Memorial de Calheiros(part 2)

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Memorial de Calheiros(part 2)

#13238 | Rogerio M.Fernandes | 20 nov 2001 09:42

Caros Amigos.

A seguir um texto extraido do Memorial de Calheiros de Diogo Lopes Calheiros provedor da misericordia de Viana 1568

..................................................

Macarenhas contrefeitos
Machados muito direitos
Ferreira,Casados,Ledos,
Cunhas e Leitao perfeitos.

Ha Barbosas e ha Aranhas,
Sas,Rochas,Barros e Regos
nomeados nas Espanhas;
Mogueimas,que entre galegos,
fizeram muitas façanhas.

Ha Jacomes que, de França,
com mui grande confiança,
dos delfins vem descendo;
Caminhas e Castros, que entendo
nao ser sua pior lança

Ha Mirandas,ha Bezerras,
ha Mesquitas, ha Malheiros,
Figueiroas e assim Calheiros,
Pimenteis,que em outras terras
sao mui grandes cavaleiros.

Ha Macieis verdadeiros,
que nunca foram barqueiros,
nem viram lançar remendos;
ha Tourinhos, ha Ribeiros,
que,por tempo, virao sendo
mui honrados cavaleiros

Ha Vilas Boas,Correias
de mui antigos solares,
Freitas,Pintos,Bacelares,
Almeida,Fajardos,Ceias,
Reimondes,Pedrozos,Vales
e outras muitas geraçoes,
que tem armas e brasoes,
como e notorio disto.
Pois pesar do anticristo,
Porque hao de governar viloes?

Senhor que governais,
vede esta resoluçao:
cinco dedos da mao
nao sao todos iguais,
que uns maiores que outros sao.

Em tudo ha superioridade,
pois sabemos de verdade
que criou o mesmo Deus,
entre os anjos do ceu
mais e menos qualidade
...........................................

No tempo que o mundo andava
em sua conta,
se alguem deles acertava
sair por almotacé,
todo o povo alvoroçava,
ja se cheirava a vilao.
Por mais rico ou fanfarrao
que fosse, com muita graça,
Lhe tiravam nessa praça
logo a vara da mao

Agora somos chagados
a tanta tribulaçao,
que ressuscitam finados
e os homens de geraçao
livre, e sao sepultados.

Passarinhos e pardais
todos querem ser iguais
e vao fora do regimento
e assim os oficiais
entram no nosso governo.

FIM

Resposta

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Part3: Titulo de Ponte de Lima

#13329 | Carlos Silva | 21 nov 2001 20:46 | Em resposta a: #13238

Caros colegas,

Nào venho apenas saudar a interessante iniciativa do amigo Rogerio Fernandes, que passa de leitor atento a participante, como tambem revezar, com um pedaço mais do « Tiçào negro », o Memorial de Calheiros de Diogo Lopes Calheiros (1568).

Nào transcrevo as largas notas de Joào Gomes de Abreu L.P. Cardoso, que de sem duvida enfraquecem a firmeza das afirmaçoes de Diogo Lopes.

« Titulo do termo e freguesias da Vila de Ponte de Lima e das Geraçoes antigas. »

Na freguesia de Refoios nào hà casa nem geraçào antiga ; somente a torre que ficou de Vasco Afonso Malheiro ; todo o mais sào lavradores.

A freguesia de Brandara nào hà casa nem geraçào antiga, somente a quintà e casa coutada dos reis passados que ficou de Chamoa Martins e de Alda Martins, donas de Aborim ; e assim a quinta de Canadelo é muito honrada e antiga.

Na freguesia de Santa Eufémia de Calheiros antigamente havia sete quintas todas de filhos de algo e agora nào ha outra, somente a casa e honra muito antiga donde procedem os Calheiros de solar e cota de armas conhecida e isto digo com verdade que o vi na torre do tombo, no primeiro livro d’el-Rei D. Joào de Boa Memoria e tenho no meu cartorio, papeis disso da Torre do Tombo, tirados por alvarà del-Rei. Todos os mais procedem de lavradores.

As tres freguesias que hà na Labruja nào hà casa nem geraçào honradas ; somente tudo procede de lavradores baixos.

A freguesia de Santa Marinha nào hà casa nem geraçào antiga, somente lavradores e ferreiros d’Além da Ponte e disto é publica voz e fama.

Na freguesia de Moreira nào hà casa nem geraçào antiga, somente a casa, que haverà sessenta anos, da Carcaveira, a qual fez Gonçalo Barbosa, de nobre geraçào, de seu filho ser povoada e os mais todos sào lavradores e de isto é publica voz e fama.

