soares de Melo e de D. Tereja Afonso Gata.
Este casamento também vem documentado no Livro Velho I, escrito talvez entre 1280 e 1310, quase que contemporâneo dos mesmos:
.. E este D. Mem Soares de Merlo foi casado com Tareia Affonso Gata, e fez em ella Ruy Mendes, e Affonso Mendes, e Maria Mendes; (...) E Maria Mendes filha de Mem Soares de Merlo cazou com Pay Correa, e fez nella Affonso Correa, e Sancha Correa...
Payo Corrêa e D. Maria Mendes de Melo, tiveram:
VI (1) Afonso Corrêa – que segue.
VI (2) Sancha Corrêa, que foi casada com Fernão Afonso de Cambra – conforme Felgueiras Gayo, § 1 N. 6 e § 108 N. 6.
Este casamento de Sancha Correa também vem documentado no Livro Velho I , escrito talvez no princípio do século XIV:
... E Maria Mendes filha de Mem Soares de Merlo cazou com Pay Correa, e fez nella Affonso Correa, e Sancha Correa; e esta Sancha Correa foi casada com fernando Affonso de Cambra e fez em ella Martim Fernandes, e Brites fernandes, e Milia Fernandes...
VI (1) AFONSO CORRÊA – que foi Senhor de Farelaes, e das Igrejas de São Pedro do Monte, Viatodos, e Vila Meão entre Douro e Minho, como consta dos Registros do Rei D. João I [1385-1433], que pouco depois de reinar fez mercê a seu filho. Teve a contenta os três irmãos Tavares entre Fornos e Algodres, onde morreu com muitos da sua companhia, ficando igualmente mortos os contrários – como tudo consta de Felgueiras Gayo, § 1 N6.
Teve jurisdição na freguesia de Viatodos e São Pedro do Monte e Vila Meã.
Casou com Brites Martins da Cunha, filha de Martim Vasques da Cunha, Senhor da Taboa, e, segundo outros, filha de Pedro Martins Alcoforado e de Maior Gonçalves da Cunha.
- O Conde D. Pedro, em seu Nobiliário não dá esta mulher.
- No Livro Velho I, escrito entre 1280 e 1320, trata da descendência de sua irmã, porém não registra casamento para Afonso Corrêa.
- A Corografia Portuguesa, Tomo I, pág. 335 – citada por Gayo, diz que sua esposa chamava-se Brites Alvares.
- Em uma Árvore Genealógica da Casa de Farelaes, se diz ser casado com Maria Peres da Cunha Portocarreiro, ou Brites Martins da Cunha.
- D. Antonio de Lima, Senhor de Castro Daire, Alcaide Mor de Guimarães, em sua LINHAGENS DE PORTUGAL, diz ser casado com Brites Martins da Cunha.
- João Batista Lavanha [1555-1624], citado acima, nas suas Notas ao NOBILIARIO DEL CONDE DE BARCELOS [1646], diz ser casado com Maria Peres Alcoforado, filha dos memos indicados por Gayo.
- Souza da Silva, o dá casado com Maria Martins da Cunha, filha de Pedro martins Alcoforado.
Este Afonso Corrêa e sua incógnita esposa, deixou:
VII – FERNÃO AFONSO CORREA, que sucedeu na Casa de seus pais e honra de Farelães e das terras de Valadares de Riba de Mouro, mercê que lhe foi dada a 03.08.1385 – segundo Gayo:
O Sr. Rey D. João I.º fez m.ce a Fernando Aff.º Cor.ª de Valladares, e Riba de Mouro, e diz assim: vendo e considerando o m.to servisso q nos e estes Reynos Recebemos e entendemos receber de Fernão Aff.º Cor.ª nosso Vassalo, e a querer lhe aos galardoar como m.ce o q bom Rey deve fazer ao bom servido damos lhe de juro, e herdado toda a terra de Valladares, e Riba de Mouro dada em S.em em 3 de Agt.º [Gayo, § 1, N.7 – Nota 3].
D. João I lhe fez mercê, por seus serviços, da dita terra de Valadares e Ribadouro, reservando as apelações e agravos, por Carta feita em Santarém, datada de 30.08.1385 (e não 03.08.), lançada no Livro I.º da Chancelaria, fls. 160.
Grande valido do Rei D. João I [1385-1433], que lhe confirmou o Senhorio de Faralães na vila de Santarém no ano de 1385 e lhe deu as mais terras acima por seus serviços, e depois lhe deu muitas mais terras e nas ditas doações lhe chama seu Vassalo.
A segunda doação foi feita em 1393.
Encontra-se enterrado em São Francisco da Vila de Guimarães.
Com geração do seu cas. com Leonor Anes da Cunha, filha de Nuno da Cunha – segundo a Corografia Portuguesa, Tomo I, fl. 335, Cap. 3 –Gayo discorda desta paternidade. Outros a fazem filha de João Martins da Cunha, que tinha a Comedoria no Mosteiro de Grijo, e de Sancha Vasques Pimentel – conforme se vê dos Livros das Comedorias do Convento de Grijo, que encontra-se na Torre do Tombo – informa Felgueiras Gayo.
Enfim, deixou geração do seu casamento com Leonor Anes da Cunha, como consta do Tombo das Comedorias do Mosteiro de Grijó, onde ela tinha comedoria no ano de 1365, como consta da Lista das Comedorias do dito Mosteiro, que mandou fazer o Rei D. Pedro I.
Fernão Afonso Correa e Leonor Anes da Cnha, tiveram, entre outros:
VIII – GONÇALO CORREA, que sucedeu na Casa de seus pais e honra de Farelães, e nas mais terras de seu pai.
3.º Senhor de farelães.
Criado de D. João I [1385-1433], que lhe deu pelo Senhorio das terras de Valadares, que foi de seu pai, as terras de Val de Cunha a Velha, e sua jurisdição, no Almoxarifado de Guimarães, a 22.12.1411 [Livro 3.º dos Registros]. Confirmou a honra de Farelães, e a respeito dela alcançou sentença contra o Duque de Bragança, que a queria lhe tirar por estar dentro das suas terras.
Alcaide-Mor do Rei D. Duarte [1433-1438], que lhe confirmou para sempre a terra e jurisdição da freguesia de São Pedro do Monte, Igreja de Veatodos e Casaes de Vila Meão, que recebeu por morte de seu pai e seu irmão, por Carta dada em Santarém, a 04.12.1435.
O Rei D. Afonso V [1438-1481] lhe confirmou o Senhorio – segundo o Livro 4.º de Além Douro, fls. 255, do ano de 1441 – citado por Gayo.
Com geração do seu segundo casamento com Isabel Pereira de Lacerda, filha de Martim Rodrigues de Lacerda, castelano – outros a dão como filha de Gomes Ferreira e de Isabel Pereira.
O já o citado Freire Montarroyo, grande genealogista do século XVII-XVIII, o dá por casado (primeiro) com Branca Rodrigues Botelho, filha de Francisco Ferreira Botelho e de Guiomar Rodrigues da Costa.
Gonçalo Correa e Branca Rodrigues Botelho, tiveram, entre outros:
IX – GONÇALO BOTELHO CORREA, que sucedeu na Casa de seus pais e honra de Farelães (4.ºSenhor).
Com geração do seu csamento com Margarida de Prado, filha de Bartolomeu Afonso do Prado e de Maria Esteves. Outras a faz filha de joão Afonso do Prado e de Brites Pimenta.
Agora surgem diversas versões. Há uma antiga memória genealógica, que entre os filhos deste Gonçalo, apresenta o seguinte:
X – PAYO CORREA, que Felgueiras Gayo apresenta como meio-irmão do que aqui vai como pai, acrescentando-lhe o apelido Lacerda. O próprio Gayo (§ 11, N.9), ao falar das diversas versões dadas para a paternidade deste Payo Corrêa, também apresentou a hipótese de ser– f.º de Goncallo Cor.ª Sr. de Farelaens, e sua 2.ª m.er no § 1 N. 8 – o que aqui segue na qualidade de neto, segundo tenho anotado.
Outros chegam a chamá-lo de Gil Corrêa.
O já citado D. Antonio de Lima, em sua LINHAGENS DE PORTUGAL, dá como princípio da Família Corrêa de Lacerda, ao neto deste Payo, conforme segue adiante.
Pai de:
XI – PAYO CORREA, que Felgueiras Gayo apresenta no ítem N. 10. Foi Maltez e Bálio de Leça ou de Acre, como dizem alguns linhagistas. Governador do priorato do Crato.
Cristovão Alão de Moraes, em sua Pedatura Luzitana [1667], diz que o fazem por irmão de Ayres Corrêa, comendador de Tavora, Cavaleiro da Ordem de Malta [in Botelhos de VillaReal].
Deixou 7 filhos bastardos:
XII (1) Pedro Corrêa – que segue.
XII (2) Diogo Corrêa, capitão de naus na Índia
XII (3) Bernardo Corrêa
XII (4) Payo Corrêa, serviu na Índia
XII (5) Guiomar Corrêa, casada, primeiro, com Sancho de Noronha, e segundo, com Nuno Cardoso.
XII (6) Maria Corrêa, casada com Gonçalo Pereira.
XII (7) Violante Corrêa, casada, no Porto, com João Martins Ferreira, filho de Martim Ferreira e de sua segunda esposa, Inês Alvares de Azevedo.
Pais de:
XIII (1) Pantaleão Ferreira
XIII (2) João Ferreira – morto pelos turcos na tomada de Tripoli
XIII (3) Bento Ferreira
XIII (4) Gabriel Ferreira, Prior de Bucelas
XIII (5) Guiomar Ferreira, casada com Alvaro Rodrigues de Araújo
XIII (6) Violante Ferreira, casada com João Correa de Mesquita
XIII (7) Jeronima Ferreira, casada com Gonçalo Lobo
XIII (8) .... Ferreira, casada com Coronel Cristovão Leitão
XIII (9) Ana Ferreira, casada com Rui Leitão
XII (1) PEDRO CORRÊA – citado acima, filho do ítem XI. Capitão de uma nau que foi à Índia, cok o Capitão-Mor Jorge de Aguiar.
D. Antonio de Lima, em sua LINHAGENS DE PORTUGAL, o dá como progenitor da Família Corrêa de Lacerda, e diz que fora Comendador da Amieira, na Ordem de São João, e sendo assim mal podia ser casado. Porém, outros dizem que casou com Isabel Vaz de Lacerda, de origem castelhana, dando princípio aos Corrêa de Lacerdra.
CONTINUA NA PARTE II
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
ATENÇÃO - DEVIDO AO TAMANHO DA MENSAGEM FUI OBRIGADO A DIVIDÍ-LA EM DUAS PARTES, COM SUAS TRANSCRIÇÕES
PARTE II
Rio de Janeiro, 20.11.2001 – 13:38
§ 2
V (2) - GOMES CORRÊA, que foi citado acima, filho do ítem IV – D. Pedro Paes Corrêa.
Gomes Corrêa viveu em Santarém, no ano de 1240, segundo Frei Francisco Brandão, Monarquia Luzitana, Parte V, Livro 16, Cap. 13, pág. 25 – e o dá como nascido naquela vila.
Casado com Maria Anes Redondo, filha de João Pires Redondo e de Gotinha Soares de Melo – segundo o Nobiliário do Conde D. Pedro [séc. XIV], fl. 230 N 50 – citado por Felgueiras Gayo [§ 8 N 5].
Este casamento, vem documentado nno Livro Velho I, escrito entre 1280 e 1320:
E Gontinha Soares de Merlo foi casada com D. João Pires Redondo, e fez em ella D. Maria Annes, e D. Tareia Annes, e Brites Annes, e Guiomar Annes, e D. Urraca Annes: e Maria Annes foi casada com Mem Coronel, e houve hum filho del que morreo, e uençeo ella por ende o herdamento do marido, e depois casou com Gomes Correa e fez em ella Ayras Gomes que foi clerigo, e Vasco Gomes, e Martim Gomes, e Tereia Gomes, e maria Gomes:
O mesmo casamento, também documentado no Livro Velho III, escrito entre 1360 e 1365:
Esta gontinha soares de merloo foi casada com dom ioham perez redondo, e fez em ella dona maria anes e dona tereza anes, e dona beatriz anes que foy casada com dom roy martins de nomaes como se mostra no Título XXXIII de dona eluira gonsaluez de palmeira parafro primo, e dona guyomar anes, e dona oraca anes. E esta dona Maria anes suso dita foi casada com meen cornel, e fez em ela huum filho. E moreo meen perez cornel, e depois moreo o filho, e erdou por esta razon dona Maria anes os bens do marido. E depois casou esta dona Maria anes com gomez coreya.
Este gomez coreya ouuve em esta dona Maria anes as molher estes filhos, Martim gomez, e vasco gomez, e Maria gomez. E Martim gomez foi casado com dona steuaynha perez daluarenga que iá disemos, e nom ouueram semel.
Maria Anes, depois de viúva, fez doacão do padroado da Igreja de Santa maria da Campanhã, no Bispado do Porto, a D. Sancho Pires Homem, filho de sua irmã Tereza, no ano de 1297 – segundo pode-se ver em Cunha, Ctálogo dos Bispos do Porto, Parte 2.ª, Capítulo 13, pág. 106.
Assim, Gomes Correa e D. Maria Anes Redondo, de quem sou 20.º neto, são pais de:
VI (1) Ayres Gomes, que foi clerigo – citado no Livro Velho I [1280-1310], e esquecido no Livro Velho III [1360-1365].
VI (2) Martim Gomes, citado no Livro Velho I [1280-1310], e no Livro Velho III [1360-1365]. Casado com D. Estevainha Pires, filha de Pedro Paes Curvo – segundo Felgueiras Gayo (§ 8 N6).
Casamento documentado no Livro Velho I, escrito entre 1280 e 1310:
Martim Gomes foi casado com Esteuainha Pires filha de Pero Paes Curvo, e de Guimar Affonso Gata que non houue semel
VI (3) Vasco Gomes Corrêa, citado no Livro Velho I [1280-1310], e no Livro Velho III [1360-1365] – QUE SEGUE.
VI (4) Maria Gomes, citada no Livro Velho I [1280-1310], e no Livro Velho III [1360-1365]. Casada com Rui Lourenço de Cerveira – segundo Felgueiras Gayo (§ 8 N6).
