Os Tudors - RTP1
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Os Tudors - RTP1
Algum dos confrades viu a série "Os Tudors" que passou na semana passada na RTP1? A forma "reles" da discrição do nosso país e povo, quando a irmã do Rei Henrique VIII, Mary Rose Tudor, casa com um Rei de Portugal... Incrivel, além de mentira fiquei indignado com a forma como a nossa corte foi retratada.
Cumprimentos,
José Carlos Teixeira
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RE: Os Tudors - RTP1
Olá,
mas nenhuma irmã de Henrique VIII se casou com rei português.
Mas uma filha dele, Mary a Sanguinária, se casou com Felipe II da Espanha (que viria a ser Felipe I de Portugal, mas só 22 anos depois da morte de Mary Tudor)
Alberto Penna Rodrigues
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RE: Os Tudors - RTP1
Caro confrade
Vi "Os Tudor" e também fiquei indignado com os erros históricos especialmente com o casamento da irmã de Henrique VIII com um rei de Portugal ( que nem sequer tem nome), quando na realidade a irmã em causa é Mary (e não Margarida que se casou com o rei da Escócia), que se casou com Luís XII de França.
Luís XII só lhe sobreviveu 3 meses e, segundo as fontes que consultei, morreu de causas naturais, não tendo sido Mary que o matou, como é mostrado nesta série. A única verdade, é que após a morte de Luís XII, Mary casou-se com o amante, o duque de Suffolk.
Cumprimentos,
José de Castro Canelas
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RE: Os Tudors - RTP1
Caro confrade,
Longe de qq extremismo dito "nacionalista", ainda há poucos anos, +/- 10, 12 anos, numa viagem pela Escócia, a minha professora de contabilidade viu um painel publicitário de um bébe a nadar dentro do azul cristalino de qq mar.
Pensava ela que seria publicidade à Expo'98.
Aproximou-se de um qq habitante da area e perguntou/averiguou se era sobre Portugal e a Expo'98.
"Portugal?" perguntaram, "Mas não fica em Espanha?"...
Enfim, desde que os Filipes tomaram Portugal;dado que entretanto passámos o séc.XVIII como "colónia" inglesa; desde que nos acabrunhámos com o destino do Mapa Côr-de-Rosa, e por fim, tendo-nos tornado uma república atrasada e patética que o resto da Europa e do Mundo nos tratam como débeis mentais...
Veja-se o caso "Maddie"...
Cpts,
Augusto
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RE: Os Tudors - RTP1
Caros confrades
Não vi a série, mas a minha cunhada telefonou-me a saber se era verdade uma Tudor ter sido casada com um rei português e tê-lo assassinado. Estranhamente, porque as séries inglesas costumam ser boas e fidedignas, esta parece-me ser ...uma boa porcaria! Confundem Margaret Tudor, mãe de Mary Stuart, com a irmã, Mary, falam de um rei de Portugal quando o que casou com Mary foi Luis XII de França, enfim, uma miséria. Saudades de quando as séries inglesas me prendiam ao televisor ( o que é e era altamente difícil)!
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Os Tudors - RTP1
Caros Confrades,
Também eu fui obrigado a ir consultar a História de Portugal e a de Inglaterra, para aclarar tamanhos dislates e aleivosias.
Os erros já apontados à série não ficam por aí. Repare-se num barco português atracado no Tejo com a bandeira republicana asteada. Um nojo...
E o português que o "rei" de Portugal falava roçava o ridículo. Para série com rigor histórico faltava-lhe quase tudo...
Henrique Albino Figueira
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RE: Os Tudors - RTP1
Caro Henrique Albino Figueira,
Mudam os tempos...
É inconcebível que se tenha "tamanha" falta de rigor!
Com os melhorwes cumprimentos,
Artur Camisão Soares
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RE: Os Tudors - RTP1
Caros Confrades:
Em abono da verdade, a série não é britânica, mas canadiana e, segundo li, não pretende retratar fielmente episódios históricos.
Neste tipo de séries, são usuais as adaptações mais ou menos "liberais" de factos e personagens passados, com vista a aumentar as audiências.
O actor principal foi candidato ao "cargo" de James Bond e não creio que o jovem Henrique VIII reunisse em si tais predicados, mas lá que teve várias mulheres, isso ninguém lhe tira.
Cumprimentos
João Pombo
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RE: Os Tudors - RTP1
Meu caro João Pommbo
Alegra-me que a série não seja britânica! Confesso que gosto das séries britânicas e os dislates e falta de rigor histórico que esta série pateiteia são confrangadores.
Claro que a Henrique VIII, para James Bond, deviam faltar-lhe um sem número de qualidades, vide o Sean Connery, quanto ás mulheres...um rei sempre é um rei,!
Um abraço
Maria Benedita
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RE: Os Tudors - RTP1
Vi essa série. Em princípio também fiquei indignada com as incongruências e o retrato (mais um) de “feio, porco e estúpido” de uma figura portuguesa. Mas depois só me deu para o riso e para a troça.
Um Rei surfista, de cabelinho moderno, que dorme de boxers, mostra os bíceps, jovem e atraente. Não o gordo, pouco atraente e aparentemente careca dos retratos. E depois retratam um Rei português tão triste. Concluí que a inveja é grande!
Portanto, deixem-nos invejar, deixem-nos distorcer os factos. Acho que não enganam ninguém ao retratar um Rei Inglês com tanta compaixão, quando é sobejamente conhecido que esse Rei se divorciou da esposa para casar com a amante, que depois mandou decapitar. E não era este também ávido praticante do pecado da gula?
Contudo, é preciso ter cuidado porque quem muito desconhece, pode levar estes disparates a sério!
Cumprimentos,
CC
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RE: Os Tudors - RTP1
Cara Maria Benedita:
Também gosto de séries britânicas e relembro a genial "Blackadder", protagonizada por Rowan Atkinson, nos bons tempos do serviço público, i.é BBC.
Apesar de se tratar de uma comédia, estou convencido que retratava bem melhor as figuras históricas, nomeadamente os monarcas britânicos.
Loucos, completamente debochados ou inutilidades perfeitas e, a partir de determinada época, completamente alemães....
Um abraço,
João Pombo
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RE: Os Tudors - RTP1
Caro João Pombo,
Apenas por curiosidade, na sua apreciação entre "Loucos, completamente debochados ou inutilidades perfeitas..." e "completamente alemães... ". o que será pior?
Com os meus cumprimentos,
Fernando Aguiar
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RE: Os Tudors - RTP1
Meu Caro
Portugal não só é independente desde 1143 (embora durante 60 anos teve o mesmo rei que Espanha) como tem praticamente as mesmas fronteiras desde D. Diniz o que o coloca provavelmente, se não o mais antigo país do mundo com as fronteiras menos alteradas pelo menos entre a meia duzia mais antiga.
Qualquer indivíduo de hoje que desconhece Portugal e onde fica é pura e simplesmente um ignorante em matéria de geografia, de história, de política e arrisco-me a acrescentar de futebol e não nos devemos minimamente incomodar com isso.
A propósito dos Tudors qual seria a intenção do scripter e do realizador em trocar o Luis XII da França por um desconhecido rei português. Emed
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RE: Os Tudors - RTP1
Cara Maria Benedita,
« ...me prendiam ao televisor ( o que é e era altamente difícil)! »
É verdade que o televisor é mau mas, franqueza, franquezinha, esse tempo que passa ao computador à procura de textos do Pe. Cappa não é muito melhor.
