Padre Francisco Costa

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Padre Francisco Costa

#137774 | josemariaferreira | 20 dez 2006 13:00

Caros confrades

Não resisti em meter aqui esta mensagem:

O Padre Francisco Costa foi provavelmente o maior progenitor português. Ele era prior da cidade medieval de Trancoso no século XV, dando origem a 275 filhos concebidos por 54 mulheres. Em processo movido por libertinagem na época o padre chegou a confessar que manteve relações sexuais e teve filhos com 29 afilhadas, 9 comadres, 7 amas, 2 escravas, 5 irmãs e uma tia, além da própria mãe.

Conforme sentença proferida em 1487 (cuja cópia repousa no Instituto Arquivos Nacionais Torre do Tombo, em Lisboa) ele foi condenado e sua pena passava pelo arrastamento nos rabos dos cavalos pelas ruas públicas, com seu corpo em seguida sendo esquartejado e posto aos quartos, onde a cabeça e as mãos seriam depositadas em diferentes distritos. Porém o rei D. João II entendeu perdoar-lhe a pena e ordenou que fosse enviado para casa no dia 1 de Março desse mesmo ano, baseado no facto de "o padre Francisco Costa ter contribuído para o povoamento da Beira Alta".

A casa onde viveu o padre Francisco Costa é agora o restaurante “O MUSEU”.


SENTENÇA PROFERIDA EM 1487 CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO
Do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Autos arquivados no armário 5, maço 7:

"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado, o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi argüido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido:

- com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos;

- de cinco irmãs teve dezoito filhas;

- de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas;

- de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas;

- de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas;

- dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas,

- da própria mãe teve dois filhos.

Total: “duzentos e setenta e cinco, sendo cento e quarenta e oito do sexo feminino e cento e vinte e sete do sexo masculino, tendo concebido em cinqüenta e quatro mulheres".

Retirado de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Costa"
Categoria: Padres de Portugal

Um Bom Natal para Todos

Zé Maria

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RE: Padre Francisco Costa

#137789 | aguerreiro | 20 dez 2006 15:23 | Em resposta a: #137774

Caríssimos isso é uma estória bem medieval, á moda de Trancoso.
A minha versão é que por lá nessa altura andavam todos vestidos de padre, para não irem á guerra ou ás descobertas. Ora o padre Francisco levava com o ónus da coisa e não se importava .mas de uma maneira ou de outra mais não fazia que muito cristãmente exercer as obras de misercórdia
-Consolar as tristes
-Ensinar os ignorantes
-dar de comer, ou de beber a quem tem fome, ou sede sabe Deus de quê?
...etc.

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RE: Padre Francisco Costa

#137875 | josemariaferreira | 21 dez 2006 15:38 | Em resposta a: #137774

Caros confrades

A grande maioria dos confrades ao ler esta mensagem terá ficado surpreendida com o Padre e o seu grande número de filhos, ainda agora a grandiosidade desse número pairará nas vossas cabeças!
Para mim o que mais me surpreendeu foi a posição final do Rei Dom João II, um Rei considerado como totalitário e até mesmo carrasco, afinal D. João até foi benevolente, para com o Prior de Trancoso, a quem as justiças do país, já haviam condenado à morte por esquartejamento.
D. João II continua ainda hoje a surpreender-nos quer pelas suas posições um pouco ambíguas para não dizer estranhas e complexas tomadas durante o seu reinado. Um rei que matou o próprio cunhado à punhalada, mas que no próprio momento do assassinato já tinha tudo preparado para fazer a doação de todos os seus bens a D. Manuel, irmão do morto, isto não lembraria a ninguém devido ao estado sentimental que isso acarretaria para todos os familiares próximo da vitima, mas o certo é que o Rei D. João, segundo as crónicas fez ali doação no próprio dia de todos os bens excepto de um, que também ninguém saberá explicar porquê a excepção! Seria porque aquela Vila tinha a Porta do Sol e nela passava a estrada que a ligava a Pallos e a Sevilha?

Cumprimentos

Zé Maria

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