Casamento documentado no Livro Velho I, escrito entre 1280 e 1310:
E Maria Gomes filha de Gomes Correa foi casada com Ruy Lourenço de Cerueira, e fez em ella Pero Rodrigues de Cerueira e Aldonça Rodrigues;
VI (5) Teresa Gomes Corrêa, citada no Livro Velho I [1280-1310], e no Livro Velho III [1360-1365]. Casada com Payo Soares de Azevedo, filho de D. Soeiro Pires de Azevedo – meus 18.º avós - – segundo Felgueiras Gayo (§ 8 N6).
Casamento documentado no Livro Velho I, escrito entre 1280 e 1310:
e Tareia Gomes foi casada com Paay Soaree d’Azeuedo e fez em ella Gomes Paes, e Vasco Paes, e Esteuão Paes, e Ayres Paes que foi clerigo, e Pay Correa que foi abbade de Pombeiro.
Casamento também documentado no Livro Velho III, escrito entre 1360 e 1365:
Esta dona Tereza gomez coreya foi casada com paay soarez dazeuedo como se mostra no Titulo LII dos dazeuedo parafro II.º, e fez em ela steuam paaez, e gomez paaez, vasco paaez, e aluaro paaez que moreo sem semel.
VI (6) Lourenço Corrêa – somente indicado, com dúvidas, por Felgueiras Gayo (§ 108 N6). Os velhos Livros de Linhagens, contemporâneos desta família, não registram este Lourenço Corrêa.
VI (3) – VASCO GOMES CORRÊA, que foi Alcaide Mor de Abrantes, por mercê do Rei D. Afonso IV [1325-1357] – segundo Felgueiras Gayo [§ 8, N 6].
Com geração do seu cas. com Boa de Pamplona – segundo Felgeiras Gayo, talvez baseado no Nobiliário do Conde D. Pedro – que cita, e diz ser filha de hum carniceiro e diz o Conde della tivera os filhos abaixo.
Casada, segunda vez, com Leonor Mendes de Oliveira, filha de Mem Pires de Oliveira.
No Livro Velho I, escrito entre 1280 e 1320, não fala deste segundo casamento, porém, do primeiro, informa ter deixado geração:
Vasco Gomes foi casado com D. Boa de Pamplona, e fez em ella Affonso Correa, e Ynez Velasques,
O Livro Velho III, escrito entre 1360 e 1365, contemporâneo dp casal, portanto fonte de grande confiança, também registra este casamento, com sua geração:
Este vasco gomez foi casado com dona bõa de pompolana filha d’huum carniceiro, e fez em ela afomso coreya e ynês vasques coreya.
Também o Conde D. Pedro, em seu Nobiliário [séc. XIV], escrito pouco depois do Livro Velho III, certamente uma de suas fontes, dá geração ao casamento de Vasco Gomes Corrêa com Boa de Pamplona [tt.º 62, fl. 350 N 12].
Assim, Vasco Gomes Corrêa e Boa de Pamplona, são pais de (entre outros):
VII – AFONSO CORRÊA, que também foi Alcaide-Mor de Abrantes. O Rei D. Fernando [1367-1383] lhe deu a terra de Gondomar junto ao Porto, no ano de 1380, a qual lhe confirmou o Rei D. João I [1385-1433], e lhe deu uma quinta em Elvas.
Com geração do seu cas. com Teresa Martins, filha de Martim Anes Reymondino ( O Raimundinho) e de Maria Vasques.
Este casamento e geração vem confirmado no Livro Velho III, escrito entre 1360 e 1365, contemporâneo dp casal:
E este afomso coreya foi casado com dona Tereza martins filha de Martim anes reymondinho e de dona Maria vasques filha de vasco martins da chamusca, e fez em ela gonsalo afomso coreya, e pedrafonso coreya, e diogo afomso coreya, e Martim afomso, e dona .... afomso que foi casada com Martim feriz. E dona ... afonso que foi casada com pedrafomso sobrinho do bispo dom Reymon de coynbra natural de corooroz.
Pais de:
VIII (1) Gonçalo Afonso Corrêa, citado no Livro Velho III [1360-1365], e em Felgueiras Gayo. Sucedeu na casa de seu pai. Deste descendem, por parte de seu neto João Afonso Correia, os Correias da Ilha da Madeira – Nobiliário da Ilha da madeira, § 1 N 1, pág. 151.
VIII (2) Pedro Afonso Corrêa, citado no Livro Velho III [1360-1365], o que não vai em Felgueiras Gayo.
VIII (3) Diogo Afonso Corrêa, citado no Livro Velho III [1360-1365], o que não vai em Felgueiras Gayo.
VIII (4) Martim Afonso Corrêa, citado no Livro Velho III [1360-1365], e também em Felgueiras Gayo. Tinha a Comedoria do Mosteiro de Mancelos, no reinado de D. Afonso IV, em 1339, segundo consta da Lista do mesmo. Gayo diz ter sido casado com Maria Rodrigues de Penellamas, segundo viu no Livro antigo, que já sabemos não ser o Livro Velho III.
VIII (5) Ayres Afonso Corrêa, que não vai citado no Livro Velho III [1360-1365], que é contenporâneo de sua família, o que me faz acreditar que tenha nascido pouco antes da elaboração aquele valioso Livro de Linhagem, e que não teria havido uma checagem sobre os novos filhos de Vasco Gomes Correia. Também tinha a Comedoria com seu irmão Martim. D. Pedro I [1357-1367], lhe coutou a herdade do Azinhal. Fez-lhe o Rei D. Fernando [1367-1383] mercê do Castelo de Monforte, no ano de 1367. Ainda, D. Pedro I [1357-1367], deu-lhe o Castelo de Monforte, em cuja Carta o chama de Vassalo
Livro da Chacnelaria de D. Pedro I:
Carta per que o dito senhor mandou entregar o seu castello de moofort airas a.so correa seu uasallo que lhe delle fez menagem ect. (...) em lixboa xxiij d de Junho de mjl iij lRb annos [23 de Junho da era de 1395 – que corresponde ao ano de 1357].
VIII (6) .... Corrêa, casada com Pedro Afonso, sobrinho do bispo D. Reimão de Coimbra, citado no Livro Velho III [1360-1365], e também em Felgueiras Gayo.
VIII (7) .... Corrêa, casada com Martim Feriz, citado no Livro Velho III [1360-1365], e ignorada por Felgueiras Gayo.
E não há nenhuma referência a um Fernando Afonso, nesta filiação.
Meus cumprimentos
CAU BARATA
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Meu Caro Vasco Jacome
Tenho seguido o assunto "Correias" com o maior interesse porquanto Pêro Correia da Cunha foi o 1º Capitão do Donatário da Ilha Graciosa donde sou natural e costumo ler tudo o que consigo apanhar sobre essa ilha.
Os genealogistas açorianos dão uma ascendência ao Pêro Correia que talvez incorra um pouco na confusão dessa família. Não o vou por emquanto gastar o seu tempo com uma ascendência que conhece bem melhor do que eu embora em altura oportuna lhe transcreva o que por aqui consta sobre o persinagem.
Que ele existiu não temos dúvidas - em 1458 ainda era designado em documento do Infante D.Henrique como o "meu mostrador" e onde menciona que o casou com a filha de Bartolomeu Perestrelo (D.Izeu Palestrelo de Mendonça) e lhe deu uma tença de 10$000.
Tambem não temos dúvidas que chegou a viver na Graciosa - há um documento a propósito de umas peças que lhe foram dadas pela Ordem de Cristo para ele levar para igreja matriz - aliás o filho primogénito Jorge Correia da Cunha e a mulher D.Izeu morreram na Graciosa e lá foram enterrados sendo mais tarde transladados. Tambem conhecemos o filho Duarte que chegou a ser o 2º Capitão do Donatário e por morte deste sem filhos passou para uns parentes (?) Coutinhos.
Tambem se conhece sem grandes dúvidas toda a descendência na Graciosa dos filhos do Jorge Correia e de uma irmã que lá casou. Uma das filhas do Pêro Correia de nome Maria casou na Madeira com um Vasconcelos e a outra de nome Filipa casou duas vezes mas sem descendênia.
Bom ... não lhe roubo mais tempo mas estou interessado em seguir a discussão no Forum s/ a ascendência deste Pêro
Cumprimentos E.Medina
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Eugenio, se não me engano, seguindo Frutuoso de memória, a Filipa voltou para a corte e fazia questão de ser chamada " Correia da Cunha". Meus Furtados de São Miguel são parentes destes Correias. Pergunto ao amigo Cau Barata que junto com o Cunha Bueno fizeram o Dicionário das Famílias Brasileiras: não está na hora de concentrar-se um pouco mais nessa imigração açoriana para o Brasil?
Abraço,
Manoel Furtado
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Rio de Janeiro, 21.11.2001 - 11:52
Caro Manoel Furtado,
Está guardada a sugestão.
Realmente, diante da fabulosa contribuição migratória dos açorianos para o Brasil, o DICIONÁRIO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS, fica a desejar, segundo se pode ver na estatística abaixo:
32 ocorrências para a denominação Ilha dos Açores, sem definição do nome da Ilha;
31 ocorrências para a denominação Ilhas portuguesas, sem definição do nome da Ilha;
2 ocorrências para a Ilha de São Jorge;
7 ocorrências para a Ilha de Santa Maria;
20 ocorrências para a Ilha do Pico;
41 ocorrências para a Ilha do Fayal;
78 ocorrências para a Ilha de São Miguel;
100 ocorrências para a Ilha Terceira;
perfazendo um total de 311 ocorrências.
Como os quatro volumes até agora lançados, representam 10 % de nossas pesquisas, espero, pouco a pouco, dar maior justiça aos açorianos, e ampliar em muito àquelas ocorrências.
O mesmo há que fazer com relaçào aos madeirenses, para os quais há 130 ocorrências.
Meus Cumprimentos,
Cau Barata
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Fernando Moreira de Sá Monteiro
Começo por lhe agradecer a sua atenção por este assunto.
Mas os factos que constam da sua mensagem, não são propriamente novidade. Sei que tem as “Linhagens Medievais”, pois o seu nome consta da lista dos subscritores (nº 80). Pode então verificar que esses Martim e Aires já aí são identificados como naturais de Mancelos, aliás precisamente com base na obra de Luís São Payo, como pode ver no Vol. 2 pg. 400, notas de rodapé 81 e 82.
Só que eles são filhos de Afonso Vasques Correia, filho de Vasco Gomes Correia e de Boa de Pamplona. São portanto filhos do Afonso de quem Gayo fala no §8 N7 ou Manuel de Sousa da Silva, no §18 N7 (pg. 498, do Vol. I). Não é pois o Afonso Correia, que foi morto pelos Tavares, etc (no Gayo §1 N6 e Sousa da Silva §2 N6, pg. 483) e tido tradicionalmente como ascendente da Casa de Farelães.
Quanto à naturalidade de Mancelos, ela vem de facto pela m.er deste Afonso Vasques Correia, Teresa Martins Raimundinha, pois esta era fª de Martim Anes [de Portocarreiro] cc Maria Vasques da Chamusca. O irmão desta Teresa, Rui Martins da Chamusca tb era natural de Mancelos. Tudo isto é dito por José Pizarro na pg. 327 (ver nota de rodapé nº 46). Portanto, é via Portocarreiro e não Cunha.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
PS: no passado Domingo 18, enviei-lhe um e-mail com 4 imagens anexas. Pode-me só confirmar se recebeu em boas condições?
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caríssimos intervenientes neste tópico
Uma vez que um ponto fulcral desta discussão é o facto de que, ao contrário do que dizem os “clássicos”, Afonso Correia, filho de Payo Pires Correia e Maria Mendes de Melo, parece não ter tido filhos, transcrevo aqui a argumentação do Doutor José Augusto Sotto Mayor Pizarro, na pg. 397, na nota de rodapé nº 58, das suas “Linhagens Medievais Portuguesas”:
“No test.º de Margarida Pires Ribeiro, feito em Fev. de 1317, esta deixou um cálice de prata a S. Silvestre da Silva por alma de Afonso Correia (ANTT, Col. Costa Basto – Most.º de Grijó, nº 8, fls. 31v.º-40). Margarida Pires era mulher de Martim Pires de Alvim – testamenteiro de Afonso Correia – o qual, por test.º datado de 1327, deixou legados pios por alma daquele (IDEM, ibidem); no entanto, Martim Pires não foi rigoroso no cumprimento das suas obrigações, uma vez que em 1355 o seu filho João Pires de Alvim vendeu as herdades que Afonso Pais tinha na Covilhã e que determinara fossem vendidas, o que não tinha sido feito ((IDEM, ibidem). Em nenhum destes diplomas se faz referência a filhos de Afonso Pais.”
Fica assim acessível a quem não tem a obra em questão.
Obrigado pela atenção,
Vasco Jácome
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Vasco Jácome:
Na verdade, não tive o cuidado de consultar a obra do Zé Pizarro acerca dos Correias. E, de resto, nunca tive intenção de me apoderar dos dados fornecidos por outros. Nunca foi a minha forma de investigar, nem será. Ao contrário de muito boa gente...*rs
De resto, se assim, fosse, nem referiria o estudo do Luiz Vaz de São Payo.
Quanto às imagens que teve a gentileza de me remeter, recebi-as de facto em boas condições, ainda que só hoje as tenha visto.
Cumprimentos.
Fernando de Sá Monteiro
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Prezado Cau Barata,
Agradeço, faça isso sim, e aproveito para parabenizá-lo pelo trabalho pioneiro do "Dicionário", junto com o Dep. Cunha Bueno. Imagino a enorme dificuldade considerando o tamanho do Brasil e as diversas correntes migratórias.
Abraço,
Manoel Furtado
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Meu caro Cau Barata
Pêro Correia da Cunha casado com D.Izeu Palestrelo de Mendonça foi comprovadamente Capitão do Donatário (na época o Infante D.Henrique)da ilha Graciosa nos Açores e lá chegou a viver com a mulher, 2 filhos e 3 filhas. O Pêro Correia por volta de 1458 tambem foi Cap.Donat. da ilha do Porto Santo por compra da Capitania a um cunhado menor filho do 3º casamento de Bartolomeu Perestrelo mas em 1473 perdeu a Capitania em demanda e foi anos depois para a nova capitania da Graciosa.
