Dúvidas etárias
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Dúvidas etárias
Caros amigos
Boa tarde,
Gostaria de obter a vossa ajuda e partilha de conhecimento para o seguinte:
Na minha pesquisa Genealógica, deparei-me com um casamento de uma 5ª Avó aos quatorze anos, tendo o marido vinte cinco anos.
Outra situação é a maternidade tardia de outra Ancestral, que foi mãe aos 48 anos.
Como estes factos são raros, repesquisei novamente todo aquele espaço etário, evitando algum erro da minha própria pesquisa.
Será assim tão raro? Isto situa-se no Séc. XVIII e Séc. XIX.
Cumprimentos
Luis Baço
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RE: Dúvidas etárias
Caro Luís Baço:
Acontecia com frequência em relação ao casamento.
Séc. XX: o meu marido nasceu quando a mãe dele tinha 45 anos de idade e ainda tem uma irmã que nasceu quando a sua mãe tinha 48 anos de idade.
Cumprimentos
Nelita
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RE: Dúvidas etárias
Cara Nelita
Obrigado pela sua partilha, existe sempre o receio de podermos estar equivocados.
Cumprimentos
Luis Baço
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RE: Dúvidas etárias
Caro confrade Luis Baço,
Como bem explicou a confrade Nelita, não era coisa rara. Cito alguns exemplos familiares mais recentes: minha bisavó materna Izaura Francisca Pereira da Silva casou-se também aos 14 anos com meu bisavô José Joaquim Bernardo da Silva Júnior, seu primo-terceiro; uma outra tia-trisavó, Luiza Isabel de Mello Bernardo da Silva casou-se aos 16 anos com seu tio Luiz Gonzaga Bernardo da Silva (meu tio-tetravô). Um outro tio-trisavô, João Afonso Bernardo da Silva, se casou com Maria da Glória de Castro Vianna, uma irmã de sua falecida esposa contando, apenas 15 anos. Isso apenas pelo lado materno. Nos séculos passados isso era coisa absolutamente normal.
Melhores cumprimentos,
Granada
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RE: Dúvidas etárias
Caro Confrade Luís Baço,
Meu sexto-avô casou-se em 1746 com minha sexta-avó. Ele contava com 46 anos de idade e a noiva... apenas 18! Para a mulher setecentista, dezoito anos era idade muito suficiente para se casar, mas o noivo com quarenta e seis anos...! Mas eram os casamentos determinados pela família e com um mínimo de gosto por parte dos nubentes. A visão jurídica que embasa a teoria contratualista do casamento encontra inúmeros exemplos na nossa sociedade.
Ademais, existem desdobramentos os mais interessantes, quando se passa a analisar a volição, a escolha, o estímulo e o desejo, usando-se assentos de casamento como fundamento prático.
E como bem asseverou o muito douto conde de Granada, esses casamentos ocorrem até na família Granada. E, se ocorrem na família do nobre Granada, fique certo de que podem ocorrer também nas nossas famílias, o que nos dá grande conforto.
Com os melhores cumprimentos,
Eduardo
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