Família Coutinho de Penedono

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Família Coutinho de Penedono

#257197 | dhelena | 24 jun 2010 23:36

Confrades

Solicito ajuda se, algum dos confrades dispuser de alguma informação sobre a família Coutinho, que vivia em Penedono em 1920 e morava no palacete onde hoje é a camara municipal.

Agradecendo qualquer informação com os meus cumprimentos

Dulce José

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RE: Família Coutinho de Penedono

#257198 | tmacedo | 24 jun 2010 23:44 | Em resposta a: #257197

Cara Dulce José:

Se não estou em erro, a Câmara Municipal está instalada na casa dos Pereira Coutinho de Vilhena.

Veja o representante da famíla em http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=40934

Cumprimentos,

António Taveira

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RE: Família Coutinho de Penedono

#257204 | jaboo | 25 jun 2010 02:33 | Em resposta a: #257197

Cara Dulce José,

Houve 2 familias "Coutinho" em Penedono, que nada tinham a ver uma com a outra (embora ambas descendem dos Coutinhos medievais).

A primeira foi a dos "Pereira Coutinho de Vilhena" que eram Fidalgos da Casa Real, senhores de Penedono, tinham vinculos, morgados e exerciam os melhores cargos na região (capitães-mores, cavaleiros do hábito de Cristo, etc). Descendiam do casal Belchior Pereira de Andrade e sua mulher D.Leonor Coutinho (descendente essa de Afonso Vaz da Fonseca, alcaide-mor dos castelos de Marialva, Moreira e Sabugal) que viveram em Penedono em principios do sec. XVII. Dessa familia existem hoje muitos descendentes (legitimos e ilegitimos) mas que eu saiba nenhum deles em Penedono pois esses Pereira Coutinho estabeleceram-se a partir do sec. XIX em Lamego onde tiveram vários solares (um dos quais é o da casa das Brôlhas).
Como diz o confrade Antonio Taveira, esses Coutinho Pereira eram proprietários em Penedono da capela de N.Sra da Conceição e do Solar dos Freixos (que serve hoje de camara municipal).

Deixo aqui o que encontrei sobre esse palacete no seguinte website (http://penedono-ppf.blogspot.com/2004_01_01_archive.html):
" Foi já no século XX que Francisco Sant’Anna Coutinho – nascido em Penedono em 1859, filho de José de Sant’Anna Coutinho e de Balbina Maria Coutinho, que em 1896 casara na cidade de Belém, capital do Estado do Pará, com a cidadã brasileira, natural do Estado do Maranhão, Eugénia Rodrigues Bittencourt – adquiriu aos Coutinhos Vilhena, por permuta com a casa que possuía no Adro de S. Salvador, o Solar dos Freixos, a qual continuou, assim, a ser Casa de Coutinhos.
A casa que este Coutinho trocou pelo Solar dos Freixos é hoje propriedade da família Pinheiro. Tinha sido vendida ao Sant’Anna Coutinho por 240 000 réis, mediante escritura pública de 7.12.1907, sendo notário o Dr. Serafim da Costa Cabral, que foi presidente da câmara de Penedono. Fala a dita escritura de “uma morada de casas, situada na rua de S. Salvador, confrontando de todos os lados com ruas públicas e constituída por casa, palhais e um quintal anexo”. Os vendedores foram Adriano d’Assumpção Almeida Proença, então administrador do concelho de Penedono, e sua mulher Angelina de Jesus Cabral."

Os Coutinhos actuais de Penedono faziam parte da segunda familia "Coutinho" de Penedono, da qual de certo era descendente aquele Francisco Sant'Anna Coutinho, nada tinha a ver com a dos Coutinho Pereira. Esse segundo ramo Coutinho descendia do casal "Baltazar da Fonseca (Coutinho) e de Madalena Rodrigues" que viviam na feguesia de S.Pedro de Penedono em meados do sec. XVII. Esse Baltazar deve ter sido filho de Belchior Rodrigues da Fonseca Coutinho, morador no Aveloso, comarca de Pinhel, que teve carta de brasão para "Fonseca, Pinto, Coutinho e Pacheco" a 25/9/1619 e era descendente de Vasco Afonso Pinto da Fonseca, dos Pinto de Balsemão.
Deste segundo ramo também descendia "Feliciano da Fonseca Coutinho" natural da Granja de Penedono onde nasceu em 1718, licenciado em Leis e em Canones, administrador do vinculo da Picoula, na Granja da Penedono. Esse Dr Feliciano da Fonseca Coutinho foi avô materno do Dr. Julio Cásar de Faria Coutinho de castro, quw foi agraciado com o titulo de Visconde da Quinta do Ferro em 1878.

A Dulce descende desses Coutinhos? Tenho essas familias muito bem estudadas até 1842. Depois disso existem hiatos nos paroquiais e as coisas tornam-se um pouco mais dificil.

Espero ter ajudado.
Cumprimentos,
JOAO BRAZ

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RE: Família Coutinho de Penedono

#257241 | msottomayor | 25 jun 2010 18:02 | Em resposta a: #257204

Caro João Braz

Aproveitando a sua deixa de ter bem estudados os Coutinhos de Penedono, será que tem mais informação sobre a família de um Morgado de Nossa Senhora do Carmo, em Penedono?