Com os meus cumprimentos,
Fernando Aguiar
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RE: Os Tudors - RTP1
Caro Fernando Aguiar:
Digamos que o "completamente alemães" será o menos mau....eheheh.... isto sem desprimor para os alemães, povo que admiro.
É evidente que exagerei um pouco na minha apreciação anterior.
Mas, quanto a monarcas britânicos, é ler os livros de história e ver quantos se safam...
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Os Tudors - RTP1
Caro Fernando Aguiar
Os textos do Padre Cappa, que o caro confrade detesta (decerto por ser jesuita), procuram-se uma vez, leem-se e aprendem-se rapidinho!
Questiono-me é onde o caro confrade gasta o seu tempo , deduzo que em companhia bem pior que a do Padre Cappa, pois as alfinetadinhas verruminosas com que mimoseia a bancada real não indigitam a santa Companhia de Jesus nem qualquer outra menos santa mas igualmente aprazível!
Com os meus jesuíticos cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Os Tudors - RTP1
Cara Maria Benedita,
« Os textos do Padre Cappa, que o caro confrade detesta (decerto por ser jesuita), ... »
Lá tenho eu de voltar a recomendar o livrinho de exercícios para a memória que tem dado bons resultados à minha filha de 13 anos ...
Pois é, depois de ter sido aluno de salesianos, fui vários anos de jesuítas, de quem tenho gratas recordações a por quem nutro a maior das admirações sem deixar de reconhecer os períodos negros do seu percurso mas e aqui ao contrário da enorme maioria dos portugueses que os desconhecem, reconhecendo-lhes os enormes méritos no campo educacional, científico e civilizacional.
Pois é, do que eu não gosto é da Maçonaria - ao que parece responsável pela última e brilhante alteração do Código Penal que considera os crimes de pedofilia como crime continuado - e, nos aspectos associativos e económicos, da sua congénere católica a Opus Dei, que nos brindou com o recente espectáculo no Banco Millenium.
E, como evidente, não é do Padre Cappa - que nada diz que não tenha sido dito três séculos antes pelo frei Bartolomé de las Casas - que eu não gosto mas sim do (mau) uso que lhe vem dando.
« Questiono-me é onde o caro confrade gasta o seu tempo ... »
O tempo livre que tenho - e algum que não tenho - gasto-o em genealogia. Tão simples como isto!
Com os meus cumprimentos,
Fernando Aguiar
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RE: Os Tudors - RTP1
Caro Henrique
Pois também eu já estava a pensar que tinha de me desfazer dos livros de história que tenho lá em casa. Curioso, fui à procura do suposto casamento da princesa Margareth com um rei português (...de infame caricatura) que insistia em não vir relatado em livro nenhum e tão pouco em nenhuma pesquisa no google.
Um abraço amigo, Luís Contreiras
Já agora, estou curioso por ler o 2º volume dos seus Cadernos Culturais!
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RE: Os Tudors - RTP1
Caríssimo Fernando Aguiar,
Desculpe a minha intromissão. Mas, sou sincero, gosto de o ler. Posso não concordar, mas dá-me prazer.
Ando com uma grande dificuldade em concatenar determinadas afirmações suas. Neste caso, as que se referem à "Maçonaria" e à "Opus Dei". Sei bem que as "instituições" são formadas pelos elementos que nelas se agregam; mas, pergunto-lhe: a "responsabilidade" é individual e/ou colectiva?
Quanto ao Padre Cappa: pode-me indicar um "bom uso"...?
Melhores cumprimentos,
Artur João
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RE: Os Tudors - RTP1
Caro Artur João,
Em relação à Maçonaria e à Opus Dei, começaria por lhe recomendar um admirável texto do confrade Manuel Cravo (mtt) que se refere à primeira.
Encurtando razões, ambas funcionam na prática (não apenas mas também) como associações de socorros mútuos dos seus próprios membros, só que não apenas em caso de necessidade mas, como regra, proporcionando-lhes negócios, contactos, empregos e carreiras. Até aqui, seria apenas injusto
[justiça, segundo Sócrates, é dar a cada um o que lhe compete, conceito desenvolvido por Aristóteles que, por não existirem apenas coisas boas, enuncia que tão injusto é aquele que se apropria de mais do que lhe compete como o que se furta à sua quota-parte de coisas desagradáveis]. Escuso de lhe fazer notar que, seu eu der um emprego ou uma promoção ou proporcionar um negócio a um compadre, haverá alguém que não teve esse emprego, essa promoção ou fez esse negócio; e se eu não pagar os impostos legalmente consagrados, alguém pagará a mais.
Seria, como ia dizendo, apenas injusto, se não exorbitassem e, por motivos meramente venais, cometessem crimes. Dou-lhe dois exemplos recentes:
1-Reinstituida a monarquia em Espanha a Opus Dei ocupou parte do sector económico do governo e seguiu-se o escândalo que estará lembrado e que ainda provocou meia dúzia de prisões; não será precisa muita imaginação para se supor que, como é costume em organizações fechadas, alguns dos que não podiam de forma nenhuma escapar, aceitaram culpas de outros "a bem da organização" e com a habitual contrapartida de protecção económica às respectivas famílias.
2-Pouco depois do 25 de Abril, sectores da Maçonaria que ocupavam (e ocupam) o Ministério da Educação e a Ordem dos Médicos conluiaram-se para garantir elevados salários aos segundos e inventaram o número clausus. Suponho que não seria preciso lembrá-lo que, enquanto advogados a mais, significa sempre desemprego, médicos a mais seriam, quando muito, uma mais-valia negocial em missões humanitárias e de cooperação com as ex-colónias; mas, até aqui, seria um erro e não um crime.
O que aconteceu, como me explicou já o meu urologista é que só daqui a 10 anos poderemos ter os especialistas necessários e assim, eu que tenho um alto factor de risco mas ainda a possibiliade de o fazer, sou observado de 6 em 6 meses, tendo de marcar a consulta com larga antecedência. Acontece que o cancro da próstata é silencioso, não dá dor nem sintomas e se não detectado muito precocemente espalha metásteses pelo que anualmente, morrem e continuam a morrer dezenas, senão centenas de vítimas desse acordo venal, sendo que, por ironia e descaramento, a eleição recente (2 ou 3 anos) de um director-geral do M.E. para
grão-mestre de uma das obediências, foi noticiado nos jornais como coisa banal.
Pergunta-me - não vou especular sobre a verdadeira intenção da pergunta - se a responsabilidade é individual ou colectiva.
Antes do mais, tudo ou quase tudo é individual. Que eu conheça e reconheça, colectiva apenas a Igreja e porque Alguém assim a instituíu. Educação é individual - embora sob cooperação familiar - e se for colectiva não pode passar de instrução. Na medida em que não há dois seres humanos iguais e que tão injusto é tratar desigualmente os iguais - em direitos entenda-se - como tratar igualmente os desiguais - aqui em capacidades - justiça colectiva é coisa que não existe, como não existem direitos colectivos. De facto, quando se utiliza "colectivo" num sentido mais alargado do que "plural" estamos no reino do materialismo, dialéctico ou não, do positivismo, do racionalismo kantiano ou se quiser um sentido "colectivo", no puro domínio do socialismo ainda que por diferentes vias (tem havido de tudo no Portugal recente mas, actual e encapotadamente a via mais real é a fiscal com a particularidade de incidir sobre as classes médias a abrir escapes aos muito ricos).
