Bibiografia sobre quintas no Douro.

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Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203310 | PauloBraga | 16 jul 2008 09:49

Caros confrades,

procuro uma quinta no Pinhão que foi pertença do Sr. Padre Maximiano Teixeira Monteiro. Esta era conhecida nos anos de 1880 por Quinta do Sr. Padre Maximiano Teixeira Monteiro, tendo sido vendidada mais tarde em princípios de 1910, mais ano menos ano, julgo eu. Já procurei por todo o Pinhão esta quinta, sabendo claro, que mudou de nome, mas nada é semelhante com o que procuro (possuo um postal onde se vê a frontaria da casa e de parte do terreno e nada mais). Vi também alguns livros sobre quintas nesta área, possuíndo alguns a sua história, desde que surgiu, mudanças de proprietário (quase tudo está nas mãos dos ingleses hoje), etc, mas nada semelhante.
Será que algum confrade sabe de algum inventário, ou algo semelhante para está zona do Douro, ou até saber o nome da quinta hoje?
Se tivésse datas certas, ou próximo delas, iria aos notários, etc, mas confesso que estou um bocado às escuras.
Agradecia a v/ajuda.

Cordialmente,

Paulo Braga

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203313 | tmacedo | 16 jul 2008 10:08 | Em resposta a: #203310

Caro Paulo Braga:

O visionamento da imagem que possui poderá ser a única forma de lá chegar, já que não sabe o seu nome. Nessa altura, final do século XIX, já todas tinham uma toponímia distinta do nome do proprietário. No "Pinhão", não sabendo os limites desta denominação genérica, há dezenas de quintas e, no período que refere, a mudança de proprietários foi grande. Tem a certeza que se situava na actual freguesia do Pinhão, na altura simples lugar da freguesia de Casal de Loivos?

Cumprimentos.

António Taveira

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203320 | Nelita | 16 jul 2008 11:14 | Em resposta a: #203310

Caro Paulo Braga:

Os teixeira Monteiro e ou Monteiro, tinham propriedades principalmente em Covas do Douro, Casais do Douro e Bateiras, lugar entre o Pinhão e Casais do Douro.

Estas das Bateiras e Casais, pertencem ainda hoje, por herança à Família Macedo, residente em Casais do Douro.

A esposa do Sr. Macedo, D. Ester descende dos Monteiros.

Não sei se ajuda, mas vou tentar ver mais alguma coisa.

A Quinta do Tedo, esituada entre a Régua e Pinhão, pertenceu a esta família até há muito pouco tempo.
Metade desta propriedade era do Sr. Macedoe outra metade de seu cunhado Dom Aguilar, como foi tratado, por terras do Douro até falecer, recentemente.

Cumprimentos
Nelita

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203321 | PauloBraga | 16 jul 2008 11:17 | Em resposta a: #203313

Caro António Taveira,

sobre o Pinhão tenho toda a certeza, pois é um bilhete postal desses normais que compramos nos sítios turísticos que o diz. O postal é, no entanto, daquela época e nada mais diz; hoje são mais explicativos.
Já visitei algumas quintas nessa área, mas nada se parece com ela - a casa é o ponto principal para mim, o resto pode ter mudado e não sei se uma casa com "novos" acrescentos não se tornará bem diferente, depende do que o novo proprietário poderá ter feito ou não.
A casa segundo a fotografia está no sopé com os montes por trás, o que aqui posso reduzir algumas andanças, mas mesmo assim...
Sobre o Casal de Loivos agradeço-lhe muito a ideia e vou investigar, se bem que no postal até está em letra maiúscula a palavra Pinhão, mas realmente hoje o território pode estar distribuído de maneira diferente.
Vou ver na B. Nacional o que encontro sobre o território nesse período e as mudanças que se operaram até hoje; sei lá se hoje não estará a quinta no lado de Casal de Loivos.
Estou extremamente grato pela sua ajuda e daqui a mais um mês lá irei à sua procura, espero com dados novos.

Cordialmente,

Paulo Braga

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203324 | rlvz | 16 jul 2008 11:37 | Em resposta a: #203310

Caro Paulo Braga,

Já experimentou perguntar no Museu do Douro? Pode ser que tenham alguma informação. Encontra facilmente os contactos através do Google.