Aquando da compra ao cunhado apadrinhada pelo Infante, o documento de autorização identifica-o como o "seu mostrador" e acrescenta que o casou com a filha de B.Perestr. e lhe deu uma tença de 10$000. Até aqui existem provas documentais satisfatórias sobre o personagem bem como a sua descendência que ficou na Graciosa.
Tambem é referido em crónica como Senhor de Farelães ou filho do Senhor de Farelães que aliás nos parece mais verdadeiro.
Se tiver paciência para tal agradecia que verificasse a ascendência que os genealogistas da Graciosa apresentam nos seus trabalhos :
filho de Gonçalo Correia da Cunha e de Branca Rodrigues Botelho e neto paterno de outro Gonçalo Correia da Cunha casado com Isabel Pereira de Lacerda esta filha do Alf.Mor Gil Vasques da Cunha e de D.Isabel Pereira filha de Álvaro Gonçalves Pereira e de Iria do Carvalhal. Por sua vez o avô paterno Gonçalo(II) é dado como filho de Fernão Afonso Correia da Cunha e de Leonor Anes filha de João Martins da Cunha e de Sancha Vasques Pimentel. O Fernão Afonso filho de Afonso Correia e de Brites Martins da Cunha.
Obrigado Eugenio Medina
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Cau Barata,
Tem alguma informação sobre Antão Fernandes Correia, que terá vivido no século xv, cujo neto Pedro de Lagea Correia, teve carta de brasão em 1530(Arquivo Heraldico e Genealogico de Sanches de Baena)em que terá provado pertencer á família dos Correias?
Com os melhores cumprimentos,
Nuno Ponces
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Prezado Vasco Jácome
De acordo com Pizarro seria então esta a árvore dos Correias da Cunha. Certo?
Paio Ramires Correia c.c. ?
/
Soeiro Pais c.c. Urraca Oeriz Guedeão
/
Paio Soares c.c. (2) Maria Gomes da Silva I
/
Pero Pais c.c. Dordia Pires de Aguiar
/
Gomes Pires c.c. Maria Anes Redondo
/
Vasco Gomes c.c. Boa de Pamplona
/
Afonso Vasques c.c. Teresa Martins Raimundinha
/
Fernão Afonso c.c. Leonor Anes da Cunha
Abraço,
Manoel Furtado
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Meu Caro Cau Barata
Abusando da sua paciência enviei um mail a pedir uma verificação de alguns ascendentes de Pêro Correia da Cunha mas levava um erro de datas.
O Infante D.Henrique foi Donatário dos Açores e Madeira e nomeou alguns Capitães do Donatário
mas o Pêro Correia a ter sido nomeado (não se conhece o documento simplesmente referências a ele)foi depois da morte do Infante em 1460 e a sua nomeação teria sido por D.Brites mãi e tutora do jovem Duque de Vizeu D.Diogo.
Mais uma vez obrigado E.Medina
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Rio de Janeiro, 22.11.2001 – 13:32
(Carlos Barata)
PARTE III
Meu caro Eugenio Medina,
Questões genealógicas referentes às ilhas portuguesas estão um pouco fora do meu conhecimento, no entanto, para certos casos, como ocorreu nas origens dos Correia, que já tratei neste tópico, na falta de manuseio dos documentos primários, acabo apelando na leitura de outras fontes, impressa ou não, dos antigos tratados genealógicos.
Confesso que entrei neste tópico, quando percebi várias mensagens debatendo se Gayo estava certo ou não, com relação as origens dos Correias. Tentei, no decorrer da mina Mensagem, não ignorar a existência do Nobiliário do Gayo, escrito pelos anos 30 do século XIX, tomando por base o seu encadeamento genealógico, e conferindo com os que foram deixados por aqueles que o antecedeu – e não foram poucos.
No entanto, percebo que a polêmica ficou mesma parada em Felgueiras Gayo, deixando de lado fontes tais como:
Livro Velho I [1280-1320]
Livro Velho II [séc. XIII]
Livro Antigo de Linhagens [c.1343]
Conde D. Pedro [entre 1340 e 1344],
Livro Velho III [1360-1365],
Damião de Gois [1502-1574],
D. Antônio de Lima Pereira [-1582],
Gaspar Fructuoso [1551-1591],
João Batista Lavanha [1555–1624],
Frei D. Antônio Brandão [1584–.1637],
Marquês de Montebello [1595–1662],
Antônio de Villas Boas e Sampaio [1629-1701],
Cristóvão Alão de Morais [1632-1693],
D. Antônio Caetano de Souza [1674-1759],
Manuel de Souza da Silva [fins do séc. XVII],
José Freire Montarroyo [séculos XVII-XVIII],
Estes valiosos pesquisadores, monumento da história genealógica universal, pelas datas dos seus trabalhos, que antecederam, em muito, ao Felgueiras Gayo, não podem ser ignorados, quando se trata das origens das famílias portuguesas. Tiveram em mãos, documentos que, certamente, nos dias de hoje já não existem mais, o que torna, em alguns casos, alguns destes trabalhos quase que uma fonte primária (caso a se discutir).
Amigo Medina, vou levantar uma questão que poderá me dar muita dor de cabeça, mas em se tratando da Idade Média ou das origens das Famílias portuguesas, Felgueiras Gayo é um bom copilador de trabalhos, e não um pesquisador. Em hipótese nenhuma esta particular opinião tira o valor de sua obra, pela qual tenho especial admiração, e mais, qualquer indivíduo que queira se instruir no mundo da genealogia, é imprescindível consultá-la.
No entanto, há que se ter um enorme cuidado com o que o nosso magnífico Felgueiras Gayo escreveu com relação as origens medievais das famílias ali tratadas, pois, talvez pelo curto tempo, pelas distâncias a serem percorridas (não existia automóvel, avião e nem telefone, e se encontrava longe de Lisboa, um grande centro documental de Portugal), pela ausência de algumas fontes primárias (já em seu tempo), e sem a valiosa contribuição dos computadores – o que faz destes homens verdadeiros loucos – Felgueiras Gayo bebeu de todas aquelas fontes supramencionadas, na sua maioria citadas por ele mesmo, e em muitos casos, registrou cadeias genealógicas com as várias versões dadas, em títulos diferentes – aí sim, percebe-se a ausência de um computador não mão daquele louco.
Quando os chamo de louco, é com a máxima admiração e carinho que tenho por estes homens. Por exemplo, sempre chamarei, com carinho, ao Einstein, de um grande louco.
Voltando a sua questão sobre as origens dos Correias da Ilha da Graciosa, nunca me empreendi em pesquisá-los e, nem mesmo em coletar grandes fontes impressas (já que as manuscritas são raras), para poder-me ajudar, quando necessário, nas pesquisas desta região.
Como podes ver na Mensagem enviada ao genealogista Sr. MANOEL FURTADO, estou carente de dados sobre a passagem dos ilhéus para o Brasil, deixando nosso DICIONÁRIO, um pouco capenga - manco de umas páginas, ou caolho de algumas letras.
Assim, vou tentar negociar com o Gayo – que deve estar chateado comigo, junto com Gaspar Fructuoso e outros, para ver no que vai dar:
§ 3
VI (1) AFONSO CORREIA – Senhor de Farelães – citado em tua Mensagem, de quem já falei na minha Mensagem do dia 20.11.2001 – 15:35 (horário de Portugal), neste tópico.
Registrado pelo Felgueiras Gayo, § 1 N6. Registrado pelo Conde D. Pedro. Registrado no Livro Velho I (sem casamento). Registrado por D. Antônio de Lima, por João Batista Lavanha, e por Souza da Silva.
Registrado – segundo informações de VASCO JÁCOME, neste Tópico, pelo Doutor José Augusto Sotto Mayor Pizarro, na pg. 397, na nota de rodapé nº 58, das suas “Linhagens Medievais Portuguesas”:
Casou com Brites Martins da Cunha, filha de Martim Vasques da Cunha, Senhor da Taboa, e, segundo outros, filha de Pedro Martins Alcoforado e de Maior Gonçalves da Cunha.
Daí a origem do apelido Cunha, que passa acompanhando o de Correia, para a Ilha da Graciosa.
Pai de:
VII – FERNÃO AFONSO CORREA – Senhor de Farelães – citado em tua Mensagem, de quem já falei na minha Mensagem do dia 20.11.2001 – 15:35 (horário de Portugal), neste tópico.
Citado por Gayo (§ 1, N.7) e na Corografia Portuguesa, Tomo I, fl. 335, Cap. 3.
Com geração do seu cas. com Leonor Anes da Cunha – ai, mais uma vez, reforça a entrada do sangue Cunha, que vai acompanhar os Correia, na sua passagem para a Ilha da Graciosa.
Pais de:
VIII – GONÇALO CORREA – Senhor de Farelães – citado em tua Mensagem, de quem já falei na minha Mensagem do dia 20.11.2001 – 15:35 (horário de Portugal), neste tópico.
O que difere das informações passadas por alguns linhagistas, que segues em tua Mensagem, é que foi casado duas vezes, anulando assim, a existência daquelas duas gerações ali indicada, em dois Gonçalo Correia da Cunha.
Casou primeiro com Branca Rodrigues Botelho.
Casou segundo com Isabel Pereira de Lacerda.
Sigo os velhos tratadistas – não tenho documentos primários em mãos para buscar validar ou invalidar o que vai dito.
Pais de [com Branca Botelho]:
IX (1) – GONÇALO BOTELHO CORREA – Senhor de Farelães – citado em minha Mensagem do dia 20.11.2001 – 15:35 (horário de Portugal), neste tópico. Também citado por Gayo, § 1, N9
IX (2) – PEDRO CORREA – citado em tua Mensagem – que segue.
IX (3) – JOÃO CORREA – segundo os já citados D. Antônio de Lima e José Freire de Montarroio. Seu descendente, Rui Barba, que também foi dado aos estudos genealógicos, discorda desta paternidade dada a João Correia, e diz ser ele filho de Cristóvão Pires Correia e de Leonor Barba. Diz, ainda, que o mesmo João Correia foi criado do Infante D. Pedro, com quem morreu na Batalha de Aljubarrota, no ano de 1449. Também citado por Gayo, § 1, N9
IX (4) – MARTIM CORREA, que Salazar de Castro, no Tomo II da Casa de Silva, diz ter sido o 1.º Senhor da Torre de Murta. Também citado por Gayo, § 1, N9
IX (5) – BRANCA CORREA, freira em Arouca. Também citado por Gayo, § 1, N9
IX (6) – ISABEL CORREA – Não vai citado por Gayo, § 1, N9, que a coloca como filha do segundo casamento
IX (7) – MARIA CORREA, esposa de Afonso Pereira de Refoios. Também citado por Gayo, § 1, N9
IX (8) – LEONOR CORREA, esposa de Martim de Távora (que outros dizem ser neta de Gonçalo VIII) – Não vai citado por Gayo, § 1, N9.
IX (2) – PEDRO CORREA – citado em tua Mensagem. Viveu na Charneca, termo de Lisboa.
Gayo, tenta esclarecer sua paternidade, e nos deixa um pouco confuso na tentativa de se tentar desvendar essa charada.
Gayo registra um Pedro Correia, como filho do segundo matrimônio de Gonçalo, e o remete ao § 83, onde trata do Capitão da Ilha da Graciosa que, na tentativa de acabar com tanta confusão, afirma que não é este, e sim um sobrinho dele, que remete ao § 90.
Assim, apesar de termos anulado uma geração juntando dois Gonçalos Correia, em um, pois foram dois casamentos em uma mesma pessoa, agora, através de Gayo, surge, novamente, outra geração, com outro Gonçalo Correia, sobre quem falei na Mensagem do dia 21.11.2001, e que vai citado nesta, no item IX (1).
Assim, temos:
1. Pedro Correia, Capitão da Ilha da Graciosa – possível filho de Gonçalo Correia e de Isabel Pereira de Lacerda (Gayo, § 1, N8 sub 9) – citado acima, VIII.
2. Pedro Correia, Capitão da Ilha da Graciosa – possível filho de Gonçalo Correia e de Margarida de Prado (Gayo, § 1, N9 sub 10) – citado acima, IX (1); e
3. Pedro Correia, Capitão da Ilha da Graciosa –filho de Gonçalo Correia e de Branca Rodrigues Botelho – citado acima, VIII.
Seu neto Afonso Correia de Melo, ao justificar a sua ascendência pela parte de seu pai, vai até o nome de seu bisavô - Gonçalo Correia -, confirmando, assim, o nome do pai de Pedro Correia, que afirma também ser o Capitão da Ilha da Graciosa - como tudo consta da sua Carta de Brasão de Armas passada a 23.04.1544 [Chancelaria de D. João III, fl. 15].
Infelizmente, este documento de justificação de ascendência, pelo menos a parte que Sanches de Baena resumiu em seu Archivo Heráldico, n.º 5 – não registra o nome de sua bisavô, para decidir quais dos três itens acima é o verdadeiro.
Gaspar Fructuoso [1522-1591], contemporâneo desta Carta de Brasão, em sua SAUDADES DA TERRA, fala dos Correia, da Ilha de São Miguel, sem entrar nas suas origens, apenas dizendo que se mudaram para a Graciosa.
Eduardo de Campos de Castro de Azevedo Soares, douto genealogista, bem mais recente do que os outros, em seu NOBILIÁRIO DA ILHA TERCEIRA [1908-1909], para o qual deve bebeu em fontes locais, assim registra a origem dos Correias ilhéus:
*... Passaram aos Açores no século XV, primeiramente, na pessoa de Pedro Correia, filho de Gonçalo Correia, sr. da antiga Casa e Honra de Farelães, e de sua mulher Branca Rodrigues Botelho, e pouco depois na de Margarida Correia, Jacome Dias Correia e João Correia, o Velho, também oriundos da mesma Casa e Honra da qual foi tronco em Portugal D. Payo Peres Correia, mestre da ordem de S. Tiago.
Aqui, Eduardo Campos apontou o nosso item 3, acima, para a origem de Pedro Correia, da Graciosa, ou seja, filho de Gonçalo Correia e de Branca Rodrigues. Quanto ao Mestre de Santiago ser tronco desta família, o que é incorreto, já foi escrito em Mensagens anteriores.
