Voluntariado
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Voluntariado
Só por curiosidade, gostava de lançar uma pergunta: se avançasse um projecto que precisasse de voluntários para fazer trabalhos de digitalização nos vários arquivos distritais, quem estaria disponível e onde? Repito, é só uma questão de curiosidade, não há absolutamente nada em concreto nesse sentido!
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RE: Voluntariado
Desde que não muito pesado (não 9h-17h), e na TT.
Melhor seria se pudesse escolher as freguesias (Belem, Ajuda, Alcantara)
:-))
L.Salreta
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RE: Voluntariado
É apenas uma ideia que eu tenho, mas precisaria de voluntários para avançar. E outras coisas além disso, obviamente. Ainda estou na fase de pensar se será viável! :)
Qual será o tamanho médio (número de páginas) dos livros de registo em Lisboa? Neste distrito não tenho muita experiência.
Obrigado pela resposta!
T.Penedo
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RE: Voluntariado
Olá boa tarde
Embora não tenha muito tempo também iria ajudar sim. Aliás já tinha pensado em algo do género. Se por cada concelho ou freguesia houvesse um ou mais voluntários que digitalizasse resultaria uma obra magnífica. É claro que seria necessário algo mais do que isto, mas reduziria os custos do projecto.
Cumprimentos
Herminia Barata
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RE: Voluntariado
Bom dia
Fora dos meses de Julho, Agosto e Setembro a disponibilidade é muito pouca, mas talvez arranjasse um tempo para ajudar no Arquivo de Braga.
Cumprimentos,
João Guilherme
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RE: Voluntariado
Caro confrade
Um esclarecimento.
Lembro que a grande maioria dos registos já estão em microfilme.
Quando se fala em digitalizar penso que quer dizer passar do microfilme para suporte informático e não directamente dos livros.
No caso dos microfilmes seria necessário equipamento especial - onde há e qual a sua disponibilidade.
Se o objectivo é ajudar a acelerar a publicação na net (por exp. no ETombo) tudo bem.
Lembro tb que para publicar na net é preciso um trabalho de preparação e indexação dos ficheiros de imagens, etc.
Portanto qual seria o âmbito e objectivo do voluntariado.
Com tanta gente que já tem em CD imagens de registos paroquiais e em certos casos de livros inteiros, porque não emprestam esses CD's para colocar na Net - isso também é voluntariado.
L.Salreta
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RE: Voluntariado
Tenho disponibilidade e teria muito gosto em participar num projecto desta natureza com possibilidade de trabalhar na área de Lisboa ou Braga, na medida em que acabo de me reformar tendo sido técnico superior na Admninistração Pública
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RE: Voluntariado
Eu sou historiador (estou actualmente a trabalhar na minha tese de doutoramento), e apenas considerei esta hipótese a nível particular. Mas existe a possibilidade de um tal trabalho ser financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, desde que devidamente enquadrado em termos institucionais e conceptuais. A meu ver, e salvo melhor opinião, os acervos deviam ser tornados públicos via internet, mas não apenas como imagens. Um projecto destes, para ter uma lógica científica, tem que obedecer a diversos princípios: primeiro, o formato das digitalizações tem que ser uniforme, e não sei se todos os microfilmes existentes têm o mesmo formato; depois, têm que ser digitalizações de alta resolução, preferencialmente a cores, para servirem o propósito da conservação para gerações futuras (não vá acontecer algo aos originais!); por fim, têm que ser correctamente transcritos em ficheiros de texto / XML, para facilitar a pesquisa histórica e genealógica. Uma vez que, até ao momento (nem se espera que aconteça em breve), não existe nenhuma aplicação informática com capacidade de Reconhecimento Óptico de Caracteres para escrita cursiva (a utilizada na maioria dos textos dos registos) com um nível de acerto aceitável (ou seja, próxima do ROC para texto manuscrito não-cursivo, >= 98%), esta tarefa teria que ser realizada por meios humanos. Além disso, seriam necessários voluntários para digitalizar 1) o que ainda não está digitalizado, 2) as cópias de má qualidade e 3) os registos em formatos inaceitáveis para este projecto.
A parte da digitalização seria, creio, o menor dos problemas, bastando para isso delinear um processo de transferência e optimização dos recursos existentes (microfilmes) para formato digital, restando pouco que digitalizar ou redigitalizar, imagino. A grande questão surge na transcrição manual dos registos para formato de texto. Isto implicaria: 1) formação de recursos humanos em paleografia e normas de transcrição paleográfica, por forma a serem capazes de transcrever correctamente os registos (principalmente no caso dos registos mais antigos); e 2) a existência de um sistema de verificação das transcrições (ou seja, pelo menos mais 2 pessoas, além do transcritor, a verificar a existência de erros em cada registo). Ora isto, em termos de mão-de-obra, já seria considerável. Daí eu estar a analisar a viabilidade de um tal projecto. As principais questões que me coloco: qual a quantidade (número de páginas) de registos que existem, ao todo? Tomando como exemplo o A.D. Beja (que conheço um pouco melhor), existem mais de 10.100 livros de registos em arquivo. E este será, certamente, um dos menores arquivos. Que quantidade de pessoas seria necessária para transcrever todos os registos, e em quanto tempo?