Cumprimentos,

Rita van Zeller

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203335 | tmacedo | 16 jul 2008 13:10 | Em resposta a: #203321

Caro Paulo Braga:

Sendo um postal turístico, a menção ao Pinhão terá de ser entendida como centro duma zona do Alto Douro vinhateiro e ponto de chegada dos turistas. Vinham por caminho de ferro e saíam naquela estação.

Se me puder mostrar a fotografia talvez consiga identificar a quinta. Aquela região é-me familiar.

Cumprimentos.

António Taveira

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203336 | tmacedo | 16 jul 2008 13:16 | Em resposta a: #203320

Cara Nelita:

As propriedades que refere foram compradas por um senhor Monteiro. Este, trazia levas de galegos para surribar quintas nos anos 30 do século XX. Com os lucros do negócio comprou várias propriedades à volta do Pinhão. Foi sogro do senhor Macedo, dos Casais do Douro, e pai de Feliciano Monteiro. Estes últimos ficaram com a quinta da Foz do Tedo, antigamente conhecida por quinta de Aires Pinto de Sousa Coutinho, que dividiram.

Cumprimentos.

António Taveira

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203367 | Nelita | 16 jul 2008 18:15 | Em resposta a: #203336

Caro António Taveira:

Obrigada por me ter localizado. Conheço as personagens e o território, mas pouco sei dos negócios realizados.

Tenho no entanto, vasta bibliografia sobre a "minha" região e vou ver se encontro mais dados.

Sem a foto é difícil.

Cumprimentos
Nelita

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203415 | tmacedo | 17 jul 2008 08:23 | Em resposta a: #203367

Cara Nelita:

Sem fotografia é como procurar agulha em palheiro. A outra referência obtida, o nome do tal padre, não me dá nenhuma pista. Na obra de Pinho Leal, terminada pelo abade de Miragais, referem-se as principais quintas de cada freguesia (mas só para as últimas letras do alfabeto da responsabilidade deste último, ex. Vilarinho de Cotas, Vilarinho de S. Romão, Vale de Mendiz, etc...). Manuel Monteiro, que é do período referido, faz uma apreciação que se limita às maiores propriedades das duas margens do rio e junto a ele. Alcino Cordeiro é exaustivo mas, é de 1940...

Cumprimentos.

António Tavira

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203417 | tmacedo | 17 jul 2008 08:29 | Em resposta a: #203367

Cara Nelita:

Esqueci-me, na mensagem que lhe enviei, de referir que o visconde de Vilarinho de S. Romão, no Alto Douro Vinhateiro, também nomeia as principais quintas e seus proprietários. Esta obra, sendo do período em causa, final do século XIX, pode dar alguma informação. No entanto tenho-a no Douro. Só quando lá for a poderei consultar.

Cumprimentos.

António Taveira

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203422 | Nelita | 17 jul 2008 10:04 | Em resposta a: #203417

Caro António Taveira:

Também tenho a obra referida e muitas outras que fui reunindo ao longo dos anos. Algumas também estão no Douro, onde o tempo é mais longo e se podem consultar com calma e observando o terreno.

Mas, no Douro ILustrado do Visconde de Villa Maior, com nova edição, que deve conhecer, talvez se identifique a Quinta, vendo o postal.

Nos azulejos da Estação do Pinhão, está a Quinta da Soalheira, vista do Lado da Quinta do Enxameio.
Tem sido identificada por vários amigos que visitam o Douro, pois não sofreu alterações.

Pode acontecer o mesmo com a Quinta procurada.
Cumprimentos
Nelita

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203423 | tmacedo | 17 jul 2008 10:17 | Em resposta a: #203422

Cara Nelita:

Do visconde de Vila Maior só tenho a edição do século XIX. Enferma dos mesmos "males" da obra de Manuel Monteiro - refere só as grandes quintas junto ao Douro. E a que é procurada pelo Paulo Braga com certeza que não pertence a esse restrito lote.

Cumprimentos.

António Taveira

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203424 | Nelita | 17 jul 2008 10:35 | Em resposta a: #203423

Caro António Taveira:

Tem razão. Eu também tenho a Edição do séc. XIX e imcompleta. Mas já adquiri a última.