Mas é certo que, por motivos de convivialidade social, têm de haver leis que, também por ausência de juízes que o possam ser, têm de ser abstractas e genéricas; mas aqui o domínio é o convencional e não o da justiça. Da mesma maneira que quando lhe falam em "colectico" o estão a enganar, também quando chamam "domus iustitiae" - o que já vem de longe - aos tribunais, igualmente o estão a enganar. E não pense que é apenas semântica mas uma verdadeira técnica propagandística de lavagem ao cérebro tão eficaz que estou certo que a grande maioria dos que me lerem, sobretudo os mais jovens, vão discordar por nem entenderem.
Mesmo assim, na justiça convencional a responsabilidade foi entendida como
individual até aos julgamentos de Nuremberga e essa mudança de perspectiva tem vindo a ser absorvida pelos chamados "princípios" democráticos. Talvez não fosse necessário relembrar que a democracia é um método - e nem sequer bom embora outros ou mesmo todos os outros possam ser piores (Winston Churchill) - e um método não pode ser gerador de princípios. Isto é uma total inversão e que, mais uma vez, tem sido tão repetida em discursos que está entranhada no tecido social.
Em Portugal tivemos um exemplo recente - recente para mim - quando o democrata Zenha (penso que foi ele, o mesmo que com as cadeias a abarrotar como não estiveram em nenhuma época da história anterior a seguir ao 28 de Setembro e sendo ministro da Justiça, declarou no estrangeiro que não existiam presos políticos em Portugal) criou a figura de "associação de criminosos" para atribuir colectivamente culpas a todos os membros da organização, neste caso da ex-PIDE-DGS. Também não precisaria de o lembrar que a PIDE tinha também competências de polícia internacional - representava Portugal na Interpol - em crimes de droga, moeda falsa, etc. e também de polícia de fronteiras, competências essas hoje repartidas pela PJ (até quando a deixarem!) e pelo SEF, ou seja, teria larguíssimas dezenas de agentes, amanuenses, motoristas etc., que nada tinham a ver com funções de polícia política.
Só agora estou em condições de responder à sua pergunta.
Em Roma, sê romano.
Dado o panorama asqueroso que por todos os lados me rodeia, entendo que a responsabilidade deve de ser colectiva e classifico desde já como associações de criminosos os partidos polítios, a procuradoria-geral da República e, dentro do ministério das Finanças, os Serviços de Inspecção e o Serviço do IVA.
Com os meus cumprimentos,
Fernando Aguiar.
P.S.- Isto é uma visão individual, expressa como opinião pessoal e não pretende suscitar adesões.
FA
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RE: Os Tudors - RTP1
Caro Fernando Aguiar,
"Hélas"...não estava à espera de uma resposta tão completa, confesso. Admiro a frontalidade.
Isto anda mal!!
Renovados cumprimentos,
Artur João
P.S. Noto que não respondeu à pergunta relativa a Cappa. Aceito que o não faça, já que é livre.
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RE: Os Tudors - RTP1
Caro Fernando Aguiar
A minha memória é óptima, a questão é que não tinha ainda tido o prazer de conhecer o seu percurso jesuítico-salesiano, que tão gratas recordações lhe deixou, com o que muito me congratulo pois os traumas escolares degeneram em fobias graves na idade adulta.
Temos, pois, que não gosta nem da utilização que eu faço do Padre Cappa ( ele que me perdoe mas a intenção é correctíssima), nem da Maçonaria nem da Opus Dei! Eu das duas últimas também não, mas os textos do padre Cappa justificam perante mim muita coisa do percurso conhecido de Colombo pelo que, já agora, gostaria de saber como utiliza o caro confrade os escritos do citado jesuíta. Será, mais ou menos, uma troca de receitas culinárias, ensina-me a fazer a tua maionnaise, já que não gostas da minha, e eu dou-te a receita do bolo de chocolate!
Apraz- me saber da salutar utilização dos seus tempos livres, questiono-me é de onde vem, então o vinaigrette!
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Os Tudors - RTP1
Caro confrade Fernando Aguiar,
Saio do meu auto imposto silêncio em relação a comentários menos genealógicos, neste forum tão frequentes, para lhe manifestar a minha admiração pela lucidez, conhecimento e clareza com que abordou um assunto que muita gente, por razões fáceis de adivinhar evita, mas que tão determinante tem sido em Portugal e tantos outros países no destino de todos nós, isto é, que nos vai empurrando inexorávelmente ao sabor de ventos e marés a que somos quase sempre totalmente alheios e de que não temos a menor hipótese de nos proteger por soprarem em montes e vales que a vista do cidadão comum nunca alcança.
Melhores cumprimentos,
Norberto Infante Pedroso
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RE: Os Tudors - RTP1
Caro Fernando Aguiar:
Os meus parabéns por este seu texto, que me deu grande prazer em ler.
Estou de acordo que Maçonaria e Opus Dei acabam por funcionar, na pratica, como associações de socorros mútuos.
Mas apesar de tudo, acho que esta característica se aplica com mais propriedade à Maçonaria, aliás até de forma assumida.
Nunca presenciei grandes manifestações de entre-ajuda entre Opus Dei's, virados que estão, pelo menos aparentemente, mais para si próprios e para Deus.
A Maçonaria neste particular é diferente.
Quando há um maçon em apuros, logo se vê rodeado e apoiado por uma data de "companheiros", e nem sequer vou dar o exemplo em que estou a pensar, que qualifico de lamentável e nojento.
Curiosamente, ambas estas organizações estão a perder o seu carácter secreto ou reservado, bastando ver os sites oficiais na internet.
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Os Tudors - RTP1
Caro João Pombo:
Permita-me discordar e ainda pedir-lhe que não tenha ilusões:Tal como a Maçonaria também a Opus Dei faz um grande trabalho de entreajuda entre os seus membros, também eles se protegem uns aos outros, e acima de tudo também eles se ajudam mutuamente a criar riqueza. A grande diferença que existe ainda entre esses duas "Associações de Socorros" é o secretismo menos desvendado da Opus Dei comparativamente com a Maçonaria.
Ainda um conselho se tal me é permitido: leia (se encontrar) o livro escrito há poucos anos por Maria Del Carmen Tápia ( foi secretária de Monsenhor Escrivá durante vários anos) ficará elucidado do que é de facto a dita "obra".
cumprimentos,
Miguel Cabrita Matias
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RE: Os Tudors - RTP1
Caros confrades:
Eu simplesmente acho que, séries deste género, que se afastam de toda a veracidade histórica, nem sequer deveriam ser apresentadas.
A falsidade e deturpação dos factos ao gosto e sabor dos guinistas, realizadores, produtores levaria a que a RTP do Estado não deveria desembolsar o dinheiro dos contribuintes com tamanha fajutice.
Quando Henrique VIII sobe ao trono inglês em 1509, reinava em Portugal D. Manuel I, casado com D. Maria de Aragão.
