500 anos da maior batalha da Armada Portuguesa
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500 anos da maior batalha da Armada Portuguesa
A 02 de Fevereiro de 1509 a armada do vice-rei D. Francisco de Almeida fundeava defronte de Diu. Eram cinco naus grandes e quatro pequenas, quatro caravelas redondas e duas latinas, duas galés e um bergantim. Na manhã do dia seguinte começaram a entrar no canal em fila indiana para enfrentar quatro naus turcas e dois galeões também dos turcos mamelucos do sultão do Egipto, quatro naus do governador guzerate de Diu, duas galés e quatro galeotas turcas, e dezenas de fustas de Diu e de paraus do rajá samorim de Calecute, apoiados pela artilharia da fortaleza, do fortim domar, e de outra que o governador de Diu colocara ao longo da costa. A famosa Frol de la Mar terá disparado para cima de mil e novecentos pelouros.
A batalha terminou com uma estrondosa vitória dos Portugueses sobre as armadas aliadas. Sem terem perdido um único navio, afundaram duas naus turcas e duas guzerates, e capturaram duas naus e dois galeões turcos e duas naus de guzerates. Tinham afundado diversas fustas e paraus, avariado muitos outros e capturado duas galés turcas.
Iniciava-se quase um século de domínio naval português do Oceano Índico.
Tal como os espanhóis não esquecem Lepanto, os ingleses Trafalgar, os japoneses Tsuchima, os americanos Midway, os gregos Salamina... aproveito para relembrar Dio.
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RE: 500 anos da maior batalha da Armada Portuguesa
Bem haja, por ter trazido aqui essa tão fantástica e igualmente esquecida efeméride.
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RE: 500 anos da maior batalha da Armada Portuguesa
Já agora, Senhor Professor!
E uma palavra para os que morreram de ambos os lados e ficaram estropiados para toda a vida e deixaram as famílias completamente desampadas?
Não diz a crónica quantos pereceram?
Foi só "glória" a dos Portugueses....
Cpts
Maria Julia Oom do Vale Henriques de Oliveira Martins
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RE: 500 anos da maior batalha da Armada Portuguesa
Dos Portugueses morreram trinta e dois , entre eles os capitães de dois navios (Nuno Vaz Pereira e Pêro Cão) e ficaram feridos maisde trezentos. De toda a armada dos turcos mamelucos parece que apenas vinte e dois escaparam para terra (de cerca de oitocentos que sobreviveram da anterior batalha de Chaul em que morreu heroicamente D. Lourenço de Almeida filho do vice-rei D. Francisco de Almeida). Todos os demais turcos foram mortos ou feitos prisioneiros. No conjunto,as esquadras inimigas coligadas teram tido para cima de três mil mortos e um número ainda maior de feridos.
São os dados que encontrei em Saturnino Monteiro, mas posso apresentar dados doutros autores e compará-los se for caso disso pois tenho o confronto tratado por diversos autores. Ou seja, os Portugueses conseguiram um êxito militar espantoso com escassas baixas, garantindo a paz (claro que não absoluta) no Índico durante quase 100 anos. sem esta batalha muito mais destruição haveria no Índico durante um século, pois teriam surgido novos desafios militares em vez de imperar uma "paz lusitana" no mar. Obviamente que se o Índico acabasse por ficar nas mãos dos turcos otomanos (forneceram soldados aos mamelucos) teriam recursos poderosos na retaguarda para fazerem guerras na Europa ainda mais devastadoras do que as que concretizaram... Realmente foi um feito glorioso sem aspas.
Cpts
Sérgio Sodré
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RE: 500 anos da maior batalha da Armada Portuguesa
Treta de país.
Gastamos rios de dinheiro em tanta porcaria e não o temos para grandes filmes épicos que retratem este e outros actos heróicos dos nossos antepassados.
Olhemos os ingleses, americanos, espanhóis, franceses. Esses não têm problemas em incensar os seus heróis. Nós depois limitamo-nos a encher as salas para os ver. Exemplos: Master and Commander, Elizabeth, Tróia, entre tantos outros.
Paz à nossa alma.
José Sequeira
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RE: 500 anos da maior batalha da Armada Portuguesa
Caro Sérgio Sodré
Bem haja por este tópico, que evoca a mais emblemática vitória naval portuguesa.
A Marinha Portuguesa não esquece esta estrondosa vitória http://www.marinha.pt/Marinha/PT/Menu/DescobrirMarinha/Historia/combates_navais/batalha_diu.htm
Cpts
Maria Benedita
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RE: 500 anos da maior batalha da Armada Portuguesa
Caros confrades
O nome do 1º vice-rei da Índia e almirante vencedor da batalha naval de Dio, D. Francisco de Almeida, foi atribuído à última fragata moderna da nossa armada, que a receberá precisamente no ano dos 500 da referida vitória naval.
Convido-vos a ver imagens espectaculares do navio (ainda com bandeira holandesa) a navegar com mar grosso em video do blog: a voz da abita (na reforma): NRP D. Francisco de Almeida. Vale a pena...
A armada oceânica nacional ficará composta pelas fragatas Vasco da Gama; Álvares Cabral; Corte-Real (classe Vasco da Gama); Bartolomeu Dias, D. Francisco de Almeida (classe Bartolomeu Dias); submarinos Tridente e Arpão.
cumprimentos
Sérgio Sodré
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RE: 500 anos da maior batalha da Armada Portuguesa
Caros confrades
Um dia destes li que vários filmes Portugueses custaram, em subsídios, centenas de milhar de euros por espectador, tendo um deles "Brumas", tido apenas 24 entradas pagas enquanto esteve em exibição.