Mas, perante qualquer fotografia e ou postal deverá ser fácil identificar, para quem correu montes e vales do Douro a cavalo.

Se o Paulo Braga mandar a reprodução, é capaz de ter sorte.

Estou a enviar os nomes dos Sócios da Liga dos Lavradors do Douro, de que foi presidente o Conde de Samodães e da qual foi um dos sócios meu bisavô Francisco Mnauel de Almeida (nº 29).

Suponho, que terá utilidade para quem não tem a obra. A minha também não está completa. É dificil de encontrar e ainda mais os Diplomas que os Sócios recebiam. Eu tenho um, mas não é o do meu bisavô.

Cumprimentos
Nelita

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203471 | PauloBraga | 17 jul 2008 17:59 | Em resposta a: #203424

Caros confrades,

primeiro devo pedir desculpa por ainda não ter agradecido as tantas pistas que me deram, mas ontem fiquei sem internet ao fim da tarde em casa, e hoje estou a responder do trabalho. Apartir do meu pedido de desculpas, gostaria muito de partilhar o postal ilustrado e portanto vou fazer um scanner dele, agradecendo a seguir a quem o desejar ver, que me dê o seu e-mail.
Eu procuro essa quinta, porque o Sr. Padre Maximiano Teixeira Monteiro deixou o sacerdócio para se casar, sendo ele o meu trisavô e entre outros bens, possuía a dita quinta. Estou a tentar reunir tudo o que ele possuiu, só no papel claro, devido ao grande interesse pela personagem em questão, mas também ao grande amor que tenho por Trás-os-Montes, mais concretamente por Chanceleiros, Covas e Pinhão. Ao fazer a minha árvore genealógica, descobri muitas histórias da família, umas muito interessantes outras menos e ao juntar tudo, espero vir a fazer algo com o que consegui reunir.

Muito grato por tudo,

Paulo Braga

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203472 | Nelita | 17 jul 2008 18:10 | Em resposta a: #203471

Caro Paulo Braga:

Gostava de ver o postal.
mmsantossantos@hotmail.com

Cumprimentos
Nelita

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203473 | tmacedo | 17 jul 2008 18:15 | Em resposta a: #203471

Caro Paulo Braga:

Perdoe-me a presunção mas julgo poder ajudá-lo na identificação da quinta. Se não o conseguir verei um postal antigo do Douro.

O meu e-mail é a-b-taveira@hotmail.com

Cumprimentos.

António Taveira

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203491 | mtt | 17 jul 2008 21:30 | Em resposta a: #203336

Caro António Taveira
O que é da tradição, é que o tal senhor Monteiro que comprou a quinta das Bateiras e algumas outras no Alto Douro, veio para a região para construir a ponte do Pinhão.
Aproveito para esclarecer que a quinta das Bateiras ficou, por herança, para uma das senhoras Monteiro, talvez em conjunto com uma irmã que ficou solteira. A referida senhora casou com um eng. Almeida, de quem não recordo o nome de baptismo, que foi militar destituído por participação numa revolta contra o Estado Novo, ainda nos anos quarenta. Casou, aliás, na própria prisão militar.
Com o advento da Democracia, ele foi graduado em tenente-coronel ou coronel, e veio a ser governador civil de Viseu por um curto período.
Estas duas senhoras e a terceira irmã, D. Ester, casada com um senhor Macedo (António?), como abaixo consta, que foi presidente da câmara da Pesqueira, tiveram dois irmãos: Agostinho, licenciado em Biologia(?), casado com uma senhora Azuaga, colega de curso, herdeiros de uma quinta em Favaios onde o casal residiu, e Feliciano que morreu divorciado sem geração.
As quintas do Pinhão são:
A quinta Amarela, onde a povoação foi estabelecida. Esta quinta pertencia, há alguns anos, à condessa de Taboeira.
Por cima desta há uma quinta mais modesta, no antigo caminho de carros de bois para Casal de Loivos, mas não recordo a denominação.
Existem duas na margem direita, à esquerda da ponte, uma delas da Roêda e a outra, que tem por habitação uma espécie de bungalow indiano, propriedade de ingleses, cujo nome me escapa. A quinta da Roêda foi propriedade de um Fladgate, barão da Roêda, e talvez a quinta tenha depois pertecido à firma Taylor, Fladgate & Yeatman, que possuiu a casa à beira do rio hoje transformada em hotel de luxo, o Vintage House.
Do lado da Pesqueira, a quinta das Carvalhas, no séc. XIX dos Sousa Guedes e ultimamente da Companhia Velha, a maior de todo o Douro, e a quinta das Bateiras.
Subindo para Favaios, a quinta do Noval, que era, e será ainda, propriedade dos Vanzellers; do lado do concelho de Sabrosa, a quinta da Foz, dos Calem; mais adiante, na direcção de Chanceleiros e Covas do Douro, a quinta de La Rosa, que era de uma senhora Bergqvist, ou apelido semelhante de sabor escandinavo, embora a quinta fosse de propriedade inglesa, pois sempre arvorou a Union Jack.
Devido a ela aprendi, em miúdo, que não se pode astear uma bandeira estrangeira sem ter ao lado a portuguesa.
Cumprimentos,
Manuel.