Os dados que eu tenho, sem datas, são os seguintes:

Instituidor do Vínculo: Roque da Fonseca Coutinho, Abade de S. Cristina, irmão de Luisa Cardosa

1º Administrador (sobrinho do instituidor, filho de Luísa Cardosa): Teodósio da Fonseca Coutinho, Capitão-Mor de Penedono e Alcaide-Mor de Marialva, casado com Maria Henriques
Linha de descendência de Teodósio da Fonseca Coutinho e de Maria Henriques:

- Feliciana da Fonseca Coutinho, casada com José de Aguiar Donas Boto
Leonor de Ataíde de Meneses Coutinho (ou Leonor Donas Boto, parece com os dois nomes?!), casada Miguel de Almeida Caiado
- Belchior de Almeida Caiado
- Miguel António de Almeida Caiado, casado com Ana de Azevedo e Lemos
- António de Almeida Coutinho e Lemos, Barão do Seixo (sucedeu no vínculo e foi último administrador)

Desde já agradeço toda a atenção.

Cumprimentos,

Miguel Sottomayor

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RE: Família Coutinho de Penedono

#257273 | dhelena | 25 jun 2010 23:49 | Em resposta a: #257204

Caro José Brás

Agradeço imenso as informações que teve a amabilidade de me disponibilizar. O meu interesse nesta família é recente, pois soube que uma tia avó por afinidade é filha bastarda de um Coutinho (meu tio com 90 anos não se lembrava do nome,pois viveram sempre em Lisboa, só iam a Penedono de férias). Ontem contou-me que o pai foi para o Brasil, obrigado a casar lá. Ainda teve mais uma filha com a mãe da minha tia. Portanto, trata-se deste Francisco Sant? Coutinho de quem tenho uma foto de familia ( com esta Família )....histórias de amores e desamores.

Conheço bem o palacete onde está instalada a estalagem que vem referida no blog sobre Penedono.

Por acaso sabe algo sobre as Sras D. Helena Morais Sarmento de Abreu Peixoto e D. Margarida Paulina de Morais Sarmento, madrinhas desta minha tia avò em 1917?

Com os meus agradecimentos e cumprimentos
DULCE JOSE

Ps: tenho parentes nos concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo ( Fonsecas,Bordalo, Monteiro) e na Guarda(Andrade Pissarra, Andrades,Costa Pissarra, Lourenços). Se tiver informações serão benvindas.

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RE: Família Coutinho de Penedono

#257290 | jaboo | 26 jun 2010 05:56 | Em resposta a: #257273

Cara Dulce José,

Fico contente por ter ajudado. Das senhoras que indica não tenho dado nenhum ... nunca vi familias com esses apelidos em Penedono antes de 1850 pelo que não deviam ser dai naturais.

Do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, tenho antepassados em Vilar Torpim com apelido Morgado.

A minha familia tem as suas raizes em Penerla da Beira no concelho de Penedono e houve lá uma familia "Soares de Mendonça" que descendia de "Andrades" da Guarda. Estou a falar de familias que viveram em meados de 1600 em Penela. Essas familias eram cristãs-novas.

Também tenho antepassados com apelido Bordalo mas os meus eram naturais de Souto de Penedono mas tendo em conta o facto de esse apelido ser raro, poderemos ter parentesco por esse lado.

Abraços,
JOAO BRAZ

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RE: Família Coutinho de Penedono

#257291 | jaboo | 26 jun 2010 06:40 | Em resposta a: #257241

Caro Miguelo Sottomayor,

Esses Coutinhos de que me fala foram um 3o ramo Coutinho de Penedono, familia da qual também já não há descendentes em Penedono. Mas esses Coutinhos nada tinham a ver com os outros 2 ramos Coutinho de que falo na minha outra mensagem. Esses Coutinhos procediam de Marialva, de onde era natural o dito Teodosio da Fonseca Coutinho.

Deixo aqui o que tenho sobre esses Coutinhos:

TEODÓSIO DA FONSECA COUTINHO, natural de Marialva, mas falecido em 1729 em Penedono, FSO (Carta de 3/3/1673), capitão-mor de Penedono e alcaide de Marialva, filho de Brás da Fonseca Coutinho, capitão-mor de Penedono e sua mulher Luzia Cardoso, falecida em S. Salvador de Penedono a 17.4.1672, sendo herdeiro seu filho Teodósio. Neto paterno de Diogo da Fonseca e de sua mulher Catarina da Fonseca; neto materno de Gaspar da Fonseca e de sua mulher Luzia da Fonseca, todos de Marialva.
Casou em S.Salvador de Penedono a 27.9.1655 perante as testemunhas Dr. Marcos Pinto de Aguiar, padre Manuel da Cruz Botelho e padre Manuel de Aguiar, a 21.11.1672 com MARIA HENRIQUES DE AGUIAR, baptizada em S.Salvador de Penedono a 27.9.1655 filha de Antonio Henriques, falecido em S.Salvador de Penedono a 12/8/1662 e de sua mulher Beatriz Luis, falecida em S.Salvador de Penedono a 16/4/1662; neta paterna de Pedro Alves da Beselga, Penedono e sua mulher Isabel Henriques, n. Fonte Arcada, em Macieira; neta materna de Tomé Martins e Beatriz Luis, falecida em Penedono a 10.6.1662, ambos de Penedono.