Irmãs de Henrique VIII houve a: Margarida que casou com Jaime IV da Escócia (e foi avó da malograda Maria Stuart), e Maria Tudor, esta sim, que foi desposada por Luís XII de França (34 anos mais velho que ela) em 9 de Outubro de 1514 cujas bodas não decorreram da melhor forma porque o rei sentiu-se mal e veio a morrer a 1 de Janeiro de 1515. Este sim, seria o rei decrépito.
Ora, nesta altura reinava ainda D. Manuel I que viria a casar ainda com D. Leonor de Áustria (3ª mulher) e lhe daria mais dois filhos.
Aquela Maria Tudor atrás, depois de viúva do "Pai do Povo", casou segunda vez com o seu bem amado Charles Brandon, duque de Suffolk, casamento de sua escolha e preferência, tendo aceitado perante seu irmão fazer aquele casamento político, com o rei de França, de quem não se esperava longa vida.
E é isto, a série "cozinhou" mal estas personagens e mantém-nos inalteráveis de feições pelos anos fora. E, quando chegamos ao tempo do divórcio de Henrique VIII e Catarina de Aragão, em 1533, estão todos iguais como no primeiro dia em que começou a "saga" Tudor: Henrique VIII e Catarina de Aragão (mais ele do que ela) não pareciam pessoas entradas na meia idade. Henrique, então...imberbe...
Enfim, são critérios de escolha e selecção de programas que, além de não serem educativos, deixam muito a desejar pelos erros e omissões crassos em História.
Um abraço.
Sempre,
Pedro França
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RE: Os Tudors - RTP1
Caros Confrades,
Quem estiver interessado no papel que a Maçonaria desempenhou no Revolução Liberal de 1828-34 recomendo vivamente a leitura de "D. Miguel e a Sua Época" de Paul Siebertz. O livro é chocante e as fontes são fidedignas. O leitor fará o julgamento da opinião que o autor tem sobre os acontecimentos. Será livro para alfarrabista, e quem o encontrar compre-o sem hesitar, porque é raro.
Para este sub-tema em discussão, direi que no século XVIII a Maçonaria era bem mais do que uma associação de entre-ajuda entre os membros.
Cumprimentos,
Francisco
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Os ingleses também detestam
Henry VIII: The glaring errors in BBC's sexed-up, dumbed-down Tudors
By CLEMMIE MOODIE - More by this author »
Last updated at 09:34am on 24th October 2007
Comments (34)
The BBC was accused yesterday of "Americanising" and "sexing up" the past with its much-hyped drama, The Tudors.
Hundreds of viewers have complained about historical inaccuracies and needless sex scenes.
Academics joined the attack, saying the corporation had "dumbed down" British history.
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The seducer: Jonathan Rhys Meyers as Henry VIII in the BBC2 drama The Tudors
Modern radiators, Tarmac driveways, concrete bollards and Victorian carriages have all made appearances in the tenpart series set in the 16th century.
Made by Showtime, a U.S. production company, The Tudors appeared on American screens before being bought by BBC2. Henry VIII is played by Jonathan Rhys Meyers of Bend It Like Beckham fame.
Last night, Leanda de Lisle, a Tudor biographer, said: "Overall the series is badly written with an extremely cheap feel to it.
"It is hugely disappointing. With inaccuracies in almost every sentence, the BBC is dumbing down the Tudor period."
She said the anachronisms would be acceptable only if the drama "rang true" - and this hadn't been the case.
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Seductress: Anne Boleyn played by Natalie Dormer turns the tables on Henry VIII
Vision: Anne Boleyn appears naked in Henry's dreams
She added: "The characters talk in completely unnatural ways, addressing their own family members as "Anne Boleyn" or "Mary Boleyn" so that we, the stupid audience, understand who they're supposed to be.
"Henry VIII was exceedingly powerful, both politically and physically, but Rhys Meyers is pretty, rather than macho and thus completely unconvincing."
Viewers have been equally critical on the BBC's Points of View website.
"Imagine my bitter disappointment [with] a rewritten, out of context, out of time story about Henry VIII," wrote one. "The story of the Tudors is juicy enough already, it certainly did not need this Americanisation."
Another wrote: "I know that this programme was dumbed down for American audiences but I didn't think for one moment they would make up periods just for TV."
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American: Even actor Sam Neill - playing Cardinal Thomas Wolsey - enjoys a sex scene or two
A raunchy sex scene between Henry VIII and Catherine of Aragon, played by Maria Doyle Kennedy, appeared four minutes into the first episode.
In another scene, Henry is involved in a lewd sex act.
Friday's show will feature the king romping naked with Anne Boleyn, played by actress Natalie Dormer.
"[The Tudors] is a porno-style historical semi-drama [and] quite obviously not aimed at the serious TV watcher," wrote another viewer.
A fourth said: "At the risk of sounding like a big prude, the soft - bordering on hard - porn was totally overdone."
The radiator is seen in Henry's bed chamber while the asphalt driveway leads up to a mansion used by an aide.
In another episode, the king's ambassador is driven in a 19th century carriage, complete with springs that had yet to be invented.
Elsewhere, the philandering monarch has his inside leg measurements taken by a tailor using a modern-day metallic tape measure.
Last night, a BBC spokesman said: "The Tudors is not a documentary drama and as with all dramas, it is reasonable to expect a fair amount of artistic licence and to allow the writers to interpret and invent historical events.
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Jonathan's Henry VIII is dark and brooding - but historians point out he should have red hair
"BBC Acquisitions hoped to attract a new, younger audience to history which we feel we have achieved.
"The Tudors is watched by over two million viewers, all of whom are enjoying the interpretation."
Alison Weir, historian and author of The Six Wives of Henry VIII, compared the series to a "Hollywood fairytale".
She added: "Henry had red hair, not black hair as this actor has, and some of the scenes are just plain gratuitous.
"Henry was a very discreet king; he would never have indulged in womanising openly. While he may have liked the ladies he would never have been so indiscreet - that is why there is so little evidence of his affairs.
"The truth is interesting enough so why try to glamorise it?"
She said viewers would be sold short, however limited their knowledge of the period.
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Inventing history - which the BBC defends - is nonsense. History cannot, by definition, be invented.
This is only one of thousands of reason why the BBC licence should be ended.
The hue and cry that's raised whenever this is suggested is misplaced. Having a licene-funded organisation was exactly the right way to start the service and avoided the broadcasting nonsense which the Americans created at the same time. But that was 80 years ago, if the BBC is producing what its subscribers want - and I think subscription is preferable to advertising simply for the stability it gives - then it will thrive. If not it will, and should, fold.
- Flip, Manchester UK
And I thought I was hallucinating when I saw them gallop off in that Victorian carriage! Left to Hollywood, history could go in any direction. But perhaps it's rather fun to have it re-written? Maybe the wives could escape the axe and send Henry to the scaffold instead? Just as he deserved.
- Sarah, Brussels
Being a Tudor enthusiasist, I would like to have seen a more realistic portrayal of Henry and key events. Having said that, even the excellent film "Elizabeth" was criticised for doing the same. If the quality of the "Tudors" was a bit better, than maybe we would not care so much. Rome was so much better! Maybe HBO should do a third series of Rome instead of continuing with the "Tudors"?
