Centenário da Republica
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Centenário da Republica
" Aproxima-se o centenário da revolução republicana que, não sendo uma data feliz, é uma data histórica e como tal será assinalada. Se para os seus devotos se trata de comemorar, para os monárquicos e cidadãos livres trata-se tão só de rememorar.
Garantidos estão já discursos laudatórios e pomposas evocações: o regime celebrará a data do seu nascimento e a sua sobrevivência por um século. As comemorações oficiais não se debruçarão sobre a república proclamada em 5 de Outubro de 1910, mas sobre um regime idealizado e abstracto, sobre generosas intenções que se presumirão nos republicanos de 1910, e das quais os políticos comemorantes se pretenderão afirmar-se herdeiros.Acontece que estas celebrações, pela intrujice histórica em que se sustentam, constituem uma oportunidade única de sobrepor alguma verdade histórica à descarada propaganda oficial. Assim, beneficiando da democrática ferramenta de comunicação em que se tornou a Internet, um grupo de cidadãos juntou-se com a intenção de desenvolver uma plataforma informativa on line. Neste “sítio” ( http://www.centenariodarepublica.org/centenario/ ) pretende-se coligir informação histórica, desde simples dados estatísticos a imagens e transcrições da época, acontecimentos e ensaios e até artigos de opinião. Disponibilizamos também um blogue, ( http://centenario-republica.blogspot.com/ ) o qual esperamos que se afirme a curto prazo como um privilegiado espaço de fervilhante polémica e o aceso debate.
Idealizada a iniciativa pelo Carlos Bobone e pelo João Távora há quase um ano num primaveril almoço, cedo desfiaram um núcleo de voluntariosos colaboradores para o arranque do projecto; são eles Duarte Calvão, João Paulo Carvalho, Nuno Pombo, e o Paulo Cunha Porto.
O trabalho a sério vai começar, e esperamos que venha a revelar-se uma eficiente contribuição, uma boa fórmula de contrariar a propaganda que o regime prepara para a efeméride sob a batuta do “suspeitíssimo” Prof. Vital Moreira e para a qual contamos com a participação de todos que assim o desejarem. "
Aconselho desde já a visita a estes 2 espaços
ZT
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RE: Centenário da Republica
Caro José Tomaz,
Bela iniciativa.
É importante deixar esta mensagem na primeira página para que o maior número de pessoas a ela tenha acesso.
Os meus cumprimentos,
A. Vasco Borges Coutinho
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RE: Centenário da Republica
Cara Vasco
A iniciativa não é minha mas do João Tavora e do Carlos Bobone. Concordo que merece ser divulgada e as páginas visitadas
Um abraço
Zé Tomaz
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RE: Centenário da Republica
Caro Zé Tomaz,
estive a ler o site de uma ponta à outra! Está muito bem elaborado.
Mas o que gostei mais são os recortes de época, nomeadamente a descrição do Teófilo Braga.... o que eu me ri!
Cpts,
Augusto
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RE: Centenário da Republica
Caro Augusto:
Teófilo Braga foi um homem de bem e um homem bom. Ninguém, na minha modesta opinião, se deve rir com qualquer descrição que dele possa ser feita. Quantos não se terão rebolado a rir com as atoardas que certos pasquins publicaram contra D. Carlos!
O nosso país seria outro se, já não digo todos, mas uma meia dúzia de políticos da primeira república tivessem tido a sua postura perante a causa pública. Nada tem a ver com um Afonso Costa, António José de Almeida, Brito Camacho ...
É aliás sintomático que sejam as suas qualidades enquanto homem de ciência que sejam questionadas. Não a sua honradez.
Digo isto completamente à vontade - sou defensor duma monarquia constitucional.
Cumprimentos.
António Taveira
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RE: Centenário da Republica
Caro António Taveira,
É capaz de ter razão. O problema, porém, é que nem homens de bem nos servem, por maior que seja a sua dedicação à causa pública. Estou em crer que Portugal não pode sequer ser hoje um país, e o pior é que nem os espanhóis nos querem. Somos um bando de incapazes e tarados, amantes do novo-riquismo, prontos a gastar o que temos e o que não temos com estádios de futebol, com aeroportos desnecessários, TGV's e projectos afins. E, no fim, como diz o povo, tudo espremido, não fica nada. O povo que pede a condenação de um prestigiado apresentador de televisão pela suposta prática de crimes de pedofilia é o mesmo que, volvidos alguns meses, se apraz com o seu aparecimento nos «Oscars» cá da terra, numa demonstração de taradice perturbante e aterradora. Admitimos, pelo menos tacitamente, que autarcas fugidos à Justiça, instalados no Brasil à laia de exílio, continuem a receber o salário que lhes corresponde enquanto presidentes de Câmara. E, igualmente chocante, admitimos sermos governados por um engenheiro que, afinal de contas, não é engenheiro, isto é, por um mentiroso que não se coíbe de enganar dez milhões de pessoas. Tudo isto, se não fosse triste, dava para um belo circo, onde muito mais habilidades poderiam ser anunciadas - sendo que me abstenho de prosseguir com o elenco dos ridículos nacionais.
Com os melhores cumprimentos,
Luís Froes
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RE: Centenário da Republica
Caro Luis Froes:
Não tenho esse "desdém" que manifesta por nós enquanto povo ao dizer que .."Somos um bando de incapazes e tarados".
Nem tenho o seu pessimismo!!! Acredito que seremos a última, ou uma das últimas, gerações de portugueses com um nível cultural claramente inferior ao dos restantes países da Europa. Esse povo de que fala, iletrado, que voga ao sabor do poder, não será o dos portugueses do futuro.
Com os melhores cumprimentos.
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RE: Centenário da Republica
Carissimo Confrade Luis Froes
Lamento que Luis Froes pertença aum bando de incapazes e tarados. Sou portugues e tenho muita honra em o ser mas não pertenço a nenhum desses bandos.
Mário Marques
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RE: Centenário da Republica
Caro Mário Marques,
Talvez tenha usado termos exagerados, mas creio que a minha ideia é perceptível e, como tal, resulta evidente que falei em termos colectivos, gerais e abstractos. E, quanto a isso, mantenho a minha análise.
Com os melhores cumprimentos,
Luís Froes
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RE: Centenário da Republica
Caro António Taveira,
Não manifestei desdém nem pessimismo, ou, pelo menos, não foi essa a minha intenção. Tento ser realista na análise que faço e, nesse sentido, não sou optimista nem pessimista. Simplesmente deixei de acreditar na nossa capacidade de ser, criar e intervir enquanto país e povo, recordando, a este propósito, as palavras de Carlos da Maia à baronesa de Alvim: «Creio que não há nada de novo em Lisboa, minha senhora, desde a morte do Sr. D. João VI».
Com os melhores cumprimentos,
Luís Froes
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RE: Centenário da Republica
Caro TMacedo
Somos de facto as últimas gerações de Portugueses, com um nível cultural claramente inferior ao dos restantes países da Europa.
Do Admirável Portugal do Futuro, deixo-lhe alguns exemplos, fruto da qualidade do ensino praticado presentemente no nosso País, e do elevado grau de exigência no mesmo.
Fazem parte de um grupo de respostas de alunos, coligidas por professores.
As Constelações servem para clareficar a noite.
A Terra é um dos Planetas mais conhecidos e habitados do Mundo.
A Latitude é um circo que passa por o Equador, dos zero aos 90º.
Caudal de um rio, é quando um rio vai andando e deixa um bocadinho para trás.
Os rios podem desembocar no mar ou na montanha.
Sobre História:
A História divide-se em 4: Antiga, Média Momentânea e Futura, a mais estudada hoje.
A Idade da Pedra começa com a invenção do Bronze.
Na Idade Média os tractores eram puxados por bois, pois não tinham gasolina.
Os escravos dos romanos eram fabricados em África, mas não eram de boa qualidade.
O pai de D. Pedro II era D. Pedro I e de D. Pedro I era D. Pedro 0.
O Convento dos Capuchos foi construido no céculo 16 mas só no´céculo 17 foi levado definitivamente para o alto do monte.
O Marechal António Spínola é conhecido principalmente por estar no dicionário.
Lenini e Stalone eram grandes figuras do comunismo na Rússia.
Sobre Física e Química.
Príncipio de Arquimedes: qualquer corpo mergulhado na água , sai completamente molhado.
Newton foi um grande ginecologista e obstetra europeu que regulamentou a lei da gravidez e estudou os ciclos de Ogino-Knauss.
O aço é um metal muito mais resistente do que a madeira.
Sobre Ecologia e Biologia:
A Ecologia é o estudo dos Ecos, isto é da ida e da vindo dos sons.
A Biologia é o estudo da saúde. E para beneficiar a saúde é que foi inventado o biotónico.
A baleia é um peixe mamífero encontrado em abundância nos nossos rios.
As aves teem na boca um dente chamado bico.
A trompa de Eustáquio é um instrumento musical de sopro inventado pelo músico Belga, Eustáquio de Bruxelas.
E sobre Ciência em geral:
O teste de Carbono 14 permite-nos saber se antigamente alguém morreu.
Uma tonelada pesa pelo menos 100kg de chumbo.
E da eterna matemática:
Para fazer uma divisão basta multiplicar subtraindo.
E especialmente dedicado aos Confrades dos Fóruns sobre Cristóvão Colombo, encontrei esta definição:
O Metro é a décima milionésima parte de um quarto do meridiano terrestre, e para o cálculo dar certo achataram a Terra.
E finalmente.... o máximo da ironia.
O cérebro tem uma capacidade tão grande que hoje em dia praticamente toda a gente tem um.
Melhores Cumprimentos
Airmid
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RE: Centenário da Republica
Carissimo Confrade Luis Froes
Bem entendi o que quer dizer, mas confesso que fico um pouco perturbado com tanto pessismismo da sua parte, apenas porque vivemos num regime republicano. infelizmente não é um rei ou um presidente que, por si só, resolve os problemas do país. Deixe lá o "Engenheiro"que o país sobreviverá a este Governo.
Se olhar para trás verá que houve maiores crises e o país sobreviveu.
A propósito, se pretenderem manter este título na primeira página deste forum digam coisas interessantes e não o estafado "up up"
Os melhores cumprimentos.
Mário Marques
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RE: Centenário da Republica
Caro Mário Marques,
Não pense que é pessimismo, muito menos que este se deveria ao facto de vivermos em República, porque, se Monarquia é esta coisa que nos vendem pela Europa fora, onde os príncipes herdeiros fazem birra e casam de brincadeira, então, digo-o com todas as letras, sou firmemente republicano! Mas, creio que extravasei já o âmbito do tópico e do forúm, pelo que não devo prosseguir com este tema.
Aceite os meus melhores cumprimentos.
Luís Froes
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RE: Centenário da Republica
Cara Armid:
Todas essas "pérolas" que nos deixa poderiam fazer parte de uma segunda versão do livro do Dr. Assis. Longe de mim defender o estado a que chegou o nosso ensino, mas sempre houve e sempre haverá "cabulões". Uma recolha feita por professores em 1960 encontraria idênticos absurdos. Cá como em todos os países do mundo. Em todos eles encontraria frases semelhantes, totalmente absurdas e desprovidas de sentido, fruto duma ignorância e dum desinteresse total. Se calhar, nalguns casos, até dum ridicularizar de situações.
Nasci em 1955. Tive um célebre professor de Ciências Naturais, no meu 7.º ano do liceu (feito na cidade do Porto, no D. Manuel II) que se saiu com esta: "...quando se dá a morte dos cadáveres vivos..". Esta, entre muitas outras tiradas, de igual sentido, que nos provocavam sufocos de riso...E o ensino geral era indubitàvelmente de boa qualidade.
Creio que o crescimento do ensino secundário e universitário nos últimos trinta anos provocou uma redução drástica do nível geral. Julgo que a situação tenderá a melhorar futuramente.
Com os melhores cumprimentos.
António Taveira
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RE: Centenário da Republica
Caro Luis Froes:
A nossa capacidade de intervir enquanto país e povo é radicalmente diferente da que foi. Já não podemos dizer : "o nosso rei é livre, nós somos livres".
Colectivamente não assimilámos as consequências da integração europeia.
Queremos os benefícios, sejam eles quais forem ("cheira-nos" que há dinheiro a entrar), mas aborrece-nos a perda de soberania e preocupa-nos a perda de identidade.
É aí que a instituição monárquica pode ter um papel a desempenhar: Na nossa identidade cultural como nação, integrada num colectivo de nações e povos, muitos deles historicamente tratados como inimigos. E, contra os quais, os nossos antepassados verteram o seu sangue para preservação da sua terra, da sua língua e da sua cultura.
Com os melhores cumprimentos.
António Taveira
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RE: Centenário da Republica
Caro Luís
Também concordo consigo.
Pessoalmente a oportunidade que a população portuguesa me deu, foi o desterro. Prefiro o termo população do que o de Povo, porque deixou de se caracterizar á já algum tempo como tal, nomeadamente com a hegemonia da plebe urbana, hoje de apelidada patuscamente de “consumo”!
É irritante como são “sensíveis”, inseguros e indiferentes aliás marca do nosso tempo, de forma geral, cansativos.
Curiosamente o meu Tio Avô, Victor Hugo de Azevedo Coutinho, participou da primeira republica, várias vezes como ministro da Marinha e como primeiro ministro num “governo relâmpago” em 1915. A tradição familiar foi Liberal, aliás observo que o percurso do meu ramo Azevedo Coutinho, desde sempre feudal e na altura que assume o apelido composto, inicio do século XVI existe uma geração, dedicada á diplomacia e posteriormente regressa á atividade militar até há minha pessoa. Não os encontro como cortesões nem especialmente zelosos pelos reis, salvaguardando D.Sancho II e D.Dinis, mais ou menos D. João I e D. Manuel!! Após se fixarem no Algarve, na primeira metade do século XVIII, aderem com certo entusiasmo, ás idéias que sopram de França e a postura Liberal, sempre se fez notar.
Penso que dentro de trinta ou quarenta anos “deveremos assistir” há hegemonia de um novo Povo, com direito a chamar-se como tal, com os genes de acordo com conquistadores, oriundo de qualquer outra parte do mundo, quiçá do norte de África. Terminará assim esta “paz podre” onde nos vemos envolvidos e a natureza sempre sábia, substituirá, o que já não presta e eliminará um “superávit” humano em excesso no planeta...
Cumprimentos ao seu tio Filipe que já não tenho informações faz tempo.
Um abraço,
José
Santos, Brasil
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RE: Centenário da Republica
"..., porque, se Monarquia é esta coisa que nos vendem pela Europa fora, onde os príncipes herdeiros fazem birra e casam de brincadeira, então, digo-o com todas as letras, sou firmemente republicano!" (sic)
Bem, ainda bem que há alguns monárquicos que não alinham nas palhaçadas que se tornaram muitas das monarquias europeias!
E que grande palhaçada quando um príncipe herdeiro de uma dinastia com quase mil anos de História se decide casar com uma plebeia, quando jovens principezinhos não fazem outra coisa que emborcar garrafas de vodka, enquanto se divertem na high life londrina, enfim, quando as pessoas "reais" querem o melhor dos dois mundos, isto é gozar dos mesmos privilégios que os seus antepassados, mas não prescindindo das discotecas, das loiras platinadas, dos divórcios, das amantes, das praias nas Caraíbas, enfim...
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RE: Centenário da Republica
Caro João Pombo:
É curioso que diga :
"Bem, ainda bem que há alguns monárquicos que não alinham nas palhaçadas que se tornaram muitas das monarquias europeias!".
Os seus sentimentos, visceralmente anti monárquicos, claramente preconceituosos, não me parece que lhe permitem ver a questão com clareza. Perdoe-me o remoque.
Acha mesmo palhaçada!!!
A pressão dos media por tudo o que é notícia e sensacionalismo, levam-nos a inventar o que não existe para vender. Em Inglaterra como em França, nação mãe da república moderna. As figuretas que o Sarkozy tem feito, num ano de presidência, não me parecem comparáveis às da rainha de Inglaterra, seu filho ou neto em três gerações. Não acha?
E não haverá autismo da sua parte relativamente ao seu próprio país. Infelizmente damos uma permanente imagem de palhaçada instituída.
Cumprimentos.
António Taveira
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RE: Centenário da Republica
Caro António Taveira:
O problema é que eu não sou, nem nunca fui, visceralmente anti-monárquico.
E todos os dias me esforço por não ser preconceituoso.
Quanto ao Sr. Sarkozy, é verdade que tem feito algumas "figuretas", mas também é verdade que nas próximas eleições presidenciais, caso os cidadãos assim o entendam, pode ser corrido pela força do voto.
Os principezinhos é que não...