Filhos baptizados em S.Salvador de Penedono:

1- Padre ROQUE DA FONSECA COUTINHO
Baptizado a 26.2.1676, sendo padrinhos o padre António de Sequeira e sua sobrinha Ana de Sequeira. Aparece como padre pela primeira vez em 1699. Em 1706 era cura em Guilheiro. S. m. n.
2- D.MARIA TERESA DA FONSECA COUTINHO
Baptizada a 13.10.1678, sendo padrinhos Luís Pereira Coutinho e sua mulher Leonor de Vilhena. Casou em S.Salvador de Penedono a 10/12/1710 com ANTONIO PINTO HENRIQUES (ou PINTO DE AMARAL), capitão-mor de Penedono, baptizado em Penela da Beira a 17/8/1673 e falecido em S.Salvador de Penedono a 18/10/1741, filho de João Pinto de Amaral de Ranhados e sua mulher Ana Henriques da Fonseca, de Penela. Sem geração.
3- Padre BELCHIOR (MELCHIOR) CARDOSO COUTINHO
Baptizado a 14.1.1682, sendo padrinhos Luís Pereira, o Novo, e Ana, sua irmã. Já era padre em 1704 quando serviu de padrinho de baptismo em Penedono. Foi abade de S.Vicente de Tougues, Porto.
4- ANA
Baptizada a 10.3.1685, sendo padrinhos Manuel Cerqueira de Aguiar e Isabel de Proença. Faleceu 14 dias depois.
5- LEONOR MARIA DA FONSECA COUTINHO
Baptizada a 28.1.1687, sendo padrinhos frei João Pereira e Ana Rodrigues. Aparece como madrinha em 1701, juntamente com o seu irmão padre Roque da Fonseca. Madrinha em 1706 em S.Pedro de Penedono e em 1708 na Povoa de Penela. S. m. n.
24- ANA MARIA
Baptizada a 11.10.1691, sendo padrinhos Manuel Cerqueira de Aguiar e sua mulher Bernarda. Foi madrinha em 1704 em S.Salvador de Penedono. S. m. n.
24- TEODÓSIA MARIA DA FONSECA COUTINHO
Baptizada a 22.5.1695, sendo padrinhos Luís Pereira Coutinho e Teresa da Fonseca. Foi madrinha de baptismo em Trevoes em 1749. S. m. n.
24- D. FELICIANA MARIA DE ATAÍDE DA FONSECA COUTINHO
Baptizada a 9.4.1699, sendo padrinhos Luís Pereira e Feliciana, mulher do capitão-mor Luís Pereira Coutinho. Foi a segunda morgada de Penedono. Casou de primeiras núpcias com JOSÉ DE AGUIAR DONAS-BOTO DA FONSECA, o Moço, (a) capitão-mor de Vilarouco, onde morreu a 14.11.1734, com testamento, filho de outro do mesmo nome e de sua mulher Maria Geraldes do Amaral. C. g em Vilarouco (ver Donas-Boto de Albano Caves).
Casou em segundas núpcias com ANTÓNIO PEREIRA DE ALMEIDA, (b) FCR, 7o senhor do morgadio de S. Xisto e capitão-mor de S. João da Pesqueira, capitão de Ordenanças, (posto que vagou por morte de Baltasar de almeida Camelo, em 23.5.1771 ), filho de Manuel de Almeida da Fonseca e de sua mulher Mariana Pereira da Cunha. Sem geração.


Existe a habilitação para o SO do Teodosio que de certo trará mais informaçoes acerca da familia dele de Marialva. Mas nunca a consultei. Espero ter ajudado em alguma coisa.

Também tenho os Cayados/Anciães de Trevoes bem estudados pois pasei os paroquiais antigos de Trevoes a pente fino quando andava a investigar os meus costados naquela freguesia. Tenho um antepassado Manuel de Anciães da Costa que de certo era parente desses Cayados.

Cumprimentos,
JOAO BRAZ

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RE: Família Coutinho de Penedono

#257318 | jaboo | 26 jun 2010 19:40 | Em resposta a: #257241

Caro Miguel,

Com a pressa ficaram as coisas pouco claras. Deixo aqui outra vez os filhos com os devidos numeros:

Filhos baptizados em S.Salvador de Penedono:

1- Padre ROQUE DA FONSECA COUTINHO
Baptizado a 26.2.1676, sendo padrinhos o padre António de Sequeira e sua sobrinha Ana de Sequeira. Aparece como padre pela primeira vez em 1699. Em 1706 era cura em Guilheiro. S. m. n.
2- D.MARIA TERESA DA FONSECA COUTINHO
Baptizada a 13.10.1678, sendo padrinhos Luís Pereira Coutinho e sua mulher Leonor de Vilhena. Casou em S.Salvador de Penedono a 10/12/1710 com ANTONIO PINTO HENRIQUES (ou PINTO DE AMARAL), capitão-mor de Penedono, baptizado em Penela da Beira a 17/8/1673 e falecido em S.Salvador de Penedono a 18/10/1741, filho de João Pinto de Amaral de Ranhados e sua mulher Ana Henriques da Fonseca, de Penela. Sem geração.
3- Padre BELCHIOR (MELCHIOR) CARDOSO COUTINHO
Baptizado a 14.1.1682, sendo padrinhos Luís Pereira, o Novo, e Ana, sua irmã. Já era padre em 1704 quando serviu de padrinho de baptismo em Penedono. Foi abade de S.Vicente de Tougues, Porto.
4- ANA
Baptizada a 10.3.1685, sendo padrinhos Manuel Cerqueira de Aguiar e Isabel de Proença. Faleceu 14 dias depois.
5- LEONOR MARIA DA FONSECA COUTINHO
Baptizada a 28.1.1687, sendo padrinhos frei João Pereira e Ana Rodrigues. Aparece como madrinha em 1701, juntamente com o seu irmão padre Roque da Fonseca. Madrinha em 1706 em S.Pedro de Penedono e em 1708 na Povoa de Penela. S. m. n.
6- ANA MARIA
Baptizada a 11.10.1691, sendo padrinhos Manuel Cerqueira de Aguiar e sua mulher Bernarda. Foi madrinha em 1704 em S.Salvador de Penedono. S. m. n.
7- TEODÓSIA MARIA DA FONSECA COUTINHO
Baptizada a 22.5.1695, sendo padrinhos Luís Pereira Coutinho e Teresa da Fonseca. Foi madrinha de baptismo em Trevoes em 1749. S. m. n.
8- D. FELICIANA MARIA DE ATAÍDE DA FONSECA COUTINHO
Baptizada a 9.4.1699, sendo padrinhos Luís Pereira e Feliciana, mulher do capitão-mor Luís Pereira Coutinho. Foi a segunda morgada de Penedono. Casou de primeiras núpcias com JOSÉ DE AGUIAR DONAS-BOTO DA FONSECA, o Moço, (a) capitão-mor de Vilarouco, onde morreu a 14.11.1734, com testamento, filho de outro do mesmo nome e de sua mulher Maria Geraldes do Amaral. C. g em Vilarouco (ver Donas-Boto de Albano Caves).
Casou em segundas núpcias com ANTÓNIO PEREIRA DE ALMEIDA, (b) FCR, 7o senhor do morgadio de S. Xisto e capitão-mor de S. João da Pesqueira, capitão de Ordenanças, (posto que vagou por morte de Baltasar de almeida Camelo, em 23.5.1771 ), filho de Manuel de Almeida da Fonseca e de sua mulher Mariana Pereira da Cunha. Sem geração.

