Pedido de Ajuda sobre a Familia Correia Bulhoes

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Pedido de Ajuda sobre a Familia Correia Bulhoes

#158916 | facs | 09 jun 2007 18:35

Meu caro Cau Barata

Há uns tempos atras um amigo comum " Salen" enviou para o genea um pedido sobre uns Correia de Bulhoes, nunca mais obteve resposta ate hoje, Os elementos seriam de 3 partes do Brasil que seria Salvador, Pernanbuco e no Rio de Janeiro passo a transcrever o pedido

Juntando a alguns dados de Alão os seus, os do Manuel Soveral e ainda com outros levantados por mim, mesmo que ainda incompleto, acho que podemos formar o seguinte quadro, onde parece que se encaixam todos, com um grau razoável de plausibilidade:

1 António Correia de Bulhões [I] C.O.C. e Juiz dos Órfãos de Viseu, c.c. Isabel do Amaral, tiveram entre outros;

2.1. Gabriel Coreia de Bulhões: c.c. N.? co-herdeira com a sua irmã (esposa do seu irmão António Correia de Bulhões [II]) do engenho São João Baptista na freguesia de Stº. Amaro de Jaboatão, filha de Bento Luís de Figueiroa e sua mulher D. Maria Feio. Gabriel, entre outras coisas, foi proprietário do ofício de Almoxarife da Fazenda Real da capitania de Pernambuco, esteve a defender Olinda quando Matias de Albuquerque teve que retirar, foi para Salvador ajudar na defesa (onde lhe caiu um bombarda em casa), foi pagador das forças armadas e recebeu louvores pela extrema honestidade no exercício de cargos relacionados com as finanças públicas. Tiveram pelo menos:
2.1.1. António Correia de Bulhões [III], que se matriculou em Coimbra em 1632, fez o bacharelato em 1640 e a formatura em 1641; é ouvidor geral no Rio em 1642, e deve ser o que é referido no primeiro livro do Senado de Olinda em 1648, como C.O.C.;
2.1.2. N.? (filha), acerca de quem GCB, “estante no Brasil” (sic), em dois documentos sucessivos de Outubro e Novembro1649 faz promessas de comenda da OC com hábito e pensão, para a pessoa que casar com uma sua filha. Não se sabe se ou com quem veio a casar;
2.1.3. N.? (filha), acerca de quem GCB, “estante no Brasil” (sic), em dois documento de 1649 faz promessas de ofícios de justiça, fazenda ou guerra, para a pessoa que casar com uma outra sua filha. Também não se sabe se ou com quem veio a casar.

2.2. António Correia de Bulhões [II]. C.O.C., e combatente na guerra contra os Holandeses. Em Junho de 1622 foi padrinho (embora ausente) do seu sobrinho, e futuro Juiz dos Órfãos de Viseu, João Correia de Bulhões, filho de sua irmã Helena. C.c N.?, a outra filha de Bento Luís de Figueiroa e sua mulher D. Maria Feio (Soveral dá-a na referida errata como chamando-se igualmente Maria Feio, como a sua mãe). Tiveram:
2.2.1. Zacarias de Bulhões, referido em genealogia publicada na net (“De Andradas por fêmea”) como ‘filho de António de Bulhões, de Viseu”, que casa com D. Jerónima da Cunha, filha do coronel Pedro da Cunha de Andrade e de sua segunda mulher D. Cosma Fróis, ambos da Madeira, provavelmente de família ligada à cultura da cana e fabrico do açúcar. Parece ser quem sucedeu no engenho herdado pela mãe e tia. Tiveram pelo menos:
2.2.1.1. Jerónima da Cunha, c.c. Gonçalo Novo de Brito. Estes tiveram, pelo menos:
2.2.1.1.1. Capitão Filipe de Bulhões da Cunha;
2.2.1.2. António de Bulhões [IV] da Cunha, que parece ter falecido (na guerra com os Holandeses?) ficando seus irmãos na posse do engenho;
2.2.1.3. Filipe de Bulhões da Cunha, casado mas sem descendentes, C.O.C., na petição do qual o confrade Fábio levantou os dados que permitiram esta sugestão de resenha. Sucedeu-lhe no engenho o seu sobrinho homónimo, filho de sua irmã Jerónima.