Em relação ao meu próprio País, não vislumbro qualquer autismo da minha parte.
Já disse aqui o que penso de Portugal: É um país fraquinho em todos os sentidos...
Aliás, neste particular, concordo com parte do que foi dito pelo Luís Froes.
Perguntar-me-á agora o António Taveira o que é que eu faço aqui (em Portugal): Pois bem, mantenho-me por cá porque ainda não consegui arranjar um trabalho compatível lá fora...
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Centenário da Republica
Caro João Pombo:
...."Quanto ao Sr. Sarkozy, é verdade que tem feito algumas "figuretas", mas também é verdade que nas próximas eleições presidenciais, caso os cidadãos assim o entendam, pode ser corrido pela força do voto. Os principezinhos é que não..." Não seja tão crédulo em relação à "força do voto" (cá de nada valeu em 1910).
Discordo totalmente da sua conclusão. A instituição monárquica só existirá, em Inglaterra como no Japão, enquanto for QUERIDA pelo povo.
Mesmo cá, DESEJADA (e confirmada pelas eleições) em 1910, foi o que se viu...
Já o mesmo não podemos dizer em relação ao regime republicano em Portugal, "montado" por CRIMINOSOS (autores de crimes) em sucessivos atropelos ao Estado de Direito. Mas isso, como bem sabe, são contas de outro rosário bem conhecidas de todos os que se interessam pela nossa história.
Com os melhores cumprimentos.
António Taveira
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RE: Centenário da Republica
Caro António Taveira,
Concordo consigo. Ainda assim, não creio que os portugueses encarem como prioridade, sequer como necessidade, a restauração da Monarquia, que não lhes resolveria qualquer problema. O nosso problema é estrutural, tem que ver com mentalidades e com uma incapacidade assustadora de progredir. Fizemos (ou um grupo de cidadãos fez) a República, com a ideia de que seria o príncipio da regeneração, mas nada melhorou. Foram anos de instabilidade política, de perseguição criminosa à Igreja, de desordem nas ruas, etc. Fizemos, 64 anos depois, o 25 de Abril, e o que melhoramos, desde aí, deve-se, quase exclusivamente, à integração europeia, que nos possibilitou algum desenvolvimento, embora se possa questionar se o investimento com os fundos disponibilizados foi o mais acertado. No mais, continuamos, no geral, megalómanos (já anda por aí quem fale em organizar os Jogos Olímpicos de 2012), novos-ricos, saloios e provincianos. Queremos é betão, rotundas, estádios, aeroportos, comboios de alta velocidade, grandes investimenos públicos, isto é, o pesado Estadão do costume.
Com os melhores cumprimentos,
Luís Froes
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RE: Centenário da Republica
Caro António Taveira:
O confrade persiste em ver-me como um anti-monárquico primário e exacerbado, quiçá com uma boina preta na cabeça, a apregoar a velha ética republicana num salão com meia dúzia de velhotes.
Na realidade, nada mais longe da verdade...
Sou naturalmente republicano e sou-o com toda a naturalidade. Nunca conheci outro regime e não sendo a república perfeita, para mim é preferível aos demais.
Muito mais importante para mim, na minha concepção de estado, de nação, é o sistema democrático, o progresso económico-social e, consequentemente, cultural, científico, educacional, etc...
Se o regime republicano português foi ou não "montado" por criminosos, deixo aos historiadores a tarefa de o sustentarem ou não. Qualquer que seja a conclusão, não deixarei de ser republicano porque meia dúzia de "criminosos", há quase 100 anos, "montaram" um regime republicano...
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Centenário da Republica
Caro Luis Froes:
Subscrevo quase INTEGRALMENTE a sua mensagem.
Creio que, não a restauração da monarquia, termo que considero redutor, mas a assunção pela nação duma chefia de estado hereditária, assente na nossa história colectiva, não resolvendo no imediato qualquer problema, permitiria uma maior identificação com o nosso passado e uma menor instabilidade política entre os blocos aspirantes ao poder.
Com os melhores cumprimentos.
António Taveira
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RE: Centenário da Republica
Caro João Pombo:
Não o vejo de boina preta a apregoar seja o que for com quem quer que seja.
Mas, veja como se referiu aos "princepezinhos"... Não haverá aí preconceito?
Veja como lava as mãos como Pilatos em relação ao início do regime republicano, num tópico que se chama "centenário da república"... Não os consegue condenar? Não se pode ser republicano e considerar criminosa e abjecta a forma com a república se instalou em Portugal? Não haverá aí preconceito ?
"...Muito mais importante para mim, na minha concepção de estado, de nação, é o sistema democrático, o progresso económico-social e, consequentemente, cultural, científico, educacional, etc..."
Subscrevo esta sua afirmação como o fariam todos os que estavam contra os fanáticos bombistas do princípio do século XX.
Com os melhores cumprimentos.
António Taveira
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RE: Centenário da Republica
Meu caro João Pombo
O problema estará no país, pobre, e na falta de cultura das nossas gentes, que dura há demasiado tempo. É essa falta de cultura que temos que mudar, e não foi a República quem a trouxe: já cá estava, bem instalada, e não se alterou com a Monarquia Constitucional. Neste aspecto, recomendo a biografia de D. Pedro V, de Maria Filomena Mónica. As preocupações do Rei são paradigmáticas.
Sem melhorar o nível cultural não saímos dos estádios, do TGV, de todo o novo riquismo bacoco que é apanágio dos nossos dias. E aí há, decididamente, "criminosos", os criminosos culturais que pululam na TV, nas revistas, etc!
Um abraço
Maria Benedita
Um abraço
Maria Benedita
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RE: Centenário da Republica
Cara Maria Benedita:
..."O problema estará no país, pobre, e na falta de cultura das nossas gentes, que dura há demasiado tempo. É essa falta de cultura que temos que mudar, e não foi a República quem a trouxe: já cá estava, bem instalada, e não se alterou com a Monarquia Constitucional"...
Os republicanos de 1890 - 1910 acreditavam firmememente que o mal estava no rei e nos "princepezinhos" (como diz o confrade João Pombo). Essa visão estrábica fez-nos recuar no conjunto das nações civilizadas e, à ditadura republicana e "democrática", sucedeu-se a ditadura republicana e nacional até 1974. Já não digo o que ganhamos, mas o que perdemos ?
Com os melhores cumprimentos.
António Taveira
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RE: Centenário da Republica
Caro António Taveira
Os republicanos de 1910 pensavam que iam resolver a questão dos "adiantamentos", dos Tabacos, da incultura...e não resolveram nada. Mas o mal, que, para mim, é a incultura geral do nosso povo, também não foi resolvido pelos monarquicos constitucionais, não obstante as preocupações de D. Pedro V e seu pai com este assunto. Não o resolveu Salazar, não o estão a resolver os governos do pós 25 de Abril. A verdade é que este último abriu as portas do ensino a muita gente e o nivelamento cultural teve que se fazer por baixo, mas o panorama é desolador! No entanto, a França, há 30 anos, debatia-se com problema idêntico e foi ultrapassado, há que ter esperanças que consigamos o mesmo, mas o desalento é grande. Quando condeno os meios de comunicação é porque o poder que têm é enorme e não o empregam em ajudar este povo a ter ideais nem ânsia de cultura, pelo contrário, apostam na mediocridade e na falta de valores. Manda o Marketing e o cifrão, o novo riquismo e a parolice. Tristes tempos!
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Centenário da Republica
Caro António Taveira:
Com todo o respeito, mas o confrade falhou o alvo de novo, eventualmente com alguma culpa da minha parte, fruto de ter participado neste tópico.
Eu não tenho de lavar as mãos, qual Pôncio Pilatos e muito menos pela República. Sinceramente, quero lá saber...
Como lhe disse, não deixo de ser republicano pelos erros cometidos em 1910, quando se quis - e conseguiu - derrubar um regime velho de séculos e correr com uma dinastia, ao sabor dos ventos da mudança.
Não houve excessos e disparates em 25 de Abril de 1974? E não continuou a haver nos anos seguintes? E que eu saiba, a maioria dos portugueses não deixa de acreditar na democracia por causa disso...
Um dos nossos problemas é estarmos sempre à espera de homens providenciais, de salvadores da pátria, sejam reis, primeiros-ministros ou ditadores...
Nesse desvario colectivo, deixamo-nos entorpecer, sempre à espera de um milagre.
Por isso é que somos um país fraquinho, porque como povo, somos fraquinhos...
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Centenário da Republica
Caro João Pombo,
Como "povo" somos "fraquinhos"...!?
Deixem o "povo" falar, debater, optar. Porque será que o "povo" pode participar nalguns referendos...e noutros não??
Ele há "coisas"......
Meu confrade permita-me que lhe diga uma coisa: não subestimem o "povo". Não o amordacem nas decisões fundamentais!!
Deixe-me que lhe pergunte, se não se importa: acha correcto, ético, que se imponha um limite material de revisão constitucional como a "forma republicana de governo"??
Julgava que éramos livres!???
Melhores cumprimentos,
Artur Camisão Soares
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RE: Centenário da Republica
Cara Maria Benedita:
Tem toda a razão, há um problema de fundo que se prende com a educação e cultura e que é velho de séculos.
A comunicação social tem muitas responsabilidades, mas não vai mudar o rumo, porque se alimenta, na sua maioria, da falta de cultura e educação dos portugueses.
Basta ver as vulgares entrevistas de rua e as "opiniões" das pessoas entrevistadas, para chegarmos à conclusão de que o País está perdido...
Há dias dei por mim às gargalhadas quando recebi um mail com fotografias da vida na Roménia, país que faz parte, como sabemos, da UE. Eram bêbados estendidos no chão, pessoas a defecarem no meio da rua, habitações infectas, autocarros apinhados de gente, enfim, o Terceiro Mundo em plena Europa.
Mas depois cheguei à conclusão, parafraseando uma música do Gilberto Gil, salvo erro, que "o Haiti é aqui" ou neste caso, "a Roménia é aqui"...
Um abraço
João Pombo
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RE: Centenário da Republica
Caro Artur Camisão Soares,
Estou, em grande parte, de acordo com o João Pombo. A única diferença reside no facto de eu ser, pelo menos no campo dos princípios, monárquico. Já no que respeita à prática das Monarquias que nos são próximas, tenho dúvidas de que tenham grande futuro, pelo menos enquanto Monarquias realmente monárquicas, e não Monarquias republicanizadas, que é o que me parece que está a acontecer. Os príncipes herdeiros fazem birra e casam com quem querem, sem respeito nenhum pela tradição e pela história de uma linhagem construída com sacrifício pessoal por gerações de pessoas, que abdicaram muitas vezes das suas opções mais instintivas e das suas emoções para erguer um corpo que está agora a ser destruído. E, quanto a isto, digo-o abertamente, não encontro, por essa Europa fora, nenhuma excepção.
Quanto às questões que suscitou, não creio nem que a decisão entre a forma de governo monárquica e a republicana seja, presentemente, uma decisão fundamental, nem que o limite material de revisão constitucional seja um entrave real, porque, havendo uma nova ideia de Direito (e aí cabe seguramente a questão de regime), pode nascer uma nova Constituição. Por outro lado, como sustenta o Professor Afonso Queiró, são inválidas ou irrelevantes as cláusulas expressas de limites materiais que pretendam impor a perenidade de soluções contrárias à dignidade da pessoa humana, ao Estado Direito, ou à democracia pluralista. Claro que, partindo de uma concepão positivista, todos os limites correspondentes à Constituição material são válidos e devem ser estritamente observados. Como o Direito não se esgota nas normas que o Estado decreta, partindo, assim, de uma concepão jusnaturalista, em nome de aquele mesmo princípio da democracia pluralista é perfeitamente possível afastar o limite que impõe a forma republicana de governo. Não me parece, contudo, que este seja o problema. É talvez a parte exterior, formal, digamos assim, da questão, porque, no fundo e bem vistas as coisas, o tal povo (que não classifico como fraco nem como forte) não está minimamente preocupado com uma restauração monárquica e, digo-lhe mais, tende achar, a avaliar pelo que é o quotidiano dos arautos do ideal régio publicamente reconhecidos, que a Monarquia é uma brincadeira que não lhe vai solucionar qualquer problema. Bem ou mal, é assim que estamos.
Com os melhores cumprimentos,
Luís Froes
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RE: Centenário da Republica
Caríssimo Artur João
O problema deste país não me parece que se resolva com uma opção
monarquia/república, mas estou consigo em que se deveria abolir esse limite constitucional.
De qualquer forma não vejo, como não vê o João Pombo, que o problema seja a forma de governo, e creio que os dois, republicanos, não nos daríamos mal em monarquia nem isso constituiria problema para qualquer de nós.
Passaram-se quase 100 anos, e essa ideia de luta entre republicanos e monarquicos está um pouco fora de moda! Entre a monarquia constitucional e a república democrata...não há exactamente uma luta tipo índios e cow boys!
Creio que o problema é muito mais fundo, o que lamento, pois se se resolvesse com uma alteração na forma de governo eu votava já por ela.
Um grande abraço
Maria Benedita
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RE: Centenário da Republica
caro João Pombo
Se hoje se desse uma restauração ela seria às 20h00 com directos para os media; já estou a ver a Manuela Moura Guedes a "interromper" os revoltosos...
O problema da nossa – actual – "cultura" é o laxismo e o situacionismo. Serviu em 1910 e em 1930 mas temo que algo vai mudar quando deixarmos de ser artificialmente mantidos pela UE! Quando nos tivermos de "haver" só connosco e com os nossos proveitos vamos ter assumir opções e é o regime que será avaliado, mesmo este regime em que "o Haiti é aqui"... ...
cumprimentos,
João Borges
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RE: Centenário da Republica
Caro Artur Camisão Soares:
Como já tive ocasião de dizer neste fórum, se algum dia o povo português quiser, na sua esmagadora maioria, alterar a forma republicana e restaurar a monarquia, seja com a Casa de Bragança, com a Casa Loulé, Câmara Pereira ou Poidimani, não me parece que um "simples" preceito constitucional seja obstáculo à vontade popular.
Mas perdoe-me, caro Artur Camisão, que não desenvolva a matéria da sua intervenção por uma única razão: A questão monarquia v. república foi lateral nas minhas intervenções neste tópico.
A minha grande preocupação é o País e os Portugueses, onde me incluo, quer queira, quer não.
Eu respeito aqueles que pretendem mudar a forma de regime e restaurar a monarquia. Mas salvo o devido respeito, faz-me lembrar aqueles indivíduos que tem um carro a cair aos pedaços e em vez de o mandarem arranjar ou substituirem por outro, vão gastar o dinheiro a comprar jantes ou auto-rádios...
Mas se me garantir que a mudança da república para a monarquia resolve metade dos problemas do País, conte com o meu voto e apoio!
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Centenário da Republica
Meu caro João Pombo
"Mas se me garantir que a mudança da república para a monarquia resolve metade dos problemas do País, conte com o meu voto e apoio!"
E já somos dois!
Um abraço
Maria Benedita
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RE: Centenário da Republica
Pois junto-me a meus caros confrades João Pombo e Maria Benedita.
Vou até mais longe: se conseguir resolver UM TERÇO... já têm o meu voto e apoio.
Assim já somos três...
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Centenário da Republica
Caro Luís Froes,
Portugal precisa de HERÓIS: é um facto indesmentível. Não falo de DEUSES ou SEMIDEUSES! Nos tempos que correm há mais "MISTIFICAÇÕES" do que veros hOMENS e MULHERES, de "carne e osso.
Precisamos de acreditar em nós próprios e pensar que o POVO PORTUGUÊS consegue resolver as situações internas(em maior ou menor grau...) e contribuir, p.e. no âmbito da CPLP, para a resolução de crises externas.
Fala em "monarquias republicanizadas": acredite que sou tradicional em muitos pontos; em matéria de casamentos tenho as minha dúvidas. Será que é bom andar-se a viver uma "vida de mentiras"...?
Sou monárquico e dou a cara pela "Causa", mas não sou contra os republicanos(em geral)...mas sim contra os "radicais", "os jacobinos". Os "tais" que idealizaram as cerimónias para o "Centenário da República".
Afirma o seguinte, se me permite:
«Quanto às questões que suscitou, não creio nem que a decisão entre a forma de governo monárquica e a republicana seja, presentemente, uma decisão fundamental, nem que o limite material de revisão constitucional seja um entrave real, porque, havendo uma nova ideia de Direito (e aí cabe seguramente a questão de regime), pode nascer uma nova Constituição. Por outro lado, como sustenta o Professor Afonso Queiró, são inválidas ou irrelevantes as cláusulas expressas de limites materiais que pretendam impor a perenidade de soluções contrárias à dignidade da pessoa humana, ao Estado Direito, ou à democracia pluralista. Claro que, partindo de uma concepão positivista, todos os limites correspondentes à Constituição material são válidos e devem ser estritamente observados. Como o Direito não se esgota nas normas que o Estado decreta, partindo, assim, de uma concepão jusnaturalista, em nome de aquele mesmo princípio da democracia pluralista é perfeitamente possível afastar o limite que impõe a forma republicana de governo.