Cumprimentos,
JOAO BRAZ

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RE: Família Coutinho de Penedono

#257451 | msottomayor | 28 jun 2010 23:26 | Em resposta a: #257318

Caro João Braz

Agradeço muito as informações que me enviou, que são bastante mais do que eu tinha.

Também me interessa muito tudo o que diga respeito aos Cayado de Trevões. Gostaria particularmente de ter mais informação sobre um Nuno Cayado de Gamboa, instituidor de uma capela vinculada na Igreja matriz de Trevões em 1499. Já tive a informação através deste fórum que este Nuno Cayado não teria a varonia Cayado, não podendo por isso ser um Nuno Cayado que em algumas fontes (inclusive em papeis da minha família, mas também, por exemplo, na Corografia do Padre Carvalho, em "Trevões")) aparece como um fidalgo castelhano que obteve bens e se radicou em Trevões.

Já que fala da ligação da família Ansiães com a Cayado, tenho comigo informação de uma carta de habilitação ao S.O. de um Pedro de Ansiães da Fonseca, casado com uma Catarina Cayado de Almeida (neta de Nuno Cayado de Gambôa, e irmã de um antepassado minha, Maria Cayado de Almeida). Posso enviar-lhe mais detalhe desse documento se lhe interessar. Só por curiosidade, estas duas irmãs devem ser filhas de um Francisco de Almeida, com túmulo armoriado seiscentista na Matriz de Trevões (Almeida). Por acaso tem alguma informação que confirme esta minha suposição?

Mais uma vez muito obrigado por toda a informação que me enviou,

Cumprimentos,

Miguel Sottomayor

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RE: Família Coutinho de Penedono

#257453 | Nelita | 29 jun 2010 01:48 | Em resposta a: #257451

Caro Miguel Sottomayor:

Desculpe responder, pois o diálogo era com o João Brás, mas suponho que algumas notas lhe interessam.

Gaspar de Almeida, natural do Vilarouco, casou com Ana da Fonseca, natural de Trevões.
Filho:
1-Francisco de Almeida, natural do Vilarouco, Casou com Isabel Caiada natural de Trevões, filha de Nuno Gaspar de Gamboa e de Catarina da Fonseca, ambos de Trevões.
Filha:
1-Isabel de Almeida Caiado, natural de Trevões, casa com Gaspar de Anciães da Costa, natural de Trevões, filho de (?) e de Filipa de Sousa, neta materna de Pedro Afonso e de Joana Filipe. Gaspar de Anciães da Costa, F.S.O. (C. 22/12/1650), é sobrinho de Pedro de Anciães da Fonseca, Familiar do S. Ofício.
Filhos:
1-Manuel da Fonseca de Almeida
2-Pedro de Anciães da Fonseca

Manuel da Fonseca de Almeida, natural de Trevões, casa com D. Maria de Mascarenhas, n. de Folhadosa Seia
Filhos:
1- DR. Francisco de Almeida Caiado, Cónego Doutoral na Sé de Braga; Lente de Prima na Universidade de Coimbra (C. de (7/1704); Colegial de S. Paulo
2-Nicolau de Almeida Mascarenhas
3-Paula de Almeida, que casou com Mateus Correia de Seixas, capitão-mor em Fontercada, F.S:O: filho de Mateus Coreia e de Antónia de Seixas
Filho:
1- Fernão Álvares de Seixas Correia

In Registos Paroquiais de Trevões, Livro 14 p. 1. Manuscritos do Dr. Domingos Afonso


Cumprimentos
Nelita

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RE: Família Coutinho de Penedono

#257456 | jaboo | 29 jun 2010 06:36 | Em resposta a: #257451

Caro Miguel Sottomayor,

Fico contente por ter ajudado.
Deixo aqui um outro dado sobre o seu antepassado "Antonio Henriques" (pai de Maria Henriques de Aguiar). Ele teve um filho ilegitimo em Penedono de Ana de Araujo, chamado Alexandre baptizado em S.Salvador de Penedono a 16/6/1661 (padrinhos Francisco Paes e Maria Rodrigues mulher de Domingos Simão).