- M, Bedford
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Não só aqui. Escrevam aos JornaisRE:Os Tudors-RTP1
Caros Confrades,
Como estou vivendo nos EUA não entendo como se faz as coisas em Portugal mas este tipo de "lixo" histórico e prejudicial ao nosso povo, á nossa imagem mundial e aos nossos antepassados merecia um protesto de milhares de pessoas interessadas por esclarecer este tema juntando-se á frente das portas da RTP1 com letreitos nas mãos gritando coisas como "vergonha", "mentiras", "sex, lies & BBC", "Respeito Pela Nosssa História", etc.
Requeria-se que o PM escreve-se uma carta de aviso á BBC requerindo que esta pedisse "desculpas" por tais erros e fantiasias sobre o nosso rei. Ou já ninguém tem respeito pelos nossos REIS e heróis Portugueses?
Este tipo de protesto deveria de ter já sido promovido por algum ministro da nossa cultura algum professor de alguma Universidade que juntasse todos os alunos e marchassem para a RTP.
Será que este tipo de acção e protesto mudaria alguma coisa? Talvez não mas pelo menos teria cobertura nalgum jornal estrangeiro, nalguma TV como aquelas que andam por ai atrás de Madie e expalhassem pelos canais de noticias do mundo que nós os Portugueses não deixamos tais erros passarem sem serem denunciados.
Se nós não somos assertivos em proteger a nossa imagem, a nossa verdade e os nosso direitos quem os vai proteger?
Este tipo de cumplicidade que se vê no nosso povo hoje em dia é mesmo triste.
Melhores Cumprimentos,
Manuel Rosa
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Não só aqui. Escrevam aos JornaisRE:Os Tudors-RTP1
Caro Manuel Rosa:
Ao ler a sua mensagem, é caso para dizer: Para pequenos males, grandes remédios!
Já agora - e porque não - protestos frente à Embaixada do Reino Unido, boicotes a produtos britânicos, quem sabe até a retirada do nosso Embaixador da Corte de Saint James...
Enfim, um pouco de calma nunca é demais.
A série tem por objectivo o entretenimento e não, como salta à vista, qualquer carácter didáctico.
Acresce que, como se referiu já, não é uma producção da BBC, mas antes canadiana, salvo erro.
Sinceramente, o melhor protesto é mudar de canal.
Não conte com tais atitudes por parte dos portugueses aqui de Portugal.
Eu diria que é preciso muito mais - mas mesmo muito mais - para a insurreição que V. Exª. propõe.
Cumprimentos,
João Pombo
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Caro João Pombo
Eu sei que não foi a BBC que produziu o programa mas foi eles que o promoveram. Eu sei que neste caso é "grande remédio" para um "pequeno mal". Mas se fosse somente este pequeno mal que os estrangeiros nos impôem ainda estava bem.
O protesto é uma arma não fatal que dá bom resultados pelo menos com a comunicação social. O resto do mundo é mesmo ignorante sobre a nossa história mas não devemos de culpar-los. A culpa é nossa por não dizermos nada mesmo quando esses disparates são completamente contrário á verdade.
O problema é que nós deixamos tudo passar por cima de nós e é mesmo triste.
Quem não protege as pequenas coisas como pode proteger as grandes coisas?
"Sinceramente, o melhor protesto é mudar de canal."
Eu acho que não deveria de ser assim que se a RTP é financiada com os nosso impostos públicos (que penso que é) nós temos o direito de requerer mais que uma mudança de canal.
Já noutro tópico eu tinha abordado o caso da Pesca nos Açores em que entram agora os Espanhóis com barcos que arrasam tudo e como os Açorianos forma obrigados a abater os seus barcos de pesca.
É triste mas nós não protestamos contra nada a não ser um cartáz na Marquês com tolices escritas.
Cumprimentos,
Manuel Rosa
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Caro Manuel Rosa
Apoiado!!! A tolerancia 'e uma virtude, mas como em quase tudo, em demasia 'e prejudicial. Todos se queixam do estado em que esta' Portugal mas muito pouco 'e feito para tentar mudar.
Com os melhores cumprimentos.
Rosario
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Caro Rosario:
100% de acordo!
Mas o que está mal em Portugal não é uma série de televisão canadiana...
Porque não uma sublevação pacífica contra a carga fiscal?
E porque não contra as listas de espera? E contra os maus políticos?
E porque não também contra as derrapagens orçamentais que neste País são regra?
Cumprimentos,
João Pombo
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Caro João Pombo,
Não leve a mal mas não resisto!
« Mas o que está mal em Portugal não é uma série de televisão canadiana...»
Não, Portugal parece mais uma série de televisão mexicana.
« Porque não uma sublevação pacífica contra a carga fiscal?»
Porque a provável reacção seria tudo menos pacífica.
« E porque não contra as listas de espera?»
Por *respeito* pelo poder (dos que podem fazer ultrapassar a lista de espera).
« E contra os maus políticos?»
Inútil, porque não há bons.
«E porque não também contra as derrapagens orçamentais que neste País são regra?»
Porque uma das maiores, se não a maior foi no Centro Cultural de Belém, durante o consulado de Cavaco Silva.
Com os meus cumprimentos,
Fernando Aguiar
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Cara Rosario,
Quando nos Açores queria ver alguma coisa sobre o meu país abria TV para a RTP Açores e encarei com um programa Americano sobre Tattuagem e "Piercings" em estilo de documentário sobre a vida destas pessoas que fazem tatuagem desde a cara ao ? e pregos por todos os lados do corpo fiquei pasmado.
Uma porque já nos EU achava isto um documentário horrivel e não perdia tempo a ver-lo mas outra porque parece que nos Açores não existe mais nada para meter na TV.
Nem um documentário sobre as paizagens? Nem sobre o estado das pessoas naquelas ilhas, nem sobre como melhorar a vida, nem sobre as coisas como eram antigamente, nem sobre como tratar os turistas que por lá andam, nem sobre como desenvolver os locais, nem até como ensinar os jovens a planear um curso na vida que lhes saia com beneficios para o futuro.
Sim o melhor que encontraram foi um horrivel programa sobre "Tattos e Piercings" Americano com sub-titulos em português tirado do excremento da sociedade americana e exportado para nós como a nata da sociedade e como aquilo que queremos que os nossos filhos emitassem.
Depois surpreedemo-nos quando vemos nossos filhos chegarem a casa com um prego atravessado pelo nariz.
Tal como faço nos EU mudei logo o canal para outro.
Poucos dias mais tarde abir de novo a RTP Açores e encarei com o mesmo documentário!!!!!!!!!!
Ou era tanto bom que a direção decidiu repetir-lo ou foram pagos para o fazer ou então não teêm mesmo nada mais que meter no ar. se assim é deveriam de cancelar a programaçõa já porque não é um serviço que estão oferecendo á nossa sociedade mas um deserviço.
Cumprimentos,
Manuel Rosa
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Meu Caro Fernando Aguiar,
Pois, se assim é, nada a fazer...
Se protestamos contra a carga fiscal, apanhamos nas "trombas"...
Se criticamos as listas de espera, lá se vai o amigalhaço influente que nos pode passar do nº 679 para o nº 1...
Quanto aos políticos, nada a fazer, pois são todos maus...
Quanto às derrapagens, o melhor é ficarmos calados para não crispar o Prof. Cavaco...