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203493 | Nelita | 17 jul 2008 22:17 | Em resposta a: #203491

Caro António Taveira:

Realmente há as quintas mencionadas pelo Confrade Manuel e muitas mais, nessa e outras direcções. O Sr. Macedo e esposa, Sra. Dona Ester viviam nos Casais e passavam muito tempo numa das suas quintas situada na margem do Rio Torto, na mesma povoação.

Nas Bateiras podemos referir a Quinta de Santa Barbara, onde tantas experiências agricolas se verificaram e que durante anos teve como Regente Agrícola o Sr. Rebelo.

A Quinta do Seixo, a Quinta das Arreigadas, a Quinta do Retiro, a Quinta das Cortes, etc. etc...

O Vintage House, já não é da "Taylor`s". Negócios! Suponho que ainda não destruiram a buganvilia.

A da Roeda, também muito bonita é da "Taylor`s".

Desde há longos anos que quintas e propriedades vão mudando de dono, umas vezes por necessidade e outras nem por isso.

A Senhora que nos anos 50, vivia na Quinta das Bateiras era Senhora D. Maria Monteiro.

Cumprimentos
Nelita

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203507 | mtt | 18 jul 2008 01:15 | Em resposta a: #203493

Tem razão, Nelita, agora recordo que a senhora mãe dos Monteiros era D. Maria, tal como diz, e a filha que casou como o eng. Almeida era D. Maria da Conceição.
Fui amigo do primogénito deles, Manuel Ângelo, que morreu num desastre com um tractor, na própria quinta das Bateiras. Foi da boca dele que ouvi que o avô havia construído os pilares da ponte (os pegões como por lá se diz).
Cumprimentos,
Manuel.

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203514 | Nelita | 18 jul 2008 07:53 | Em resposta a: #203507

Caro Manuel:

Convivi muitos anos com a Família Macedo e fui companheira de colégio da Teresa e Alexandra Macedo, filhas do Sr. Macedo e da Sra D. Ester.

Agora é dificil estar com elas, mas vou sabendo notícias.

Nos Casais sou familiar da Madalena e Guida Jordão.

Cumprimentos

Nelita

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203515 | tmacedo | 18 jul 2008 08:35 | Em resposta a: #203491

Caro Manuel (mtt):

De facto o senhor Monteiro trazia levas de gente que na primeira metade deste século surribaram muitas quintas destruídas pela filoxera. Julgo que uma dentre elas foi a do Junco. Não sei se terá colocado gente na construcção da ponte do Pinhão. Esta ponte julgo ser claramente anterior às suas empreitadas.

Refere algumas das principais quintas no lugar do Pinhão. Há outras mais pequenas. Das que refere, a principal é a da Roeda. Pertencia no final do século XVIII a José António de Barros Teixeira Lobo Barbosa, membro da Junta da Real Companhia Velha, de Sabrosa. Deste passou para sua filha e seu genro João Botelho Pimentel Sarmento, de Celeirós. Daí para cá muitas vezes mudou de mão.