Embora seja uma fonte impressa do princípio do século XX, salvo a escorregadela de colocar o Mestre de Santiago nas origens dos Correias, há que se considerar estas informações deixadas por Eduardo de Campos, que entre as fontes que bebeu, registra, na sua bibliografia, a seguinte:
- GENEALOGIA DAS PRINCIPAES FAMÍLIAS DA ILHA TERCEIRA, por João Gonçalves Correia, e continuadas por seu filho e neto Antônio Correia da Fonseca e Ávila e Frei Christovão da Conceição. – Manuscrito do século XVII, de que existe uma cópia na Bibliotheca Pública de Ponta Delgada.
Ora, uma fonte genealógica do século XVII, manuscrita por um membro da Família Correia, pouco mais de 200 anos depois da passagem desta família para as Ilhas – há que se considerar.
Sobre o autor deste manuscrito, escreveu Eduardo Campos:
- JOÃO GONÇALVES CORREIA (licenciado), - é auctor das Genealogias mencionadas na Parte I, cap. I, n.º XLII da Bibliografia. Herdou a casa de seu pae, e foi casado duas vezes ...... Filho de Maria Correia, que casou na Graciosa, ..... neto de Bartolomeu Dias Picanço, que foi do Fayal para a Ilha da Graciosa, ...... bisneto de Diogo Afonso Picanço, que viveu na Ilha do Fayal, e criado do infante D. Fernando; ........... e terceiro neto de Martim Afonso Picanço, casado com Margarida Correia de Melo, que é tronco de um outro ramo dos Correias, de Farelães, que passou aos Açores (ilha do Fayal), no século XV
Quanto a Pedro Correia, chefe de outro tronco desta família, nas Ilhas, escreveu Eduardo Campos:
- PEDRO CORREIA, - foi fidalgo da Casa d’elrei D. Affonso V, capitão da ilha do Porto Santo e 2.º capitão da ilha Graciosa, para onde foi com sua família no anno de 1485. Foi casado com izeu Perestrello de Mendonça, ... Faleceu em Lisboa em 1498 ou 1499, sendo sepultado na capella de S. João, erecta na Egreja de Nossa Senhora do Carmo, de que era padroeiro, e para onde foram mais tarde, trasladados os ossos de sua mulher, que fallecera na Graciosa.
Estou muito longe de Lisboa, mas creio que vale a pena buscar os documentos referentes à esta Capela de São João, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, de que era padroeiro; saber um pouco mais sobre estes sepultamentos, e encontrar, quiçá, maiores revelações sobre as origens deste Pedro Correio.
Recuando um pouco mais, nas antigas fontes genealógicas das ilhas portuguesas, creio que vale citar o Padre Antônio Cordeiro, genealogista, cronista e historiador do século XVII-XVIII, que em 1717 fez imprimir sua formidável HISTORIA INSULANA DAS ILHAS A PORTUGAL SUGEYTAS NO OCEANO OCCIDENTAL.
Ao tratar das raízes de Pedro Correia, Segundo Donatário da Graciosa, não há muita informação reveladora, no que toque a Genealogia:
- 41. PEDRO CORREIA, - Segundo Capitão Donatário, & já de toda a Graciosa, foy Pedro Correia da Cunha, fidalgo nos livros delRey, & casado com D. Izeu Perestrello de Mendonça (...). O dito segundo Capitão Pedro Correia da Cunha era filho do antigo fidalgo Genialo Correia, senhor de Farelães, em Portugal, & neste, casa bem conhecida, & pelos Cunhas he de tão antiga fidalguia, que descende de Dom Goterre de Gasconha, que com o Conde Dom henrique veyo a Portrugal (...). E mais levou em a mulher, não so os Perestrellos de seu sogro, mas tambem os Furtados, & mendonças, por ser filha de Beatriz Furtado de Mendonça (...). Do tal segundo Capitão Pedro Correia da Cunha, & da dita sua mulher Izeu Perestrello de mednconça, nascerão os filhos seguintes:
X (1) Duarte Correia, (que foy o terceyro Capitaõ, como veremos) & tres filhas,
X (2) D. Felippa
X (3) D. Branca, ou Briolanja, &
X (4) D. Maria,
& todas tres levou o pay a Lisboa para Damas da Rainha, porém a D. Felippa casou lá com hum irmão de joão Rodriguez de Sá, o do Porto, da casa dos Condes de Penaguiaõ, hoje Marquezes de Fontes (...).
Enfim, meu amigo Medina, muito escrevi, muito falei, e nada decidi. Creio que as críticas devem recair sobre minha cabeça por falar demais.
Fico-lhe devendo esta. Vou buscar. Não haverei de esmorecer.
Meus cumprimentos
Cau Barata
Nota: O que fiz aqui, foi uma mera copilação de dados, tirados de muitas fontes, tentando montar este encadeamento genealógico. Estou longe das fontes primárias que possam me dar maiores subsídios, guardadas nos magníficos arquivos da Torre do Tombo e Biblioteca da Ajuda, entre outros grandes centros de pesquisa em Portugal.
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Rio de Janeiro, 22.11.2001
Caro Medina,
tenho pouco a acrescentar ao que já disse na Mensagem anterior.
Padre Antonio Cordeiro, em 1717 - seguindo Gaspar Fructuoso, tambem o registra, sem citar documentos:
TRANSCRIÇÃO do que vai em Cordeiro (1717):
1. Segundo Capitão Donatario, & primeyro de toda a Graciosa, foy Pedro Correa da Cunha, casado com D. Izeu Perestrella de mendonça, filha do Dnatário da Ilha do Porto Santo.
2. Já porém em esse tempo Pedro Correa da Cunha 9que nunca tinha vindo à Graciosa, & estava na Ilha do Porto Santo, governando-a em lugar de seu sobrinho, ainda menor) já dizem que tinha mercê Real de Capitão Donatario da outra meya Ilha Graciosa, & por isso julga o Doutor Fructuoso, que na Graciosa ao princípio houve dous Capitães Donatários, cada hum de meya ilha; mas a verdade he, que so haveria as duas mercès feytas a Duarte Barreto, & a Pedro Correa, pois que nunca ambos juntos tiveraõ posse de taes Capitanias, nem exercitàraõ o governo dellas, mas com a desgraça de Duarte Barreto, vendo Pedro Correa que a outra Capitania de meya Graciosa estava vaga, foyse a Lisboa, pedio-a tambem, allegando ser pequena a Ilha para duas Capitanias, & foy despachado por Capitão Donatario de toda a Graciosa, & então ele com sua mulher D. Izeu Perestrella de Mendonça, filha do Dnatário de Porto Santo, & com outra muyta gente se veyo para a Graciosa, & fundou a principal Villa de Santa Cruz, & fez casas suas no Pico, ou Outeyro que chamaõ das Mentiras .
3. E porque este Capitaõ Pedro Correa da Cunha foy o primeyro Capitaõ Donatario de toda a Ilha Graciosa, & o que mais a povoou, por isso delle disseraõ alguns, que fora o primeyro descubridor da dita Ilha, que muyto antes tinha sido descuberta, & ainda governada pelo Capitão Donatario Duarte Barreto, mas a verdade he o que fica dito. E he de notar, que não contente o tal Capitaõ Pedro Correa com a Capitania da Graciosa toda, pretendeo haver tambem a Capitania de Porto Santo, porque vendo que morrèra sua sogra, & que della não ficára ao Capitaõ de Porto Santo filho varaõ, mas que o dito Capitaõ se casára segunda vez com Isabel Moniz, & della morrendo deyxàra hum filho varaõ chamado como o pay Bartholomeu Perestrello, entaõ sem respeyto a isso, tratou Pedro Correa com a viuva, que lhe vendesse a Capitania de Porto Santo, & de facto, & com licença delRey lha vendeo por trezentos mil reis em dinheyro, & trinta mil reis de juro cada anno, (taõ baratas valiaõ entaõ as fazendas, ou taõ pouco era o dinheyro que entaõ havia) & assim se ficou Pedro Correa feyto Donatario de ambas as Ilhas, Graciosa, & Porto Santo, porèm duroulhe pouco, porque crescendo o pupillo Bartholomeu Perestrello, segundo do nome, tirou por demanda a Capitania de Porto Santo a Pedro Correa, & nem o preço della lhe retornou, mas descontou-se tudo pelas rendas, que de Porto Santo tinha cobrado, que quem na praça o veste, na praça o despe.
Comtantas compras e vendas, demandas, etc. não é possível que na Torre do Tombo não haja algum documento tratando deste assunto.
Meus cumprimentos
Cal Barata
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Meu Caro
Obrigado pela informação. Existe uma carta de D.Afonso V a confirmar/autorizar a compra da Capitania de Porto Santo pelo Pero Correia na qual começa por transcrever a própria carta do Infante a concordar com o negócio. Essa carta que está no Livro das Ilhas na Torre do Tombo está transcrita na íntegra no Arquivo dos Açores. Mas 15 anos mais tarde em 1473 o rei deu o dito por não dito e invalidou a venda o que à luz das actuais leis sobre menores estaria correcto.
O problema para nós é a ascendência do Pêro Correia e vou de novo analisar com toda a paciência a sua vasta informação sobre essa família. Mais uma vez obrigado
Eugenio Medina
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Prezado Eugénio Medina,
A viúva (segunda mulher) do Bartolomeu ficou sem dinheiro e acabou vendendo a capitania para o Pedro Correia da Cunha que era casado com a Iseu/Isabel/Elena que era filha da Brites (Catarina?) Furtado de Mendonça do primeiro casamento com o capitão.
Na verdade ela estava dando um golpe no seu filho menor Bartolomeu Perestrelo (jr.) do segundo (ou terceiro) casamento.
Com a ajuda do Manuel Vasconcelos, casado também com uma Furtada, filha tb da Brites e do Bartolomeu I, Bartolomeu II recuperou a capitania, com o aval do rei.
Tenho as datas aqui arquivadas, estou citando de memória, se quiser posso passar.
Essa velha Madeira é um filme.
Abraço,
Manoel Furtado
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Manoel Furtado e demais interessados neste assunto
Essa é exactamente a ideia com que fico da leitura das “Linhagens Medievais Portuguesas”. Esta será mesmo a única linha por onde os Correias conhecidos da Idade Moderna podem entroncar nos medievais.
É claro que existem outras ligações, mas por linha feminina e que como tal, os descendentes terão seguido o apelido da varonia. Será o caso dos Carpinteiro, Gravel, Riba de Vizela, Mogudo de Sendim, Molnes, Chacim, Barbosa, Taveira, Teixeira, Velho, Azevedo, Cambra, Percelada, Alvarenga e Feriz. Claro que nem todas chegaram aos nossos dias.
Será então:
- Paio Ramires Correia c.c. ?
- Soeiro Pais c.c. Urraca Oeriz Guedeão
- Paio Soares c.c. (2) Maria Gomes da Silva I
- Pero Pais c.c. Dordia Pires de Aguiar
- Gomes Pires, que segue
- Paio Pires Correia cc Maria Mendes de Melo, tiveram entre outros:
-- Afonso Pais Correia, morto pelos Tavares (eventualmente, cc Maria Pires Alcoforado, mas SG)
- Gomes Pires, que serviu o Rei de Castela e foi por este Tenente do castelo de Cieza c.c. Maria Anes Redondo
- Vasco Gomes c.c. Boa de Pamplona, filha de um carniceiro
- Afonso Vasques c.c. Teresa Martins Raimundinha
- Fernão Afonso c.c. Leonor Anes da Cunha.
Fernão Afonso Correia e Leonor Anes da Cunha terão tido uma primeira filha nascida antes de 1365. Aqui termina o período de estudo de José Pizarro, pelo que temos de continuar com os “clássicos”.
Estes parecem ter sido pais de mais alguns filhos e filhas, entre outros Gonçalo Correia, Sr. de Farelães, que já lhe vinha dos seus avoengos. Este terá sido casado 1 ou 2 vezes, de acordo com os diversos autores, como aqui já foi referido nas outras mensagens, dando origem a vários ramos também já aqui abordados.
Porque é que todos os “clássicos” aqui referidos (Felgueiras Gayo, Alão de Morais, Sousa da Silva e mais alguns referidos por Cau Barata) seguem a tese desmentida por José Pizarro de que Fernão Afonso é neto de Vasco Gomes Correia e Boa de Pamplona?
Pode ter sido simples erro de um, que os outros todos copiaram. Mas, as coisas podem não ter sido tão inocentes como isso, segundo eu imagino. Penso que a chave pode estar naquela Boa de Pamplona. Suponho que o nome desta senhora deve ser interpretado literalmente. Devia ser de Pamplona, pois note-se que o pai de Vasco Correia, andou por Castela e existe mesmo uma povoação Cieza, não muito longe de Santander, actualmente a menos de 300km por estrada de Pamplona (embora não possa garantir que se trata do mesmo local). Se calhar, o seu nome próprio também mereceu interpretação literal :-) ... pelo menos por parte deste Vasco Correia!
Quem pode já não achado grande interesse nisso, foram eventualmente os seus descendentes, para quem uma ligação genealógica a uma filha de carniceiro não era propriamente bom ”alimento” para a sua prosápia socio-genealógica. Repare-se que este casamento terá ocorrido por meados do séc. XIV e os genealogistas que aqui tem sido citados, quando muito terão escrito sobre estes Correias no início do séc. XVI, ou seja, para mais de 150 anos depois. Será que entretanto, com a genealogia desta família entregue a eventuais “memórias” particulares não terão introduzido qualquer “desvio”? Uma “pequena” deslocação da filiação de Fernão Afonso Correia?
Isto é apenas uma teoria minha que teria de ser comprovada por estudos da documentação dos fins do séc. XIV e XV. Aliás, este costuma ser o período mais nubloso para a genealogia nacional.
Cumprimentos e obrigado pela atenção,
Vasco Jácome
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Ilustre e caro Vasco Jácome,
Li atentamente seu "parecer", que me faz crer que estamos virando uns "correófilos" ou "correiófilos".
No primeiro caso, "amigos dos Correias" e, com mais preocupação, "mania de Correias".
No esgundo caso, vale o trocadilho, ou seja: serve, tanto as definições do primeiro caso, como a aproximação da palavra Correio, pela quantidade de mensagens que já vamos trocando sobre o assunto.
No entanto, quero ressaltar que discordo do penúltimo parágrafo de todo o seu "parecer", ou seja, a frase - obrigado pela atenção.
Lamento em dizer, mas este tipo de parecer, elucidação, elocubração, com base em muitas leituras, muitos estudos, em diversas fontes, é que nos estreitam, com segurança, no caminho certo para a verdade dos fatos.