Conheço a posição do Professor Afonso Queiró, a qual subscrevo em grande parte. O problema, meu caro Luís, é que falta coragem a muita gente. Há muitos que se acomodam...e pensam: para quê lutar??
A Monarquia não é uma brincadeira, Luís. Não se resume a "fados e guitarradas"), pois é muito mais do que isso:-)
Com os meus melhores cumprimentos,
Artur Camisão Soares
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RE: Centenário da Republica
Caríssima Maria Benedita,
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=202517#lista
Claro que não se resume a essa dicotomia. O limite constitucional acaba por constituir uma violação do "princípio da liberdade".
Tenho que ser honesto, minha amiga: o problema é estrutural. Temos falta de uma verdadeira "democracia participativa", e a "representatativa" está cheia de vícios!
Grande abraço,
Artur João
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RE: Centenário da Republica
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=202517#lista
Onde se lê "representatativa" deve-se ler "representativa"
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RE: Centenário da Republica
Caro João Pombo,
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=202523#lista
Não sei o que lhe responder, sinceramente. Mas aqui vai:
1º Sou fiel a S.A.R. o Senhor Dom Duarte Pio.
2º «A minha grande preocupação é o País e os Portugueses, onde me incluo, quer queira, quer não.»
Não o entendo. Alguma vez eu não quis que fosse português...??
3.º « Eu respeito aqueles que pretendem mudar a forma de regime e restaurar a monarquia. Mas salvo o devido respeito, faz-me lembrar aqueles indivíduos que tem um carro a cair aos pedaços e em vez de o mandarem arranjar ou substituirem por outro, vão gastar o dinheiro a comprar jantes ou auto-rádios...»
Está enganado, meu caro. Mais depressa gasto em pneus para o meu...Peugeot 106 GTI. Lol Lol
4º «Mas se me garantir que a mudança da república para a monarquia resolve metade dos problemas do País, conte com o meu voto e apoio!»
Nunca o afirmei ou escrevi!!
Renovados cumprimentos,
Artur Camisão Soares
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RE: Centenário da Republica
Caro Artur Camisão Soares,
Não partilho da sua esperança apaixonada e acalorada. Esperança no nosso povo e na possibilidade de sermos um país, não tenho nenhuma. Com ou sem Monarquia. Tenho alguma esperança no nosso destino colectivo à luz da integração europeia ou até de uma integração em Espanha - que me parece impossível, porque os espanhóis não estão interessados nisso.
Não sei ao certo o que quis significar com «vida de mentiras», embora tenha uma intuição acerca de onde pretendeu chegar. Presumo que acredita que os chamados «casamentos apaixonados» conduzem a uma «vida de verdades». Também não acredito isso. Isto por um lado. Por outro, a moda de os príncipes herdeiros casarem no povo ou na média e baixa nobreza é propriamente o desvirtuar da instituição real, porque coloca as famílias reais ao nível desse povo ou dessa média e baixa nobreza. É o que aconteceu na Suécia, é o que aconteceu em Inglaterra, é o que aconteceu na Dinamarca, é o aconteceu na Noruega, é o que aconteceu em Itália, é o que aconteceu em Espanha e é o que aconteceu em Portugal. A título de exemplo, pode-se dizer que, em Espanha, muitos filhos das grandes casas espanholas se sentirão, em termos nobiliárquicos, acima dos filhos dos Príncipes das Astúrias. Dir-me-ão que tudo isto corresponde a uma evolução social e que é preciso ser aceite com bons olhos. Não concordo. Estou em crer, aliás, que se trata de uma regressão social. E a Monarquia, pelo menos como a conhecemos, não pode escapar a isso - ou regride ou extingue-se.
Relativamente ao caso português, admito que haja algum comodismo, mas existe, também, muita incapacidade de todas esses movimentos e juventudes monárquicas, incapazes de fazer compreender que a Monarquia não é um grupo selecto de cagões que se juntam para falar de cagonices, mas que a importância de um Rei chega a todos, isto é, beneficia o todo, a colectividade. Esta incapacidade não resulta apenas das atitudes parvas do Deputado Nuno da Câmara Pereira e da falsa querela Casa de Bragança vs. Casa de Loulé, ou das mentiras e das fraudes do Poidimani. Há muito mais do que issso. Enquanto a Monarquia for identificada com senhoras de vison e cavalheiros com grandes aneis de armas, fumando charutos, nada feito. Não estou a dizer que isto seja mau ou pernicioso, porque não é disso que se trata. O ponto é que esta identificação afasta a ideia de um Rei que se aproxima e conhece o seu povo e que, como tal, não está apto a a representá-lo e unificá-lo.
Com os melhores cumprimentos,
Luís Froes
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RE: Centenário da Republica
Caro Artur Camisão Soares:
Quando eu escrevi, em intervenção anterior, que "A minha grande preocupação é o País e os Portugueses, onde me incluo, quer queira, quer não", quis dizer que eu próprio me incluo, quer (eu) queira, quer (eu) não queira, no povo português.
Obviamente que não estava a sugerir que o Artur Camisão alguma vez quis ou não que eu fosse português...
O lapso de escrita foi meu e por isso aqui fica a rectificação.
Um abraço,
João Pombo
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RE: Centenário da Republica
Caro Luís Froes:
Um republicano como eu não tem de meter o bedelho nas organizações monárquicas nem sequer terá grande legitimidade para opinar se funcionam bem ou mal e se estão devidamente organizadas.
Mas é impossível deixar de transcrever esta passagem da sua desassombrada intervenção, sempre com a devida vénia:
"Relativamente ao caso português, admito que haja algum comodismo, mas existe, também, muita incapacidade de todas esses movimentos e juventudes monárquicas, incapazes de fazer compreender que a Monarquia não é um grupo selecto de cagões que se juntam para falar de cagonices, mas que a importância de um Rei chega a todos, isto é, beneficia o todo, a colectividade" (sic)
Ora aí é que está o dedo na ferida...! Estou 100% de acordo, sem prejuízo do que disse acima.
E acrescento ainda, uma coisa que já ouvi de alguns (poucos, reconheço) jovens monárquicos: É que muitas gravitam em torno dessas organizações não à procura de tachos, mas à procura de outro tipo de recompensas, quais sejam a promoção social e, com sorte, uma entradazinha num anuário da nobreza e uma C.B.A....
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Centenário da Republica
Caro João Pombo,
Agradeço oseu esclarecimento.
Um abraço,
Artur Camisão Soares
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RE: Centenário da Republica
Caros João Pombo,
Tenho acompanhado este tópico, mesmo que o seu tema não tenha nada de genealógico, é um tema interessante na medida em que o Governo e a Presidência da Republica estão a unir esforços para de uma vez por todas esmagarem o fantasma da Monarquia, e eu como Português gosto sempre de saber o que pensamos sobre isso (nós Portugueses que aqui conferenciamos).
Para que a minha intervenção neste tópico seja compreendida terei de me apresentar, assumindo os meus ideais e dando a cara pelo que sou e o que defendo.
Primeiro – Sou Português.
Segundo – Pertenço à juventude monárquica, da Real Associação de Lisboa.
Terceiro – após muitos anos como jovem monárquico por convicção, nunca lucrei nada com isso, pelo contrário, (incluindo os estereótipos a que sou colado, ora como “cagão” que só fala de “cagonices” como nos caracteriza Luís Froes ou acusado como é exemplo o que opina o João Pombo nesta sua mensagem, de que os Jovens Monárquicos procuram: “É que muitas gravitam em torno dessas organizações não à procura de tachos, mas à procura de outro tipo de recompensas, quais sejam a promoção social e, com sorte, uma entradazinha num anuário da nobreza e uma C.B.A....”)
Ora meu caro confrade, falar que qualquer jovem monárquico só por o ser terá entrada no Anuário de Nobreza (?) é de facto uma anedota e que procuramos promoção social?
Bom, eu não direi que todos os Republicanos usam a república para sua promoção e apenas para a sua individualidade lucrar, nem tão pouco direi que as juventudes partidárias são compostas por jovens republicanos, que de facto não o são, nem direi que a juventude portuguesa não é de todo apenas republicana e composta por uma minoria monárquica, porque não será essa a verdade.
A juventude na sua essência é ambiciosa. Todos os jovens ou os menos jovens que se recordarão da sua juventude, poderão facilmente concordar com isto, e não é algo exclusivo de alguns jovens que o João Pombo conhece que até por acaso são monárquicos.
Quanto a feridas e dedos, realmente o Luís Froes quer falar de circuitos fechados com os quais ele como jovem não concorda e caracteriza como “cagões” e o João Pombo rapidamente se identificou com as palavras do jovem Luís que acha que a morte das monarquias europeias, vai ser os casamentos livres e por “amor” dos príncipes herdeiros, e no entando acha que os grupos monárquicos são cagões!? Outra anedota.
Mas como o caro João não é o Luís Froes, vou tentar responder-lhe apenas a si e não dispersar mais.
Eu respeito-o caro confrade João Pombo, acima de tudo e respeito a sua opinião, e voltando deste modo aos dedos nas feridas, terei de lhe dizer que não tenho a ferida da “cagonice” nem a ferida do tontinho que pensa que será nobre (?) por ser monárquico (?) ou que procura uma qualquer promoção social onde quer que seja, mas no entanto compreendo que algumas pessoas, por sofrerem de baixa auto estima, imaginam que outros por pertencerem a uma associação a que os primeiros no seu subconsciente imaginam inatingível, superior e classicista se auto excluem da mesma e passam ao ataque agressivo a essa associação (as reais associações) e ao que elas defendem (o regime monárquico).
Para terminar, é mais natural para um Português ser monárquico do que republicano, pois esta foi sempre a nossa forma de ser enquanto nação, até que em 1908 foi posto termo ao regime devido a uma traição cobarde de mentes “iluminadas” e da cobardia do povo que rapidamente se acomodou ao novo regime. Matou-se o Rei e o Príncipe Real. Esta forma de terrorismo instalou-se no país e espera agora comemorar os 100 anos de inglória em Portugal.
Como tal, acho que não sou eu como monárquico que terei de me justificar sobre as minhas convicções, são antes os republicanos que devem justificar a sua preferência e ideais para Portugal. Não acha?
Tenho conhecidos meus republicanos que só o são porque esse é o regime do momento e se promoção social é como republicanos que vão ter a tal promoção social. Outros mais espertos, são do PS ou do PSD, pois é o único meio que têm para o atingir o supra sumo da promoção social, ser Ministro, 1º Ministro ou Presidente da Republica. Sem os partidos do Bloco Central e as empresas que as financiam ninguém é ninguém nesta república.
Ainda acha que se consegue alguma promoção social nas Reais Associações?
Cumprimentos
João Paulo Gaspar
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RE: Centenário da Republica
Caro Luís Froes,
Não sendo de todo cagão e falo-te na primeira pessoa, acho que classificares as juventude monárquica portuguesa e as reais instituições de incapazes e de grupo de cagões é algo que não posso deixar passar até porque sou membro da Juventude Monarquica Portuguesa, como tu sabes.
E como tu sabes também, ou devias saber, o mal não estas nas pessoas que trabalham nas instituições, o mal esta nas que apenas opinam de fora e nada fazem de útil. Se todos os jovens como tu, que são capazes e inteligentes e interessados se dedicassem um pouco a Portugal, fosse numa associação monárquica, fosse num qualquer partido político republicano ou instituição de solidariedade social, estaria o país menos mal. Mas e existe um mas, se os jovens da tua idade forem todos como tu que embora monárquico e conservador como tu és, preferissem vender Portugal a Castela como tu sugeres até mais que uma vez neste site, meu caro Luís, para quê honrar o sangue derramado na construção de Portugal, por todos os nossos antepassados, os importantes e os incógnitos, quando pessoas de vinte anos como tu preferem ser castelhanos?
Bom mas existe uma solução para o teu desejo de seres castelhano (ena!!!) Usa os teus direitos de Cidadão Europeu e muda-te para Madrid ou Toledo e já poderás ser castelhano! Topas?
Um grande abraço
João Paulo Gaspar
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RE: Centenário da Republica
Caro João Paulo Gaspar:
Começo por dizer que também o respeito, a si e à esmagadora maioria dos participantes deste fórum.
Aliás, é o respeito e a consideração pelos outros participantes que me levam a gostar de participar no fórum e só tenho pena que alguns "pesos-pesados" tenham deixado de o fazer.
Se há coisa de que nunca gostei são generalizações e se do teor da minha intervenção resultou alguma generalização, então só me resta pedir desculpa a todos os que se sentiram atingidos.
É evidente que existem muitos jovens monárquicos que militam na causa sem qualquer interesse. Militam e participam de forma desinteressada, porque gostam, porque acreditam convictamente nos seus ideais.
Mas - e faça-me justiça, caro João Paulo - existem muitos mais que o fazem por puro interesse, para tentarem ascender socialmente, para poderem vestir o blazer velho do pai e ir ouvir umas guitarradas de fado. Sempre foi assim, eu próprio conheci muitos assim e consegui resistir a essa tentação.
Mas esse não é o principal problema da causa monárquica. O grande problema é que os monárquicos não conseguem passar aos restantes cidadãos uma ideia de monarquia moderna, dissociada dos velhos chavões e clichés.
Há uns anos atrás, um dos portugueses mais geniais, Miguel Esteves Cardoso, candidatou-se ao parlamento europeu pelo PPM. Na altura achei piada e pensei que ali podia estar uma oportunidade de ouro para a causa monárquica, porque com o MEC não corriam quaisquer riscos de associações a fados e guitarradas, a senhoras de visons e jovens betinhos de blazer azul marinho. Foi talvez uma oportunidade perdida...
Em relação à sua última questão, respondo-lhe com sinceridade: eu acho que muitos conseguem essa almejada promoção social, se forem espertos e persistentes claro.
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Centenário da Republica
Caro João Paulo Gaspar,
Relativamente ao primeiro ponto, esclareço que não associei a imagem transmitida pelas associações monárquicas a qualquer forma de promoção social. Concordo contigo quando dizes que muitos republicanos usam e abusam da República para se promoverem. Essa é, de resto, a história da humanidade - e olha que não tenho absolutamente uma perspectiva marxista da História! O que digo é que existe uma incapacidade dos monárquicos (e, com isso, também e sobretudo dos movimentos organizados que lhes estão associados) de descolar a Monarquia de uma certa imagem que é redutora. Pessoalmente, a imagem não me incomoda porque - utilizando um dos exemplos esgrimidos pelo João Pombo - gosto muitíssimo de fado e, por isso, não me repugna a associação. Porém, essa imagem é perigosa, porque, como disse, afasta o rei do seu povo - e não existe rei sem povo!
Já no que respeita ao segundo aspecto, esclareço que não manifestei qualquer desejo em ser castelhano, como tu dizes. Com ou sem sangue derramado, aprecio a construção de Portugal, historicamente. Tal como a da Europa. E abro um parêntesis para dizer que receio bem que adoptando a tua posição em termos estritos, seja inviável prosseguir a unidade política e económica europeia, independentemente da natureza jurídica e das formas que ela possa assumir (e que merecem discussão e ponderação). Contudo, não quero criar ilusões nem acredito, nesta matéria, em grandes milagres: a vida deste país há muito que é uma brincadeira. De que me servirá dizer aos meus futuros filhos para se orgulharem de serem portugueses, se isso não significar, na sua vida prática, competência, disciplina, aprendizagem, criatividade, sabedoria, etc.? De que me serve um remoto orgulho em ser português, orgulho a séculos de distância? De que me serve isso se não for acompanhado de um presente e de um futuro de qualidade? Bem vistas as coisas, não serve de nada.
No mais, agradeço-te os elogios.
Um abraço,
Luís Froes
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RE: Centenário da Republica
Caro Luís Froes,
Não tens de agradecer nada, sabes que é verdade e é sobre isso mesmo que insisto. A tua capacidade e a de muitos jovens e muitos Senhores que por orgulho e fartos de verem o País entregue a pessoas menos honestas e capazes, limitam-se a cruzar os braços e a observarem Portugal a afundar-se.
Talvez seja um romântico e não queira que daqui a um século a memória da Glória de Portugal esteja perdida no tempo, que a nossa nação não exista mais, talvez como romântico quero que os meus filhos e netos entendam, compreendam e respeitem cada um dos Portugueses que deram, dão e que vão dar o seu sangue e suor por Portugal, agora não é apenas com uma atitude derrotista que se consegue alguma coisa, não concordas?