Na freguesia de Esturàos nào hà casa nem geraçào antiga ; somente a quinta e casa muito antiga de solar conhecida de Pentieiros, dos Sousas e por tal està havida e conhecida ; e assim mais a quintà do Mato, que ficou de Fernào de Magalhàes, escudeiro. Tudo o mais sào lavradores.

Na freguesia de Fontào nào hà geraçào nem casa honrada ; somente todos serem lavradores baixos ; e guardar dos Sevilhos de Fontào e dos Patamelos da Labruja e Vilar e dos Malhos de Burral, porque estas geraçoes sà maliciosas e por tais conhecidas e havidas dos antigos.

Na freguesia de Sào Pedro dos Arcos nào hà casa nem geraçào ; somente a torre de Amorim foi sempre coutada e honrada e muito antiga em poder de Joào de Amorim, o velho e de seu filho Gonçalo de Amorim, a quem o Senhor Deus perdoe e agora està em poder de um vilào Gonçalo Abade e isto por nào haver herdeiro do dito Gonçalo de Amorim ; todos os mais moradores sàogente baixa e de pouca valia, o que està visto e conhecido.

A freguesia de Cabraçào nào hà casa nem geraçào ; somente lavradores e muita criaçào de muito mel e de gado que gado que na freguesia hà.

Na freguesia de Bertiandos nào hà casa nem geraçào ; somente a casa e quintà que ficou de Lopo Pereira, almoxarife que foi e agora mora sua mulher Ines Pinto com seus filhos Francisco Pereira e Antonio Pereira. E casa e quinta honrada e por tal conhecida.

A freguesia de Santa Comba nào procede nenhuma casa somente lavradores.

A freguesia de Sào Joào da Ribeira nào hà casa nem geraçào ; somente houve antigamente a freguesia ser coutada como agora é do doutor Gaspar Pereira e lhe pagarem os lavradores o quarto das novidades

A freguesia de Serdedelo nào hà geraçào, somente procederem todos de gente de lavradores.

A freguesia de Fornelos nào havia casa nem geraçào antiga ; somente a quintà de Oliveira que foi de Vasco Pinto e a quintà de Lopo Malheiro e a quintà que ficou de Fernào de Amorim, na Ponte Nova todas três e assim a quinta de Anquiào que ficou de Joào Gomes, todas estas serem honradas e por tais cnhecidas e o mais lavradores.

A freguesia de S. tiago de Gemieira nào procede nenhuma geraçào; tudo gente baixa.

A freguesia de Santa Maria de Burral nào procede casa nem geraçào antiga; somente a quintà da Lagoa, que agora é dos Pintos. Todos os mais sào lavradores.

A freguesia de S. Martinho de Gandara nào hà casa que proceda com honra, nenhuma, somente a Igreja.


A freguesia de Santa Cruz, onde se acaba o termo desta vila de Ponte de Lima, nào hà casa nenhuma ; somente uma casa novamente agora feita, de um Rui Gonçalves, mercador, morador em Ponte de Lima, que procede dos gerais o qual agora se quer honrar com a dita casa e fazenda que na dita quinta comprou aos pobres lavradores como quiz.
Praza a Nosso Senhor que lhe perdoe seus pecados e a nos dé o paraiso.
E tudo isto é publica voz e fama e ser notorio.

Etc...

Diogo Lopes (1568)

... continua

Resposta

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Part4: Titulo de Viana da Foz do Lima

#13331 | Carlos Silva | 21 nov 2001 21:35 | Em resposta a: #13329

Continuaçào...

« Titulo da santigas geraçoes que no tempo antigo havia na vila de Viana da foz do Lima e os que agora procedem »

No tempo de quatrocentos nào procedia nem havia honradas geraçoes na dita vila, somente os Rochas, os Velhos e um Barros, criado do rei, homem fidalgo e de muita marca, ao qual, el-Rei D. Joào de Boa Memoria entregou as chaves da dita vila no tempo das guerras. Assim que estas três geraçoes sào muito antigas e nobres e assim os que agora procedem das ditas geraçoes. E todos os mais eram mareantes e pescadores, naquele tempo.

Pela era de 1490 anos para cà, sào entradas na dita vila muitas geraçoes nobres e honradas que nào sào naturais nem procedem da dita vila, os quais vieram casar com as filhas dos vizinhos, moradores da dita vila, os quais agora sào ligados e todos juntos e isto pela muita riqueza e povoaçào que na dita vila vieram ter sào os seguintes.

A primeira geraçào e apelido que na dita vila veio casar, foram os Regos, os quais foram cinco irmàos, naturais de Penela, os quais procedem de geraçào antiga.

A segunda geraçào e apelido que à dita vila veio casar foram os Barbosas, os quais foram quatro irmàos, naturais da quinta de Marrancos, antiga, a qual quinta està na terra de Penela, os quais procedem de nobre geraçào antiga.

