quinta amarela-porto
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quinta amarela-porto
Caros Confrades:
Alguem me poderá informar a quem pertenceu a quinta Amarela, no Porto, na rua Oliveira Monteiro, no século 19?
Cumprimentos
Maria Teresa
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RE: quinta amarela-porto
Cara Maria Teresa,
A Quinta Amarela, durante o cerco do Porto, pertencia a António Gonçalves Pinto, Capitão-Tenente da Armada. Nela estiveram instaladas as forças realistas, fiéis a D. Miguel. Foi incendiada pelas tropas liberais, visando a expulsão dos miguelistas.
Segundo Eugénio Andrea da Cunha e Freitas, a quinta já devias estar restaurada em 1835, já que periódicos da época ofereciam para arrendamento as "Quintas Amarelas"
NBM
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RE: quinta amarela-porto
Não tenho razões para pôr em dúvida que a Quinta Amarela fosse do Oficial da Armada que nmadureira refere, mas, salvo melhor opinião, a dita casa, então sita na chamada "estrada do Carvalhido" (que um pouco adiante bifurcava para Matosinhos e Póvoa) ficava bem dentro das linhas de defesa liberais (definidas pela linha de fortificações Quinta da China/ Lomba/Póvoa de Cima=S.Crispim/Aguardente=Marquês de Pombal/Monte Pedral/Carvalhido/Bom Sucesso / Lordelo (ver carta de Militar do Cerco do Porto, de Luz Soriano).
Haveria duas Quintas com o mesmo nome ?
Cumprimentos
Joao Stevenson Rodrigues
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RE: quinta amarela-porto
Porque pergunta?
A história dessa quinta é algo confusa. Eu próprio encontrei uma figura que ando a estudar há anos como proprietário (ou arrendatário) da quinta, em finais da década de 1830 - Emídio Carlos Amatucci. O estranho é que Emídio Carlos Amatucci não encaixa no perfil de um proprietário de quinta.
Cumprimentos
Francisco Queiroz
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RE: quinta amarela-porto
Caro Francisco Queiroz:
Recordo ouvir minha avó falar em "visitar os primos da quinta amarela",dos quais nada sei, nem sequer o nome. Pensei que através dos nomes dos proprietários conseguisse chegar a alguma conclusão..É so´esse o meu interesse.
Cumprimentos
Maria Teresa
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RE: quinta amarela-porto
A quinta deve ter tido vários proprietários no século XIX, o que torna as coisas mais difíceis. Suponho que nenhum dos nomes mencionados neste tópico possa corresponder a esses "primos"? Se é assim, vou ver se tenho mais alguma coisa sobre a quinta.
FQ
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RE: quinta amarela-porto
Obrigaga. Se conseguir alguma coisa, agradeço.
Cumprimentos
Maria Teresa
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RE: quinta amarela-porto
Caro Francisco Queiroz,
Talvez se fizer uma visita á Conservatória do Registo Predial descubra quem foram os proprietários.
Cumprimentos
José António Reis
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RE: quinta amarela-porto
Eis os nomes que encontrei ligados à Quinta Amarela (proprietários ou arrendatários), no segundo quartel do século XIX:
- João Baptista Soares Teles
- Maria Miquelina Amélia Gonçalves Pinto (filha de João Baptista Soares Teles)
- João António Lopes (credor de João Baptista Soares Teles e autor de hipoteca sobre a quinta)
- Emídio Carlos Amatucci e sua mulher Joana de Sousa (efémeros proprietários, devido à situação de hipoteca existente)
- Manuel da Cruz Braga (credor de Emídio Carlos Amatucci e autor de hipoteca sobre benfeitorias feitas por este na quinta)
- Bernardo Gonçalves Mamede (credor de João Baptista Soares Teles e autor de execução sobre os rendimentos da quinta).
Como facilmente se deduz, a referência de que a quinta seria de António Gonçalves Pinto, Capitão-Tenente da Armada, na época do Cerco do Porto, parece entrar em contradição com os dados que tenho, a não ser que este António Gonçalves Pinto fosse parente do dito João Baptista Soares Teles (seu eventual genro?).
