família Albuquerque
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família Albuquerque
bom dia:
gostaria de saber a origem do nome e da família "de Albuquerque". Por que o uso do "de" antes do sobrenome.
francisco victorio de albuquerque - bisavó(nasc. século XIX/ falec. XX - Camaquã/RS)
josé manoel de albuquerque - vô (nasc. 1896/falec. 1973 - Camquã/RS)
franscico valdomiro de albuquerque - neto (nasc. 1931 - Camaquã/RS)
luciene albuquerque - bisneta (nasc. 1972 - Canoas/RS)
lisiane albuquerque - bisneta (nasc. 1974 - Canoas/RS)
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RE: família Albuquerque
Albuquerque era o nome de um antiga Vila de Albuquerque em Portugal. Albuquerque é uma derivação do latim, modificado a partir de Quercus alba, que é o nome científico do Carvalho Branco. Invertendo e derivando: Alba quercus -> Albus quercum -> Albuquerque. O uso do "de" é opcional, assim como em "da Silva", "de Souza", "dos Reis", etc. Normalmente se usa o "de" quando remonta a origem de uma localidade, como: Vila "de" Albuquerque, ou Torre "de" Silva, etc., ou quando fazendo referência a "raça" da pessoa, por exemplo a "raça dos Souza" (antigamente era comum essa maneira de se referir as pessoas de uma família, como se ve em literatura e textos antigos)
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Albuquerque, Castela
[... o nome vem do Senhorio da Vila de Albuquerque, «em Castela», e não em Portugal. Cumprimentos, Victor Ferreira]
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RE: Albuquerque, Castela
Creio que vi a informação da Vila de Albuquerque em Portugal em um site de genealogia ou um armorial antigo, e por isso não estranhei tanto o fato de ter aqueles escudetes de Portugal no Brasão, embora eu ja soubesse que a família tem descendentes em Castela. Mas agradeço a correção caro Victor Ferreira. Um Abraço.
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Albuquerques
O Rei D Dinis teve um filho fora do casamento, antes de 1289, com D Aldonça Rodrigues Tela. Esse filho chamou-se D Afonso Sanches.
Esse D Afonso casou-se aprox. 1306 com uma D Teresa Martins de Meneses, que era a 5ª Senhora de Albuquerque, em Castela. Por dote provavelmente o nosso D Afonso Sanches (que não usava apelido porque o patronímico bastava, e afinal era filho de rei, e a realeza não usava apelidos) passou a ser o 5º Senhor de Albuquerque.
O seu filho João Afonso, neto de D Dinis, o 6º Senhor de Albuquerque, foi o primeiro a usar o nome do senhorio pegado ao seu nome, passando a apelido a partir daí.
Mas o nosso D João Afonso começou logo, a exemplo do avô, a espalhar o apelido tendo pelo menos 6 filhos conhecidos fora do casamento, todos muito nobres, todos muito bem reconhecidos, todos muito bem casados. Tal avô tal netos.
E assim começaram «esses» Albuquerques. E para pertencer a «esses», é preciso demonstrá-lo por pesquisa genealógica (… de ‘as’cendentes, e não de ‘des’cendentes)
Agora, nem todos os Albuquerques são descendestes desses. Exactamente como nem todos os Fernandes têm um ancestral comum (ou os Martins, ou os Pacheco, ou qualquer apelido que queira)
Começa porque desde que passou a haver um lugar chamado Albuquerque que milhares de pessoas acrescentaram primeiro como alcunha, depois como apelido o topónimo ao nome. E como o mais certo é não terem nada a ver umas com as outras, obviamente não se constituem de todo numa ‘família’.
Depois vêm os tempos dos que referi acima, já lá vão 6 séculos, gente poderosa, com muitos criados, enfim, ao longo de três gerações, uns baptizados dos quais um senhor da casa era padrinho e coisas do género, temos umas centenas de pessoas que adoptaram o apelido Albuquerque sem ter rigorosamente nada a ver (nem bastardia) com os tais descendentes do D Dinis.