A terceira geraçào e apelido que à dita vila veio casar foram Araujos, naturais da Galiza, que na dita vila moram.

A quarta geraçào que à dita vila veio casar sào os Brandoes do Porto. Sào de nobre geraçào antiga.

A quinta e nobre geraçào que à dita vila veio casar sào os Calheiros, que procedem da Quinta e Casa honrada de cota de armas e solar conhecido.

A sexta geraçào e muito nobre e antiga sào os Sousas, muito antiga, que a vila vieram casar e de que hà ai nobre geraçào.

A setima e nobre geraçào antiga que à dita vila veio casar, sào os Abreus bastardos, de que ai ha muita geraçào.

A oitava e nobre geraçào antiga que à dita vila veio casar sào os Melos, antiga e nobre geraçào do Reino.

A nona geraçào antiga que à dita vila veio casar sào os Machados, naturais de Barcelos, de nobre geraçào antiga.

A décima geraçào e apelido que à dita vila veio casar sào so Limas bastardos, que procedem da casa de Giela com sua bastardia.

A onzena geraçào e apelido nobre e antigo sào so Jacomes, naturais de Braga, que à dita vila vieram casar.

A dozena geraçào e apelido muito antigo que à dita vila veio casar sào os Sàs, naturais do reino, mui fidalgos e antigos.

A trezena geraçào e mui nobre e antiga que à dita vila veio casar sào os Amorins deste reino, naturais da vila de Ponte de Lima

Assim que até esta era em que agora estamos de 1568 nào sào mais entradas na dita vila que estas acima ditas e declaradas, porque os mais moradores da dita vila, naturais e estrangeiros, posto que apelidos tenham e sejam ricos e honrados, nào procedem de geraçào, somente dos mesteres gerais e de seus oficios que em seu tempo usavam e os que destes descendem tomam apelidos falsos, por se quererem honrar e limpar, como sào os Macieis Calheiros, mareantes.
E assim mais os Soeiros, que procedem de sapateiros. E assim mais os Salgados, que procedem de almocreves naturais de Ponte de Lima. E assim mais os Pugas. »

Fim de citaçào

Por interessante que seja o caracter de « tiçào negro » da obra, parece-me que deve ser vista com a mesma precauçào que qualquer obra genealogica laudativa.

N.B. : Se o memorial de calheiros é um genero de Tiçào negro nào é o tiçào negro do Cardeal Saraiva, que punha à luz as origens menos prestigiantes de algumas poderosas familias.


Melhores cumprimentos
e para Rogerio agradecimentos

Carlos Paulo Silva

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RE: Memorial de Calheiros(part 5)

#13375 | Rogerio M.Fernandes | 23 nov 2001 07:48 | Em resposta a: #13238

"Titulo de quando foi D.Francisco de Lima, Visconde, as partes de Africa ,servir a el -rei D.Manuel a vila de Arzila no ano de 1510 anos e levou consigo trinta de cavalo, escudeiros fidalgos e duzentos peoes, todos bem luzidos e muito bem concertados os quais sao os seguintes"
estes sao os Escudeiros:
Agostinho Roiz de Paderne,Escudeiro,Fidalgo, com dois cavalos
Alvaro de Abreu, morador em monçao,Escudeiro Fidalgo
Francisco Pereira,Fidalgo,cunhado do dito Visconde
O Abade de Monte Redondo,Capelao do dito Senhor
Rodrigo Alvares dos Picoutos,Escudeiro Fidalgo
Joao Fernandes dos Erigos(?)Escudeiro Fidalgo, m.or na Barca
Fernao de Amorim,Escudeiro Fidalgo,amo do dito senhor
Pedro Borges,Escudeiro Fidalgo,criado d'el-rei
Garcia Lopes da Facha,Escudeiro Fidalgo,amo do dito senhor
Paio Roiz de Moreira,Escudeiro Fidalgo
Gomes de Amorim,da torre,Escudeiro Fidalgo
Alvaro Pinto,Escudeiro Fidalgo
Manuel Cerveira,Escudeiro Fidalgo
Afonso do Burral,Escudeiro
Diogo Dias Forte(?),Escudeiro
Rui Dias, da Quinta,Escudeiro
Martim(?)Fernandes, Escudeiro do Visconde
Vicente Alvares Caçao, Escudeiro do dito Visconde
Alvaro Cao(?), Escudeiro Fidalgo, criado do dito Visconde
Pedro Rodrigues de Gondim, Escudeiro Fidalgo
Pedro de Sequeiros, Escudeiro e amo do dito senhor
Gregorio Pais, Escudeiro di dito Visconde
Pedro de Amorim, Escudeiro do dito senhor
Rui Cerveira,Criado e Pagem do dito senhor, Escudeiro
Pedro de Barros,Monteiro do dito senhor e seu Escudeiro Mestre Gil, Fisico, para curar


............. continua

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RE: Memorial de Calheiros(part 6)

#13472 | Rogerio M.Fernandes | 27 nov 2001 07:59 | Em resposta a: #13375

continuacao......