Gandhi ( http://www.geneall.net/W/per_page.php?id=612099 ) disse um dia disse que , devíamos ser a mudança que desejamos ver no Mundo.
Neste caso acho que devemos tentar mudar de dentro e não de fora o que errado esta, e se achas que as associações monárquicas não funcionam e és monárquico porque não assumes as tuas ideias e tentas tu mudar as associações ou a imagem que existe dos monárquicos? Ou se por outro lado te encontras republicano mas não identificados com os valores da actual república porque não fazes o mesmo e entras para um partido e tentas salvar a república actual? Ou fazes o mesmo que outros e constituis um movimento de cidadania que vise combater o poder partidário?
Tanto que podemos e devemos fazer antes de nos entregarmos ao nosso fatalismo tão português.
Abraço amigo,
João Paulo Gaspar
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RE: Centenário da Republica
Caro João Pombo,
De clichés está o Mundo cheio, tanto de clichés monárquicos como republicanos até aqueles clichés que não são uma coisa nem outra. Portanto resta-nos ser um pouco mais sérios e elevar o debate.
Caso contrário qualquer dia terei vergonha de dizer que gosto de fado, de touradas, de cavalos, de açorda de gambas, de queijos de amêndoa com recheio de ovos, de moscatel roxo de Setúbal, de vinho do Porto, de queijo de Azeitão, etc. Tal como gosto de Jazz, de Paris e de restaurantes gourmet, de bossa nova, fatos ingleses, de surf, remo, genealogia, arquitectura, disco Sound, sushi, e tantas outras coisas.
Caro João, não querendo parecer lamechas, ou o Paulo Coelho tão pouco, nem recorrer a clichés, vou apenas desejar passar duas ideias que vieram de duas pessoas que da Índia (de Vasco da Gama) no século XX foram grandes entre as maiores. Falo de Gandhi e de Madre Teresa de Calcutá.
Li duas frases em sítios e períodos diferentes da minha vida, frases estas que nunca mais saíram da minha cabeça e que tento aplicar todos os dias.
“ Tu deves ser a mudança que desejas ver no Mundo”.
Gandhi ( http://www.geneall.net/W/per_page.php?id=612099)
Um dia perguntaram à Madre Teresa de Calcutá porque não se manifestou contra a guerra, numa determinada manifestação, e ela respondeu algo como: “ Se me convidarem para me manifestar a favor da paz, irei”
Eu não sou contra a República ou os republicanos, sou é a favor do Reino de Portugal invés da República Portuguesa. Ser a favor de algo não me faz logo ser contra ao seu oposto. Agora tenho a certeza que serei cliché de qualquer outra coisa. ; )
Um abraço amigo,
João Paulo Gaspar
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RE: Centenário da Republica
Portugal é um lugar que ao longo dos séculos se foi instituindo como um território geográfico, físico, e outro imaterial, a cultura.
É no imaterial que existe a verdadeira identidade e, apesar do suporte desta identidade serem meios materiais bem visíveis e palpáveis, são sempre sinal de algo mais profundo que nos liga e dá sentido. Veiculado pelos diferentes discursos, a cultura, usa os mais variados suportes, dentre os quais o mais importante, por ser o mais acessível, a língua. O património acumulado ao longo dos tempos, cresce, metamorfoseia-se e se não houver vontade ou gosto para que exista, se não houver cuidado, desaparece. Todo o organismo que não se reconhece morre. Portugal neste momento, por soberba, parece querer engolir o mundo. Sem solidariedade, sem um SENTIDO que agregue, não é possível a existência de uma comunidade. Não há rei nem roque que valha.
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RE: Centenário da Republica
Caro João Paulo Gaspar:
Gosto de discutir e conversar civilizadamente e neste aspecto, o João Paulo parece-me um excelente interlocutor, pelo que fico na expectativa de futuras "escaramuças" verbais.
Devo dizer-lhe que partilho de muitos dos seus gostos, desde os fatos ingleses, à bossa nova, passando pelo disco sound e até ao queijo de Azeitão. Eu acrescentaria os "Doors", francesinhas, sapatos ingleses, sardinhas assadas, música dos anos 80 (sou de 1972, daí a preferência), filmes do Scorcese e do Coppola, etc...
Mas, perdoe-me a ignorância, nunca ouvi falar em queijos de amêndoa com recheio de ovos...
Pela descrição, deve ser uma verdadeira bomba para o colesterol...
Um abraço,
João Pombo
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RE: Centenário da Republica
Caro João Pombo,
Não conhece os "queijos de amêndoa"...??
Eis um "link": http://www.google.com/search?q=cache:-2pRaTcigAIJ:www.gastronomias.com/portugal/algarve009.html+Queijos+de+am%C3%AAndoa&hl=pt-PT&ct=clnk&cd=2&gl=pt
Convém não abusar! lol lol
Um abraço,
Artur Camisão Soares
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RE: Centenário da Republica
Caro Artur Camisão:
Obrigado pelo link!
Pois, convém não abusar, pois apesar das minhas 35 primaveras, o colesterol já deu sinais de si!
Um abraço,
João Pombo
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RE: Centenário da Republica
Caro João Pombo,
Parece que afinal os gostos de dois jovens, um republicano e outro monárquico não são assim tão dispares, tirando os sapatos que tenho preferência pelos confeccionados por Cesare Paccioti ou os que são feitos por medida no sapateiro de Belém em Lisboa (existe outro muito bom em Sevilha) e os queijos de amêndoa que o confrade Artur Camisão Soares fez o favor de se antecipar e já lhe mostrou e muito bem essa pérola da doçaria portuguesa.
Hoje de manha escutei na TSF em linha aberta a opinião do Bastonário da Ordem dos Advogados sobre o aumento das vagas para o ensino superior para o próximo ano lectivo, não sei se algum confrade ouviu a mesma entrevista, que alias é bastante interessante e na qual o Bastonário confirma que as só as vagas da Universidade de Lisboa seriam suficientes para cobrir as necessidades do país referente ao numero de licenciados em direito, que na Escandinávia existe um advogado para cerca de quatro mil habitantes enquanto que em Portugal temos uma média de um advogado por trezentos habitantes, muito mais próximos estamos dos números apresentados na América do Sul, com cerca de um advogado por cada cem habitantes. Mais, o bastonário confirma o que todos já sabemos e não queremos admitir, que a formação pós 25 de Abril no ensino superior é deficiente e pouco qualitativa, sendo que a formação da elite pensante do país esta mais concentrada perto das bicas de cerveja nas festas universitárias e nas queimas das fitas, alimentadas com musica pimba. Alunos que fazem uma cadeira por ano, levando anos a completar as suas licenciaturas. O bastonário afirma ainda que o 25 de Abril fracassou nas pastas de Educação e Justiça.
Para que interessa esta opinião do bastonário da Ordem dos Advogados? Para explicar que afinal sabemos onde estão os jovens portugueses, não é nas associações juvenis monárquicas, é numa barraquinha de cerveja outros há ( e agora parece ser moda!!!) que criam uma ONG para subsidiar as suas férias (sim, sim!!!!), alguns conhecidos, formaram uma ONG e rumaram durante seis meses para a ilha de Moçambique fazer voluntariado ( não me souberam exactamente que género de serviços iam prestar, mas apenas que era exclusivo dos fundadores da ONG) ao que eu perguntei: É uma anedota não é?
Resposta: Não claro que não! Anedota é tu ficares aqui.
Outro exemplo de “tesourinho deprimente” foi a minha primeira experiência numa assembleia municipal, a qual fui assistir como assiste o meu direito de cidadão, e so tive vontade de chorar ao ver tamanha pouca-vergonha.
Sabe a que conclusão cheguei? Não merecemos o direito de voto, porque nem sabemos em quem votamos e o que fazem e nem tão pouco os deputados municipais sabem o que fazem.
Deixo aqui duas histórias anedóticas a título de exemplo.
As assembleias municipais são gravadas, esta a que assisti, no fim foi detectado um erro! O microfone que gravava toda a sessão estava na maioria do tempo desligado, solução apresentada na assembleia: Riso geral e passou-se à frente! (nem queria acreditar, mas já eram 0:30 e os vereadores e membros da assembleia municipal queriam dormir!!!)
Segunda historia – as tantas, levanta-se um deputado do PCP que por sua vez é maioria no concelho da Moita do Ribatejo (no qual assisti `a dita assembleia). Em seguida outro deputado do mesmo partido levanta-se e segue o primeiro, isto tudo no tempo de palavra de um deputado da oposição (revelando aqui uma total falta de respeito pelos deputados, pela assembleia e em ultima instancia pelo povo que representam, ou estarei enganado?) O
O Presidente da Assembleia, achou por bem chamar à atenção os dois deputados do PCP por tal falta de respeito e diz:
- Caros amigos onde vão?
O primeiro responde:
- Desculpe lá, mas eu tenho de acordar as seis da matina para trabalhar, e já são quase uma da manha.
E dito isto exaltado com o Presidente da Assembleia, vira as costas e sai da sala. O segundo deputado municipal, fica perante o olhar atónito de toda a Sala e diz:
E eu sou quem lhe dá boleia!
(e saiu também)
Escusado será dizer que, foi outra risada geral e continuou-se os trabalhos como se nada fosse na assembleia municipal da Moita.
Abraço amigo,
João Paulo Gaspar
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RE: Centenário da Republica
Meu caro
Conheço o funcionamento das Assembleias. Quando presedi a elas procuro não ultrapassar 2 horas, para evitar tais problemas. De resto em Portugal somo eximios na forma como participamos em reuniões. Va a uma Assembleia de Condomínios e ficara mais espantado.
Julgo que tudo isto é devido a falta de médicos (!), pois em muitos casos, nas Assembleias, as pessoas gostam de falar. Não ouvem: mas falam. Questão de terapia...
Ja agora aconselho a ler os dois volumes do Oliveira Martins "Portugal Contemporaneo". Os livros são de edição da Guimaraes Editores, editora que foi comprada pelo Paulo Teixeira Pinto, ex BCP e actual Presidente das Associações Monarquicas (não sei o nome exacto...)
Oliveira Martins relata o que se passava nos finais do século XIX, antes da implatação da República. Edificante.
Consequentemente, julgo que o problema não está no regime, mas no povo... em nós mesmos.
Cumprimentos
Ricardo Charters d'azevedo
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RE: Centenário da Republica
Caro João Paulo Gaspar:
Já vi que o confrade tem bom gosto, não só nos sapatos e fatos, mas também nas doçarias e gostos musicais.
Fala-me das intervenções do Bastonário da Ordem dos Advogados.
Trata-se de um tema que me é caro, porque sou advogado e sempre me interessei pelos problemas da Justiça. Como não é matéria para este fórum, vou abster-me de opinar ou dar palpites.
Em relação à juventude portuguesa - não sei se com 35 ainda serei "jovem" - e apesar dos exemplos que dá (confesso que não conhecia esses esquemas com ONG's), devo dizer que ainda tenho algumas esperanças em relação às futuras gerações.
O problema é que em 100 "jovens", a minha esperança resume-se a meia dúzia, pouco mais. E esses normalmente pôem-se a andar na primeira oportunidade que lhes apareçe...
A maioria, infelizmente, são energúmenos, que batem nos professores, não respeitam ninguém, não sabem falar e muito menos escrever e estão em vias de desenvolver um terceiro braço ou apêndice corporal, para terem sempre o telemóvel à mão...
Um abraço,
João Pombo
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RE: Centenário da Republica
Caro Senhor Ricardo Chaters d'Azevedo,
Compreendo muitíssimo bem a mensagem que me mandou que desde já agradeço. Mas o exemplo da minha experiência de cidadania recente (a de assistir a uma assembleia municipal) tinha dois objectivos exactos, podendo como é claro dar azo a outras conversas por acréscimo como é o caso.
A mensagem advém de uma “conversa” virtual com o João Pombo e com o Luís Froes, em que nos debatíamos sobre as qualidades dos jovens monárquicos e dos jovens republicanos, sobre o ranking das instituições que mais créditos e hipóteses nos dá na escalada social actual, sendo que entraram as Reais Associações, a Juventude Monárquica, e as Jotas dos Partidos Políticos, mas teríamos mais instituições. Discutíamos também quais os clichés mais comuns a uns e a outros, sendo que os monárquicos são tão clichés quem são os republicanos. (?)
A mensagem a que o Senhor se refere, e que vem depois de queijos de amêndoa e ovos moles e sapatos feitos por medida, foi apenas um aparte, não quis chamar de republicano a nenhum dos deputados à assembleia, nem quis dizer que todos os republicanos são mãos deputados ou o inverso. Tal como tenho noção que as assembleias no fim do século XIX em Portugal (e no resto da Europa) seriam uma desgraça, não tenho quaisquer dúvidas, apenas tenho de compreender que vivemos em 2008, e não no fim do século XIX. Acho portanto que comparar as assembleias do fim do século XIX e as assembleias actuais um disparate, (perdoe-me o confrade).
Agradeço-lhe ainda a sugestão de leitura, conheço o livro em questão, e a editora foi sim comprada pelo Paulo Teixeira Pinto, que é Presidente da Causa Monárquica.
Quanto à solução do problema, não acredito em respostas fáceis, se a resposta fosse somente o Povo ou o regime não seria assim tão difícil de solucionar não acha? Mas sendo um problema de Povo e como esse não se pode mudar, acho que o sensato será tentar mudar o regime que não respondeu em cem ano às necessidades reais de Portugal e do seu Povo, ou o caro confrade acha que o melhor seria mudar o Povo?
Com todos os nossos defeitos actuais, não estando a desculpabilizar o Povo da sua responsabilidade (que é o mesmo povo de hoje, e é o mesmo povo do século XIX e o mesmíssimo do século XV) o sistema actual tal como a ditadura de João Franco ou o Estado Novo lucraram com um povo amorfo e distraído.
Sinceros Cumprimentos,
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RE: Centenário da Republica
Caro João Pombo,
Aceito o elogio quanto ao meu suposto "bom gosto". Obrigado.
Quanto ao facto de ser ou não jovem, isso depende, eu tenho 29 anos e acho-me um jovem, mas já não tenho direito a cartão-jovem no entanto na Juventude Monárquica ainda sou jovem porque ai, somos jovens até aos 30! Mas se for agricultor segundo parece, é-se jovem até aos 45. (os jovens agricultores)
Como vê isto de se ser jovem ou não é mais uma das razões para se pertencer a uma associação ( hehehehe )
Abraço
João Paulo Gaspar
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RE: Centenário da Republica
Caro Confrade,
Por lapso não assinei a mensagem anterior.
As minhas desculpas.
Cumprimentos
João Paulo Gaspar
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RE: Centenário da Republica
Meu Caro joão Gaspar
De acordo consigo em quase tudo, mas...
com o sistema monarquico absolutista, ou liberal, com a ditadura do João Franco (onde o termo ditadura não tem o mesmo significado que tem hoje), ou em qualquer sistema republicano dos que já tivemos
tudo passa pelo comportamento do povo, pela sua educação e cultura, pelos dirigentes que temos (e estes dirigentes não são só os governantes, mas os das mpresas, dos serviços publicos, etc)
como explicar que "lá fora" sejamos muito bons, mas "cá dentro" não sejamos capazes? A diferença está nos dirigentes intermédios. A diferença está como se dirige o povo (dirige nos escalões intermédios, digo eu)
Sobre o "Portugal Comtemporaneo" de Oliveira Martins: chamo a atenção para estes dois volumes, pois vemos aí, esplanadas, quais as soluções de gestão que naquela altura foram adoptadas para o nosso País. Tambem vale a pena ver as soluções adoptadas pela República nos anos da 1ª Guerra Mundial.
Por último relembro a conclusão do último debate República/Monarquia na RTP1 (programa Prós e Contras) onde se chegou a simples conclusão que a diferença dos dois regimes, se democráticos, é que, num caso a chefia do Estado é eleita, e no outro caso é de uma família. Lembro que esta conclusão foi retirada, e com o acordo do Paulo Teixeira Pinto, Presidente da Causa Monárquica, após uma discussão muito civilizada.
Tudo isto me permite concluir que "estamos melhor", mas necessitamos ainda de "evoluir".
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Centenário da Republica
Caro Ricardo Charters d'Azevedo,
"Por último relembro a conclusão do último debate República/Monarquia na RTP1 (programa Prós e Contras) onde se chegou a simples conclusão que a diferença dos dois regimes, se democráticos, é que, num caso a chefia do Estado é eleita, e no outro caso é de uma família. Lembro que esta conclusão foi retirada, e com o acordo do Paulo Teixeira Pinto, Presidente da Causa Monárquica, após uma discussão muito civilizada.