Ao todo são milhões de euros que se gastam para contentar o ego de meia dúzia de pessoas.
Provavelmente um filme sobre esta batalha naval de Diu, hoje em dia com a maior parte das cenas de exterior obtidas a partir de efeitos de computador, traria muito mais gente ao cinema, especialmente jovens que são obrigados a consumir as glórias dos outros.
Pobre Nação que esconde os feitos dos seus heróis.
josé sequeira
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RE: 500 anos da maior batalha da Armada Portuguesa
Caro confrade José Sequeira
Um filme como o que propõe é muito caro. Todos os filmes de época são caros ( estou a lembrar-me do "Aqui D'El Rei" que ultrapassou largamente o primitivo orçamento), e... não somos propriamente um país rico! Há outras maneiras de se lembrar os feitos dos portugueses e uma delas é, precisamente, baptisar as nossas fragatas com o nome de heróis portugueses.
Como informa o confrade Sérgio Sodré,
"A armada oceânica nacional ficará composta pelas fragatas Vasco da Gama; Álvares Cabral; Corte-Real (classe Vasco da Gama); Bartolomeu Dias, D. Francisco de Almeida (classe Bartolomeu Dias); submarinos Tridente e Arpão."
Outra maneira, que tem vindo há muito a ser utilizada, é o baptismo dos cursos e marinha, fuzileiros e Escola Naval, com esses mesmos nomes.
O país não esconde nem esquece os feitos dos seus heróis, e poderá constatá-lo se consultar as Revistas da Armada!
Cpts
Maria Benedita
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RE: Gago Coutinho
Caro Sérgio Sodré
Apesar de estar fora do tópico, deixo aqui um site dedicado ao Almirante Gago Coutinho, nos 140 anos anos do seu nascimento 50 anos do seu falecimento.É mais um heroi português!
http://gagocoutinho.wordpress.com/
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: 500 anos da maior batalha da Armada Portuguesa
Nem todas as narrativas são dispendiosas.
A banda desenhada, os jogos de computador, as novelas, os romances, escritos, encenados, a música, a pintura.
A falta de um objectivo nacional; a falta de um desígnio que una a população do país; a vergonha dessa população pelo seu passado; a dificuldade que muitos têm de conhecer, ou reconhecer, as suas próprias narrativas, as suas origens; a desconfiança com que se lida com a investigação genealógica; a ignorância da História do País; a dificuldade em lidar com o património, quer seja antigo, contemporâneo ou em potência, - cada cidadão é em potência uma riqueza que não tem preço - por vezes até por culpa dos próprios “especialistas”que, em lugar de terem uma atitude positiva, são os primeiros a depreciar os valores da comunidade. Tudo isto leva a deslocar a nossa atenção para o resto, para aquilo que não nos diz respeito, transforma-nos em óptimos consumidores do discursos dos outros.
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RE: 500 anos da maior batalha da Armada Portuguesa
Cara confrade Maria Benedita.
Reconheço que tem razão quando afirma que os filmes de época são caros e não somos um país rico.
Indubitavelmente onde não há dinheiro os "vícios" não deveriam ter lugar.
O problema é que não tendo dinheiro acabamos por sustentar imensos projectos ditos culturais que só servem para dar "emprego" a meia dúzia de eleitos.
Além disso encaro filmes deste género como investimentos produtivos, uma vez que poderiam atrair às salas muitos jovens sedentos (pelo menos eu acredito) de episódios da nossa História, em muitos aspectos, gloriosa.
Lembro-me de ter seguido com atenção - andaria pelos primeiros anos da escola primária - no que se chamavem à época os romances radiofónicos da Emissora Nacional, este mesmo episódio da batalha de Diu.
Claro que, como diz, há outras maneiras de homenagear os nossos heróis. São de louvar e devem continuar a ser implementadas. Só que, em minha opinião, uma coisa não invalida a outra.
Aproveito para lhe agradecer as muitas intervenções, mormente de índole jurídica, com que tem engradecido este espaço.
Os meus cumprimentos
José Sequeira
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RE: Gago Coutinho
Caros Confrades
A batalha de Diu foi a maior vitória da armada portuguesa, e a única que está considerada nas listas das grandes batalhas navais mundiais.
A batalha de Diu mudou o curso da História, na Ásia e no Mediterrãneo, levando à decadência de Veneza, ao fim do Império Malmeluco no Egipto, e ao confinamento dos Persas.
Na consequência da batalha de Diu, Portugal dominou as rotas do Indico durante cerca de 90 anos.
O tratamento dos derrotados pelos Portugueses na batalha de Diu foi de uma cueldade espantosa, sugeitos a sevicias, torturas e crueldade pura. D. Francisco de Almeida não estaria com o descernimento todo e comandou uma vingança abominavel pela morte do filho na Batalha de Chaul, ocorrida meses antes.
É lamentável que a coberto da desculpa da falta de verbas e de um "politicamento correcto" a Armada Portuguesa em particular, e o Estado em geral, não tenham comemorado condignamente os 500 anos sobre a vitória da batalha naval de Diu.
Estranhos tempos estes em que se prefere continuar a comemorar a derrota na batalha de La Lys do que um dos maiores feitos de armas dos Portugueses.
Com os meus Cumprimentos
Francisco de Melo Parente
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