Eu insisto na transcrição dos registos porque, creio, a simples disponibilização das imagens via internet, pouco acrescentaria ao que já existe ou está planeado existir. E imagine as possibilidades: atribuição de categorias a termos (ou seja, atribuir a algumas palavras do registo uma categoria, como "parentesco", "nome próprio masculino", "nome próprio feminino", "sobrenome" ou "apelido", "topónimo", "data", etc). Isto implicaria que fosse possível realizar todo o tipo de análises às bases de dados em poucos segundos, com uma possibilidade próxima de 100% de encontrar o que se pretendia. Permitia também aos historiadores fazer todo o tipo de análises estatísticas sobre a globalidade dos registos existentes no país, algo inédito até agora.
Enfim, as ideias são muitas, mas antes há que ultrapassar os problemas que se colocam, para pensar sequer em propôr um tal projecto!
Se existisse uma possibilidade de utilizar o ROC para escrita cursiva, teríamos a possibilidade de reduzir os recursos necessários consideravelmente. Mas não creio que a tecnologia vá evoluir muito nesse ponto, nos próximos tempos. Como tal, há que ser criativo, e tentar encontrar soluções alternativas. Talvez prescindir do sistema de verificação e, aquando da disponibilização dos registos na internet, disponibilizar a possibilidade de os utilizadores poderem apontar erros em cada registo. Esses seriam então sujeitos a verificação e, confirmando-se o erro, à sua correcção. Ainda assim, os recursos humanos necessários seriam consideráveis, mesmo que apontássemos para um prazo de execução algo prolongado (5 anos, imaginemos).
Enfim, todas as ideias são bem-vindas! :)
Cumprimentos
T.Penedo
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RE: Voluntariado
Caro APINHEIRO, muito obrigado pela resposta. Esta é apenas uma ideia minha, e para já estou ainda na fase de considerar a viabilidade de um tal projecto. Por favor veja em http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=253989 as dificuldades que ainda teria que resolver.
Cumprimentos
T.Penedo
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RE: Voluntariado
Eu estou reformado e sou engenheiro informático (da velha guarda e das velhas máquinas).
O projecto que se propõe é muito grande e do meu ponto de vista necessita de uma forte infraestrutura e organização (forte não é grande!).
Não sei se conhece o projecto dos Mormons que estão a digitar os registos a partir das imagens digitalizadas, utilizando para isso um grande conjunto de voluntários que, a partir de casa, vão efectuando esse trabalho.
Creio que a grande maioria dos microfilmes de registos paroquiais foram feitos por eles e alguns deles já estão disponíveis na internet através dos Arquivos Distritais e também sintetizados na ETombo.
Essas imagens chegam? (parece-me que a qualidade poderia/deveria ser melhorada).
Não seria possível em conjunto com a ETombo (ou outros) e utilizando essas imagens criar uma plataforma que fizesse o mesmo que os Mormons - voluntários em casa a digitar o que as imagens dizem?
Embora não sendo adepto/sócio/seguidor será possível fazer parceria com eles? (mas também com regras nossas).
Eu tenho cerca de 300 imagens de registos em que a grande maioria já está digitada e copiada na minha base de dados genealógica. Não haverá outros que também possam forneçam essa informação?
Assim junto à imagem actual poderia também ser fornecido o texto.
Mas, continuo a dizer, para isso é preciso uma boa infraestrutura informática (e quem a financia neste tempos apertados?).
Atenção também à confidencialidade, pois pode haver quem não goste de ver os seus antepassados devassados e colocados na net - uma coisa é estarem disponíveis nos AD e outra é estarem na net.
Quanto ao ROC pode tirar daí a ideia pois o reconhecimento de escrita cursiva, com a qualidade que a grande maioria dos registos tem, é extremamente difícil (até para o humano).
Gosto do projecto de projecto mas é preciso ter mais "carolas" por trás, objectivos, plano, alguns apoios concretos e pés no chão.
L.Salreta
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RE: Voluntariado
Eu sei, daí ser apenas uma ideia de projecto. Estava apenas a tentar aferir as possibilidades de algo do género poder ser desenvolvido. A infraestrutura nem teria que ser muito grande, já que a maioria das ferramentas necessárias (mesmo para um projecto colaborativo a partir de casa - que é uma excelente ideia) estão disponíveis em fonte livre. Até mesmo o motor de busca (adaptável para o caso específico) existe em fonte livre: a Biblioteca Nacional de França utiliza um deles, por exemplo, no seu portal Gallica de documentos digitalizados. O problema seria mesmo a uniformização das digitalizações e dos procedimentos, e a angariação de voluntários suficientes para levar o projecto a bom termo. Voluntários esses que teriam que se disponibilizar não apenas para trabalhar nos registos mas também para terem formação em técnicas de paleografia e transcrição de documentos antigos. Como disse, estou neste momento a fazer um doutoramento numa universidade portuguesa, onde tenho conhecimentos que poderiam eventualmente permitir que se avançasse com uma proposta de projecto a colocar à consideração da FCT para financiamento. Daí também poderiam ser originários os formadores dos voluntários. De resto, seria questão de elaborar um fluxograma de procedimentos uniforme, um cronograma (relativo e absoluto) dos trabalhos a desenvolver.
Quanto à questão da parceria com a Sociedade Genealógica de Utah (mormon), creio que já existem acordos com instituições portuguesas (nomeadamente o ANTT), pelo que não haveria problema nisso, imagino.
Por fim, quanto à questão da confidencialidade, não creio que se aplique a esta situação, porque são registos públicos, e até os mais recentes estão disponíveis para consulta por qualquer um nas Conservatórias do registo civil. Existem coisas bem mais passíveis de ser consideradas confidenciais na internet, como algumas fichas da antiga PIDE-DGS, no site da Dir. Geral Arquivos, ou o rol de processos da Inquisição (projecto actualmente em curso).
T.Penedo
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