Tudo isto me permite concluir que "estamos melhor", mas necessitamos ainda de "evoluir"."
Que estamos melhor? Melhor do que o quê?
Caro confrade, se a sua consciência e discernimento o fazem concluir após ter visto o programa referido e vivendo o senhor num regime republicano e tendo conhecimento de outros actuais regimes monárquicos europeus, que a única diferença entre monarquia e republica é que o primeiro é um cargo hereditário e o segundo é um cargo electivo, então que assim o seja. Não tenho nada contra o seu pensamento, pelo contrário os seus pensamentos são sempre muito interessantes e sempre aprendo algo com as suas intervenções.
Claro que eu vejo mais diferenças e vi essas diferenças serem referidas pelos respectivos oradores no programa televisivo. Mas isso será a minha opinião honesta das coisas. Alem de um presidente da república não ser independente do Partido Politico que o elegeu e das consequentes empresas que financiam os partidos políticos, muitas outras diferenças separam os dois tipos de chefes de estado. Um deles e aparentemente sem importância alguma é a coesão que um Rei provoca no seu povo ao contrário da divisão fomentada nos regimes presidencialistas. Aliás a Republica não foi uma invenção Francesa, os Filósofos Gregos já a discutiam como regime, mas depressa foi colocado de parte por ser muito conflituosa, gerando interesses e intrigas fáceis. Portanto a ideia de que a monarquia é um regime antigo e que o moderno é ser republicano é um grande disparate, não tão grande claro no século XIX e inicio do século XX em que se faziam muitas experiências (8 politicas, urbanísticas, arquitectónicas, industriais, etc.) e o modernismo atravessava a Europa e América do Norte.
A partidocracia é claro alimentada vorazmente, o monstro tem de sobreviver e o senhor saberá isso muito bem. Todos o sabemos. Então porque dizer que a única diferença esta no facto de um ser eleito e o outro regime ser hereditário?
Cumprimentos
João Paulo Gaspar
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RE: Centenário da Republica
Mas meu caro João Paulo Gaspar a conclusão do último debate República/Monarquia na RTP1 (programa Prós e Contras) onde se chegou a simples conclusão que a diferença dos dois regimes, se democráticos, é que, num caso a chefia do Estado é eleita, e no outro caso é de uma família. Lembro que esta conclusão foi retirada, e com o acordo do Paulo Teixeira Pinto, Presidente da Causa Monárquica, após uma discussão muito civilizada, não é minha. Foi referida no programa e aceite por todos como boa.
Eu retirei outra: é que é possivel discutir civilizadamente sem colocar em causa pessoas ou ouvir insultos (como muitas vezes acontece até em alguns tópicos do Geneall que tem de ser apagados).
O meu interesse pelo tema é puramente genealógico (pois eu já me decidi há muito). Como a ciência genealógica começa justamente quando o conhecimento sai do âmbito familiar e se torna geral e sistemático (uma época, uma região, um extracto, etc.), obedecendo a metodologias e requisitos próprios, pretendo então enquadrar os indivíduos que estudo (ou investigo) no quadro político, económico e social em se moveram. Assim o estudo, ou a troca de opiniões ajudam.
Só assim entendo que exista este tópico no Geneall, pois o Geneall não é um forum qualquer ... é temático e assim propostas de abaixo assinados e discussões como vemos "por aí" não tem sentido aqui.
E para me repetir, congratulo-me por se poder trocar opiniões de forma correcta e civilizada, como aconteceu no citado Prós e Contras. E ainda por cima se tenha podido chegar a conclusões "legiveis" para toda a gente e por todos os intervenientes aceites.
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Centenário da Republica
Caro João Paulo
Permita-me que lhe diga que a comparação entre as actuais monarquias europeias e a nossa república é uma falácia. Exactamente o mesmo que comparar uma monarquia africana, mesmo do norte, á República Portuguesa. E não me venha dizer que Portugal é Europa, ele é-o só ás vezes!
Em 150 anos tivemos monarquia e república e a conclusão a chegar é que os problemas são exactamente iguais, mantêm-se não obstante a diversa forma de regime. Leia Eça e Ramalho, leia as Farpas, e veja o que mudou.
" Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo.
Eça de Queiróz"
"ORDINARIAMENTE todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o ESTADISTA. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política do acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?
Eça de Queiroz, 1867"
""Há muitos anos a política em Portugal apresenta este singular estado:
Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alternadamente, possuem o poder, perdem o poder, reconquistam o poder, trocam o poder… O poder não sai duns certos grupos, como uma péla que quatro crianças, aos quatro cantos de uma sala, atiram umas às outras, pelo ar, numa explosão de risadas.
Quando quatro ou cinco daqueles homens estão no poder, esses homens são, segundo a opinião e os dizeres de todos os outros que lá não estão, - os corruptos, os esbanjadores da fazenda, a ruína do país, e outras injúrias pequenas, mais particularmente dirigidas aos seus carácteres e às suas famílias.
Os outros, os que não estão no poder são, segundo a sua própria opinião e os seus jornais – os verdadeiros liberais, os salvadores da causa pública, os amigos do povo, os interesses do país e a pátria.
Mas, cousa notável!
Os cinco que estão no poder, fazem tudo o que podem – intrigam, trabalham, para continuar a ser os esbanjadores da fazenda e a ruína do país, durante o maior tempo possível! E os que não estão no poder movem-se, conspiram, cansam-se para deixar de ser – o mais depressa que puderem – os verdadeiros liberais e os interesses do país!
Até que enfim caem os cinco do poder, e os outros – os verdadeiros liberais – entram triunfalmente na designação herdada de esbanjadores da fazenda e ruína do país, e os que caíram do poder, resignam-se cheios de fel e de amargura – a vir ser os verdadeiros liberais e os interesses do país!"
"As Farpas"
Não lhe parece que estes textos se adequam primorosamente ao momento que vivemos?
Somos um país pobre, que só foi grande quando se lançou á conquista do exterior, com um povo que sabe melhor comerciar que produzir e que só trabalha bem fora de Portugal. Um povo inculto que há cem anos tinha 90% de analfabetos, o que se não enquadrava de modo algum nos padrões europeus da época e que hoje continua a não se enquadrar não obstante os esforços mal ou bem dispendidos.
Se o problema fosse uma mudança de regime, como pode constatar neste mesmo tópico, as hostes monárquicas saíriam reforçadas com muitos republicanos. O problema é que já se apurou que não é uma mudança de regime nem a pretensa união rei/povo que podem alterar a situação! Acredito que, beatíficamente, pense que um rei mudaria tudo, e é bom que assim pense pois aos 20 anos temos que ter ideais para aos 60 nos orgulharmos de continuar a lutar contra moínhos de vento, sabendo já que são moínhos de vento.
Um abraço
Maria Benedita
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RE: Centenário da Republica
Cara Maria Benedita:
Notável intervenção esta a sua!
Um abraço,
João Pombo
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RE: Centenário da Republica
Caro confrade João Gaspar,
pode ser isso tudo o que referiu, mas a realidade é que se não são os deputados do PCP a trabalhar como se vê nas câmaras comunistas e a mostrar serviço feito, poucos mais o fazem. Lembro-me de vários episódios interessantes como o Isaltino em Oeiras, a Felgueiras em Felgueiras, o Valentim em Gondomar, etc, que fazem tudo desde corrupção aos sacos azuis, mas o povo "pasme-se", volta a votar neles na maior descontração; esses políticos, coitados, são vítimas e como em Portugal a vitimização é muito bem acolhida, mesmo que sejam culpados, vamos indo e rindo, sacudindo a água do capote. Mais exemplos no futebol, pedofilia,etc, e tudo morre com a culpa solteira, ou seja, a justiça é 0.
Não sou comunista, sou monárquico, mas voto no PCP para as autárquicas e porquê? Trabalham!
Cordialmente,
Paulo Braga
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RE: Centenário da Republica
Caro Paulo Braga:
Eu nunca votei no PCP, mas não me repugnaria fazê-lo em eleições autárquicas.
Acho que nesse tipo de eleições, devemo-nos abstrair da cor partidária e até da ideologia política e votar em quem está disposto a arregaçar as mangas e resolver os problemas dos munícipes.
Quanto aos outros exemplos de que fala, eles reflectem bem o País que somos.
Os Isaltinos, as Fátimas e os Valentins estão no poder pela força do voto popular. As eleições em Gondomar, em Oeiras e em Felgueiras são, até prova em contrário, justas e livres e por isso isentas de quaisquer irregularidades.
O problema não reside nos eleitos, mas nos eleitores.
E quando falamos em eleitores, falamos nos portugueses, que eu já qualifiquei como um povo fraquinho, acrescentando agora ignorante e subserviente.
O segredo dos Valentins e afins é berrar bem alto, prometer mundos e fundos, fazer rotundas, criar redes de compadrio, etc, garantindo assim o voto dos eleitores na hora da verdade.
Os exemplos em apreço - e que não são os únicos, pois lembro-me agora do Avelino Ferreira Torres, talvez o pior - provam bem o terceiro-mundismo deste país.
Nos países ditos de civilizados, estou convencido de que um corrupto não ganha eleições, por mais competente que seja e por maior que seja a sua obra.
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Centenário da Republica
Caro confrade João Pombo,
também não deixa de ter razão no que diz, mas espero que os portugueses se tornem menos apáticos e que tenham outra energia para vencer, pois sem eles o país também não vencerá. Eu ainda tenho esperança e espero que mais portugueses a tenham.
Cumprimentos,
Paulo Braga
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RE: Centenário da Republica
Meu caro João Pombo
Bem-haja pela simpatia com que sempre me trata!
Deixo-lhe uma análise lúcida, embora amarga, do povo português:
" Eduardo Prado Coelho, antes de falecer, teve a lucidez de nos deixar
esta reflexão, sobre nós todos,...
Precisa-se de matéria prima para construir um País
Eduardo Prado Coelho - in Público
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como
Cavaco, Durão e Guterres.
Agora dizemos que Sócrates não serve.
E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.
Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que
foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo.
Nós como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre
valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais
apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos
demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão
ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos
passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL,
DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras
particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa,
como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo
o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ....e para
eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque
conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda
a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país:
- Onde a falta de pontualidade é um hábito;
- Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
- Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo
nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.
- Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
- Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem
que é ' muito chato ter que ler' ) e não há consciência nem memória
política, histórica nem económica.
- Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar
projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe
média e beneficiar alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas
podem ser ' compradas ' , sem se fazer qualquer exame.
- Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma
criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto
a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar.
- Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
- Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a
criticar os nossos governantes.
- Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates,
melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um
guarda de trânsito para não ser multado.
- Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como
português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que
confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.
Como ' matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta
muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
Esses defeitos, essa ' CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA ' congénita, essa
desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se
converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade
humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é
real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós,
ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...
Fico triste.
Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o
suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima
defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas
enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar
primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.
Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve
Sócrates e nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a
força e por meio do terror?
Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a
surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os
lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente
estancados....igualmente abusados!
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone
começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento
como Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam
um messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada
poderá fazer.
Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:
Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e,
francamente, tolerantes com o fracasso.
É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o
responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir)
que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de
desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI
QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.
E você, o que pensa?.. MEDITE!
EDUARDO PRADO COELHO"
Um abraço
Benedita
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RE: Centenário da Republica
Caro João Paulo
Penso que o caminho passa pela divulgação da verdadeira História de Portugal.
A situação que vivemos hoje, é consequência de uma cadeia de mentiras e de mistificações, que começou há cinco séculos séculos atrás.
Hoje, somos um povo a quem tiraram a memória.
"Uma casa sem alicerces."
Teremos que descobrir quem fomos e o que somos, para encontrarmos o nosso caminho.
E quando falo falo na nossa verdadeira História, não me refiro apenas à formação do Reino de Portugal, e aos pressupostos subjacentes.
Quando falo na nossa verdadeira História, não me refiro apenas ao reencontro da nossa verdadeira Religião, do nosso verdadeiro Cristianismo
Quando falo na nossa verdadeira História, não me refiro apenas ao verdadeiro significado dos chamados Descobrimentos, e ao encerramento de um Ciclo.
Nem me refiro apenas à cadeia de traições que acorrentaram Portugal desde então, Como a Colombo no tecto da Palácio de Mafra.
Nem me refiro apenas ao esclarecimento dos acontecimentos que rodeiaram o desaparecimento de D. Sebastião.
Nem ás Invasões Castelhanas. Nem ás invasões Francesas.
Nem à deportação de D. Miguel.
Nem à implantação da República, importada de França, Robespierriana e saloia.
Refiro-me também aos últimos cem anos, e aos últimos trinta e quatro.
Refiro-me à desmistificação dos falsos heróis.
Refiro-me à desmistificação de toda esta podridão que nos acompanha. Que nos persegue.
E que passa também, pela desmistificação do papel mítico e heróico do PCP.
Passa pelo conhecimento de como tudo se passou.
Passa pela divulgação dos que verdadeiramente merecem, o lugar, que o PCP ocupou no imaginário dos Portugueses, graças aos dólares de Moscovo,
Melhores Cumprimentos
Airmid
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RE: Centenário da Republica
Cara Maria Benedita:
Já conhecia esta reflexão de Eduardo Prado Coelho, que há tempos me enviaram por mail, mas que entretanto tinha perdido. Vou copiá-la e juntá-la aos meus ficheiros, bem perto de uma outra de Guerra Junqueiro, que já tive oportunidade de postar aqui no fórum.
Abraço,
João Pombo
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RE: Centenário da Republica
Airmid
Deixemo-nos de tretas bacocas em relação ao pais e povo que somos!
É precisamente por haver uns tantos com a mania que Portugal é o que não é que continuamos a olhar para o século XV em vez de olharmos para a frente.
Fomos bons nas Descobertas, fomos bons a fazer um Império, mas mal este caíu, como caíram todos os outros, ficámos frente a nós mesmos e somos o que somos.
Qual D. Sebastião? Vem aí no nevoeiro, não?
Qual deportação de D. Miguel? Seríamos melhores se os miguelistas tivessem ganho?
Somos um pais bipolar! Ou o melhor ( nos Descobrimentos e no futebol), ou o pior, com tudo o que dizemos de nós próprios!
Que tal um psiquiatra? Que tal encararmo-nos exactamente como somos? País pequeno e pobre, gente pequena e pobre que necessita de cultura, a nossa grande falha.
Quanto ao PCP, quer queira quer não, ele teve um papel heróico na luta contra a ditadura, papel que nenhum outro partido teve. Respeito-o por isso, e respeito os seus militantes por um trabalho que efectivamente desenvolvem nas autarquias, sem corrupção, sem mentira, por um ideal, que é o deles, não o meu.
cpts
Maria Benedita
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RE: Centenário da Republica
Cara Airmid:
Eu bem tentei resistir, mas não consigo deixar de lhe responder à sua mensagem.
Com todo o respeito, não me parece que a solução dos problemas dos portugueses esteja no passado, desde o mais longínquo, ao mais próximo.
O problema está no presente, e é no dia a dia que vamos construindo o futuro.
A situação actual é propícia aos aparecimento de correntes místicas, de pessoas interessadas nos mais diversos tipos de misticismo, desde o celta ao hindu.
É muito mais fácil divagar, sempre com os pés bem longe do chão, do que diagnosticar os verdadeiros problemas e resolvê-los.
Penso que o caminho não está na descoberta de nebulosas conspirações medievais ou renascentistas, ou até mais recentes.
Fala a confrade no papel do PCP, dos dólares de Moscovo e eu até estou de acordo nessa matéria, aliás nunca reconheci grandes qualidades a Álvaro Cunhal.
No entanto, não vislumbro o que é que isso poderá interessar hoje em dia, quando falamos de problemas reais e concretos e do nosso atraso secular.
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Centenário da Republica
Meu caro João Pombo
Em tempos estive numa grande propriedade transmontana em que o proprietário tinha colocado um dístico á entrada. " Só aceito críticas de quem tiver feito melhor do que eu!"
Esta frase passou a guiar determinados sectores da minha vida, nomeadamente ajudou-me a posicionar-me no papel do "outro"!
Falo disto porque para criticar a luta de Cunhal, eu teria que aguentar pelo menos 15 anos incomunicável no Forte de Peniche, fazer ginástica sueca todos os dias e manter-me lúcida. E teria que resistir á tortura. Confesso que não ia aguentar. E acredito que poucos de nós o fariam. E teria que aproveitar o tempo a fazer desenhos e poesia, esquecendo-me que os melhores anos da minha vida tinham decorrido entre grades. Eu respeito Cunhal, não partilhando das suas ideias. Se outros partidos tivessem Cunhais talvez Portugal não estivesse como está.