2.3. Inocêncio Correia [de Bulhões], que é citado em Alão de Morais na Pedatura Lusitana como morto no Brasil sem descendência.

[os outros irmãos ficaram em Portugal e foram: 2.4 Helena Correia do Amaral, que herdou para dote o cargo de Juíz dos Órfãos de Viseu; 2.5 João Correia do Amaral, Jesuíta e depois Pároco de Quintela (de Azurara?); 2.6 Joana ou Jerónima, freira; 2.7 outra irmã, freira, ambas num Convento em Ferreira de Aves, a Nordeste de Viseu]
....
'Pontas soltas':
- Há um quinto António Correia de Bulhões [e Vasconcelos] [V] (2.4.5.3), filho do Juíz dos Órfãos João Correia de Bulhões (2.4.5.) e neto de Helena. Foi pároco em Carvalhais (São Pedro do Sul), o tal de que ACB [II] (o 2.2.) foi padrinho;
- E ainda um sexto António Correia de Bulhões [VI], que a 7.3.1714 recebe um alvará de moradia de moço fidalgo, e no mesmo dia o de fidalgo escudeiro. Não parece ser o [V], que por essa altura já era pároco em Carvalhais. Mas pode ser um sobrinho do padre, filho de um seu irmão João (2.4.5.4.);
- Os nomes das irmãs, herdeiras do Engenho. Na carta de Ouvidor Geral do ACB [III] (2.1.1.), que não li, também pode constar o nome da mãe (embora muito pouco provável).
....
Outra 'ponta solta' é o paradeiro do Inocêncio: o que fez, como morreu, ficou de facto sem descendência?
E mais duas pessoas documentadas com nomes afins, mas quase dois séculos posteriores:
1. um José Correia Rangel de Bulhões, alferes, que pede mercê da Ordem de Cristo (cerca de 1830);
2. e um João António Correia de Bulhões, tenente-coronel, que cerca de 1827 pede mercê 'da insígnia' de C.O.C.
3. e mais um, lá para o Pará, em Icoaraci. Trata-se do dono da "Fazenda Pinheiro". Sobre essa história lê-se num site sobre Icoaraci: "... Em 13 de julho de 1824 a Ordem dos Frades Carmelitas Calçados já com a posse, vendeu-a [à fazenda Pinheiro] juntamente com a Fazenda Livramento, área vizinha de onde retiravam argila para olaria, ao Tenente-Coronel João Antônio Corrêa Bulhões. As terras juntas mediam ¾ de léguas do igarapé do Paracuri no Tapanã até o pontão do Cruzeiro e, meia légua (3300m) entrando pelo Furo do Maguari, indo até os limites do engenho do Coronel José Narciso da Costa Rosa. Bulhões adquiriu posteriormente a metade da ilha de Caratateua [ou Caratateva ?] que pertencia a D. Tomázia Ferreira de Melo, viúva de Manoel Góes.Em 7 de julho de 1838, após a morte de Bulhões, a filha e herdeira Marina Francisca Corrêa Bulhões, casada com Benjamin Upto Júnior, vendeu todas as terras ao Presidente da Província do Grão-Pará General Francisco José D'Andréa que deu início a instalação de um lazareto a ser administrado pela Santa Casa de Misericórdia. ..." Este João deve ser o mesmo que o nº 3 anterior.
Mas qual o parentesco destes últimos com os anteriores?
..."