É o que tenho. Após 1843 não procurei mais dados sobre a quinta. Contudo, se nenhum destes nomes lhe diz alguma coisa, sugiro que entre em contacto com a Liga dos Combatentes do Porto, que publicaram um opúsculo sobre a quinta, com a sua história nos últimos cerca de 100 anos.
Cumprimentos,
Francisco Queiroz
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RE: Pesquisar na Conservatória do Registo Predial
Caro confrade José António Reis
Penso que esta mensagem não me era dirigida, pois não sou eu que estou à procura de elementos sobre os proprietários da dita quinta, embora o tópico me interesse, devido ao facto de Emídio Carlos Amatucci ter sido efemeramente seu proprietário.
Permita-me que duvide da utilidade da visita à Conservatória do Registo Predial, neste caso em concreto, a não ser que os nomes que interessem à confrade Maria Teresa sejam do fim do século XIX.
Por outro lado, as conservatórias não são propriamente um arquivo de livre consulta pública e, segundo li algures há uns dois meses, parece que vai haver ainda mais restrições a este tipo de pesquisa "livre" nas conservatórias – se algum confrade puder esclarecer os detalhes sobre esta questão, seria óptimo.
Cumprimentos,
Francisco Queiroz
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RE: quinta amarela-porto
Caro Francisco:
Obigada pela sua rápida resposta, que só agora pude ver.
Nenhum dos nomes indicados me diz nada, mas tambem julgo que o que procuro será após 1843. Tentarei a Liga dos Combatentes como me indica.
Cumprimentos
Maria Teresa
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quinta amarela-porto
Vicente Francisco dos Guimarães, Capitão de 4ª graduado em Major, do Regimento de Milícias da Maia, em 4/5/1810, demitido a 24/3/1821 e reintegrado a 6/12/1823, com a patente de Capitão do Regimento de Milícias do Porto, graduado em Major a 6/6/1829, Capitão de 3ª do Regimento de Milícias da Maia a 13/5/1825, Capitão de 2ª graduado em Major do Regimento de Milícias da Feira em 3/2/1831, Tenente-Coronel de Milícias do Porto, Alferes do Exército Miguelista a 9/11/1831, Tenente a 2/8/1833 e Capitão a 24/1/1834, Cidadão do Porto e Almotacé da mesma cidade em 1802 (Jan./Fev.) , Irmão da Ordem Terceira de S. Francisco, proprietário, n. na freg. de S. Nicolau, Porto, a 17/8/1779, morador na rua Direita, freg. de Sto. Ildefonso da mesma cidade, e posteriormente na freg. de Paranhos, Porto, onde f. a 19/7/1852 com 73 anos, sendo sepultado a 20/7/1852 no cemitério da Ordem Terceira de S. Francisco, em Agramonte, Porto; c. na Capela de S. João, na Quinta Amarela, ao Carvalhido, Porto, de seu futuro sogro João Ribeiro Viana, sendo test. António Francisco da Silva de Guimarães, seu irmão, e Manuel Nogueira Londres (?), morador à Pocinha, freg. de Sto. Ildefonso, Porto, a 9/11/1807, com Dona Maria Francisca de Lima Viana, proprietária e dona de casa, Irmã da Ordem Terceira de S. Francisco, n. na freg. de S. Nicolau, Porto, em 1776/1777, f. na sua Casa do lg. da Cruz das Regateiras, freg. de Paranhos, Porto, a 20/9/1876, com 99 anos, sendo sepultada no cemitério da Ordem Terceira de S. Francisco, em Agramonte, filha de João Ribeiro Viana, “Cidadão da Cidade do Porto, Homem de Negócio, Almotacé da Câmara da mesma (Jan./Fev. de 1774) e seu Tesoureiro (23/11/1790-23/2/1792)”, n. na freg. de Sta. Maria Maior, Viana do Caste-lo, morador na rua Nova, freg. de S. Nicolau, Porto, e de s. m. Dona Ana Liberata de Lima, da freg. da Sé, Porto, neta pat. de Manuel Afonso Ribeiro e de s. m. Isabel …, da freg. de Sta. Maria Maior, Viana do Castelo, e mat. de João Baptista Soares Lima, n. na freg. de S. Paio, Guimarães, e de Teresa …, s., da freg. de S. João da Madeira, comarca da Feira.
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