Há homens que lutam por ideais falhados, mas lutam por ideais, não lutam pela barriguinha crescente que acompanha o bolsito bem recheado.Confesso-me uma admiradora do idealista que foi Álvaro Cunhal, como me confesso admiradora de muitos outros idealistas, não sou, de certeza, é admiradora do dinheiro, do marketing, da mentira deslavada, da corrupção e de outras coisas que fazem o Portugal de hoje.
Um abraço
Benedita
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RE: Centenário da Republica
Caríssima Maria Benedita,
Aquilo que escreveu sobre Álvaro Cunhal subscrevo em parte.
Em Cunhal: respeito a sua tenacidade e coerência , mas rejeito por completo o "totalitarismo", o "estalinismo"!
Confesso, também. que me faz muita confusão...o "materialismo", puro e duro.
Abraço Amigo,
Artur
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RE: Centenário da Republica
Caríssimo Artur
Em Cunhal rejeita exactamente o mesmo que eu: aquilo que um amante da liberdade rejeita!
Mas foi um homem multifacetado e de uma coragem e coerência pouco comuns.
Repare que sou uma anti-Salazarista ferrenha, mas há, igualmente, aspectos em que respeito Salazar: era um espartano incorrupto e um homem de grande inteligência.
Julgo que a questão é sempre a mesma, a tendência para diabolizar aquilo que não nos agrada. E a justiça tem que ser salomónica!
Um forte abraço
Benedita
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RE: Centenário da Republica
Caros Confrades
Como sempre, maravilhosa e lúcida a intervenção da Sra. Maria Benedita.
Permitam-me este meu pensamento. Os Portugueses vivem na terra chamada de
Portugal, porque alguém se dispôs a arriscar a própria vida e a de sua família, descendentes, etc. para conquistar algo. Foi feito, realizado, "conquistado" e "mantido" com enormes sacrifícios, ao longo dos séculos.
Como já mencionei em outra ocasião, sou monárquico, não vivo na minha amada terra há mais de 30 anos, mas, entretanto, alguns membros de minha família verteram o seu sangue em África (inclusive eu), no início da década de 70.
Não considero algo que tenha sido imposto por uma ditadura fascista, mas como uma obrigação pessoal (de português) de ajudar a tentar manter aquilo que foi "conquistado", com muito suor, com muito sangue e muitas lágrimas de famílias arrasadas pelo desfecho de ações desastrosas.
Assim, quando a Sra. Maria Benedita faz alusão a Eduardo Prado Coelho e é mencionado "....é muito bom ser Português...", o é de fato. TENHO ORGULHO DE SER PORTUGUÊS" e tento em cada oportunidade, o sol já se pondo na minha vida, ser um representante dos meus antepassados com dignidade absoluta.
Entretanto.........
Lembrei-me de Maquiavel em "O Príncipe".
Queiram receber todos os meus cordiais e fraternos cumprimentos.
Jorge Da Mota Leite
Rio de Janeiro - Brasil
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RE: Centenário da Republica
Cara Maria Benedita:
Já muito à margem do tópico, mas deixe-me dizer-lhe que nunca questionei as qualidades de Álvaro Cunhal, enquanto pessoa. Faz bem em aludir a Salazar, porque ambos foram homens muito acima da média. Obviamente que no que respeita a coragem, persistência e tenacidade, Cunhal bate Salazar aos pontos.
Cunhal foi, diria, uma espécie de Super Homem, porque efectivamente soube resistir a muitas privações, nomeadamente físicas e por isso, merece respeito.
Como também merece respeito o candidato republicano à presidência dos EUA, John Mc Cain, que passou horrores durante cerca de 6 anos nas mãos de vietnamitas, com sequelas físicas até aos dias de hoje, recusando sempre todas as hipóteses de ser libertado, por respeito para com os outros prisioneiros que não tiveram cunhas e conhecimentos.
O jovem senador Obama nunca passou pelos mesmos horrores, nunca teve oportunidade de mostrar o que é ser Homem com "H" (passe a expressão), mas eu se fosse americano não hesitaria em votar Obama...
Um abraço,
João Pombo
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RE: Centenário da Republica
Cara Maria Benedita,
Não posso estar a maior desacordo consigo. Sinto-me perfeitamente livre para criticar um homem que quis instalar em Portugal uma ditadura horrorosa, sangrenta e criminosa, sem prejuízo de essa missão lhe ter causado privação e sofrimento. Cunhal sabia muito bem o que se passava na Rússia, conheceu o «Gulag», e quis transportar esta realidade medonha para Portugal. A isso dedicou a sua vida. Haverá, porventura, quem admire a sua tenacidade e coerência. Relembro que a Adolf Hitler estes qualificativos assentam que nem uma luva. Salvas as devidas proporções, estamos na presença de dois idealistas que dedicaram a sua vida à concretização de utopias tresloucadas e diabólicas.
Não é de Cunhais que Portugal precisa. Precisa, com certeza, de inteligência, coragem, tenacidade, e muitas mais coisas, ao serviço do bem comum, nunca ao serviço de um ideário criminoso e contrário à dignidade do ser humano.
Com os melhores cumprimentos,
Luís Froes
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RE: Centenário da Republica
Meu caro Luís Froes
Desculpe lá mas estamos é de acordo! Eu admiro a coragem e coerência de Cunhal, não as ideias! E quando digo que é preciso Cunhais, quero dizer que é necessário homens corajosos e coerentes que se batam por ideias e não pelo poder ou pelo lucro. É pena que determinadas pessoas tenham enveredado pelo caminho errado, pois as qualidades que tinham ao serviço de um ideário diferente teriam sido benéficas para este país. Não confunda respeito por um homem valente com qualquer admiração, inexistente, pelo comunismo estalinista.
Com os meus melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Centenário da Republica
Cara Maria Benedita,
Interpretei-a mal e, por isso, peço-lhe desculpa. Depois do seu esclarecimento, parece-me que estamos, de facto, de acordo. Só tenho dúvidas quanto à possibilidade de separar a intervenção política de Cunhal por bocados: não sei se podemos dissociar a sua coragem e coerência da ideologia que estas serviram.
Com os melhores cumprimentos,
Luís Froes
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RE: Centenário da Republica
Caro Paulo Braga,
Não tenho nada contra os bons políticos do PCP nem os contra os bons políticos das outras "cores" partidárias, alias não sou contra nada! Apenas descrevi uma situação que presenciei. Quanto a corrupção a C.M. da Moita (PCP) também tem os seus processos, menos conhecidos mas mesmo assim falados em alguns órgãos de comunicação normalmente envolvendo o PDM. Mas a Policia teve azar quando foi apreender os computadores da Câmara Municipal da Moita, sabe é que estes tinham sido vítima de um assalto na noite anterior, e levaram somente os computadores. Ah... e sem sinal de arrombamento e por acaso o alarme essa noite estava desligado! Testemunhas oculares dizem ter visto os larápios e pasme-se deslocando-se em carro da câmara. Os ditos computadores apareceram dias mais tarde destruídos no vale da amoreira.
Sinceros Cumprimentos
João Paulo Gaspar
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RE: Centenário da Republica
Cara Airmid,
Sempre um obrigado pela sua generosidade.
Cumprimentos
João Paulo Gaspar
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RE: Centenário da Republica
" Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo.
Eça de Queiróz"
Caríssima Maria Benedita,
Gostei muito de reler os textos que nos presenteou. Concordo em tudo o que diz ao comparar as opiniões de Eça e o texto "As Farpas" com a realidade de hoje. Pouca coisa mudou realmente em Portugal e a politica é intemporal. Sempre o foi. Então chegámos a uma conclusão! Parece-me.
Se há quase 100 anos mudamos o regime a pensar que mudaríamos Portugal e agora são os republicanos, ou não monárquicos, que aqui o confirmam, dizendo que não é mudando o regime que se altera o fado português, porque afinal os últimos anos não resultaram! Então porque não encaramos o erro que é a republica e mal por mal, aclamemos o Rei de Portugal? Afinal não era esse o regime legítimo antes dos atentados?
São apenas questões de perspectiva, mas por regra os republicanos, mesmo com um discurso interessante e educado, acabam por não querer ver mais do que seria desejado. Se afinal é a mesma coisa porque se insiste em manter este regime? Para alimentar vaidades em nome do poder qualitativo? Duvido muito sinceramente, porque aliás desafio todos quanto são republicanos a candidatarem-se à presidência da república independentemente e a ver quantos votos vão ter sem o apoio da partidocracia e não das suas qualidades enquanto pessoa. Por muito que a senhora queira Cavaco Silva não é meu presidente mas o saudoso Rei Dom Manuel II foi de todos nós, tal como tinha sido o seu pai, e todos os seus ascendentes até Dom Afonso Henriques.
Maria Benedita se não é uma questão de regime, porque então defendem a continuidade deste?
Respeitosamente,
João Paulo Gaspar
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RE: Centenário da Republica
Caro João Paulo
Pois! Essa maneira subtil, gentil e, digamos, que inocente de pôr a questão quase me convence!
Mas repare: primeiro, ia dar uma trabalheira enorme para nada; segundo...eu prefiro os mandatos!
Perdoe-me lá, mas já que assim nascemos e estamos habituados, não vale a pena alterar o que os nossos avós fizeram para o país nada ganhar com a alteração!
E, quer queira quer não, o Professor Cavaco é mesmo o seu Presidente e o meu. E com muita pena minha o Senhor D. Manuel II não foi meu Rei, sou velha mas não tanto, e seu...só em espírito!
Com um abraço solidariamente republicano
Maria Benedita
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RE: Centenário da Republica
Cara Maria Benedita,
Não acredita, ainda assim, que possa advir alguma mais valia do facto de o rei ser preparado desde bem cedo para o exercício do seu poder? É que existe uma tradição e uma consolidação na monarquia que falta à república: a primeira assenta, antes do mais, numa família, pelo que corresponde a uma espécie de prolongamento natural que acompanha o povo. O nexo que existe entre um rei e o seu povo tem uma força tremenda, o que, em última análise, resulta num maior sentido de responsabilidade de ambas as partes. Este facto tem que ver, inclusivamente, com o próprio tempo: o Professor Cavaco, que é o seu Presidente e também o meu (inclusivamente votei nele), foi eleito para cinco anos. O seu tributo à nação pode esgotar-se aí. O Rei Juan Carlos de Espanha reina há quase 33 anos. Existe uma cumplicidade entre ele e o seu povo a que nós não temos direito. Bastou-me vê-lo junto dos jogadores da seleccão espanhola de futebol na final do Campeonato Europeu para perceber que o vínculo que o une ao seu povo é absolutamente paternal no melhor sentido do termo. Esse privilégio nós não temos, nem com Cavaco, nem com Sampaio, nem com Soares, e por aí fora.
Com os melhores cumprimentos,
Luís Froes
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Centenário da Republica
Meus Caros
É difícil falar de nós próprios sem que fique, associada uma impressão geral de pedantismo ou de falsa modéstia. Sem me preocupar muito com esse aspecto, desconheço o impacto que tem as minhas afirmações, o crédito, o descrédito ou a indiferença absoluta!
Assim sendo, nesta abordagem ao Centenário de implantação da Republica, alguma coisa se tem falado e comentado, assunto acrescentando a outros tópicos sobre o assunto. Nesta troca ou manifestação de opiniões, em que se procuram as causas da derrocada social vigente, existe com alguma freqüência a idéia que é o de reverenciar o paladino, quase que inalcançável, que no cotidiano se resume ou resumia uns anos atrás, no “menino/a dos vinte”...em que o erudito (teórico), o herói modesto e o pedante se confundiam. Mediocridade tão bem descrita por Pessoa vem acima e se tornam o paradigma português, juntando-lhe as “virtudes” dos ancestrais das quais quase todos se acham portadores, como se por efeito mágico se tratasse, associada á idéia de “bom estudante ou melhor, bom carneiro”!! Entretanto o verbo, sempre encontrou pela frente, uma atitude acomodada “políticamente correcta” que escancaradamente, o contraria e o exporia ao ridículo, caso não se tratasse de uma postura colectiva...”
“Contaram-me e esqueci...vi e entendi...fiz e aprendi...” atribuído a Confúcio.
Grande parte da vida choquei-me com a desagradável e castrante postura do “novo regime”.
Delegou-se a educação nos últimos cinqüenta anos gradativamente, para a esfera da “instrução estatal ou p’ra estatal”, criaram-se indivíduos regra geral, isentos de valores, independentemente de até uns papaguearem o “padre nosso”, serem adeptos de “determinada” moral, herdeiros que foram de algum tipo de “beatitude”burguesa dando jus há “Républica” dos iluminados grande promotora dessa degeneração. O abandono do Povo pela Nobreza que por sua vez, foi abandonada pela Realeza! Algo que Salazar em parte contrariou e com o apoio de estruturas de autoridade militar assim conseguiu impor, um basta, ao desmando, há perca de valores e á falta de pão. Salazar que se comportaria como qualquer ex seminarista, mesquinho e com uma visão preconceituosa em relação ao Povo que o alimentou, a ele e aos seus, provenientes da pequena burguesia. Ele que promoveu o êxodo do seu Povo, para todas as partes do mundo, iniciando uma nova fase de emigração. Desligada completamente de um projeto nacional, um mero instrumento financeiro do estadão que se revertia, no final da sua época, segundo me lembro, creio mesmo na terceira mais importante fonte de recursos do país (“en passan”, no Brasil de hoje, com quatro ou cinco milhões de emigrantes “fomentados” pela “democracia”, nos últimos 20 anos, nunca vi os “meios econômicos” e seus porta vozes, os media, virem a público e informar as pessoas, do dinheiro que o “estadão” brasileiro ganha com o infortúnio dos seus filhos, emigrados para todo o lado do mundo, especialmente para os estados unidos e europa).
Nessa variante em que se foi alimentando sempre, os “bem instalados”. Aquela clássica pergunta: - E estás bem?! Foi todo o Povo extinto e assim toda a sua Nobreza. Desinformados diziam-me nos dois continentes há mais de vinte anos: - O meu filho, não há-de passar o que eu passei. Dizia-lhes que não era bem assim, eles retrucavam que era novo e não tinha passado por Isso! Agora estão todos metidos em asilos e abandonados. Não ouvi, mais essa frase da gente simples! Todos perguntam porquê e como “em casa que não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”...
Numa população formada por plebe urbana, como poderá subsistir sem exploração do próximo? – Impossível, é antagônico com a sanha dos malditos. Resta-lhes comerem-se a si próprios e desaparecerem rápidamente da face da Terra, para bem do que resta da espécie.
Em todos os lugares por onde andei, o exemplo português de trabalho, abnegação e inteligência sempre foram realçados, mesmo que em versão de “dor de cotovelo” como no Brasil. Nobre Povo esse, oriundo na sua maior parte, pelos deserdados em Portugal, abandonados que estavam á sua sorte e á falta de oportunidades, “inteligentemente” gerida!
Aqui em Santos onde me encontro agora e vivo, não tenho práticamente contato com a “colônia Portuguesa”, algo se passa ...eu continuo o meu caminho! No entanto verifico com muito orgulho que também por aqui, essa presença Portuguesa se fez notar e explico:
Os simples agricultores que deixaram a terra natal, construíram a cidade. Práticamente todos os prédios antigos e modernos foram projectados e construídos por eles! A maior parte não tinha sequer a “quarta-classe”! Integraram-se no comércio, na alimentação, com as célebres “padarias” que continuam a ter sucesso e actualmente se reconvertem em ambientes mais sofisticados, de acordo com a vontade e disponibilidade econômica da época e dos proprietários.
Existiu sim a solidariedade e a força de vencer.
Os maiores empresários da região são Portugueses, com perto de setenta anos...e os mais antigos “caem de pé”. Raros são os filhos que seguem as suas pisadas, a boa parte teve acesso aos “cursos superiores”, pertencem á “elite” da terra e gozam naturalmente dos dividendos sociais e da fortuna (feita pelos pais) como se um “direito” fosse! O filho engenheiro ou melhor licenciado em engenharia, dá aulas, está ligado a uma instituição pública mas não sabe, nem tem ânimo para construir uma casa!!! Essa é a realidade dura mas verdadeira. Existem as exceções!
Hoje Dia da Raça, Dia de Camões, há precisamente três anos atrás em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, desfraldava bem alto a bandeira Portuguesa, a de 1640, a de Portugal e do Brasil, enfim do Império. Pessoas, poucos portugueses antigos presentes, achavam estranho a minha acção e existência...
“No passa nada, hombre!” como dizem os Hermanos.
José de Azevedo Coutinho
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RE: Centenário da Republica
A grande vantagem de um rei é poder ser equidistante dos partidos, e assim, mais facilmente pugnar pelo interesse de todos, promover o mérito e o serviço desinteressado favorecer os desígnios nacionais.