Bem, sendo assim, mais vale calcinar o desgraçado do produtor canadiano e os actores que dão corpo às figuras históricas, porque esses nem dão por nós e não se defendem...
E é tão portuguesa esta atitude...
Com os meus cumprimentos,
João Pombo
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Caro Joao Pombo,
Eu compreendo que, infelizmente, havera' coisas mais importantes em Portugal que necessitam melhorar do que um serie de televisao. Mas isso nao quer dizer que nao se deve protestar contra coisa nenhuma.
A serie sera' canadiana mas foi a RTP que decidiu gastar dinheiro nela e quem nao esta' de acordo devia fazer qualquer manifestacao do seu desagrado. Se se fosse consistente, eventualmente, pode ser que a RTP levasse em conta a opiniao publica.
Com os meus cumprimentos.
Rosario
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Caro Manuel Rosa
Pelo menos, penso que nesse programa nao os poderemos acusar de nao terem sido exactos!!! Estou certa que tudo tera' sido demonstrado fielmente.
Cumprimentos.
Rosario
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Caro João Pombo,
Quando eu escrevi que deveria-se de protestar é porque essa é a meneira melhor de colher um resultado imediato. Sabe que até ás vezes directores de TV são expulsos do seu posto por decidirem meter no ar coisas parecidas?
Mas existem outras formas de protesto que mudar o canal. Essa forma embora eficaz na altura não muda nada. Pelo menos os Inlgeses estão a protestar no sentido de escreverem um artigo no jornal "http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=170804&fview"
Será que algum jornalista em Portugal escreveu alguma coisa sobre isto? Não sei. Mas se não escreveram porque não são vós o público a escrever cartas tanto á RTP como aos jornais mostrando o vosso desprazer?
Nos EU uns 20 anos atrás a TV Cabo decidiu em não fazer a RTP disponivel na nossa área onde tinha uns 300,000 portugueses. Requeriam que pagassem extra para ver a RTP.
Ao mesmo tempo o canal espanhol passava grátis. Nós (portugueses) juntamos-nos e decidimos devolver todas as caixas da TV Cabo em nossas casas e protestámos nas ruas para que se os Espanhóis tinham o seu canal grátis porque os Portugueses não?
Levámos meses sem TV Cabo em casa mas finalmente conseguimos a RTP que aind ahoje vejo em casa de meu irmão quando visito Boston.
Ás vezes tem que ser assim porque o nosso mundo é muito injusto e imperfeito.
Cumprimentos,
Manuel Rosa
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Um nojo de série
Um autêntico nojo, sendo chauvinista e até ofensiva para os Portugueses.
Pior ainda é a RTP comprar e exibir a série sem ninguém a supervisionar primeiro, e se o fizeram, ainda pior.
No programa "Estado de Sitio" de Nuno Teixeira(Rádio Clube de Arganil), falamos no assunto, ambos indignados, eu o o Nuno Teixeira.
E aquela de se ver uma bandeira da maçonaria, perdão, desta "república", que só foi "implantada" em 1910, é o ponto final.
Abílio Cardoso Bandeira
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RE: Um nojo de série
Caro Abílio Cardoso Bandeira,
Eu acho que são as pequenas "pedras no sapato" que deixamos passar que mais tarde se ajuntam e tornam-se num monte insuperável.
Parabéns por ter levantado a sua vóz contra este insulto não só a nós mas também á memória dos nossos reis.
Não me admiro que tais tolices apareçam em documentários. A nossa época dourada dos séculos XIV-XVI está muito mal contada e pior entendida pleo nosso povo e pelos povos do mundo essa é uma das razões que todo o mundo crê que Colombo descobriu o "Novo Mundo" quando ele foi somente o último Português a lá ir antes de ser tornar-lo público.
Cumprimentos,
Manuel Rosa
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RE: Os Tudors - RTP1= incultura
Estimado Augusto:
Gostaria primeiro de lhe dizer que nâo está mal nem é demodé ser nacionalista... Todo o resto de Europa é nacionalista e apenas em Portugal se tenta vender a ideia que ser nacionalista é estar "fora da onda", que o nacionalismo é algo reaccionário etc... isto tem que ver com a ideia de que sem Europa, nâo há futuro... Ser mais papista que o Papa, é a actual consigna...
segundo, nâo me sinto nem mais nem menos diminuido pela falta de cultura de outros povos que nâo sabem a localizaçâo de Portugal. O problema nâo é meu mas é deles, que sâo incultos... Agora, que os nossos governantes nada fazem para aumentar a autoestima dos portugueses, e que se conheça Portugal, também estamos de acordo. Mas, enfim, agora com o célebre pacto de Lisboa, uma mixtura de constituiçâo europeia descafeinada, talvez, muitos europeus, vâo tentar saber mais de Lisboa, essa capital europeia que também é Portugal.-
Quanto á primeira questâo, basta ver a lengalenga do PP espanhol que, erre que erre, afirma que Espanha é o País mais antigo de Europa, com uma história com mais de 500 anos; esquecem, ou incultamente ignoram, que Portugal existe desde 1110, isto é, teremos dentro de tres anos 900 anos de HISTÓRIA...
Os nossos actuais governantes sâo tào idiotas, que nem sequer se aproveitam deste facto, para o grande fausto propagandistico desta data: 1110.-
O que governe nessa data, tem uma ocasiâo única na sua curta vida politica, para sair no quadradinho iluminado, chamado tele.-
Melhores cumprimentos,
Fernando de Telde
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RE: Os Tudors - RTP1
A pena é que uma televisâo pública, paga por todos os Portugueses, consiga passar uma série lixeira, do ponto de vista histórico, e que o seu director, ainda se mantenha em activo.
A politica em Portugal deverá estar sem activos, pois isso seria para um debate entre oposiçâo e governo, para destituir o mentecapto do director da RTP1.-
Enfim, isso é no que dá meter o apadrinhado, inculto, dirigindo um meio de difusâo como a RTP, ainda por cima estatal.-
Melhores cumprimentos,
Fernando de Telde
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RE: Os Tudors - RTP1
Estimada Srª Mª Benedita:
Isso das séries Inglesas terem sido boas e fidedignas, era no tempo em que os directores da RTP eram também bons e fidedignos trabalhadores, nâo os apadrinhados mentecaptos da actualidade.-
Melhores cumprimentos,
Fernando de Telde
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RE: Os Tudors - RTP1
"Suponho que não seria preciso lembrá-lo que, enquanto advogados a mais, significa sempre desemprego, médicos a mais seriam, quando muito, uma mais-valia negocial em missões humanitárias e de cooperação com as ex-colónias; mas, até aqui, seria um erro e não um crime."
Advogados a mais, significaria aumentar o nivel médio dos politólogos, e infelizmente a ministra do nº clausus, o que conseguio foi aumentar a frustraçâo de centenas de jovens promessas, que permanecem agora no desemprego, enquanto Portugal importa médicos e enfermeiras, pelos quatro cantos do mundo.
Subscrevo a 100%:
"Dado o panorama asqueroso que por todos os lados me (nos) rodeia, entendo que a responsabilidade deve de ser colectiva (dos arrogantes politiqueiros que nos cercam) e classifico desde já como associações de criminosos os partidos polítios, a procuradoria-geral da República e, dentro do ministério das Finanças, os Serviços de Inspecção e o Serviço do IVA."