Assim, para estes pareceres-estudos, somos nós é que temos que agradecer.
Portanto, OBRIGADO.
Meus cumprimentos
Cau Barata
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Vasco Jácome, e amigos:
Sua tese a respeito da Boa de Pamplona é bem plausível e sabemos nós que os sec. xiv, xv e mesmo o xvi são muito falhos em termos genealógicos. Precisamos de um Pizarro para essa época, que por incrível que pareça era o tempo quando a moral dos nossos antepassados estava no auge.
Com os genealogistas dos sec. xvii ao xix mantenho um saudável pé atrás. A verdade às vezes era terrível prá eles, e sabemos nós a soldo de que causa escreviam.
Lembro-me de Sigmund Freud em "Moisés e o Monoteísmo, esboço de psicanálise", que seguindo Meyer e Sellin, levanta a hipótese de que mataram Moisés e esconderam o crime, e retiraram o fato do texto bíblico. Diz Freud nessa esteira que é mais fácil matar o monstro do que retirar os escombros. O sinal da falsificação fica.
Vejo isso também no Gayo e na GP de hoje em relação ao meu capitão. Seria apenas anacronismo? Um retrocesso? Uma sina?
Um não reconhecimento das forças intelectuais (geistige, geistigkeit, geist, geistigen, geisterreich!)?
Abraço,
Manoel Furtado
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Manoel Furtado,
Já oportunamente lhe foi explicada neste Forum a razão por que ainda não foi feita a correcção que nos enviou relativamente ao "seu" capitão. Não temos dúvida que a leu porque lhe deu sequência com uma outra intervenção.
Pedimos-lhe, por isso, que não insinue/afirme de que aqui se pretendam divulgar ou insistir em falsidades genealógicas que põe obviamente em causa os princípios de honestidade e rigor científico que pautam o nosso trabalho no site.
O Genea Portugal tem-se constituído, em certa medida, como um "laboratório" que permite, com uma grande facilidade, corrigir erros contidos nas obras publicadas e são inúmeras as correcções que aqui temos feito relativamente aos livros que vimos transcrevendo.
Desagrada-nos profundamente que, depois de lhe ter sido explicado que a única razão porque ainda não fizémos a correcção que sugeriu se prende exclusivamente com o excesso de trabalho que aqui temos, pretenda, neste tópico, questionar a honestidade do nosso trabalho.
Genea Portugal
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
caro vasco Jácome e restantes participantes.
Sem querer deitar lenha para a fogueira, até porque apenas li na diagonal alguns dos posts, posso dizer que a referencia mais antiga que tenho dos correias é:
Payo correia, vassalo de D.Afonso VI, teve na comquista de Toledo e foi pagem da infanta D. Urraca. criou-se na corte.
Teve um neto Pero Correia, a que Afonso VII deu torre novais, na galiza, que era de Payo Peres, falecido sem geração.
isto reza uma lenda, transcrita por leandro carré alvarelos.
Esperando ter contribuido
Francisco Pimentel
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Não podendo contribuir, por falta de conhecimentos, pedia-vos que aceitassem mais uma humilde dúvida deste curioso.
A varonia dos Viscondes de Asseca e, por tabela, a dos Marquezes de Lavradio, foi sempre dada como sendo Corrêa. No entanto, vejo que em várias obras genealógicas isto não se verifica. Há mais notícia sobre os senhores do couto e torre de Penaboa e o seu casamento com uma Corrêa de Farelães? Ou será outra a ligação com os Corrêas?
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Conde de Avintes (suponho estar a identificá-lo correctamente)
O que lhe poso transmitir sobre a questão é o que está escrito por Felgueiras Gayo no ttº de Correias §3:
N8 Isabel Correia, filha de Fernão Afonso Correia e de Leonor Anes da Cunha, casal já aqui falado nas mensagens anteriores, cc Rui Vasques Sr. da Quinta de Crasto e Torre de Penaboa, na freg. de Outiz, Famalicão. Tiveram:
9 Tristão Vaz Correia, que segue
9 Duarte Vaz Correia “segundo outros abaixo N 10 q he o mais certo”
N9 Tristão Vaz Correia cc....
N10 Duarte Vaz Correia, que “outros fazem este Duarte Vaz Cor.ª f.º de Izabel Cor.ª e seu m.º q leva por avos”, Sr de Penaboa. Teve:
N11 Rui Vaz Correia, Sr de Penaboa. Teve, entre outros:
N12 (§4) Gonçalo Correia c 1ª vez c Filipa de Sá. Tiveram, entre outros:
N13 Salvador Correia de Sá, que passou ao Brasil, povoou a cidade do Salvador do Rio de Janeiro c 3ª vez c Vitoria da Costa. Tiveram, entre outros:
N14 Martim Correia de Sá c em Cadiz c D. Maria de Mendonça. Tiveram entre outros:
N15 Salvador Correia de Sá Benevides, Governador do Rio de Janeiro, etc cc D. Catarina Velasco, que já constam aqui no GP e foram pais do 1º Visconde de Asseca.
De facto, parece existir alguma confusão nos filhos de Isabel Correia e Rui Vasques. Gayo parece inclinar-se para que Duarte Vaz fosse filho e não neto deste casal.
A filiação de Isabel Correia também poderá ser algo polémica: Manuel de Sousa da Silva não dá esta filha a Fernão Afonso Correia (Vol. I, pg 483).
De momento, é tudo o que lhe posso adiantar.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Meu caro Francisco,
Menéndez Pidal in Primera crónica general dá o conde Pedro Ansúrez como guardião da jovem Urraca.
Dos Correias tradicionalmente em Portugal há uma história mais ou menos estabelecida, mas por volta de 1067 Pelayo Ordónez está casado com uma dama de nome Corexia. Será galego esse nome? E sua filha Marina Peláez vende ..a mater mea Coreiscia, uma heredad.
Manoel Furtado
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Rio de Janeiro, 01.11.2001
Ilustre Cavaleiro da Casa de Avintes,
saudações e cumprimentos cariocas (nota: carioca, é o nome dado a quem nasce na cidade do Rio de Janeiro).
De novo nos encontramos, parece, poderiam dizer os mais intrigueiros, que venho provocando as poderosas armas de D. Luiz de Almeida, o poderoso primeiro Conde de Avintes, assim feito por Carta de 17.02.1664.
Pois bem:
Esta varonia dos Assecas, na Casa de Farelães, já vem sendo declarada pelo douto D. Antonio Caetano de Souza, em suas Memórias Históricas e Genealógicas dos Grandes de Portugal, que certamente deves conhecer.
Tenho a terceira edição da mesma, datada de 1755 [a 1.ª Impressão – 1739: Lisboa; e a 2.ª Impressão - 1742, Lisboa], onde o autor diz:
VISCONDE DE ASSECA
--------- Ponte de Asseca, que dista pouco da Villa de Santarém, e he celebre pelo Paúl de Asseca, de que he IV Visconde, e Senhor Martim Correa de Sá, a quem ElRey D. Joseph I fez mercê conferir as honras, e prerogativas de CONDE no seu mesmo titulo de juro, e herdade, dispensando duas vezes na Ley Mental de todos os seus casos, por Decreto do I de Junho de 1753, e trez mil cruzados de renda para sempre, em recompensa de certas terras, que tinha no Rio de Janeiro [Nota: Era muita terra. Esta família, por quase 150 anos, dominou a administração do Rio de Janeiro, sendo proprietários de grandes latifíndios].
----------- A Varonia desta Casa he Correa dos de Farelaens, a qual se deduz de Salvador Correa de Sá o primeiro, que foy grande soldado, e servio com reputaçaõ no Brasil com o Governador Mendo de Sá, de quem era parente, como este refere no seu testamento, o qual era filho de Gonçalo Correa, e de sua mulher Felippa de Sá, filha de Martim de Sá descendente de Ruy de Sá Sotto-Mayor, filho de Filippa de Sá, mulher de Joaõ Gonçalves de Miranda, a qual era filha de Rodrigo Annes de Sá, filho terceiro de Joaõ Rodeigues de Sá, o das Galés, Senhor de Sevér, Camareiro Mór delRey D. Fernando.
-------------- Era Gonçalo Correa filho de Ruy Vaz Correa, neto de Duarte Vaz Correa, e bisneto de Tristaõ Vaz Correa, que foy terceiro avô do referido Salvador Correa de Sá, Comendador da Ordem de Christo, Governador do Rio de Janeiro, e de sua mulher Dona Maria de Mendonça e Benavides, filha de D. Manoel de Benavides, Governador de Cadiz, e de sua mulher Dona Cecilia Hiermau Ingleza ....... etc.
E dá início a descendência deste Salvador Corrêa de Sá e D. Maria Benavides.
Para situar melhor cronologicamente estes primeiros Corrêa de Sá , no Rio de Janeiro, colocamos o seguinte no DICIONÁRIO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS:
---------- Antiga e das mais importantes e poderosas famílias do Rio de Janeiro seiscentista. Administraram a Cidade, por quase 150 anos. Grandes proprietários de engenhos nos subúrbios cariocas. Desbravadores.
Teve princípio em Salvador Correia de Sá [c.1530, Quinta da Pena Boa, Barcelos, Portugal - 1631, Portugal], filho de Gonçalo Correia (da Costa) e de Felipa de Sá, patriarcas desta família Correia de Sá, conforme se disse acima.
Governador do Rio de Janeiro (1568-1572 e 1597) e das Minas do Sul de 1613 a 1622. Cavaleiro do hábito de São Tiago.
Teve foro de Fidalgo Cavaleiro a 30.08.1574. Foi casado três vezes, deixando larga e nobre descendência somente de dois casamentos: do primeiro, por volta de 1572, com Inês de Souza [c.1552 - d.1602, Lisboa]; e do terceiro, por volta de 1605, com Vitória da Costa [Azamor - ?], filha de Fernão Freire e de Branca Freire.
Entre os descendentes do Governador Salvador Correia de Sá, registram-se:
I - o filho, o Capitão-Mor Martim Corrêa de Sá [c.1575 - 10.08.1632, Rio, RJ], Cavaleiro da Ordem de Cristo.
Governador do Rio de Janeiro (1602-1607 e 1623-1632) e Capitão-Mór de Cabo Frio, antes de 1618.
Deixou geração do seu cas., c.1600, em Cádiz, Espanha, com Maria de Mendonça y Benavides [c.1580 - 29.11.1615], filha de D. Manuel de Benavides, 3.º Sr. de Rozas, Gov. de Cádiz, e de Cecília Bourman (ou Hiermau ?];
II - o filho, Gonçalo Corrêa de Sá [c.1576 -], Fidalgo da Casa Real. Capitão-Mor da Capitania de São Vicente, de 1617 a 1620. Por ocasião da concessão das primeiras sesmarias no Vale dos rios Paraíba, Pomba e Muriaé, em 1627, dadas pelo Governador Martim de Sá, foi um dos contemplados, com glebas de terras entre Campos de Goitacazes, Macaé e Carangola, juntamente com seus irmãos Manuel e Duarte Corrêa de Sá. Deixou geração do seu cas., em São Paulo, com Esperança da Costa;
III - o filho, Manuel Corrêa de Sá [c.1577 -], Capitão no Brasil. Herdeiro da Quinta de Penaboa. Um dos contemplados com terras de sesmarias no Vale dos rios Paraíba, Pomba e Muriaé, em 1627, dadas pelo Governador Martim de Sá;
IV - o filho, Vasco Anes Corrêa [c.1580 -], Capitão-Mór e Governador da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro;
V - o neto, o sargento-mor Salvador Corrêa de Sá e Benavides [1601, Cádiz - 01.01.1688, Lisboa], Alcaide-Mor do Rio de Janeiro. Cavaleiro da Ordem de Cristo, do Conselho de Guerra. Gov. do Rio de Janeiro (1637-1643, 1648 e 1660). Governador do Reino de Angola, que restaurou com grande gloria do poder dos holandeses.
Deixou geração do seu cas., em 1638, com Catarina Ramires Barbosa de Velasco Ozório de Vilagra, filha do Tenente-General Pedro Ramires de Velasco, Vice-Rei do Peru, e de Maria Osório de Villagra;
VI - o bisneto, Salvador Corrêa de Sá e Benevides [bat. 04.12.1642, Rio, RJ -], Chantre da catedral de Lisboa;
VII - o bisneto, Martim Corrêa de Sá Benevides e Velasco [08.09.1639, Rio, RJ - 28.10.1674, Setúbal, Portugal], Mestre de Campo do Terço de Moura e General das Armas do Partido de Setúbal, que serviu com grande reputação na Guerra da Aclamação.
Governador do Rio de Janeiro, que recebeu, de juro e herdade, o título de visconde da Ponte de Asseca, por Carta de 15.01.1666, passada por D. Afonso VI, Rei de Portugal.
A família, já havia recebido a promessa de um título de visconde, a 11.12.1658.
Deixou geração do seu cas., em 1663, com Angela de Mello, primeira viscondessa de Asseca;
VIII - o terceiro neto, Salvador Corrêa de Sá Benevides e Velasco [1665 - 1678], que, por falecimento de seu pai em 1674, tornou-se o 2.º visconde de Asseca. Sucedeu na casa a seu avô. Alcaide-Mor do Rio de Janeiro. Cavaleiro da Ordem de Cristo. Faleceu solteiro;
IX - a terceira neta, Maria Antônia da Silva, que foi cas. com Martinho de Souza de Menezes, 3.º conde de Vila Flor, título português;
X - o terceiro neto, Diogo Corrêa de Sá e Benevides [07.04.1669, Lisboa - 05.11.1745], que teve confirmação, pelo Rei de Portugal, em 26.09.1678, do título de 3.º visconde de Asseca de juro e herdade.
Sucedeu em todos os bens de sua família. Foi Comendador de S. Salvador de Minhotaens, e de S. João de Cássia, no Bispado de Coimbra. Senhor de Tanquinhos, do Couto de Penaboa, das Vilas de S. Salvador, e de S. João no Brasil.
Alcaide-Mor da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Foi Acadêmico dos generosos. Foi um dos sócios da Academia Real do Número quando esta se instituiu em 1721.