Quanto aos Cayado de Gamboa de Trevões, eu tinha deixado uma mensagem neste forum há já algum tempo, para si e para o confrade e parente Oscar Caeiro Pinto. Como não sei se tinha reparado nessa minha mensagem deixo aqui outra vez o link: http://geneall.net/P/forum_msg.php?id=229071#lista

De facto, nessa mensagem eu tinha deixado dados encontrados no Processo de Inquisição de Fernão Dias (acusado de judaismo em 1619) onde se lê que o seu antepassado "Nuno Cayado de Gamboa" era irmão de Duarte Rebelo e de João Vaz Cayado (esse pai do licenciado Jorge Caiado de Gamboa de 80 anos pouco mais ou menos em 1619), todos filhos de Duarte (ou João) Vaz Rebelo e por isso nada tem a ver com o Nuno Caiado de Gambôa que as genealogias dizem ter vindo de Espanha. Tendo em conta que aquele Fernão Dias era contemporaneo dessa gente, penso que não se pode contestar essa varonia Rebelo dos Cayados Gamboas! Também penso que cronologicamente o Nuno Cayado de Gamboa pode dificilmente ter sido o instituidor de uma capela vinculada na Igreja matriz de Trevões em 1499 pois ele deve ter nascido c.1530-40 mas não muito antes (e nunca antes de 1500!). Pode dizer-me onde encontrou essa informação?

A consulta do processo de Fernão Dias está disponivel no website da DGARQ e por isso sugiro-lhe se tiver tempo de dar uma vista de olhos a esse documento pois aparecem lá muitas informações sobre várias familias de Trevões aparentadas com esses Cayados de Gamboa. Uma delas foram os "Anciães da Costa e Fonseca", familia da qual eu descendo pois a minha 8a avo Catarina da Costa Lopes tinha nascido c.1665 em Trevões e era filha natural de Domingas Lopes Dourada e de Manuel de Anciães da Costa, filho este de Maria de Anciães, todos de Trevões. Infelizmente, não sei qual era o nome do pai desse Manuel de Anciães da Costa. No entanto nessa época apenas encontrei duas Marias de Anciães em Trevões que cronologicamente podem ser a mãe desse meu antepassado:

1- A primeira foi a Maria de Anciães (casada com o Ldo Antonio de Távora, cg), irmã de Manuel de Anciães da Fonseca (casado com D.Filipa de Sousa, cg), de Pedro de Anciães da Fonseca (casado com Catarina Cayado de Gambôa, cg) e de Isabel de Anciães da Fonseca (casada com Fernão de Alvares de Seixas, smn), todos filhos de Gaspar de Anciães da Costa e sua mulher Antonia Francisca (ou da Fonseca).

2- A segunda foi uma Maria de Anciães que aparece naquele Processo de Inquisição de Fernão Dias, como neta de João Vaz Cayado e bisneta de Duarte ou João Vaz Rebelo. Essa Maria de Anciães tinha casado com Gaspar Alvares Gelras (que também era primo dentro do 3o e 4o grau com os Anciães).

Mas tendo em conta que o apelido do meu Manuel era "de Anciães da Costa" penso que a mãe dele será a primeira.

Eu tinha pedido há algum tempo a copia da HSO do Pedro de Anciães da Fonseca na TT mas disseram-me que por causa do mau estado não podiam mandar por isso tudo o que tiver sobre esses Anciães de Trevões será bemvindo!

Eu passei os paroquias de Trevões a pente fino e por isso tenho a familia Cayado de Trevões bem estudada (pelo menos no que diz respeito a baptismos e obitos a partir de 1589, data em que começam esses paroquiais).
A sua antepassada "Isabel Cayada" falecida a 16/10/1642 tinha casado com Francisco de Almeida, de S.João da Pesqueira onde era escrivão dos Órfãos de filho de Gaspar de Almeida e Ana da Fonseca, de Vilarouco (infelizmente sobre esses Almeidas que procedem de Vilarouco tenho muita pouca coisa). Baptizaram 5 filhos entre 1589 e 1603:

1- Catarina Caiada (ou de Gamboa), bp 27/3/1589, sendo padrinho Gaspar Fernandes Donas. Casou em Trevões antes de 1619 com Pedro de Anciães da Fonseca, falecido a 20/7/1638, filho de Gaspar de Anciães da Costa e Antonia Francisca. Tiveram uma filha Mariana da Fonseca, que aparece como madrinha em 1637. Deve ser a Mariana de Anciães casada com João Rebelo Caiado, pais de Catarina bp. 4/5/1656, de Maria Cabral fal. a 6/3/1668 e de Domingos Caiado Rebelo, COC em 26/3/1676.

2- Isabel, bp 18/7/1594, sendo padrinhos Ana Figueiredo (mulher de António Vaz Telo) e Gaspar Francisco "seu cunhado". Smn

3- Maria Cayado de Almeida, bp 20/3/1597, sendo padrinhos Francisco Curado e Joana de Braga. Faleceu a 12/10/1634 e tinha casado com Manuel Rebelo. Foram pais de:
3.1- Maria Cayada de Almeida (de Gamboa) falecida a 7/2/1687 e casada a 2/12/1658 com seu primo Jorge da Fonseca de Almeida, da Pesqueira mas falecido em Trevoes em 1672, filho de Baltazar de Almeida Camelo e Maria da Fonseca Pacheco. Tiveram pelo menos 5 filhos; cg.
3.2- Padre Francisco Caiado Rebelo, fal. 7/11/1679. Teve um filho natural de Catarina da Fonseca, chamado Francisco Cayado casado em Valongo dos Azeites em 1687 com Mariana de Sá, natural da Povoa de Penela. Cg em Povoa.
3.3- Ldo Antonio Cayado, fal. a 3/1/1680 em Guimarães ("o assento de obito diz o seguinet: Ldo Antonio Cayado juiz de Fora de Guimarães onde faleceu, seu herdeiro Dr Domingos Cayado Rebelo seu irmão morador na vila de Trevões . Registo feito a 8.9.1680"). Smn
3.4- Dr Domingos Cayado Rebelo, fal. 5/10/1681, herdeiro de seu irmão. Smn
?3.5- João Rebelo Cayado cc Mariana de Anciães (ver acima). Cg

