Santos ou Grade de Lagoa

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Santos ou Grade de Lagoa

#243509 | philgue | 05 nov 2009 12:34

Caros confrades
tenho um antepassado chamado Lourenço Santos, exposto, baptisado em Silves em 1848. Diz-se na familia que na realidade era o filho de um dos Grades de Lagoa com uma criada (que sempre viveu na casa dos Grades). Um irmão do Dr. Grade, que conhecia bem a nossa familia e nos tratava de primos, dizia que o irmão (o Dr Grade) "sabia de eramos primos, mas não cria saber".
Pelas ninhas procuras neste fórum, penso que o possível pai do Lourenço seja Gregório Damião Grade porque este envíuvou por volta de 1846 e voltou a casar em 1850.
A minha pregunta é esta: alguem já ouviu falar desta história? Como posso eventualmente confirmá-la sabendo que no registo de baptismo não consta nada sobre a familia do Lourenço por ser exposto. Alguem sabe como se chamava a criada que vivia em casa dos Grades por volta de 1840-50?
(o meu interesse meramente genealógico)
Obrigado pela atenção.

PG

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RE: Santos ou Grade de Lagoa

#243561 | roberto lopes | 05 nov 2009 23:06 | Em resposta a: #243509

Caro PG:

Os filhos fora do casamento sempre foram prática comum nas grandes famílias a começar pela familia real, a sua história terá algo de verdade e a prova é a existência deste seu antepassado, pelas circunstâncias nao chegou a ser reconhecido, o que algumas vezes até acontecia, mas os indícios poderiam nao ser suficientes para puder "provar" esta história.
Esta informaçao chegou até si através da memória oral da sua familia, que acredito que seja certa mas nao suficiente para demonstrar tal suspeita, o que você poderá fazer é quando construa a sua árvore genealógica introduzir esta informaçao.
Sei que um tio bisavô meu teve uma filha quando solteiro que nunca chegou a reconhecer, o meu avô (que é seu sobrinho) sabe que é primo irmao desta senhora, as filhas legitimas deste tio sabem que têm uma meia-irma nao reconhecida pelo seu pai, em suma toda a familia sabe da existência dela mas nao têm trato absolutamente nenhum,
esta história é dos anos 30, séc. XX imagine como seria a meados do sec. XIX!!!
O Gregório Damiao Grade nao seria o único candidato, este tinha um irmao Eugénio Damiao Grade que eventualmente até poderia ser o pai deste seu antepassado.
Outra coisa engraçada que lhe quero comentar, um dos bisavós do Gregório Damiao Grade é meu antepassado, chamava-se Joao Gonçalves Teixeira e irónicamente era trisavó do meu tetravô António Gonçalves Neto que era feitor na casa da D. Quitéria Marina Júdice Grade, dando-me a sensaçao por isto que nao trabalhava qualquer pessoa na casa, no caso deste meu tetravô era ainda primo em 4. grau de consanguinidade da patrôa. Possivelmente a criada poderia até fazer parte da familia, uma prima afastada que faria parte de um ramo "empobrecido" que foi para a casa servir.
Isto era mais comum do com que se pensa, muitos criados e criadas que iam servir às casas dos patroes eram parentes afastados empobrecidos, mas nao deixavam de ser criados havia uma grande distância entre patrao e criado. As criadas eram para todo o serviço no sentido amplio da palavra, estivessem solteiras , casadas ou viúvas as pessoas com malicia costumavam usar a terrivel expressao de "sopeira" era uma maneira disfarçada de chamar-lhes rameira.

É claro que isto nem sempre era assim, dependia da sorte de cada um, o que é certo é que muitas destas pessoas sofreram muito nas maos de alguns patroes.

Com os melhres cumprimentos,

Roberto Lopes

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