Deixou geração do seu cas., a 10.04.1697, com Inês de Lencastre [19.11.1678 -];
XI - a quarta neta, Teresa de Lencastre [15.09.1771 -], que foi cas., a 28.12.1732, na importante família Coelho de Carvalho (v.s.). Proprietária da Capitania de Camurá, no Estado do Maranhão e Grão-Pará;
XII - o quarto neto, Martim Corrêa de Sá [20.01.1698 - 10.06.1778], que foi confirmado, pelo Rei de Portugal, com o título de 4.º visconde de Asseca, elevado, por outra mercê de D. José I, Rei de Portugal, a visconde de juro e herdade com Honras de grandeza que competem aos Condes, por Carta de 01.06.1753 - assim, denominado por alguns, como 1.º conde de Asseca.
Gentil Homem da Câmara do Infante D. Antônio [22.08.1753]. Deputado da Junta dos Três Estados [06.01.1754]. Acadêmico da Academia Real.
Faleceu sem sucessão, do seu cas., a 05.11.1739, com sua prima Mariana de Lencastre, Dama do Paço;
XIII - o quarto neto, Luiz José Corrêa de Sá Velasco e Benevides [15.10.1698 - 1779], que estudou em Coimbra, e foi pensionista no Colégio de S. Paulo. Abandonando a vida religiosa para a militar, serviu como Capitão-tenente e foi Governador de Pernambuco [1747].
Deixou geração do seu casamento com Francisca Joana Josefa da Câmara [27.12.1740 - 21.04.1799];
XIV - o quinto neto, o marechal Salvador Corrêa de Sá Benevides e Velasco [06.03.1760 - 17.08.1817], que foi confirmado, pelo Rei de Portugal, por Decreto de 10.05.1777, com o título de 5.º Visconde de Asseca, com Honras de grandeza.
Deixou geração do seu primeiro casamento, a 02.02.1784, com Helena Gertrudes José de Mello [15.11.1766 - 13.06.1787], 5.ª viscondessa de Asseca. Ficando viúvo, contraiu novas núpcias, a 13.10.1793, com a nova viscondessa de Asseca, Maria Benedita de Sampaio Melo e Castro [04.10.1776 - 26.04.1841], nascida um ano antes da concessão do título ao seu marido.
A família Corrêa de Sá, recebeu, em 1787, a Almotaçaria-mor do Reino, pelo falecimento, sem geração, do 6.º Almotacer-Mor João Gonçalves da Câmara Coutinho, tio materno do 5.º visconde de Asseca.
Do primeiro matrimônio do 5.º visconde, originou-se o chamado ramo Português; e, do segundo matrimônio, originou-se o ramo Brasileiro;
XV - o sexto neto, Antônio Maria Corrêa de Sá Benevides e Velasco da Câmara [28.07.1786 - 05.06.1844], que foi confirmado, pelo Rei de Portugal, com o título de 6.º Visconde de Asseca;
XVI - a sexta neta, Teresa Maria do Resgate Corrêa de Sá Benevides [03.12.1794 - 13.11.1832], que foi cas., a 18.08.1811, com o 6.º conde de S. Lourenço, em Portugal;
XVII - o sexto neto, José Maria Correia de Sá [06.05.1798, Lisboa -], súdito brasileiro, Gentil Homem da Câmara do Imperador do Brasil.
Casado, no Rio de Janeiro, c.1825, com sua prima Leonor Maria de Saldanha da Gama [15.01.1805 -], dama de honra da Imperatriz do Brasil, Teresa Cristina, e filha do 6.º conde da Ponte, da importante família Saldanha da Gama (v.s.). Com geração estabelecida em São Paulo;
XVIII - o sétimo neto, Salvador Corrêa de Sá Benevides [c.1826 - 11.05.1863, Rio, RJ], bacharel em Direito, que deixou geração do seu cas., c.1848, no Recife, PE, com Teresa Augusta Barreto Lamenha Lins, das principais famílias de Pernambuco, filha do Coronel Bento José Lamenha Lins, chefe de um dos ramos desta família Lamenha (v.s.), de Pernambuco e neta materna do marquês do Recife, da importante família Paes Barreto (v.s.), de Pernambuco;
XIX - o sétimo neto, Dr. José Maria Correia de Sá e Benevides [07.06.1833, Campos dos Goitacazes, RJ - 10.04.1901, São Paulo, SP], bacharel em Direito [SP-1854]. Lente da Academia de Direito de São Paulo.
Deixou geração, em São Paulo, do seu cas., a 14.10.1855, com Emília Dabney de Avelar Brotero [17.11.1832 - 31.05.1911], filha do conselheiro José Maria de Avelar Brotero, patriarca desta família Brotero (v.s.), em São Paulo;
XX - o sétimo neto, Francisco Maria Corrêa de Sá Benevides [18.04.1846, Campos dos Goitacazes, RJ - 15.10.1896, Rio, RJ], bacharel em Direito [SP-1867]. Advogado. Deputado à Assembléia Geral Legislativa [AL-1857] e Presidente do Estado do Sergipe [1856-1857];
XXI - a sétima neta, D. Maria Vitória Corrêa de Sá Benevides [26.12.1813 - 31.08.1870], que, por seu cas., a 11.04.1836, com Antônio José de Mello, tornou-se a 9.ª condessa de S. Lourenço, em Portugal.
Voltando ao 6.º visconde, deixou geração do seu cas., a 18.01.1818, no oratório da mãe da noiva, no Rio de Janeiro, com Maria-Rita de Castelo Branco [09.12.1790 -], que tornou-se a 6.ª viscondessa de Asseca;
XXII - a oitava neta, Maria Rita Corrêa de Sá Benevides [02.10.1821 - 30.01.1868], que foi casada a 01.10.1849, com o conde de Vila Nova de Portimão, título português;
XXIII - o oitavo neto, Salvador Corrêa de Sá Benevides e Velasco da Câmara [22.10.1823 - 24.01.1852], que foi confirmado, provavelmente, em 1844, pelo Rei de Portugal, com o título de 7.º visconde de Asseca.
Deixou geração do seu cas., a 22.10.1845, com Mariana de Souza Botelho Mourão e Vasconcellos [02.08.1826 -], que foi a 7.ª viscondessa de Asseca;
XXIV - o nono neto, Antônio Maria Corrêa de Sá Benevides e Velasco da Câmara [04.06.1846 - 15.10.1910], que foi confirmado, provavelmente, em 1852, pelo Rei de Portugal, com o título de 8.º visconde de Asseca.
Deixou geração do seu primeiro cas., a 08.02.1872, com sua prima 2.ª, Leonor Maria Pinto de Soveral [12.12.1849 - 07.05.1879], que foi a 8.ª viscondessa de Asseca.
Foi casado, em segundas núpcias, a 15.12.1889, com a segunda viscondessa, Maria Rita de Castelo Branco, viúva do 5.º marquês de Pombal;
XXV - o décimo neto, Maria da Piedade Corrêa de Sá [11.11.1872, Torres Novas, Portugal -], que, por seu cas., a 16.07.1895, com João Pinto Leite [05.04.1873 - 1941], tornou-se a 3.ª visconde dos Olivais, título português;
XXVI - o décimo neto, Salvador Corrêa de Sá Benevides Velasco da Câmara [14.12.1873 - 12.06.1939]. Par do Reino. 11.º Almotacer-Mor do Reino. Secretário particular de S.M. o Rei D. Manuel II. Oficial de Engenharia, que foi confirmado, pelo Rei de Portugal, provavelmente, em 1910, com o título de 9.º visconde de Asseca.
Deixou geração do seu cas., a 02.08.1898, com Carolina Maria Correia Henriques [16.04.1877, Lisboa - 08.12.1953], nona viscondessa de Asseca;
XXVII - o décimo primeiro neto, Antônio José Maria Corrêa de Sá Benevides e Velasco da Câmara [03.10.1900, Lisboa -], que foi confirmado, por Alvará do Conselho de Nobreza, de 20.01.1948, com o título de 10.º Visconde de Asseca com Honras de Grande que competem aos Condes. Veador da Rainha a Senhora D. Amélia.
Deixou geração do seu cas., a 18.07.1923, com Maria Luisa de Jesus José Francisca de Paula de Souza e Holstein Beck [30.12.1900, Lisboa -], décima viscondessa de Asseca.
Meus cumprimentos
Cau Barata
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Cau Barata
Com esta sua mensagem, que só agora vi, não posso deixar de lhe colocar uma questão: como encaixam aqui Martim Correia Vasques, Tomé Correia de Alvarenga e Ana Correia, mulher de Pedro de Sousa Pereira (remoto tio avô)?
A indicação que tenho é que seriam filhos de Manuel Correia (meio irmão de Salvador Correia de Sá, o velho)e de Maria Mariz de Alvarenga; netos paternos de Gonçalo Correia e de sua 2ª mulher Maria Ramires (?).
Estão correctos estes dados? Parece-me cronologicamente estranho (o que não significa impossível): é que Pedro de Sousa, n. ca.1610 e casa por 1640 com Ana Correia. Se esta não é mais velha do que o marido, terá nascido quando o tio, Salvador-I,contava já, pelo menos, 80 anos.
Antecipadamente agradecido,
João Amaral Frazão
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Obrigado caro M Furtado
O nome Corexia, parece Basco, talvez oriundo do pais basco, pirineus ou mesmo catalunha. (Coretxia)!!!
Nao sei se ha algum topominio com esse nome???
Um abraço
F Pimentel
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Meu Caro Cau Barata,
Uma vez mais agradeço a sua resposta que traz, como sempre, informação completíssima. No entanto faltaram na lista o meu quinto-avô José, filho do 6º visconde, casado com a herdeira da Casa Avintes/Lavradio, e a minha quarta-avó Isabel, filha do 7º visconde e casada com o seu primo direito António, herdeiro da cas Avintes/Lavradio! (provavelmente por que achou que não valeria a pena estar a reproduzir aquilo que eu já saberia...). Mais um ponto interessante - eu casei-me com um aprima distante, Filipa da Câmara Corrêa de Sá, filha de Sebastião José Corrêa de Sá, neta de Eduardo Corrêa de Sá e bisneta do 8º visconde de Asseca. A minha sogra, Eugénia Cabral da Câmara era também cunhada do 11º visconde de Asseca, Salvador, que morreu há dois anos, e que era casado com a minha tia Maria do Carmo Cabral da Câmara.
Eu procurava também saber a ascendência do tal Tristão Vaz Corrêa já que é aqui, julgo eu, que existem dúvidas.
Quando tivermos oportunidade de nos reunirmos, conto-lhe uma história engraçada em relação ao Rio de Janeiro e à herança dos viscondes de Asseca...
uma abraço,
Luis
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Vasco Jácome,
Muito agradeço os seus esclarecimentos. Já conhecia esta interpretação do Felgeuiras Gayo, no entanto ele também não dá mais notícia do tal Ruy Vasques ou do senhorio de Penaboa - que não encontrei em mais lado nenhum. Parece-me, no entanto, que há uma alusão a este Ruy Vasques na Corografia Portuguesa - obra que desconheço!
Os meus cumprimentos
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Rio de Janeiro, 11.12.2001
Caro João Amaral Frazão
Seus dados conferem.
PARTE IV
Gonçalo Correia da Costa, que viveu na quinta de Penaboa, junto a Vila Nova de Famalicão, com seus pais e avos. Segundo Felgueiras Gayo, era filho de Ruy Vasques Corrêa, Sr. da Casa de Penaboa, e nono neto de D. Payo Ramiro, patriarca desta família Corrêa (v.s.), em Portugal. Deixou numerosa e ilustre descendência do seu cas. com Felipa de Sá, filha de Martim de Sá e oitava neta de Rodrigo Annes de Sá, em quem Felgueiras Gayo principia a genealogia da família Sá (v.s.), de Portugal (Gayo, Correias, Tomo XII, § 4, 22; e Sá, Tomo XXVI, § 9, 124). Foi casado, em segundas núpcias, com Maria Ramires.
Pais de:
[1.º matrimônio]:
I-1. Salvador Correia de Sá, nascido cerca de 1530, na Quinta da Pena Boa, Barcelos, Portugal, e falecido em 1631, em Portugal. Governador do Rio de Janeiro (1568-1572 e 1597) e das Minas do Sul de 1613 a 1622. Cavaleiro do hábito de São Tiago. Teve foro de Fidalgo Cavaleiro a 30.08.1574. Foi casado três vezes, deixando larga e nobre descendência somente de dois casamentos: do primeiro, por volta de 1572, com Inês de Souza [c.1552 - d.1602, Lisboa]; e do terceiro, por volta de 1605, com Vitória da Costa [Azamor - ?], filha de Fernão Freire e de Branca Freire.
[2.º matrimônio]
I-2 – capitão Manoel Correia, nasc. por volta de 1590, na Quinta de Penaboa, Portugal, e falecido a 08.01.1648, no Rio de Janeiro – sepultado na Capela Mor da Igreja do Colégio da Companhia de Jesus, no Morro do Castelo, hoje inexistente. Dedicou-se à agricultura, levantando engenho em terras vizinhas às do seu sogro, em Guaratiba, na Zona Oeste da Cidade do Rio de janeiro. Foi um dos Capitães que obtiveram a sesmaria dos Campos dos Goitacazes, na região norte-fluminense do Estado do Rio de Janeiro, tendo tomado parte nas duas primeiras expedições para exploração e divisão dessas terras. Provedor da Santa Casa de Misericórdia, por várias vezes. Com geração do seu cas., no Rio de Janeiro, com Maria de Alvarenga, nasc. por volta de 1593 e falecida a 06.06.1649, filha de Tomé de Alvarenga e de Maria de Marins.
Pais de [entre outros]:
II-1. Tomé Correia de Alvarenga – citado em sua mensagem - bat. a 08.12.1618, no Rio de Janeiro, e falecido a 07.09.1675, no Rio de Janeiro. Em seu testamento pediu para ser seultado sob a pedra de entrada da Igreja da Misericordia, disposição essa que foi cumprida. Desempenhou papel notável na história da cidade do Rio de Janeiro. Governador da Cidade do Rio de Janeiro, por Provisão de 27.03.1657, para suceder a D. Luís de Almeida Portugal. Permaneceu nesta administração até 1659. A 01.01.1660, passou este governo a seu sucessor e primo, Salvador Correia de Sá e Benevides. Provedor da Santa Casa de Miericórdia. Sem geração do seu casamento com Leonor Estosa.