4- Francisco bp 25/9/1599, smn

5- Isabel Cayado de Almeida, bp 2/2/1603 sendo padrinhos Gaspar de Sousa e Maria Lopes mulher de Diogo Sobrinho. Deve ser a Isabel Cayado que faleceu a 8/5/1684. Casou a 18/9/1635 com Gaspar de Anciães da Costa e Fonseca, filho de Manuel de Anciães da Fonseca de Trevões e sua mulher D.Filipa de Sousa, de Ervedosa do Douro. Pais de:
5.1- Gaspar de Anciães, padrinho de baptismo em 1653 com a mãe. Smn
5.2- Manuel da Fonseca de Almeida bp 8/9/1636 sendo padrinho Fernando Alvares de Seixas. Casou com D.Maria Mascarenhas, bp 24/8/1624 na Folhadosa, Seia, Coimbra, filha de António Garcia de Mascarenhas, da vila de Ervedal e de sua mulher Ana Marques do dito lugar de Folhadosa do Bispado de Coimbra. Com larga geração (6 filhos). Também teve um filho ilegitimo com Maria Semelga.

6- Lucas de Almeida Caiado, fal na Pesqueira a 8/1/1645, escrivão dos órfãos em S. João da Pesqueira em 1632, casou a 25/4/1628 com Isabel de Figueiredo (4º grau de consanguinidade), irmã de Jácome Roiz de Figueiredo, filha de Domingos Gonçalves Belver e de Joana Luís de Figueiredo. Com geração.

A descendênica desses Cayados (com apelidos Rebelos, Cayados, Almeidas, Anciães da Fonseca etc...) é demasiado grande para eu transcrever aqui tudo mas se quiser um ramo em particular diga (posso se quiser também mandar por email num documento (joaobraz_2000@yahoo.com)!


Aguardo pois o que tiver sobre os Anciães da Fonseca.

Cumprimentos,
JOAO BRAZ

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RE: Família Coutinho de Penedono

#257532 | jaboo | 30 jun 2010 05:53 | Em resposta a: #257453

Cara Nelita,

É sempre bom encontrá-la em diferentes topicos!
Pode dizer-me um pouco mais acerca desses manuscritos do Dr Domingos Afonso a que faz referência?

Abraços,
JOAO BRAZ

Resposta

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RE: Família Coutinho de Penedono

#257543 | Nelita | 30 jun 2010 09:11 | Em resposta a: #257532

Caro Joãp:

Sabe que também me interesso muito por Trevões. Há alguns anos, por uma história que um dia lhe contarei folheei e tirei algumas notas desses manuscritos. sei onde estão, mas não são meus. Parte deles foram publicados em boletins, mas também os não tenho, com muita pena minnha. Na altura o Dr. Domingos Afonso não os deixou publicar, pois algumas famílias ou os seus descendentes podiam sentir-se "feridos". Mais tarde foram vendidos e recuperados pela família, devido a uma das histórias que não agradou aos descendentes da famíla em causa. Hoje têm um preço proíbitivo. Apenas tenho essas notas, que com a vossa ajuda dão alguma luz.
Continuo a tentar pelos menos consultar os boletins. Se acontecer e encontrar algum dado, claro que envio.
Já encontrou al gum "Paes" ou "Paes Correia" de Trevões?
Vem cá este ano?
Cumprimentos
Nelita

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RE: Família Coutinho de Penedono

#257598 | msottomayor | 30 jun 2010 22:35 | Em resposta a: #257456

Caro João Braz

Agradeço mais uma vez ceder-me toda esta informação sobre os Fonseca Coutinho de Penedono/Marialva, e aparentados. É muito mais do que eu esperava. Vou começar agora a organizá-la, para me entender.

Na minha última mensagem disse, por engano, que o vínculo de Trevões tinha sido instituído em 1499 por Nuno Cayado de Gambôa, mas queria dizer 1596. Foram só quase 100 anos depois!

Sobre Pedro de Ansiães da Fonseca, aqui vai o que tenho (espero que não fique muito desapontado), tal como me passaram (um meu tio, que infelizmente já morreu):
Processo de habilitação a Familiar do Santo Ofício de Pedro de Ansiães da Fonseca, casado com Catarina Cayado de Almeida (ANTT. Hab.S.O., Pedro, M.41, Nº733).

Em relação à "carta de imizade" que envolve os Cayados, eu tinha visto na altura a sua mensagem, peço desculpa se não cheguei a agradecer, mas pensei que o tinha feito. Depois de tanto tempo, já não o liguei agora a essa mensagem, e acabei a "ensinar o Padre Nosso ao vigário".

Vou ver nos meus papéis (notas manuscritas antigas) se encontro mais alguma coisa sobre os Ansiães, para lhe passar.

Um abraço e obrigado

Miguel Sottomayor

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RE: Família Coutinho de Penedono

#257601 | msottomayor | 30 jun 2010 22:46 | Em resposta a: #257453

Nelita

Só agora reparei na sua mensagem. Claro que me interessa, e agradeço muito.

Espero que esteja tudo bem consigo.
Muitos cumprimentos,

Miguel

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RE: Família Coutinho de Penedono

#257613 | jaboo | 01 jul 2010 03:16 | Em resposta a: #257598

Caro Miguel,

Infelizmente não se pode consultar essa HSO de Pedro de Ansiães da Fonseca por estar em mau estado. Tinha esperança que o Miguel a tinha consultado quando estava acessivel mas então não. Espero que um dia essa HSO seja restaurada pois devem vir nesse documento pelo menos o nome dos avos do Pedro que ainda me são desconhecidos!