Bem, estes são os dados que tenho sobre esse grupo que foi para o Brasil. O que pretendo? Saber mais coisas sobre o seguimento dessa família, entre o quê:
- alguma coisa mais sobre 2.1.1, em especial sobre a sua passagem pelo Rio como Ouvidor (p.ex. se deixou descendência no Rio, e em especial se de facto voltou para Pernambuco, como parece pelos indícios difusos que existem);
- o paradeiro do Inocêncio, como morreu, que registos há da sua passagem pelo Brasil;
- eventos registados relacionados com todos, em especial o seguimento daqueles em que acabo ( 2.2.1.1.1. Capitão Filipe de Bulhões da Cunha; as duas irmãs 2.1.2. e 2.1.3);
- vestígios de famílias Bulhões, Correia, ou quejandos, relacionados ou relacionáveis com estes.

com uns melhores cumprimentos

Francisco Cannas Simoes

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Carta de Brasão de Armas de António Correia de Bulhões

#339154 | bingre | 08 dez 2013 09:13 | Em resposta a: #158916

Caro confrade Francisco Cannas Simões,

Em posse da minha família encontra-se uma Carta de Brasão de Armas agraciada no ano de 1589 a um António Correia de Bulhões, morador em Viseu. Transcrevo em seguida o seu conteúdo.

Cordialmente,

Pedro Bingre do Amaral

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Portugal Principal Rey de armas do muy alto e muito poderoso Rey Dom Felipe nosso sñor, destes Reynos de Portugal, e cavaleiro professo da ordẽ de Sãctiago, faço saber a quãtos esta minha carta de brasão de armas de nobreza digna de fee e crença virẽ, q Antonio Correa de Bulhão, morador na cidade de Vizeu, me pedio e requereo, que porquanto ele desẽdia por via de bastardia legitimada por parte de seu pay Grauiel Correa, e de seus avos João Correa, e Joana Taveira de Bulhão, e de seus bisavós, gerações e linhagẽs dos Correas, Bulhões e Taveiras, q nestes Reynos são fidalgos de cota de armas, como cõstava no estromẽto autorizado em forma devida por autoridade de justiça que apresentava¬, q lhe desse hũ escudo cõas armas que as ditas linhagẽs pertencẽ, e a elle de dereito por lhe pertencerẽ, pella dita via devia trazer, pera dellas usar, e gozar das honras e liberdades q por bẽ da nobreza dellas gozarão seus antepassados, pelloque, provẽdo a seu requerimẽto, por virtude do que cõstava no dito estromẽto e com o poder e autoridade q de meu oficio pera isso tenho, busquei os livros da nobreza e da nobre fidalguia do Reyno q em meu poder estão, e acho nelles as armas que as ditas linhagẽs pertencẽ, serẽ estas que em esta lhe dou iluminadas. E o escudo esquartellado, ao primeiro e seu cõtrairo Correas Correas correães q trazẽ o cãpo vermelho e hũa aguea preta estendida armada de prata e sobre os peitos della, hũ escudo das armas dos Correas, q he o cãpo douro fretado de correas vermelhas repassadas hũas por outras, e ao segũdo dos Bulhões que trazẽ o cãpo de prata e hũa cruz de vermelho patea, e em cada põta tres bolletas verdes cõ cascabulhos douro, e ao contrairo dos Taveiras q trazẽ o cãpo douro e nove torteraos de vermelho postos em tres pallas, elmo de prata aberto guarnecido douro, paquife douro e vermelho, e ouro e preto, e prata e vermelho, e por timbre hũa mea aguea preta estẽdida cõ hũa correa vermelha no bico, e por deferẽça hũ filete preto em cõtrabãda, que cõ ellas pois lhe pertencẽ pella dita maneira segundo regimẽto darmaria deve trazer, e por assy dever dellas usar, requeiro as justiças da parte do dito sñor, e por bẽ do officio da nobreza guardẽ ao sopricante as hõras e liberdades e mais preminẽcias concedidas as ditas armas, e lhas deixẽ trazer e possuir e dellas usar nos autos em q a nobreza dellas lhe da lugar, e por verdade lhe passei esta certidão de brasão em Lixboa por my assinada, aos dezaseis dias do mes de Março, Diogo de Sanrromão a fez, ãno do nascimẽto de Nosso Sñor Jesu Christo, de mil e quinhẽtos e oitenta e nove.
Portugal PPS
Rey de Armas

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