II-2. Sargento-Mor (depois Mestre de Campo) Martimnho Correia Vasques - citado em sua mensagem - bat. a 26.07.1627, no Rio de Janeiro, onde faleceu a 25.06.1710 – sepultado na Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, no atual Largo da Carioca, centro da Cidade do Rio de Janeiro. Em 1692, obteve do Governador,a conceção de uma sesmaria de terras em Maxoambomba, que foi a origem deste povoado. Fidalgo da Casa Real. Cavaleiro da Ordem de São Bento de Aviz. Com geração do seu casamento, em Lisboa, com Guiomar de Brito, que foi engeitada no Hospital. Filha bastarda do capitão Luiz de Brito Freire, natural da Bahia, e de Guomar de Almeida.
II-3. Ana Correia – citada em sua mensagem – que deixou geração do seu casamento com o capitão Pedro de Souza Pereira, natural de Ponta Delgada, ilha de São Miguel, Açores, e fal. em 1673. Provedor da Fazenda Real e durante algum temo administrador das minas de São Paulo e Paranaguá. Filho de Francisco Frazão de Souza e de maria de Medeiros.
Meus cumprimentos
Cau Barata
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Carlos Almeida Barata
Agradeço muito as suas informações. No entanto, continuo perplexo quanto a datas: sessenta anos de diferença entre o provável nascimento de Salvador Correia de Sá (n. ca. 1530) e o de seu meio irmão Manuel Correia (n. ca. 1590) não será excessivo?
Não poderá ser que o capitão Manuel Correia, pai de Tomé Correia de Alvarenga, de Martim Correia Vasques e de Ana Correia (que também vejo como 'Ana Correia de Sá'), seja filho de um irmão de Salvador Correia de Sá?
É certo que, em certidões genealógicas passadas em 1737 a Pedro de Sousa Correia e Benevides (fº de Tomé de Sousa Correia e neto paterno de Pedro de Sousa Pereira e de Ana Correia) só vejo invocado o parentesco com os primeiros Asseca pela linha 'Benevides' (a de Cecília Gregória de Benevides Mendoza Torres e Portugal, mãe de Pedro de Sousa Correia), mas também é verdade que esta linha de parentesco eclipsava outras em proximidade e "lustre"…
Mais uma pergunta: o provedor da Fazenda Real em 1702, Francisco Inácio de Sousa, não será o Francisco Inácio de Benevides Mendonça, irmão do acima citado Pedro de Sousa Correia Benevides?
Mais uma vez muito obrigado e desculpe esta insistência 'perguntadora'.
Cumprimentos,
João Amaral Frazão
p.s. : o pai de Pedro de Sousa Pereira chamou-se, tanto quanto sei, Francisco Frazão e não Francisco Frazão de Sousa, nome do meu avô, irmão de Pedro. Sousa e Pereira são apelidos que, vêm pela mãe, Maria de Medeiros.
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
à atenção de Cau Barata
D. Paio Peres Corrêa nasceu nos finais do séc. XII, era filho de D. Pero Pais Corrês e de D. Dordia Peres de "Aguiar", sua prima, e descendia dos senhores da honra de Farelães. Foi comendador na Ordem de Santiago, de que foi mestre provincial e, mais tarde, em 1242, como mestre de Uclés (Castela) passou a chefiar a Ordem em Castela. Além de uma notável acção na conquista do Algarve, nomeadamete Aljustrel,Mértola,Cacela e Tavira.Em 1242 passou a Castela onde, com os cavaleiros da sua Ordem, prestou um valioso apoio ao infante D. Alfonso nas campanhas contra os muçulmanos que levaram à conquista de Múrcia(1243) e Mula(1244. Em 1246 apoiou o rei Fernando III e o infante D. Alfonso na conquista de Aljarafe. Em 1247 acompanhou Fernando III na campanha que levou à conquista de Niebla e, em 1248, esteve presente n campanha que determinou a conquista de Sevilha. Era mais hábil guerreiro que administrador o que o levou a recorrer aos servios de judeus para manter a Ordem. Morreu em 1275.
Cumprimentos
Sepúlveda
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Sobre os la Cerdas portugueses, Vasco, posso responder a vc que (segundo a opinião recente de um investigador francês que os levantou todos, e que me foi retransmitida por H. Soszynski, Martim Gonçalves de la Cerda, ancestral destes em Portugal, era filho bastardo de D. Juan de la Cerda e da judia Sol Martínez, e neto de D. Luis de la Cerda, creio que novamente por bastardia.
Não sei qual a base documental para os casamentos de Isabel Pereira de la Cerda, com o Ferreira (de Cavaleiros) e com o Correia (de Farelães).
fa
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Francisco Doria
Agradeço a sua intervenção.
Sobre o assunto já vi anunciado uma livro de Luiz de Mello Vaz de São Payo, intitulado “Origem dos Portugueses de La Cerda", Lisboa, 1986. Infelizmente, ainda não consegui encontrá-lo.
Desejando a continuação de Boas Festas,
Vasco Jácome
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Prezado Vasco,
Devo ter aqui escaneadas as tabelas do trabalho de Vaz de São Payo. Mas a solução dele é muito confusa, e cheia de hipóteses; o que Soszynski me passou é baseado em fontes documentais. (Perdoe-me, de cabeça não me lembro quais, mas vc pode fazer uma busca, nos anos 97, 98, nos arquivos da gen-med, gen-medieval-L, na Rootsweb.)
fa
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Para resolver essa questão dos casamentos de Gonçalo Correa, se com a Botelho ou com a Lacerda, seria interessante uma busca documental. Que existe nos ANTT desses personagens?
fa
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Outro detalhe: Frutuoso (Saudades..., livro 4, p. 74 da edição online) refere-se a Pero Correia como Pero Correia *de Lacerda*. Frutuoso escrevia cerca de um século depois da morte de Pero Correia.
fa
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Outro detalhe: Frutuoso (Saudades..., livro 4, p. 74 da edição online) refere-se a Pero Correia como Pero Correia *de Lacerda*. Frutuoso escrevia cerca de um século depois da morte de Pero Correia.
fa
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Francisco Doria
Por motivos profissionais e geográficos não sou muito frequentador do ANTT, pelo que não lhe sei dizer o que haverá por lá sobre esta gente.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Francisco Doria
A que Pero Correia se refere exactamente?
Ao que Gayo faz filho de Gonçalo Correia cc Isabel Pereira de Lacerda, casado com Guiomar Alvares de Castro e que dá início ao §83 do ttº de Correias?
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Prezado Vasco,
Refiro-me ao sr. da Graciosa, marido de Isabel/Izeu Perestrelo. E' o que pude apurar.
Nessa genealogia, Gayo é muito confuso. O ideal seria mesmo uma busca nos ANTT, onde essa gente deve aparecer documentada.
Forte abraço, fa
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Doria
Gostava de ver as fontes documentais que referem que Martim Gonçalves de Lacerda, seja filho de Juan de La cerda e de Sol Martins. Já agora aproveito para colocar os apontamentos que tenho sobre os Lacerda.
Abraços
Óscar Caeiro Pinto
LACERDA
Nome derivado de alcunha, pertence a uma ilustre família da nobreza peninsular, de origens comprovadas e legitimamente principescas.
AS armas usadas pelos Lacerda tanto em Espanha como em Portugal comemoram as origens desta linhagem, escudo partido, no 1º quartel as armas da Casa Real de Castela, cortadas com as de Leão, no 2º quartel as armas da Casa Real de França.
1-ALFONSO X, “o Sábio” rei de Castela e Leão, nasceu em Toledo a 23.11.1221 e faleceu em Sevilha a 4.4.1284 . Casou em Valladolid em 1248 com Violante de Aragão, infanta de Aragão, nascida em 1236 (faleceu em Roncevalles 1301) , filha de Jaime I o Conquistador, rei de Aragão, Valência e Maiorca (nascido em Montpellier e falecido em Valencia a 1276) e de sua segunda mulher Iolanda, princesa da Hungria. Filhos :
2-FERNANDO “O DE LA CERDA” que segue
2-Sancho IV “o Bravo”, filho secundogénito, foi rei de Castela e Leão, nasceu em 1257 e faleceu em Toledo a 25/4/1298. Casou com Maria de Molina. Com geração nos reis de Espanha, da qual é representante directo o seu 21º neto, actual rei de Espanha Juan Carlos.
2-FERNANDO “ o DE LA CERDA “, filho primogénito, e por legitimo direito herdeiro da coroa Castelhano-Leonesa. Foi cognominado de "La Cerda" por haver nascido em Valladolid 23.10.1255, com um tufo de cerdas (madeixa de cabelo)no peito, faleceu em Ciudad Real a 25.7.1275 . Foi Regente de Castela em 1274 , mas morreu em vida de seu pai, deixando dois filhos menores que foram preteridos na sucessão do trono, abusivamente tomado por seu irmão Sancho IV o Bravo.
Casou em Burgos a 30.11.1269 com BRANCA DE FRANÇA, princesa de França nascida em Jaffa, Palestina, filha de Luis IX, rei de França “o Santo” (São Luis de França, o rei capeto) nascido a 25.4.1214 + 25.8.1270 e de sua mulher Margarida da Provença ( nasc. Em St.Maime 1221e falec. em Paris, Convento de Cordeliers a 30.9.1295) .Filhos :
3-AFONSO DE LA CERDA, que segue
3-Fernando de la Cerda, nascido em 1275, falecido a 1-VI-1322. Este Infante de Castela casou em 1308 con Juana Núñez de Lara "la Palomilla", Senhora de Lara e Herrera. Filhos :
4-João Nunez de la Cerda y Lara, casado com Maria Diez de Haro,
senhora da Biscaia.
4-Maria de la Cerda, dita de Espanha, casada com Carlos de Valois, conde de Alençon
3-ALFONSO DE LA CERDA, “ o Deserdado”, infante de Castela, senhor de Alba e Bejar, nasceu em Valladolid em 1270 e faleceu em Piedrahita a. 23.12.1334 . Em vão lutou o filho primogénito de D. Fernando, em defesa dos seus inegáveis direitos ao trono, como chefe da linha varonil de legítima primogenitura de seu avô, mas acabaria sendo joguete dos interesses de outros príncipes e soberanos, que ora lhe davam apoio ora o retiravam, tudo para que Sancho de Castela obterem maiores ou menores proveitos. Acabou por ser afastado da sucessão ao trono pelo tio paterno Sancho IV, ao desistir, por fim das suas pretensões, aquele que deveria vir a ser por direito de nascimento o rei Afonso XI de Castela, ainda obteve de seu primo germano, o rei Afonso de Castela, filho de Sancho IV, uma grande casa, inúmeros senhorios e vultosas rendas.
Casou cerca de 1290 em França com, MAFALDA DE NARBONA, Senhora de Lunel, falecida depois de 1348; filha do Visconde Aimerico VI de Narbona e de Sibila de Foix. Filhos :
4-LUIS DE LA CERDA. (o de Espanha) Nascido cerca de 1290 em França, falecido depois de 8-3-1351. Foi conde de Clermont e de Talmont, Senhor de Deza e Enciso. Casou a 1ª vez em 1306 em Sevilla com
LEONOR DE GUZMÁN, Senhora de Huelva e do grande Porto de Santa Maria, falecida cerca de 1341; filha de Alonso Pérez de Guzmán "el Bueno", Senhor de Medina-Sidonia, Adiantado-Mor de Andalucía, Alcaide e defensor de Tarifa frente aos mouros, e de Maria Alfonso Coronel.
Casou 2ª vez em 1346 com GUYOTTE D'UZES, fallecida después de 1399; filha do Visconde Robert d'Uzes, não tiveram filhos deste casamento .Filhos do primeiro matrimónio :
5- Alfonso de la Cerda, falecido jovem.
5- Luis de la Cerda, Conde de Talmont; falecido cerca de 1352.
5- Isabel de la Cerda, Senhora do Puerto de Santa María, falecida em 1382-83. Casou 2ª vez a 15-IX-1370 com Bernal de Foix "o Bastardo de Béarn", I Conde de Medinaceli 1368. Deste casal descendem os La Cerda condes e Duques de Medinaceli, que sempre usaram este apelido e foram grandes de Espanha.
5- Juan de la Cerda, nascido em 1327, executado em 1357 en Sevilla. Senhor do Puerto de Santa María e de Gibraleón, Alguacil Mayor de Sevilla. Casou em 1351 com Maria Coronel, Senhora de Aguilar, falecida depois de 1411; filha de Alfonso Fernández Coronel e de Elvira Alfonso de Biedma. S/s. Este teve um relacionamento com uma mulher de nome Sol Martins. Sem mais noticia (alguns genealogistas conjecturaram sem provas que deste relacionamento nasceu Martin Gonzalez de la Cerda, que aqui vai no nº7)
4-Juan Alfonso de la Cerda, Infante de Castela, Senhor de Gibraleón, de Real de Manzanares, Huelva e Deza; viveu em Portugal até 1337, ano em que regressou a Castela por estar em guerra com Portugal; em serviço de Alfonso XI foi em socorro de Gibraltar em 1333, e a Algeciras en 1344. Casou em 1318 em Santarém com Maria de Portugal, filha do Rei D.Dinis de Portugal. C/s.
4- Margarita de la Cerda, Infanta de Castela, nascida ~1300, fallecida en 1330. Casou antes de XI-1315 com o Infante Felipe de Castilla, Senhor de Cabrera e Ribera, Pertiguero Mayor da terra de Santiago, Mordomo Mor do Rei, Adiantado-Mor e Meirinho-Mor da Galiza; testou em 12-IV-1327 em Madrid, falecido antes de 5-VI-1327. S/s.
4- Inés de la Cerda, Infante de Castela, Senhora de Bembibre; nacida ~1302, falecida pouco despois de 24-X-1362. Casou cerca de 1325 com Fernán Ruiz de Villalobos, Rico-homem, Senhor de Villalobos (e de Autillo de Campos). C/s.
4-ALFONSO DE LA CERDA, que segue
4-María de la Cerda, Infanta de Castela, nascida em 1306, falecida cerca de1354. Casou depois de 1330 com Alfonso de Guzmán, falecido em 1342.
4- Fernando Afonso de la Cerda, falecido cerca de1341. Casou com Elvira de Ayala. Parece seu filho :
5-Afonso Fernandes de la Cerda, senhor do Sardoal, Golegã, casou com Luiza de Menezes.