Quatro trombeteiros com suas trombetas e bandeiras de seda, postas nas trombetas com seus cordames de seda e todos muito bem encavalgados e vistoso e vestidos da libré do dito senhor, de verde e vermelho, com seus capilhares de grao vermelhos.
assim que de cavalo foram trinta e um.
Mais foram dois atabaleiros com seus tambores de cobre postos em duas azémolas a Tanger.
Foram com peos muito bem dispostos e concertados e vestidos da libré do dito senhor,de verde e vermelho, pano muito fino, os cincoenta apanejados de pavezes muito grandes e muito bem pintados com suas armas, do dito senhor.
Os besteiros, cincoenta peoes,iam com suas bestas e aljavas muito bem concertados e muito lustrosos.
Levou o dito senhor quatro pagens, moços de camara, muito bem dispostos e concertados, de nobre geraçao, a saber: Joao de Amorim, Diogo Lopes,Antonio Coelho e Joao Vaz de Buscalq.
Levou mais o dito senhor, Alvaro Gonçalves e seu irmao Joao Vaz da Robr.a, com tamborins e rabeçao, muito bons homens do seu oficio, criados do dito senhor.
Levou mais o dito senhor, Bras Fernandes ,Alveitar e farrador para curar os cavalos, homen miuto bom do seu oficio.
Levou mais o dito senhor seis moços de esporas muito bem dispostos e mui lustrosos.
Mais levou o dito senhor, por seu cozinheiro, a Antonio Machado, homen muito bom do seu oficio.
Assim toda esta gente sobredita foram com o dito senhor e partiram todos no mes de Dezembro na era de 1510 da Vila de Ponte de Lima,e fomos ter a Santantone onde o dito senhor pousou na sua quinta de G...., com toda a sua gente e companhia.
Dali partiu o dito senhor com toda a sua gente muito bem armada e concertada e metida toda em ordenança , a dar vista a el-Rei D.Manuel,que estava em Almeirim com a Rainha e o Principe
D.Joao seu filho e com a corte toda.
E assim digo eu,Diogo Lopes Calheiros, que tudo isto que aqui escrevo, que tudo é verdade, porque o vi e fui na companhia do dito senhor, por seu pagem, o qual era de idade de dezasseis anos, e agora nesta era de sessenta e oito faço oitenta e quatro anos, que por minha mao fiz este.Digo em boa verdade
que de quanta gente o dito senhor levou consigo de pé e de cavalo, naquela era de 1510
até esta era de sessenta e oito em que estamos,
assim o dito senhor com toda a mais gente sao todos mortos,somente Pedro de Amorim, de Pnte de Lima e Diogo Lopes de Calheiros e Estevao do Rego, morador em Vilar do Monte, e o Mordomo de S.Gens, os quais todos quatro ao fazer deste sao vivos e velhos de muita idade e muito mal dispostos, aos quaisNosso Senhor de graça para a sua salvaçao e aos mortos o Senhor de o Paraiso se estao no fogo do Purgatorio e os chame a sua Santa Graça.Amen.
E foi feita esta memoria sobredita para em todo o tempo se saber de tudo isto, escrito com muita verdade aos que quiserem saber, por Digo Lopes Calheiros, que fez, por se achar com seu perfeito juizo que lhe Deus deu, por sua letra escrita e assinada por sua mao aos
3 de Maio de 1568

Diogo Lopes

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Memorial de Calheiros(part 2)

#411251 | jgvanheusden | 14 jan 2019 14:51 | Em resposta a: #13472

Dear Sir, I am a genealogist, currently looking into the Calheiros Family.

Reading the Memorial I have come across a possible discrepancy/error:

He states that he joined the expedition to Arzila in 1910, being 16 years old; i.e. born in about 1494.
In the concluding section he states; "agora nesta era de sessenta e oito faço oitenta e quatro anos," now in the year 1568, facing the age of 84.
This would indicate born in about 1484.
I have checked the expedition to Arzila. The original conquest was in 1471 and found that in 1508-1509 Arzila was besieged and the King Manuel I send a force to defend and subsequently reinforce the fortification. Hence the departure in december 1510 is most probably correct.

Either his stated current age in 1568 or the age mentioned when joining for Arzilain 1510 is wrong.

I would highly appreciate your comment on this

Resposta

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