Sendo a varonia dos Cayados, afinal Rebelo, falta saber de onde vem o apelido Cayado de Gamboa (será do lado materno?). Gamboas também encontro em outras freguesias proximas como Ranhados e Penela da Beira (mas esses são mais tardios e eram cristãos-novos com origem no bispado de Miranda).

Abraços e sempre ao dispôr,
JOAO

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RE: Família Coutinho de Penedono

#257626 | Nelita | 01 jul 2010 09:44 | Em resposta a: #257613

Caros João e Miguel:

"Recostada no sopé da serra Labogueira, entre os rios Carvalho e Vidual, Leomil convidou os romanos a criar fundos agrários nas suas humíferas veigas, depois exploradas por Muçulmanos e Judeus, os últimos vivendo em bairro próprio, separado da vila, no sítio dos Cancelos, perto da picota. Continuando na subida a caminho de Semitela deparavam-se as Mourarias. As velhas crónicas relatam a tomada do castelo aos Mouros pelos cavaleiros D. Paio e D. Garcia Rodrigues, os próprios a quem o conde D. Henrique coutou a terra. Com o neto e herdeiro dosconquistadores, D. Mem Gonçalves da Fonseca, principia o infante D. Pedro a genealogia dos Fonsecas, depois cognominados Coutinhos. Nas inquirições de 1290 as testemunhas afirmaram ter ouvido dizer que D. Henrique coutou a terra a D. Garcia o qual, com ajuda de seu irmão D. Paio ou Paião, a conquistou e lhe deu foral juntamente com sua esposa D. Dórdia e filhos. (A. Brandão, Crónica do Conde D. Henrique, p. 103; A. Fernandes, Esparsos, p. 146. A carta de foral foi outorgada em Junho de 1149 /BN, Ms. 1102, f. 48, orig. de A. Lousada, segundo DMP, nº 230, pp. 282-283). A cédula não chegou a ser registada, mas consta do foral de Pera que nesta terra se observava o de Leomil (Dias, Forais, pp. 72, 219). Advirta-se que o foral intitulado «do Souto do Couto de Leomil» diz respeito a Souto de Penedono, incorporado no couto de Leomil. Em Novembro de 1244, servia de juíz na vila Pedro Anes (Doações de Tarouca, f. 29).
Em atenção aos serviços prestados por Vasco Fernandes Coutinho, nomeadamnte a guerra contra Castela, el-rei D. Fernando, por carta assinada em Vila Nova de Anças, a 13 de Maio de 1372, fez-lhe doação do couto de Leomil, das terras de Pera e Souto, com seus termos, juridições e rendas...

História da Cidade e Bispado de Lamego, de Gonçalves da Costa, vol. II, p. 145.

Cumprimentos
Nelita

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RE: Família Coutinho de Penedono

#257634 | Nelita | 01 jul 2010 11:07 | Em resposta a: #257626

Caros Miguel e João:

Mais algumas notas:

O Padre Francisco Rebelo Cerveira, natural da Pesqueira, foi testamenteiro do Padre Francisco de Almeida Caiado, que servira a igreja como abade encomendado desde 1673 e faleceu a 7 de Janeiro de 1690 no cargo de cura de Ervedosa.
in História da Cidade e Bispado de Lamego, de Gonçalves da Costa, Vol. IV, p. 101
Trevões:

Baltazar de Almeida Camelo, palacete construído em 1605...

"na Rua de S. Domingos, salvou-se o nicho de uma antiga capela adaptada a moradia. De fronte, outra casa armoriada foi recentemente alteada a tijolo. Na pedra de armas, muito delida, decifram-se os embelemas dos Rebelos e Caiados de Gamboa, com o todo envolto por sete castelos. Trata-se certamente do capitão de fuzileiros Lourenço Rebelo Esteves de Sousa, filho de Jacinto Rebelo Esteves de Sousa, descendente de Ricardo Rebelo, casado em Ferreirim de Fonte Arcada, em 1570, com D. Catarina de Sousa, de quem teve Filipe Rebelo de Sousa. Este, por sua vez casou com D. Ana Esteves, de quem teve o referido Jacinto Rebelo. O neto, Lourenço, instituiu, em 1633, o vínculo de Santo António em cuja administração sucederam por geração, Gregório, Domingos (corregedor em Lamego), Manuel (lente de direito em Coimbra) e outros.
...o vigário José Cardoso, procedeu à vistoria das diversas terras vínculadas às diversas «capelas» ligadas à matriz e achou 11 óbitos com um total de 152 missas anuais perpetuas instituídas pelos seguintes defuntos:
...Gaspar Anciães da Costa, uma, e sua esposa Isabel Caiado de Almeida, 50, noaltar da capela de S. Tiago, «enquanto o mundo durar», legado apresentado pelo marido a 16 de Dezembro de 1684. Domingos de Anciães e Domingos da Costa, 10 missas, com terras vínculadas de que os administradores tomaram conta pela costumada galinha de luvas; Lic. Heitor Furtado de Rebelo, 2; (era casado com Isabel Luís, baptizou o filho Henrique a 23 de Setembro de 1677, apadrinhado por João Caiado de Gamboa). Brás de Figueiredo 12, pertencentes ao vínculo instituído pelo desembargador Domingos Caiado Rebelo na capela da Senhora da Conceição, que erigiu juntoo das suas moradas. Entre os legados deste vinculo o desembargador incluiu a casa «que chamam dos estudos» e uns livros avaliados em 57.100 réis, não considerados na relação do Porto por não produzirem rendimento algum.
...
Se ainda não têm algumas destas notas envio mais.
Obr. cit. p. 119
Cumprimentos
Nelita

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RE: Família Coutinho de Penedono

#257654 | Nelita | 01 jul 2010 15:36 | Em resposta a: #257634

Cont.