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RE: Centenário da Republica
Caro João Paulo
Constacto que a pesada máquina do poder, arrogante e demagógica, ás vozes discordantes, que se atrevem a recusar prestar homenagem a ideais de escravidão travestidos de Liberdade, que recusam rastejar subservientes atrás de políticos medíocres e sem escrúpulos, mendigando um prato de lentilhas falsas, que insistem em acreditar que nem todos os homens têm um preço, e que a Nobreza ainda existe, procurou dar o mesmo destino que tiveram os computadores da Câmara da Moita.
A destruição!
Os computadores dos incorruptíveis do Regime, foram destruídos, mas existem outras provas.
A mentira por muito bem escudada que esteja, tem pernas curtas.
E sobre a corrupção dos incorruptíveis, tenho eu documentos, fotografias e plantas devidamente datados e assinados.
A Autarquia não é a da Moita, mas a falta de escrúpulos é a mesma. O compadrio com o grande capital que oportunisticamente dizem combater, é o mesmo.
Não são só a Forma de Governo, o Regime e o Tipo de Poder que estão errados.
É a Ideologia que os suporta, que é contra-natura.
A Ideologia, a base da Sociedade que construímos, assenta em pressupostos de Escravidão, e não em pressupostos de Liberdade.
Melhores Cumprimentos
Airmid
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RE: Centenário da Republica
Caro Luís Froes
Começo por voltar a um assunto tratado em post anterior: dissociar as várias vertentes de uma pessoa para uma análise e julgamento. Eu creio que essa dissociação é fundamental para não caírmos no julgamento primário, já que este último tem o enorme perigo de caír de rastos á primeira investida lógica do adversário. Daí que a melhor análise que vi fazer das actividades do PCP é da autoria dos velhos republicanos revilharistas, unidos áquele partido em várias investidas eleitorais e intentonas anti-salazaristas e sempre " engolidos" pelo mesmo. Não são análises á flor da pele, são "o saber de experiência feito" e um alerta fundamentado para o perigo da rigidez de pensamento e da justificação de qualquer meio para atingir um fim.
No que respeita á importância da educação de um príncipe para a tarefa que virá a desempenhar, parece-me que já foi importante, e aí remeto para a correspondência de D. Pedro V com seu tio Alberto de Inglaterra. Mas, hoje em dia e ao que vejo por essa Europa fora, de nada vale. Ainda não esqueci o olhar baixo e sonso de Diana de Gales numa célebre entrevista á televisão britânica!
O Rei Juan Carlos é um caso especial, um homem carismático e brilhante que fez dos espanhois e não só Juancarlistas!
Com os meus melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Centenário da Republica
Exactamente Dra Benedita
Todos foram "engolidos" pelo Partido Comunista, que assumiu no imaginário de grande parte dos portugueses o lugar de D. Sebastião.
Imerecidamente, já que em muitos casos se limitaram a colher os louros do trabalho alheio.
Pelo que o "nevoeiro", sempre nos envolveu, só que foi quase sempre falso.
Cumprimentos
Airmid
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RE: Centenário da Republica
Caros Confrades e em especial o Sr. José de Azevedo Coutinho
A intervenção do Sr. José Coutinho não poderia ser mais apropriada.
Neste Fórum, normalmente são esquecidos os PORTUGUESES que por diversas causas estão VIVENDO fora de Portugal. Reparem por gentileza na quantidade de nossos compatriotas espalhados pelo mundo. Somos substancialmente em maior quantidade dos que aí residem ou vivem.
Os sacrifícios não param por aí, conforme tive oportunidade de comentar na minha mensagem de ontem.
Não procuro abordar casos específicos, mas a generalidade tão bem descrita pelo Sr. José Coutinho.
Não sou homem de muitas palavras ou enfeites, mas me orgulho de ser Português.
Por diversas vezes, fui instado a me naturalizar brasileiro, perdendo aí, talvez, algumas outras oportunidades materiais, mas a convicção na minha raça e ideologia logo falaram mais alto. Esse orgulho é decorrente sim do nosso passado histórico, aonde não encontro qualquer exemplo a ser seguido na república. Esse orgulho é infinitamente superior a qualquer atitude ou a palavras que possam ser ditas.
Cordiais e fraternais cumprimentos
Jorge Da Mota Leite
Rio de Janeiro - Brasil
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RE: Centenário da Republica
Cara Senhora,
Não fomos nós os bons nas descobertas, mas sim, os portugueses do século XV.
Os Holandeses, Franceses e Ingleses, não suportaram a união dos reinos da Ibéria, no tempo dos Filipes e, em especial, o poder que essa união tinha no mundo.
A História que temos, contada pelos vencedores, não consegue escamotear o imperialismo que ainda se exerce. Basta notar como os portugueses de hoje são colonizados, e os brasileiros, esses nossos herdeiros na língua são subservientes ao mundo anglo-saxónico.
Peço desculpa mas não resisto a pedir que seja mais comedida.
Não preciso de um país grande, basta-me a alma que tenho.
Pobre é aquele que não encontra sentido na vida. Neste caso a senhora tem razão, muitos portugueses, e em geral muitos europeus, estão cada vez mais pobres. Mas é assim, porque só pensam no dinheiro.
Cumprimentos
Felpo
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RE: Centenário da Republica
Em vez de “Cara Senhora”, deveria ter escrito Cara Maria Benedita.
Pensei que a minha resposta ficaria colocada no seguimento da intervenção que lhe deu origem. Estando segundo uma outra ordem, não é possível identificar-se a quem é dirigida.
Já agora completo-a com uma ligação a um assunto, por mim também escrito e que tem aqui cabimento.
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=202672#lista
Com os melhores cumprimentos
Fernando Pinto Coelho
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RE: Centenário da Republica
Caro Felpo
Permita-me que discorde.
Complexos hegemónicos são das forças de poder, não dos povos.
Pelo que me é indiferênte que se chame Espanha, França, Inglaterra ou Holanda, ou qualquer outra coisa.
E sobre qualquer união Ibérica, recordo-lhe a cena de Frei Luís de Sousa, quando incendeia a casa antes de partir.
Eu faria exactamente o mesmo.
Melhores Cumprimentos
Airmid
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RE: Centenário da Republica
Cara Airmid,
Na Historia dos seres vivos, o actor principal é o instinto de sobrevivência.
A esse instinto associa-se a luta pelo poder.
Toda a vida pressupõe a luta pela sobrevivência.
O que para uns é a vida, para outros é desordem, sujeição, morte.
Se o Homem se diferencia do resto das formas viventes, é porque, até ver, é o único que se questiona com a “busca de sentido”.
É esta busca, que o torna autor de cultura.
São as diferentes ideias na procura de sentido que determinam as clivagens nas diversas culturas.
Quando uma comunidade desiste da procura de sentido, ou prescinde do sentido, para a sua vida. A cultura desaparece. Essa comunidade passa a ser escrava dos sentidos, dos apetites. Desiste da diferenciação que tinha em relação às outras espécies.
Com os melhore cumprimentos
Felpo
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RE: Centenário da Republica
Cara participante Benedita
Só hoje li o artigo que colocou neste tópico da autoria do Eduardo Prado Coelho.
Agradeço-lhe, pois não me tinha sido dado ler este artigo, que convida de facto a
que cada um reflita no que somos, porque somos e o que precisamos de fazer e
ajudar os outros a fazer, para que possamos de facto SERMOS UM PAÍS e
termos orgulho de sermos PORTUGUESES.
Muito obrigado
cumprimentos
Jorge Albuquerque da Quinta
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RE: Centenário da Republica
Caro Felpo
Interrogo-me muitas vezes sobre o que faria, se me fechassem num Mundo sem livros.
Como poderia recordar os meus conhecimentos. Desfazer dúvidas. Evoluir.
Como sobreviveria? Se até grande parte dos pequenos actos do dia a dia, dependem da forma como aprendemos a resolvê-los.
Se todo o conhecimento que temos, disperso por milhares e milhares de folhas, se perdesse?
Confesso que é uma hipótese aterradora.
Mas se se em vez de me retirarem todos os livros do Mundo, me tivesse sido retirada a possibilidade de saber que eles existiam.
Se eu apenas tivesse tido acesso a uma pequena parte do conhecimento, será que sentitia a falta de todo o resto? Já que a sua existência, seria desconhecida para mim?!
E se essa pequena parte do conhecimento que me fora facultada tivesse sido seleccionada?
Direccionada, para que eu penssasse que nada mais existia?
Será que noção de perda seria a mesma?
Vem isto a propósito da cultura, ou da ausência dela.
Da nossa falta de cultura crónica. já aqui várias vezes referida, e na qual o confrade pôs de novo a tónica., como elemento fundamental da espécia humana.
É que a luta pelo poder torna-se muito mais fácil, se aqueles a quem se pretende escravizar, desconheçerem que a Liberdade existe.
Pelo que a manutenção de uma nação num estado de simi-ignorância é uma arma poderosa.
Tenho visto este argumento, referido em relação ao Regime Monárquico e ao Estado Novo.
Curiosamente, os que tanto o agitaram, nunca o referiram em relação à 1ª República.
E são eles, que agora instalados na cadeira do poder, promovem este estado de ignorância e mediocridade em que vivemos.
Melhores Cumprimentos
Airmid
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RE: Centenário da Republica
Cara Airmid,
Se o que souber, guardar só para mim,
Revelo que sou muito pouco.
Serei apenas a capacidade de ocultar, para garantir esse saber como domínio.
Quem partilha, ou melhor, quem dá, é quem ama. E quem ama, não tem medo de perder, porque sabe que o ganho do outro é também o seu.
Cada outro, é como um livro.
Um livro é um lugar onde o seu autor se denuncia ao representar a sua maneira de ver o mundo.
Estar disponível para os outros não é ter uma biblioteca, é ler os livros que estão lá.
Ler livros é a melhor maneira de aprender a escrever.
Escrever é ter um discurso, é ter a liberdade de seguir um caminho.
Com os melhores cumprimentos
felpo
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RE: Centenário da Republica
Caro Jorge Quinta:
Respondo-lhe não directamente sobre o assunto em epígrafe, mas para lhe perguntar se viveu na Rua Marechal Saldanha, no 864, creio eu... Se assim for, e creio não existirem muitos Jorges Quintas, fomos vizinhos de porta muitos anos... eu vivia no 3º esqº e o Jorge no 3º dto.
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Centenário da Republica
viva João
claro que sou eu, mas não fazia ideia que tambem frequentavas estas paragens.
um abraço
jorge
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RE: Centenário da Republica
Olá Jorge,
É verdade, já há uns anos que frequento, mas sou leigo assumido nestas matérias. Gosto do fórum e de dar ao dente em certos tópicos menos técnicos.
Espero que esteja tudo bem consigo e com a Família.
O Manuel e o David já não vejo há anos. Tenho estado é muito com o seu sobrinho Fernando (Fernandinho), porque temos trabalhado juntos num assunto.
Um abraço,
João
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"A mudança do regime em 1910 aconteceu, na verdade, em 1834"
Do Público, de hoje:
"A maior parte da historiografia identifica o Ultimato britânico, em 1890, como o princípio do fim do constitucionalismo monárquico. O país sentiu a humilhação na pele e insurgiu-se contra a submissão da Coroa portuguesa aos interesses britânicos em África, manifestando-se nas ruas, alterando a toponímia, boicotando os produtos importados do Reino Unido.
Um ano depois, a 31 de Janeiro, no Porto, os republicanos vêem gorada a sua tentativa de mudar o regime. Mas a revolta indica que o movimento republicano está preparado para encetar um caminho sem regresso.
Segundo Fernando Rosas, são os efeitos da instabilidade política provocada pelo Ultimato que colocam "explicitamente" em causa a legitimidade do regime: "Abalam, pode dizer-se que definitivamente, a plácida rotina do rotativismo oligárquico e criam no Partido Republicano Português, após o ensaio insurreccional de 31 de Janeiro de 1891, no Porto, uma corrente crescentemente seduzida pela imprescindibilidade da tomada do poder pela via revolucionária."
Para Rui Ramos a origem da crise política e institucional remonta, porém, a um momento anterior: a Revolução Liberal de 1834. "Foi nessa altura que se deu o maior corte na vida institucional portuguesa e deu-se início à republicanização do país. A mudança do regime em 1910 aconteceu, na verdade, em 1834", afirma.
É nesse momento que os cargos do Estado deixam de ser monopólio das grandes famílias da nobreza e dá-se por terminada a governação monárquica vigente desde a Restauração. "Os liberais viraram o país do avesso", sublinha Rui Ramos, "arruinaram a nobreza e criaram as condições para a republicanização total do Estado." Basta atentar no programa do Partido Republicano, que, diz Ramos, "é igual ao dos partidos liberais". Quando se deu a revolução de 5 de Outubro de 1910, em que é "eliminada" a figura do rei, o regime republicano há muito que criara raízes. M.J.O."
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: "A mudança do regime em 1910 aconteceu, na verdade, em 1834"
É sempre gratificante saber, que por vezes somos capazes de acompanhar o raciocínio, dum Historiador.
Neste caso de Rui Ramos.
Quem sabe, talvez ele desenvolva um dia o Tema de Khaemouaset, o Sábio, filho de Ramsés II, o culto de Hapi-Anch e Ptah, e encontre a relação entre a Civilização do Vale do Nilo e o registo da Pedra do Ingá, e de como os Portugueses conheceram todas as Ilhas, todos os Estreitos, e navegaram por todos os Mares.
Cumprimentos
Airmid
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RE: "A mudança do regime em 1910 aconteceu, na verdade, em 1834"
è importante ler o livro sobre história de Portugal (900 páginas)http://www.guardamor.com.pt/livro.php?id=1362
que publicou Rui Ramos com mais dois historiadores, Bernardo de Vasconcelos e Nuno Monteiro.
Pode ser que la encontre as referencias que procura e lhe ajude a passar as noites de insónia que por aqui passa...
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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Geólogo Carlos Ribeiro
Cara Airmide,
O Confrade Charters d'Azevedo tem razão em duas coisas, isto aqui é um Fórum de genealogia e a noite é para dormir…
Foi ao Público ver o artigo que recomendava o confrade chartri sobre a República e encontrei outro que mais me interessou,
pois os utensílios pré-históricos com 20 milhões de anos... descobertos pelo geólogo Carlos Ribeiro na região da Murganheira Alenquer Portugal, que foram re datados e escondidos para agradar e quadrar com a teoria da evolução das espécies e com os crânios fossilizados que se iam encontrando, têm hipóteses de sair do esquecimento com a descoberta feita em Moçambique;
Arqueologia
Há cem mil anos a despensa dos humanos já teria cereais (...)
Descoberta feita numa gruta em Moçambique relevou que a nossa espécie terá começado a ingerir cereais, e a aproveitar o seu amido energético, há mais tempo do que se supunha. 04.01.2010 - 10:46 Por Teresa Firmino
http://www.publico.pt/Ci%C3%AAncias/ha-cem-mil-anos-a-despensa-dos-humanos-ja-teria-cereais_1416187
Para quem quiser saber mais sobre a história proscrita;
Ler;
A História Secreta da Raça Humana (Michael A. Cremo e Richard L. Thompson)
Vídeo;
The Mysterious Origins of Man apresentado pelo Charlton Heston, um excelente trabalho da NBC.
http://krishnatube.com/video/269/The-Mysterious-Origins-of-Man
The Origins of Man - Problems with the Evidence
http://krishnatube.com/video/296/The-Origins-of-Man--Problems-with-the-Evidence
Utensílios pré-históricos com 20 milhões de anos... descobertos pelo geólogo Carlos Ribeiro na região da Murganheira Alenquer Portugal.
http://video.google.com/videoplay?docid=-2895087993533041198
Cumprimentos,
José Manuel CH-GE
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RE: "A mudança do regime em 1910 aconteceu, na verdade, em 1834"
Exmª Sr
A minha sugestão reporta-se a um período anterior.
Quanto ás minhas hipotéticas insónias, embora seja um assunto que só a mim diz respeito, faço questão de esclarecer, que só à noite tenho tempo livre.
Não é uma questão de falta de sono, é uma questão de falta de tempo.
Aliás estes estes meus últimos comentários, não significam, de modo algum, que eu tenha decido voltar para incomodar os desafectos.
Foram apenas a minha Homenagem. a todos os falsários deste Mundo, que nem para lastro de submarino têm utilidade.
Com os meus melhores cumprimentos
E gratidão, pela simpatia com que me tratou.