Já as Carvalhas que vieram a pertencer a Miguel de Sousa Guedes eram no século XIX propriedades pertencentes a vários ramos de Sequeiras e Sousas de São João da Pesqueira desde pelo menos o século XVIII.

No entanto a referida pelo Paulo Braga poderá não ser no Pinhão, mas próximo daquele pequeno lugar que, com o advento do caminho de ferro, se tranformou num pequeno centro regional.

Cumprimentos.

António Taveira

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203518 | tmacedo | 18 jul 2008 08:49 | Em resposta a: #203493

Cara Nelita:

As crises cíclicas que o Douro, como região de monocultura, vive, levam à mudança de mãos das quintas. A maioria delas nasceu e cresceu no século XVIII, morreram com a filoxera, e renasceram no século XX.

A esta distância, parece-me que o Douro mudou mais nos últimos quarenta anos do que no período entre o Marquês de Pombal e a minha infância.

Cumprimentos.

António Taveira

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203527 | Nelita | 18 jul 2008 11:05 | Em resposta a: #203518

Caro António Taveira:

Concordo, mas se outros lutaram tanto perante todos os males do século XIX, nós temos de lutar também. O Douro é único.

Por vezes passo temporadas nas margens do rio Torto, no silêncio do Douro profundo, onde o tempo não tem relevância e o espírito se eleva com a paisagem impar, mesclada de cores e salpicada de Quintas, que mais se advinham que se veem.

Pertenço ao concelho de S. João da Pesqueira, Distrito de Viseu e Diocese de Lamego.

Cumprimentos

Maria Manuela

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203558 | PauloBraga | 18 jul 2008 18:10 | Em resposta a: #203514

Cara Nelita e António Taveira,

já mandei para o v/mail a fotografia da quinta.

Muito grato pela atenção,

Paulo Braga

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203573 | Nelita | 18 jul 2008 23:33 | Em resposta a: #203558

Caro Paulo Braga:

Numa primeira impressão não identifiquei a quinta. Se o confrade António Taveira não identificar, prometo procurar dados concretos no m~es de Agosto, que penso passar no Douro.

Cumprimentos
Nelita

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203577 | mtt | 19 jul 2008 01:48 | Em resposta a: #203515

Caro António Taveira
Nunca havia pensado no assunto e a sua dúvida sobre a data da construção da ponte pareceu-me razoável.
Na Internet existem dois partidos: entre 1903 e 1906, e em 1895.
Se a primeira opinião é a correcta, penso que a pessoa em causa poderia ter colaborado na construção dos pilares. Não sei quando nasceu o filho mais velho dele, que conheci ao volante da sua “canadiana” (era uma furgoneta com estrutura de madeira envernizada e painéis coloridos), mas deverá ter sido por volta de 1920. Neste caso não seria absurdo que aquilo que ouvi do neto fosse verdade. Pode ter vindo trabalhar muito jovem, em posição subalterna, tendo depois feito a fortuna que lhe permitiu casar com uma senhora da região. Penso que terá morrido ainda antes da segunda guerra.
No caso de estar correcta a data de construção em 1895, realmente parece cedo demais.
Sempre pensei, mas pelo visto sem razão, que a quinta das Carvalhas pertenceu a uns Sousa Guedes do séc. XIX, ligados por aliança ao conde do Bolhão. Vejo, pelo que diz, que a posse por alguém dessa família é muito posterior.
Cumprimentos,
Manuel.

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203588 | tmacedo | 19 jul 2008 12:44 | Em resposta a: #203577

Caro Manuel (mtt):

A quinta das Carvalhas foi comprada por Miguel Sousa Guedes no século XIX, julgo que após a filoxera. Não sei se os vendedores foram os Sequeiras e Sousa (a maior parte da actual quinta, quem atravessa a ponte do Pinhão em direcção à margem esquerda, à nossa esquerda), os Baratas (descendentes dum ramo dos Sequeiras, na parte central) e os Sequeiras do Lago (quinta do Zeferino, a poente) ou outros a quem estes terão vendido. Admito como provável que Miguel Sousa Guedes, após a filoxera, reunisse aquelas quintas destruídas numa só.

Cumprimentos.