Cumprimentos,
Fernando de Telde
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RE: Os Tudors - RTP1= telelixo
Estimado Joâo Pombo:
Ainda que fosse série made in China, a alteraçâo de factos históricos, que nâo pretendam retratar fielmente o acontecido, se chama corriqueiramente de lixo mental, quando trocam o a pelo b. As adaptaçôes liberais, da realidade, só podem ter um caminho: nâo divulgar, nâo comprar e ignorar, Isto deveria saber o director da RTP, que divulgou deste modo a sua ignorancia, a sua incompetencia e a sua incapacidade para ocupar o posto de apadrinhado que ocupa.-
Melhores cumprimentos,
Fernando de Telde
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Não só aqui. Escrevam aos JornaisRE:Os Tudors-RTP1
"E é tão portuguesa esta atitude..."
Assim é, e assim querem que continue sendo... essa a atitude do deixa andar, do chico esperto que ultrapassa a fila, do amigo que desprecia o tempo dos outros e atropela os direitos desses seres infelizes que tem a desgraça de o nâo conhecer, e o deixa andar do papalvo, que nâo refila, nâo pataleia, nâo denuncia e a parvonia sempre na mesma sepa torta...
Incomprensivel essa atitude tâo portuguesa, ao mesmo tempo imbécil e incivica.-
Melhores cumprimentos
Fernando de Telde
p.s. O Manuel Rosa tem razâo, seria para pedir a demissâo imediata do director da RTP1, ainda que á base de demonstraçôes civicas.-
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RE: Os Tudors - RTP1
Caros Amigos:
Apenas por curiosidade, já alguém se lembrou de apresentar queixa junto do Provedor do Espectador da RTP?
Penso que não seria má ideia, até porque há um programa semanal, em horário nobre, apresentado pelo Provedor.
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Os Tudors - RTP1
Caro João Pombo
Foi o que já fiz, através do site da RTP, na página do provedor existe uma forma de enviar mensagens para criticar, apresentar queixa etc.
Aí deixei a minha opinião sobre a série em causa, e a sujestão para que haja melhor critério na selecção dos "enlatados" que se adquirem.
Cumprimentos
Henrique de Melo Banha
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RE: Os Tudors - RTP1
Caro Henrique de Melo Banha:
Acho que fez bem.
Essa parece ser a forma de protesto mais eficaz, razoável e acertada.
Se muitos mais protestarem junto do Provedor, estou convencido de que a questão poderá ser abordada num dos seus programas semanais.
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Os Tudors - RTP1
E irá ser no próximo sábado dia 3 de Novembro.
Cumprimentos
Maria José
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programa e hora RE: Os Tudors - RTP1
Caro Seccaria,
o seu comentário "E irá ser no próximo sábado dia 3 de Novembro."
Refere-se a isto:
"a questão poderá ser abordada num dos seus programas semanais."?
Se sim tem informação sobre o programa e hora?
Obrigado,
Manuel Rosa
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programa e hora RE: Os Tudors - RTP1
Boa pergunta, porque se for, não vou perder o programa do Provedor!
RespostaLink directo:
A VOZ DO CIDADÃO - Provedor Paquete de Oliveira
A VOZ DO CIDADÃO
Magazines
O Provedor Paquete de Oliveira dá voz a quem vê televisão
Da responsabilidade do Prof. Dr. José Manuel Paquete de Oliveira,o programa que é exibido regularmente através de todas as Estações do Serviço Público de Televisão, reflecte o tratamento dos casos mais significativos em cada semana trazidos à apreciação do Provedor pelos Telespectadores.
RTP 1 - Sábado 03 de Novembro - 21:00
RTP AÇORES - Sábado 03 de Novembro - 20:50
RTP MADEIRA - Domingo 04 de Novembro - 16:15
RTP INTERNACIONAL - Sábado 03 de Novembro - 19:25
RTP ÁFRICA - Domingo 04 de Novembro - 21:00
RTP N - Domingo 04 de Novembro - 19:45
RTP 2 - Domingo 04 de Novembro - 14:40
RTP MEMÓRIA - Domingo 04 de Novembro - 21:25
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programa e hora RE: Os Tudors - RTP1
Caro Manuel Rosa lamento só agora responder-lhe mas só agora abri o computador.
Ontem na Voz do Cidadão - RTP1 às 21 h - foi abordada a polémica da série e hoje é repetida na RTP2 por volta das 14 h.
Desculpe este atraso.
Cumprimentos
Maria José
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programa e hora RE: Os Tudors - RTP1
Cara Maria José,
Muito Obrigado.
Cheguei a Lisboa ontem mas não tikve tempo para TV vou ver se consigo ver o programa hoje.
Cumprimentos,
Manuel Rosa
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programa e hora RE: Os Tudors - RTP1
Caro Manuel Rosa,
creio que vai ficar bem desiludido, principalmente com as... "tonterias" da representante dos "estrangeiros da RTP (sendo uma mulher acho que estou a ser elegante q.b.). Com tais critérios...
Cumprimentos
José SV
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programa e hora RE: Os Tudors - RTP1
Caros Confrades,
Acabei de ver o programa. Estou esclarecido...
Há que se ter muito cuidado naquilo que se escolhe. A falta de rigor histórico não é SECUNDÁRIA, muito pelo contrário é...FUNDAMENTAL!
Cada vez considero mais que "não valem todos os meios para se atingir os fins". Não sou, a priori, contra "obras de ficção". Abomino DETURPAÇÕES, quando os factos, de forma notória, são outros:-)
Com os melhores cumprimentos,
Artur Camisão Soares
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programa e hora RE: Os Tudors - RTP1
Caro Artur João
Não vi a série, como já disse fui alertada pela minha cunhada que me questionou sobre a fidelidade histórica dos factos. Contudo, ontem, assisti ao programa e fiquei de boca aberta com os pequenos excertos que passaram. E mais aberta ficou perante as declarações da senhora que é responsável pelos " estrangeiros"!
Uma coisa é ficcionar a partir de factos históricos sem os deturpar, outra é fazer gato sapato da história! O que mais me irrita é que a gente nova não lê, mas vê televisão. Uma boa série histórica é uma óptima maneira de lhes meter umas coisitas na cabeça, razão pela qual o rigor histórico é absolutamente imprescindível já que este tipo de séries pode aliar o lazer a objectivos culturais.
Enfim, esperemos que, para futuro, os critérios de escolha sejam minimamente exigentes!
Um abraço
Maria Benedita
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RE: A VOZ DO CIDADÃO - Provedor Paquete de Oliveira
Caros confrades
Acabei mesmo agora de ver, na RTP2, os comentários à série "OS Tudor". Lamento não ter visto nada da série, como muitos de vós, para acrescentar ainda algo mais ao que pretendo dizer neste momento. Do que pude avaliar, pelas intervenções, só posso resumir numa palavra: chocante. Passo a explicar.