Já agora, os escudetes nas Armas esquarteladas têm origem creio eu na bastardia Real, e não no facto da Vila ficar em Portugal (que não fica).
Só fazendo a sua árvore de ancestrais - o que significa entrar nos arquivos e pesquisar nos livros paroquiais - é que fica a saber de onde vêm os «seus» Albuquerques (que até podem ser dos tais primeiros ou não, embora isso seja irrelevante para quem quer apenas saber de onde vêm).
Cumprimentos, boa noite e boas pesquisas.
Victor Ferreira
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RE: Albuquerques
Permitam-me alguns esclarecimentos,
1º) sobre a localidade que origiou o nome da família:
Albuquerque (ou Alburquerque, em Castelhano) é uma localidade na Extremadura, em Espanha.
Foi repovoada por D. Afonso Teles, o Velho, 2º senhor de Meneses e, a partir daí, 1º senhor de Albuquerque.
Este senhor casou duas vezes: a primeira com D. Elvira Rodrigues Girão e a segunda com D. Teresa Sanches, bastarda de D. Sancho I.
O primeiro senhorio será transmitido pela linha que descende do primeiro casamento, os senhores de Meneses; o segundo, o de Albuquerque, pertencerá aos dois ramos durante algum tempo, mas durante o reinado de D. Dinis, o filho bastardo deste, D. Afonso Sanches, que casara com D. Teresa Martins, filha de D. João Afonso (1º Conde de Barcelos e 4º senhor de Albuquerque), e, pela linha paterna, trisneta de D. Afonso Teles, o Velho, compra ao senhor de Meneses, Afonso (irmão de D. Maria de Molina) os direitos que este ainda tinha sobre o senhorio.
O filho de D. Afonso Sanches e D. Teresa Martins será o poderoso D. João Afonso de Albuquerque. Curiosamente, irá casar com a senhora de Meneses, D. Isabel (neta do mencionado D. Afonso), e os dois senhorios serão novamente reunidos nas mãos do filho de ambos, D. Martim Gil. Este morre sem descendência (dizem que a mando de D. Pedro I de Castela) e os importantes senhorios reverterão para a coroa castelhana. Mais tarde será criado o condado de Alburquerque a favor de D. Sancho, filho de Afonso XI e irmão de D. Pedro I e de D. Henrique II.
2) sobre a utilização do nome do senhorio como apelido
O primeiro a utilizá-lo parece ser D. João Afonso, o 4º senhor de Albuquerque (filho de Rodrigo Eanes, 3º senhor; neto de João Afonso, 2º senhor), no final do século XIII. É assim que surge nas listas de confirmantes dos privilégios rodados de D. Sancho IV: «Johan Alfonso de Alborquerque».
3) outras informações
Porque a linha principal dos dois ramos familiares advindos de D. Afonso Teles, o Velho (Meneses e Albuquerque) se extingue com D. Martim Gil,
a) serão os descendentes de Fernando Afonso de Albuquerque, bastardo de D. João Afonso de Albuquerque, o do Ataúde, a darem origem aos posteriores Albuquerques;
b) serão os Teles, descendentes de Afonso Martins Telo (alcaide de Marvão, privado de D. Afonso IV), neto de D. João Afonso (2º senhor de Albuquerque) por via secundogénita (este Afonso Martins é filho de Gonçalo Eanes, o Raposo) a adoptarem após a crise de 1383/85 o patronímico Meneses. O que é curioso é que são descendentes da linha «Albuquerque».
Ou seja, os Meneses e Albuquerque têm a mesma origem (Afonso Teles, o Velho) e o mesmo fim (Martim Gil), mas os patronímicos vão-se manter grandes nos séculos XV e posteriores. Os Meneses terão continuidade por via secundogénita e os Albuquerques por via bastarda e ultrapassam assim a grade crise da segunda metade do século XIV.
Espero ter ajudado.
Cumprimentos,
NSC.
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