António Taveira

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203589 | tmacedo | 19 jul 2008 13:05 | Em resposta a: #203558

Caro Paulo Braga:

Julgo não errar ao dizer-lhe que a casa ainda existe, integrada no Vintage House. Desde o início do século XIX que pertencia à Taylor`s, sendo nessa altura o escritório da firma. Meu bisavô, Adolfo Pereira Borges de Sousa, na cheia de 1909 esteve na varanda central da casa e, com o guarda chuva, chegava ao caudal do rio.

Um pouco para cima e à direita, já não visível na foto, está a casa e quinta herdada por D. "Tatá" Monteiro, viúva de D. Manolo (da Gonzalez Byass), ela de uma família Monteiro, de S. Martinho Anta. Não sei se esta família teria algo a ver com o padre Maximiano Teixeira Monteiro.

Cumprimentos

António taveira

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#203590 | tmacedo | 19 jul 2008 13:08 | Em resposta a: #203558

Caro Paulo Braga:

Errata:

Onde digo ..."Desde o início do século XIX que pertencia à Taylor`s"....

Devia dizer..."Desde o início do século XX que pertencia à Taylor`s"....

Atentamente.


António Taveira

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#204013 | PauloBraga | 24 jul 2008 20:02 | Em resposta a: #203589

Caro António Taveira, desculpe só responder hoje, mas só hoje voltei a ter internet em casa e como estou de férias...
Fiquei muito contente com a sua notícia e tendo estado já dentro do hotel Vintage House, nem sonhei que me encontrava na quinta do meu trisavô; é um sentimento estranho o que estou a ter agora. Dentro de mais ou menos um mês vou a Chanceleiros e claro, vou dar o máximo de atenção ao hotel e quem sabe, lá ficar só por graça. Ver a casa se for possível e sentir todos os bocadinhos daquele espaço. Quanto à D. Tatá é minha prima, filha do segundo casamento do meu trisavô da parte dos Lameirão, descendendo eu do primeiro casamento. Ela é filha de um irmão do meu bisavô Maximiano Monteiro, que por sua vez era filho do Sr. Padre (que já não o era nesta altura), penso que se chamava Eduardo.
Agradeço imenso a sua procura e a dos outros confrades que procuraram esta quinta.

Muito grato por tudo,

Paulo Braga

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#204058 | tmacedo | 25 jul 2008 08:44 | Em resposta a: #204013

Caro Paulo Braga:

Julgo que pouco será perceptível, da casa do seu antepassado, no Vintage House. As mudanças foram radicais. Acrescentaram um piso e alargaram a fachada.

A D. Tatá Monteiro era sobrinha dum Dr. Júlio "da Castanheira".

Fui, há muitos anos, várias vezes a uma quinta em Abambres de D. Carlota Mendonça (Lameirão, por casamento). Uma sua filha, Teresa, casou com um primo de meu pai. Actualmente está lá instalado um supermercado.

Cumprimentos.

António Taveira

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#205885 | mtt | 20 ago 2008 23:56 | Em resposta a: #203588

Caro António Taveira
Acabo de ler uma resposta colectiva a um texto do barão de Forrester, assinada por muitos vinicultores do Alto Douro. Uma das assinaturas é como segue:
Na ausência da Exm.ª Snr.ª D. Leonor Maria Correia de Sá, Senhora da Quinta das Carvalhas, Francisco Manuel Ferreira de Vasconcelos.
Periódico dos Pobres no Porto, 3 de Fevereiro de 1845.
Cumprimentos,
Manuel.

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RE: Bibiografia sobre quintas no Douro.

#205887 | tmacedo | 21 ago 2008 00:10 | Em resposta a: #205885

Caro Manuel:

Deverá ser a viúva de Manuel Paes de Sande e Castro, senhor da Casa do Cabo, em S. João da Pesqueira. Também esta casa tinha propriedades na actual quinta das Carvalhas. Já tinha essa notícia e tinha-me esquecido dela quando referi a posse de vinhas pelos Sequeira e Sousa, Cardosos Baratas e Pereiras do Lago, todos estas três famílias descendentes dos Sequeiras Ferraz da Pesqueira.

Obrigado pela sua oportuna intervenção.

Cumprimentos.

António Taveira

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