Falta de rigor:
Percebi que não houve da parte da produção da dita série qualquer intenção de contextualizar os factos (ainda que a série possa ser entendida como ficção recreativa) com um mínimo de rigor histórico, em termos de factos e em termos de cenários/intérpretes. Tenho saudades daquelas séries da BBC em que a produção chegava ao ponto de percorrer museus, analisar quadros, pesquisar bibliotecas para que o produto final estivesse "quase" perfeito em relação á verdade histórica. Sobre isto, quem não se lembra de um Henrique VIII, gordo, avantajado em altura, ruivo, de rosto marcado pelas doenças, cujo actor que lhe deu forma teve que engordar desmedidamente e sofrer uma caracterização que o tornasse credível; Elisabete I, cujo perfil foi interpretado magistralmente pela Glenn Close, a actriz escolhida por ser a mais parecida com os retratos reais e cujo perfil e enorme testa, permitiram que "quase" pudessemos estar perante a soberana de Inglaterra. E tantas outras séries históricas, como Cláudio, imperador romano, que nos deixavam maravilhados pela pesquisa de época feita. Nesse aspecto, honra seja feita aos nossos irmãos brasileiros que, em novelas de época ou de ficção "histórica", fazem um levantamento sócio cultural enorme a ponto de fazermos autênticas viagens ao passado como aconteceu em Xica da Silva e a Muralha, por exemplo.
Tratamento "indecente" da Coroa Portuguesa:
Os extractos que passaram neste apontamento da RTP2 dão uma imagem do rei português em nada correspondente à realidade para além da aldrabice histórica que lhe está inerente (não houve nenhum casamento com Mary) e que já foi discutida pelos confrades. Essa imagem mostra um rei porco, asqueroso, etc, etc...que até me custa falar do assunto.
Igualmente chocante, para mim, foram os comentários da dita directora de programas estrangeiros para a RTP, Helena Torres, que achou "fantástica" a forma como foi feita a série em questão e disse que os espectadores "sabiam muito bem que aquilo era ficção"... Isto é inadmissível num canal público de televisão que tem, entre outras, a função de transmitir alguma cultura geral aos seus telespectadores. Sim, será verdade que muitos dos que acompanharam a dita série inglesa têm os conhecimentos necessários para avalair os erros nela cometidos, mas também é verdade que outros haverá que não são detentores de tal cultura e/ou estão em pleno processo de aprendizagem. Este último comentário de Helena Torres, em particular, é de uma irresponsabilidade sem tamanho face ao conteúdo, ao cargo que ocupa e ao canal de televisão em causa.
Por último, que reacção oficial é possível tomar face a este tipo de situação? ...e de outras?...estamos a servir sistematicamente, para os ingleses, de saco de pancada? agora é a série, antes foram os comentários na imprensa britânica sobre os portugueses e a nossa polícia, no caso Maddie; depois o acessor inglês ainda tem o desplante de comentar o comportamento e a forma de reagir dos portugueses....etc, etc, etc...
Afinal, quem somos nós?...que governo temos?...quem nos protege?
E eu pergunto: neste país já VALE TUDO????...parece que sim
Não vou continuar. Corro o risco de "ir dentro" por dizer as verdades.
Como os meus melhores cumprimentos a todos
Maria
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RE: A VOZ DO CIDADÃO - Provedor Paquete de Oliveira
Cara Maria David
Subscrevo inteiramente o seu comentário. Acrescento que a Directoras de Programas de Estrangeiros devia ir rapidamente " programar" para casa dela pois teve a intervenção mais idiota que se possa imaginar.
Que fazer? Pois...aí é que está o busílis! Ninguém nos ouve, mas, pelo menos, podemos incomodar! Cartas para os jornais, mails para o Gabinete do 1º Ministro, reclamações para Deus e todo o mundo, pelo menos têm o trabalho de ler em diagonal e reencaminhar para a tutela...ou para o cesto dos papeis!
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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programa e hora RE: Os Tudors - RTP1
Caríssima Maria Benedita,
Concordo consigo a 100%.
Não há nada como um bom livro. A gente nova, no entanto, pode usar o computador para se cultivar: há tanta informação "online"...
É pedagógico!
Grande abraço,
Artur João
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RE: A VOZ DO CIDADÃO - Provedor Paquete de Oliveira
Cara Maria:
Cumprimento-a pela sua intervenção.
Apenas uma correcção: a série não era inglesa. Os próprios ingleses se insurgiram contra a sua passagem na BBC, pois a falta de rigor no vestuário, nos adereços, nos locais, na linguagem, nos comportamentos, na cronologia, na caracterização das personagens, etc., também não tratou bem os ingleses.
Sobre Helena Torres o decoro impede-me de me pronunciar sobre a sua atitude de displicente arrogância.
Já não posso concordar consigo sobre a qualidade das séries "históricas" brasileiras. As reconstituições, quando recuam a partir de meados do século XIX, deixam muito a desejar. E não por economia. Estão convencidos que basta pôr as personagens a tratar-se por 'vosmicê' e está feita a reconstitução. Lembro-me de ver, salvo erro na "Chica da Silva", uma N. S. de Fátima num oratório, e coisas semelhantes.
Para não falar na criminosa recente "adaptação" de romances de Camilo, com a agravante de ter participação portuguesa.
Cumprimentos,
José Caldeira
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RE: A VOZ DO CIDADÃO - Provedor Paquete de Oliveira
Bom dia, José Caldeira, prazer em vê-lo por aqui:)))))
Obrigada pelo seu reparo quanto ao "rigor" dos brasileiros.
É uma verdade que eu não vejo tudo o que eles fazem nessa matéria e também não concordo com tudo o que passa nos écrans em matéria de reconstituições históricas. Em relação à "Xica da Silva", o tal oratório que menciona não se refere a NªSª de Fátima mas à imagem da NªSª da Aparecida que, tanto quanto sei, contexto e figura são excelentes face à tradição que se conhece. Realmente essa imagem tem, à primeira vista, um manto que pode induzir em erro mas tudo o resto é bastante "bom" em termos de reconstituição histórica, na minha modestíssima opinião. Como foram excelentes, ainda em "Xica da Silva", a linguagem utilizada na época, a gastronomia que nos foi dado observar, a forma de estar à mesa, os utensílios, o comportamento social, etc.
Quanto ao caso "Camilo"........TEM TODA A RAZÃO! ...e se fosse só o Camilo...
Enfim, falei dos brasileiros porque, apesar das suas deficiências em algumas reconstituições, considero que procuram ser PROFISSIONAIS, têm uma vasta experiência nessa matéria e dedicam bastantes meios ao estudo prévio dos levantamentos históricos que pretendem tratar. De qualquer modo, em linhas muito gerais, tenho apreciado parte desses trabalhos. Acho que vamos voltar a falar disto pessoalmente....pois terei mais um motivo de conversa para os jantares do 3º sábado!!!!
Abraço e bom começo de semana. Até quarta-feira.
Maria
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programa e hora RE: Os Tudors - RTP1
Caro Artur, Mª Benedita e demais confrades,
Dos meus poucos 27 anos, digo-vos que achei o pouco que vi absolutamente vulgar e ordinário!
Nem consigo dizer que existe falta de rigor pois a asneira é tanta que é como um passaporte imaginário falso. De tão inventado q é nem se pode considerar a má qualidade da cópia.
Talvez porque a séria foi produzida por canadianos, e eventualmente de origem francesa, não quiseram ofender os seus "ancestrais", e então foram cair em cima dos "baixo, toscos e de bigode" lusitanos...
Com os melhores cumprimentos,
Augusto
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