4-ALFONSO DE LA CERDA, (dito de Espanha), Infante de Castela, nascido cerca de 1305, falecido em 1327 em Gentilly. Senhor de Lunel, Arcediano de París 1321, Governador de Languedoc. Casou cerca de1320 com ISABELLE D'ANTOING, Viscondessa de Ghante, Senhora d'Antoing, d'Epinoy, Sothengien y Houdain; viuva s/s de Enrique de Brabante, Senhor de Gaesbeke; fallecida a 6-XII-1354. , filha de Hugo VI de Antoing, senhor de Espinoy e de sua mulher Maria de Sottengheim. Filhos :
5-Isabel de la Cerda, nascida em 1322. Casou com Rodrigo Álvarez de Asturias, Senhor de Gijón e Noronha, pai-adoptivo de Enrique de Trastámara, futuro Rei de Castela; falecido em 1334. S/s.
5-CARLOS DE LA CERDA, dito de Espanha, foi conde de Angoulême, titulo dado em 1353, pelo rei de França João-o-Bom, seu amigo de infância. Casou em 1320 faleceu em L' Aigle a 6.1.1354, foi Condestável de França , favorito de João II, rei de França . Foi mandado assassinar por Carlos II, rei de Navarra . Casou com Margarida Chatillon-Blois, Senhora de l'Aigle, falecida em 1354; filha de Carles de Châtillon e de Jeanne Iª de Dreux "la Boiteuse", Duquesa de Bretagne. Filhos fora do casamento:
6- Thibaudo d'Espanha, filho-natural legitimado em 1384 por Carlos VI de França. Senhor de Montbrum e de Lunel. C/s.
6-N.......DE LA CERDA, conforme demonstrou o professor Luís de Melo Vaz de São Payo, no seu livro “Origem dos Portugueses de La Cerda”, esta senhora cujo nome se ignora, seria filha natural, e mulher do castelhano DIOGO NUNES DE SERPA, também chamado Diogo Nunes, dito de Serpa, que passou a Portugal e viveu em Serpa como vassalo do rei. Foi Comendador de los Santos, na ordem castelhana de Santiago a quem o Regedor do Reino deu o direito e rendas que em Portugal possuia o mosteiro de Oya da Galiza(22/9/1384, dou depois o mesmo príncipe, (já rei D.João I), o reguengo dos Polvorões no termo de Óbitos(15/2/1386), e cedeu os direitos dos judeus de Alcácer (3/4/1387). Filho:
7-MARTIN GONZALEZ DE LA CERDA passou de Castela a Portugal, parece na companhia de seu pai vivendo aqui cerca de 1380, teve a Quinta da Torre Velha com privilégio de couto. Casou com VIOLANTE ÁLVARES PEREIRA irmã de Nuno Álvares Pereira “o Santo Condestável”, ambos filhos bastardos de Álvaro Gonçalves Pereira Prior do Hospital e de Iria Gonçalves do Carvalhal. Esta Violante, morava em Évora, segundo diz a carta datada de 30/4/1435, de D.Duarte, com privilégios pra seus caseiros, criados e lavradores. Filhos :
8-N..............casada com Garcia Afonso do Casal “o que jaz mirrado em Santarém “.
8-Isabel Pereira de Lacerda, (alguns autores posteriores ao séc. XVI, referem esta filha), casada com Gomes Martins Ferreira, Sr. do casal de Cavaleiros e em segundas núpcias com Gonçalo Correia, Sr. de Farelães. certo é que do segundo casamento deixou um Paio Correia [ de Lacerda], que foi Maltez e Bálio de Leça e governador do priorato do Crato, teve 7 filhos bastardos, sendo um deles Pedro Correia, Comendador da Amieira, na Ordem de São João que teve alguns descendentes que usaram os apelidos Correia de Lacerda.
8-DIOGO NUNES DE SERPA, ou Diogo Nunes Pereira, senhor de Sardoal casou com BRITES RODRIGUES DE ABREU, dotada por seu pai com a Quinta de Arnenta (no termo de Sacavém), filha de Gonçalo Anes de Abreu, senhor de Castelo de Vide. Filhos :
9-Rui Dias Pereira de Lacerda, ou Rui Dias de Serpa casado com Branca de Ataide, filha de Nuno Vaz de Castelo Branco, almirante e monteiro-mor de D.Afonso V. C.g.
9-NUNO PEREIRA DE LACERDA, alcaide-mór das vilas de Portel e Vidigueira e Vilar de Frades, serviu em Alcácer Ceguer sob as ordens de D. Duarte de Menezes, que o armou cavaleiro. Foi fidalgo da Casa dos Duques de Bragança (1464) e faleceu a 10.5.1509 . Casou a primeira vez com Brites Henriques e a segunda com GUIOMAR DE BRITO, filha de Manuel de Brito, capitão de Chaul e de Francisca Cardoso. Esta Guiomar por escritura lavrada em Serpa a 19/6/1485, se faz as partilhas, entre o viúvo e os seus 13 filhos nomeados, cinco já casados e oito menores .
Filhos do I casamento :
10-BRITES PEREIRA cc Henrique de Melo “o de Serpa”. C.g.
Filhos do II casamento :
10-REIMÃO PEREIRA DE LACERDA, alcaide-mór de Arraiolos, herdou a fazenda e a casa de seu pai. Casou com ISABEL PEREIRA, filha de Gonçalo Cardoso Homem, morgado da Taipa. Filho :
11-JOÃO RODRIGUES PEREIRA, casado em segundas núpcias
com Leonor de Tovar. Teve entre outros filhos
12-Afonso Pereira de Lacerda
12-GONÇALO PEREIRA DE LACERDA “o Roxo”, casado
com MARIA SARMENTO,
filha de Garcia Sarmiento, senhor de Vigo e de sua mulher Francisca de Sotomaior
13-ISABEL PEREIRA SARMENTO, casou em 1470 com
seu primo JOÃO GARCIA PEREIRA, proveniente de uma
linha varonil da Casa da Feira, cerca de 1474 matou em
duelo um fidalgo importante, passou então aos Açores
levando sua mulher, homiziou-se na ilha do Faial. Era filho
de Garcia Álvares Pereira, (este sobrinho do 1º conde da
Feira,) e de sua mulher Inês de Magalhães da Silva. Os seus
descendentes fundaram o morgado de S. Mateus da Calheta
na Ilha Terceira, usando os apelidos Sarmento Pereira de
Lacerda, mas a partir do 9º morgado da Calheta, passaram a
usar os apelidos Pereira Sarmento Forjaz de Lacerda.
10-FILIPA PEREIRA cc Álvaro Pereira
10-JOANA PEREIRA DE LACERDA, casada com ÁLVARO PINHEIRO LOBO “o velho”, alcaide-mór
de Barcelos
11-ISABEL PEREIRA DE LACERDA , casada com DIOGO CORREIA, 5º senhor da honra de
Farelães, alcaide-mor de Porto de Mós, filho de Gonçalo Correia e
de Margarida do Prado . Deste casal descendem os CORREIA DE LACERDA
11-HELENA DE LACERDA, casada com Diogo Sarmento, fidalgo da Casa Real
10-DIOGO NUNES PEREIRA cc Filipa …
10-ISABEL PEREIRA cc João de Faria ss
10-RUI DIAS PEREIRA, foi Alferes-mor do rei D.Manuel, cc Catarina de Castro cs
10-GARCIA PEREIRA
10-MARIA PEREIRA cc Martim Quaresma, de Serpa. C.g.
10-HENRIQUE PEREIRA
10-CATARINA PEREIRA
10-MARGARIDA PEREIRA, religiosa no mosteiro de Nossa Senhora da Conceição em Beja .
10-DUARTE PEREIRA DE LACERDA, foi degradado para a Índia por matar a sua primeira mulher Catarina Monterroio. Casou Segunda vez e deixou descendência.
10-JOÃO RODRIGUES PEREIRA
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Gostaria eu de ver as fontes documentais para essa genealogia... Há aqui, imho, uma dificuldade central: com certeza na Espanha o sistema onomástico já se fazia confuso desde o século XIII, mas nunca vi exemplo de abandono, em Portugal, do apelido agnático antes do século XV (a casa do Mestre Sala, p.e.), explicável pelo desejo de ascensão de uma família burguesa.
Exceção - notável por si mesma, o caso dos Sousas depois dos casamentos na família borgonhesa.
Minha pergunta é: o que existe de documentado sobre estes la Cerdas em Portugal?
Como disse, minha fonte direta foi uma msg de Henryk Soszynski, na gen-med. Vou perguntar a ele (mas vc pode fazer uma busca nos arquivos daquela lista de discussões).
fa
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Aqui está a msg de Henry Sozynski:
A little while ago Chico mentioned the existence of a Portuguese family
descended from the Spanish de la Cerda but the exact connection was
unknown. In "Les Comtes Palatins de Bourgogne & Leur Ascendance Agnatique" by Thierry Le Hete 1995 , it is stated on page 339 Juan de La Cerda born Seville 1327 +1357 Seville Señor de El Puerto de Santa Maria y Gibraleon had by Sol Martinez , Martin Gonzalez de La Cerda born Seville +Portugal who married Violante Alvares Pereira and ancestors of the Pereira de Lacerda..
Cheers,Henry
Pela cópia, fa
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
O professor Luís de Melo Vaz de São Paio, no seu livro “Origem dos Portugueses de La Cerda”, refere muita documentação sobre esta família, trata-se de um estudo bastante completo.
Também dizem que o livro de David Masnata y de Quesada, “La Casa Real de La Cerda; Madrid, 1985, é uma obra fundamental sobre esta linhagem.
Já agora pergunto se algum colega me pode fornecer em fotocópias o livro de António Portugal de Faria “ Genealogia da Família Correia de Lacerda, 1897.
Abraços
Óscar Caeiro Pinto
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
E', mas com todo o respeito, que eu saiba não há documentação sobre a filiação proposta para Martim Gonçalves de la Cerda. Já postei ontem mesmo uma msg na gen-med perguntando sobre essa filiação de Martim Gonçalves em Sol Martínez e em D. Juan de la Cerda (quero dizer, a base documental), filiacão que aliás é, me parece, consensual fora de Portugal. (Um exemplo: a base de dados Roglo tem-na.)
Vamos aguardar para ver.
Outro exemplo de surpresa recente que tive foi a conversa online com Maria Emma Escobar Uribe sobre a origem dos Meneses, com uma quebra na varonia descendentes dos Alfonsos do Vale do Mena, mas onde o ``Pero Bernardes de Sahagún'' se revela documentalmente inexistente. Terceiro caso: a genealogia dos Furtados e Mendoças/Mendozas, cheia de saltos e impossibilidades - uma D. Leonor no século XII? (O nome difunde-se a partir de Aliénor d'Aquitaine.) Há, atestada, uma freira, Elo ou Eilo... (Procurem as mensagens de Manoel Furtado, 99, 2000, na portugal-L.)
Temos muito que aprender, ainda, sobre essa gente toda.
(Como consolo: o século XIII é horroroso para a genealogia dos Orsinis; quase impossível avançarmos naquela selva. E recentemente, depois de uma discussão azeda com Pierre Aronax sobre a origem dos Colonnas nos condes tuscolanos e na família da Marózia, recebi um largo esclarecimento de Christian Settipani, em pvt, mostrando que há parentesco, de fato e documentado, mas qual seja é incerto.)
fa
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Henry Soszynski me disse que a fonte para Martim Gonçalves filho de D. Juan de la Cerda e Sol Martínez é, precisamente, o livro de Masnata. Alguém o viu? Será que Maria Emma tem visitado este tópico?
fa
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Cau Barata, tenho o sobrenome Correa que herdei de meu avô nascido em Leça da Palmeira e do meu bisavô nascido em Vila Nova de Famalicão conforme detalhado em http://www.geocities.com/renecg_br . Há alguns anos tenho tentado fazer conexões com Correas anteriores a 1800 mas não consigo pois os livros de Vila Nova de Famalicão não mais existem. Você teria alguma indicação de como posso estar fazendo essas ligações para conhecer minhas raizes ?
Rene - renecg@ig.com.br
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Caro Renê Corrêa Guimarães
Os livros de Famalicão, não sei se todos, estão no Arquivo Distrital de Braga (www.adb.pt).
Note que Tarei, lugar de S. Miguel de Souto, é no concelho de Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro, como pode ver em:
http://www.minhaterra.com.pt/template/frames.php?intNivelID=1690
O respectivo Arquivo Distrital é então o de Aveiro:
Arquivo Distrital de Aveiro
Cais Fonte Nova - Aveiro
3800 AVEIRO
Telef: 234 421 998
Fax: 234 422 787
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Dúvidas na linhagem Correia
Prezado Sr. Eugênio Medina.
Tomei boa nota das informações que prestou sobre o Cap.Mór Pedro Correia(1440/1497), c/c. Izeu Peretelo de Mendonça(Funchal,1448). A acreditar na acuidade dos dados que coligi, estão entre os ancestrais de 20ª geração, ocupando os nrs.1013134 e 5, de meu Gráfico Ahnentafel, na linhagem da filha Briolanja da Cunha, casada com Diogo Vaz Sodré(506566). Se estiver a seu alcance, solicito a fineza de recuar quanto possível, via emai, nas gerações anteriores daquele casal, já que, a partir de Brasília(DF), nada tenha conseguido pela internet, embora existam esses registros, com certeza, em Portugal. O que também certamente, não acontece, infelizmente, com duas outras linhagens portuguesas do mesmo gráfico, aportadas no Rio Grande do Sul já perto do final do século XVIII:
1-Meu trisavô mateerno Leonardo José Vaz de Bragança, casado com a Ana de Medina Martins(1798/1898), era filho do português José Vaz,de Bragança(Braga,1785) e da brasileira Antônia Maria de Jesus. Ana era filha de João de Medina Martins, de origem espanhola, casado com a brasileira Izabel Maria da Conceição.
2-O trisavô paterno, Archanjo Pereira da Silva Pinto, c/c. a brasileira Inês Pereira da Silva Pinto, é o que apresentará a
maior dificuldade para o "entroncamento" ancestral.
Grande abraço,
Deisi Vaz Pinto, Brasília(DF)
dvpinto@brturbo.com.br
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Dúvidas na linhagem Correia
Boa tarde a todos, sou descendente de Antonio Botelho Correia Mourão, Nasc: 16.10.1807, que vai dar tambem Joao Botelho Correia e por sinal chaga até Afonso Botelho, o Novo, 1º Alcaide-Mor de Vila Real. Estamos a falar da mesma linhagem de familia ?
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