Airmid
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RE: Centenário da Republica
Por mais que os seus detractores insistam, ancorados em complexos e preconceitos malsãos e numa certa subcultura de burguesia de dinheiro novo inseguro, a evidência é que a solução monárquica se coloca hoje como futurível e muitos portugueses, de esquerda como de direita, aceitam agora discutir a Restauração como tópico relevante da agenda política. De tema marginal, a possibilidade da Restauração ganhou paulatinamente adeptos. Já não é um dado de memória, partilhado e transmitido por herança familiar; é uma corrente de opinião que vai ganhando espaço, que concita simpatia e adesões em todos os escalões sociais e profissionais. A república habituara-se a monarquices extravagantes de dedos brasonados e bizantinas exibições genealógicas; hoje debate-se com uma verdadeira insurreição cultural que lhe mina os fundamentos, a legitimidade e desafia a sua mitologia. De facto, a república nunca teve republicanos e os que teve confundiram-se sempre com o Partido Democrático, essa coisa tentacular, carregada de baias e dominada por pulsões liberticidas. Os republicanos, hoje, são poucos, inconsistentes e invertebrados. Pedem a mudança na república, mas tudo o que defendem já foi experimentado e falhou: falhou no republicanismo parlamentar primo-republicano, com uma chefia de Estado simbólica, falhou com o cesarismo plebiscitário de Sidónio, falhou com a presidência submetida ao "presidencialismo do Presidente do Conselho", falhou com o semi-presidencialismo de voto directo universal que ainda temos. No fundo, a república é o passado e desse passado não se consegue libertar. Está, arrasta-se, finge consenso. Não sendo detestada é, no mínimo, desprezada. Viraram-lhe as costas, por ela não se interessam, não mobiliza corações nem inteligências. Refém das lutas partidárias, a chefia de Estado republicana passou a ser encarada como pré-aposentamento para os locatários de Belém. Vai-se descendo em intervenção, subindo na hierarquia do Estado. O Presidente é, hoje, um Roi fainéant, um falso rei constitucional, sem o prestígio de um monarca hereditário, sem a influência fáctica de que gozam os reis e com a tremenda e irreparável suspeita de continuar, por mais que o negue, a depender do(s) partido(s) que o colocaram na chefia do Estado.
Por seu turno, a possibilidade de uma monarquia nova parece identificar-se com a grande política e com a destinação de Portugal. Hoje, defender a monarquia pressupõe a defesa de uma certa ideia de Portugal, da lusofonia, da preservação do mínimo da soberania do Estado, das liberdades regionais, da separação de poderes, da fiscalização dos abusos cometidos pela partidocracia, de colocar no seu lugar os plutocratas mais as negociatas e os favores. Defender uma monarquia nova é sinónimo de reposição da respeitabilidade do Estado, da solidariedade social e da realização dos grandes objectivos colectivos.
Acabei de ler uma excelente antologia comentada de textos de Lord Salisbury, quiçá um dos maiores pensadores de acção conservadores do século XIX, infelizmente pouco conhecido pela generalidade dos conservadores portugueses. Salisbury era defensor da paz e do equilíbrio, teoria que aplicava aos negócios estrangeiros como aos assuntos internos. Para a sua realização, advertia para o perigo do imobilismo conservador e do aventureirismo trabalhista. Uma política serena, de unidade no essencial, com partilha de responsabilidades era, em suma, a sua solução. Portugal precisa, mais que no passado, desta concórdia e deste embainhar de espadas. Portugal precisa de recobrar a segurança e o ânimo, voltar a gostar de si, pensar as aventuras do futuro. A república atira-o para o passado, para a guerra civil, para a disputa miniatural, para o fulanismo. É por isso que sempre que olho para os nossos príncipes vejo essa possibilidade de recobro do direito que temos ao futuro.
Publicada por Combustões em Terça-feira, Dezembro 22, 2009 1 comentários
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RE: Centenário da Republica
Bom texto.
Parece-me no entanto que não se pode afirmar que Sidónio Pais falhou, pois foi assassinado antes de ter tido tempo para poder ser avaliado.
Três pequenos apontamentos:
a) Sidónio foi assassinado quando partia para o Norte onde se ia encontrar com os líderes monárquicos das Juntas Militares do Norte;
b) o seu assassino foi José Júlio da Costa, bisavô do actual presidente da Câmara de Lisboa;
c) Portugal é o único país do Ocidente (do Mundo?) onde dois chefes do Estado foram assassinados no século XX (se eu fosse político dos de agora e tivesse lido algumas obras sobre a guerra 1828-1834 não dormiria descansado sobre os "brandos costumes"... mas, é claro, políticos dos de agora pouco leram).
A. Luciano
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RE: Centenário da Republica
Caro Pedro,
Interessante opinião. Acrescentaria, entre outras coisas, o seguinte: quando se temem "referendos" é muito mau sinal. Devemos "votar" pois é um direito e um "dever cívico"; no caso do "referendo" querem que nos calemos. É demais, caramba...
Meus melhores cumprimentos.
Artur João
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RE: Centenário da Republica
Aopenas um reparo caro Luciano.
Sidónio Pais ia para o Porto para controlar uma sublevação ligada a Afonso Costa e não Monárquica.
A revolta da Monarquia do Norte acontece em Janeiro como consequência do assassinato de Pais, pois rapidamente o Partido Democrático voltou a controlar o poder, o que provocou a revolta monárquica.
Quanto ao assassino, misero trabalhador rural, sabe-se que veio do alentejo e pernoitou na casa do Grão-Mestre da Maçonaria, Magalhães Lima.
Porque é que uma pessoa como Magalhães Lima (Gente Limpa) recebeu em sua casa um mero trabalhador rural, numa altura em que existia uma clara separação das classes?
Quanto à investigação do crime, assim que o Partido democrático assumiu o poder o processo ficou parado. Não sei se terá tido o sumiço que o processo do regicídio.
Não é só no apelido do assassino que o atentado a Sidónio é idêntico ao de D. Carlos. O mandante foi o mesmo e a ivestigação foi a mesma.
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RE: Centenário da Republica
Meio milhar de propostas para celebrar a República
por Albano Matos e António Pedro Pereira
Tudo começará oficialmente com uma grande exposição sobre a resistência, na antiga Cadeia da Relação do Porto. Depois, as iniciativas prolongam-se até Agosto de 2011, para abranger o centenário da Constituição
"Revisitar a ética republicana para conseguir um Portugal melhor" é, na expressão de Artur Santos Silva, presidente da Comissão Nacional, o objectivo da comemoração do centenário da República, cujo programa cultural foi ontem anunciado em Lisboa, com a presença e o beneplácito da ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas.
Trata-se de um vasto conjunto de actividades cujo objectivo principal consiste em aproximar as diferentes camadas da população da história portuguesa. A celebração do centenário da República, implantada em 5 de Outubro de 1910 é o pretexto para mais de 500 propostas de âmbito cultural ontem apresentadas pelos responsáveis da organização, designada oficialmente por um nome pomposo, gigantesco e óbvio:
Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República Portuguesa (1910-2010).
"Os ideais que conduziram a essa mudança de regime, afirmados no período da I República, os seus grandes protagonistas e as suas grandes realizações são, naturalmente, para nós, parte fundamental do programa", referiu Santos Silva na sessão de apresentação da iniciativa, realizada na Biblioteca do palácio da Ajuda.
"Se mais não houvesse, bastava o sufrágio universal e a ética republicana para que se justificasse esta celebração", justificou Gabriela Canavilhas.
As comemorações arrancam oficialmente numa data de grande importância simbólica para o imaginário republicano: 31 de Janeiro, que evoca a revolta do Porto de 1891 contra a monarquia, a primeira tentativa de implantação do regime republicano em Portugal.
Nesse dia será inaugurada, precisamente no Porto, na antiga Cadeia da Relação, uma grande exposição - Resistência. Lutar pela Liberdade. Da alternativa republicana à resistência à ditadura (1891-1974) - lembrando o contributo de personalidades e plataformas comuns dos movimentos que se opuseram à monarquia, que resistiram às tentativas de restauração monárquica e que lutaram contra a ditadura salazarista.
Além dessa grande exposição (patente até 5 de Outubro), a ministra da Cultura destacou um conjunto de iniciativas a realizar em 176 bibliotecas da rede pública e 18 arquivos, uma peça de teatro para a infância, com texto de José Jorge Letria (para representar no teatro São João, no Porto), e outra, de Manuel Gusmão e Jorge Silva Melo (Teatro D. Maria II, em Lisboa).
Dispondo de um orçamento de dez milhões de euros, a Comissão Nacional aposta ainda no resultado de várias parcerias com empresas privadas para preencher um programa que deverá durar até Agosto de 1911, de modo a abranger ainda o centenário da promulgação da Constituição de 1911.
A Comissão destaca ainda a organização de dois ciclos de colóquios, na Gulbenkian (Lisboa) e em Serralves (Porto), para discutir 'A Questão da Identidade', 'O Pensamento republicano para o Século XXI' e 'República e Laicidade'. A propaganda da República terá um ponto alto.
Diário de Notícias
6/1/2010
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Calendário das Comemorações do Centenário da República em Leiri
Calendário das Comemorações do Centenário da República em Leiria apresentado à Comunicação Social
29 de Junho 2010
Decorreu no passado dia 22 de Junho, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, a apresentação à Comunicação Social da programação das Comemorações Locais do Centenário da República, da responsabilidade da Câmara Municipal, Governo Civil, Arquivo Distrital e Instituto Politécnico de Leiria.
Nesta apresentação, que contou com Gonçalo Lopes, Vereador da Educação, Cultura e Juventude da Autarquia, Carlos Lopes, em representação do Governo Civil de Leiria, Acácio de Sousa, pelo Arquivo Distrital de Leiria e Alda Mourão, do Instituto Politécnico de Leiria, o Vereador Gonçalo Lopes, informou que fazem parte da Comissão de Honra das Comemorações do Centenário de Leiria a Dra. Gabriela Canavilhas, o Dr. Mário Soares, o Prof. Doutor José Humberto Paiva de Carvalho, o Dr. Raul Castro, o Dr. Nuno Mangas, a Dra. Goretti Gaio e o Dr. João Bonifácio Serra, sendo um grande orgulho para Leiria poder contar com todos estes nomes na sua Comissão de Honra.
O autarca fez alusão às iniciativas que têm vindo a decorrer em Leiria desde o início das comemorações e que têm tido a maior adesão e atenção dos leirienses de todas a idades, que têm demonstrado uma grande curiosidade pelo grande impacto da República na história da cidade.
Desde a plantação da “Árvore do Centenário” no Castelo de Leiria, aos dois Roteiros do Centenário, que já tiveram lugar nas ruas de Leiria e cujos topónimos estão ligados a personalidades que de alguma forma tiveram impacto na Implantação da República, passando pela apresentação no Castelo de Leiria do livro “5 de Outubro – Uma Reconstituição” de Ernesto Rodrigues e dos projectos educativos “Moa o Rei sem Coroa” e “Trocar por Miúdos”, Leiria teve já muitas iniciativas ligadas às Comemorações do Centenário da República.
Programação das Comemorações do centenário da República até ao final do ano
Gonçalo Lopes falou também de todas as actividades que irão ainda realizar-se até ao final do ano, nomeadamente, do próximo Roteiro do Centenário, que terá lugar dia 15 de Julho e que terminará com a Charanga a Cavalo do Regimento de Cavalaria da Guarda Nacional Republicana, dando destaque para o mês de Outubro, ponto alto das comemorações com a apresentação das exposições Re(s)pública “Os Ambientes”, na Galeria Municipal do Banco de Portugal, Re(s)pública “As Leituras”, na Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira, Re(s)pública “Os Registos”, no Arquivo Distrital, e a exposição “Passe Cidadão”, no Teatro José Lúcio da Silva.
Para 5 de Outubro, dia em que se comemoram os 100 anos da Implantação da República, está programada a entoação do Hino Nacional, em simultâneo, em todo o país, através do “Uníssono Virtual”. Este desafio foi proposto a todas as bandas pela Comissão Nacional das Comemorações e irá contar a participação de bandas locais.
Também neste dia, terão lugar desfiles, animação de rua e o Roteiro Porta Aberta, em que alguns edifícios públicos, como a Câmara Municipal, Banco de Portugal e Governo Civil irão abrir as suas portas ao público para visitas guiadas.
O mês de Outubro continua com o concerto “Os Fados da República”, bem como o teatro infantil, com a peça “O Rei vai nú”, e para o público em geral, a peça “Os Republicanos”.
Outro ponto alto será a reconstituição de um Banquete Republicano e um debate sobre os “Cem anos da República”.
Em Novembro estão agendados uma Conferência e um Colóquio, bem como um concerto com a Orquestra Filarmonia das Beiras e grupos corais locais, em que no palco do Teatro José Lúcio da Silva estarão, em simultâneo, cerca de 150 coralistas além dos elementos da orquestra.
As Comemorações do Centenário da República em Leiria terminam em Dezembro com um último Roteiro do Centenário nas ruas da cidade.
Associando-se a estas comemorações, a Escola EB1 de Barosa, a partir do dia 12 de Setembro, vai recriar a bandeira da República, para além de realizar visitas ao Arquivo Distrital e à exposição permanente patente na Casa-Museu João Soares.
Em Outubro, a Escola Secundária Domingos Sequeira, organiza a exposição “Maria Veleda, uma professora feminista, republicana e livre pensadora” e uma comunicação sobre “A acção revolucionária de Maria Veleda”. Está ainda prevista a elaboração de um painel pelos alunos das Artes, alusivo ao tema “República aos quadradinhos”.
A SAMP (Pousos) irá, no próximo dia 5 de Outubro, realizar uma performance conjunta da banda filarmónica e do seu grupo “8Samp – estação teatral”.
Para uma informação mais completa sobre as Comemorações do Centenário da República, na página da Câmara Municipal de Leiria, em www.cm-leiria.pt, foi criado um “banner” : (http://www.cultrede.com/eventos.php?evento=republica&id_evento=13) através do qual todos os interessados poderão aceder, à distância de um clique, a toda a informação relativa às iniciativas a decorrer até final do ano, tanto a nível local como nacional.
Cumprimentos
Ricardo Charters d’Azevedo
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O Centenário da República em Leiria e o Caixote do Lixo da História
Caro Confrade
E sobre o Mastro da Bandeira da República de Paredes, existem novas?
Ou continua a custar a módica quantia de 1 MILHÂO E 500 MIL EUROS. Não sei se com IVA, incluído, se sem IVA.
Como eu referi anteriormente, a mediocridade é tanta e tão sórdida, que Portugal será irremediávelmente atirado para O CAIXOTE DO LIXO DA HISTÒRIA.
Airmid
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RE: O Centenário da República em Leiria e o Caixote do Lixo da História
Cara Airmid
Nada sei sobre Paredes...
Parece que sabe qq coisa
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: O Centenário da República em Leiria e o Caixote do Lixo da História
Caro Confrade
Só sei o que li nas Noticias e nalguns Blogues.
Estava previsto, no ambito das ruidosas e dispendiosas festividades, comemorativas do Centenário da República Falida, a construção de um Mastro para Hastear a Bandeira da dita República, segundo creio tamanho XXL na Autarquia de Paredes, cujo custo previsto era de 1 Milhão e 500 Mil Euros.
Como surgiram de imediato vários comentários, perfeitamente legítimos, sobre a natureza do referido Mastro, que atendendo ao custo, deveria ser construído em Ouro, ou Prata, e com pelo menos um Diamantesito de vários Kilates encastrado, não sei se o referido orçamento foi revisto.´
Daí a minha pergunta.
É que eu, para saber a localização de Paredes, tive que recorrer ao Google Earth, e mesmo assim não foi fácil de identificar, pelo que um investimento de 1 Milhão e 500 Mil Euros, no Mastro de uma Bandeira, numa terra onde há falta de Saneamento Básico.....Só pode ser devido à elevada taxa de Analfabetismo!
Cumprimentos
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RE: O Centenário da República em Leiria e o Caixote do Lixo da História
Caro confrade
Não se deve ter realizado, senão fazia concorrência aquele que foi colocado no cimo do Parque Eduardo VII (sabe onde é?) pelo Pedro Santana Lopes (sabe quem é?)
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: O Centenário da República em Leiria e o Caixote do Lixo da História
Caro Confrade Charti
O Parque Eduardo VII?! Sei onde é, claro!
Foi nesse Mastro que foi Hasteada a 26 de Março deste ano, a Bandeira de Portugal, Azul e Branca, a meia Haste, em sinal de Luto por Portugal, que a Maçonaria atirou para a Banca Rota.
Mas eu não fazia ideia que a Autarquia de Paredes, além de um Milhão e Meio de Euros de Mastro, também tinha mandado barrar de cimento as ruínas da Torre do Castelo de Aguiar de Sousa....
Cumprimentos
Airmid
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