"Na capela particular da casa, Freixo de Numão) o capitão-mor do concelho, António Pereira Pimentel, recebeu em matrimónio, no dia 29 de Abril de 1662, D. Ana Pacheco de Figueiredo, de quem teve: Francisco, baptizado em Maio de 1663, tocando-o ao sair da pia baptismal o corregedor de Pinhel, Manuel da Fonseca de Azevedo e sua esposa, D. Brites de Figueiredo, moradora em Cedovim; os gémeos António e Mariana, em Janeiro de 1666, sendo o primeiro apadrinhado pelo juíz de fora, Dr. António Caiado Rebelo". obr. cit. vol. IV, p. 152.

"Durante o século XVII, a nobreza de sangue luso não escolheu Foz-Côa para lugar de residência. O mais que descubrimos foi Manuel Domingues Afonso Gamboa e esposa, Isabel Domingues, a baptizarem a filha Maria, em Setembro de 1664, presidindo ao acto o Lic. Martim Afonso de Melo; apadrinhou a menina o forasteiro D. Inácio da Câmara". obr. cit. vol. IV, p. 170

"Lic. António Rodrigues de Gamboa, procurador numa questão de Águas em Moimenta da Beira em 1673" obr. cit. vol. IV, p. 632

Cumprimentos
Nelita

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RE: Família Coutinho de Penedono

#257901 | msottomayor | 04 jul 2010 21:22 | Em resposta a: #257291

Caro João Braz

Estive a juntar tudo o que tinha, e a comparar com o que me enviou, para já só sobre Fonsecas Coutinhos/Henriques, de Penedono e Marialva. Envio a seguir a ascendência que resulta de Leonor de Aguiar Donnas Botto (ou Leonor de Athaíde de Meneses Coutinho, como parece que também assinava, segundo apontamentos da minha família).

1. Leonor de Aguiar Donnas Botto, c. Miguel António de Almeida Cayado (ou Almeida Camello), filha de

2. Feliciana de Ataíde de Meneses Coutinho, n. 1699, casada com José de Aguiar Donnas Botto da Fonseca (f.1734), filha e sucessora de (entre 8 filhos, foi a mais nova e única com geração, conforme a informação do João Braz e outros dados que tinha):

3. Theodósio da Fonseca Coutinho, c.1655 com Maria Henriques de Aguiar (filha de António Henriques*, f. 1662, e de Ana de Araújo), f.1729, Alcaide-Mor de Marialva e Capitão-Mor de Penedono, filho de

4. Braz da Fonseca Coutinho, Capitão-Mor de Penedono, e de Luzia Cardoso (filha de Gaspar Cardoso Coutinho, Alcaide-Mor de Marialva, e de Luzia da Fonseca; irmã do Padre Roque da Fonseca Coutinho, que instituiu o vínculo de Nossa Senhora do Carmo, em Penedono, sendo sucessor o sobrinho Theodósio da Fonseca Coutinho; neta paterna de Diogo da Fonseca Coutinho), filho de

5. Diogo da Fonseca e de Catarina da Fonseca

Não sei se esta informação lhe interessa, mas se encontrar alguma inconsistência com informação que tenha consigo, uma vez que tem muitos dados sobre os Fonseca Coutinho desta zona, ficava-lhe muito agradecido se me dissesse.

Sabe se este cargo de Alcaide-Mor de Marialva era hereditário? Pergunto isto porque aparecem dois acima com esse cargo, possivelmente aparentados. Dois dos que são mencionados (Diogo da Fonseca e Diogo da Fonseca Coutinho, ambos de Marialva) até parecem ser a mesma pessoa!


Um abraço

Miguel


* Encontrei a seguinte nota nuns apontamentos que me passou um tio meu: «na lista dos provedores da Misericórdia de S.João da Pesqueira refere-se que em 1661 era provedor António Pacheco Henriques, o qual instituíu um vínculo que "possui hoje Miguel António Camello, de Trevões, por sua mulher D. Leonor de Aguiar Donnas Botto"».

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RE: Família Coutinho de Penedono

#257969 | jaboo | 05 jul 2010 18:33 | Em resposta a: #257901

Caro Miguel,

Um erro so: a mãe da Maria Henriques de Aguiar chamava-se Beatriz Luis e era filha de Tomé Martins e Beatriz Luis, essa falecida a 10.6.1662 viuva, ambos de Penedono
(Nota: a Ana de Araujo era uma moça solteira de Penedono que teve um filho ilegitimo com o Antonio Henriques).

Eu já tinha conhecimento dum vinculo instituido por Antonio Pacheco Henriques da Pesqueira que possuia Miguel Antonio Camello de Trevões "por casar com D.Leonor de Meneses Coutinho filha do capitão José de Aguiar Donas Botto da Fonseca". Não posso dizer como esse vinculo acabou nas mãos do Miguel. A filiação do Antonio Henriques aparece na HSO do Teodosio da Fonseca Coutinho por isso não se pode negar (veja a nota no livro “Habilitações para o Santo Ofício”, volume XXV, p.150, da autoria de António de Assis, Graça Araújo da Rocha e Luís Soveral Varella). A não ser que haja erro na leitura daquele processo mas não posso dizer pois não consultei o dito processo.

Também não sei se o cargo de Alcaide-mor era hereditário mas é provável que sim.

Quanto aos Fonseca Coutinho de Marialva, vou ver se existe alguma coisa na obra recente do Pedro Quadros Saldanha ("Os Trancosanos") que trata de muitas familias daquela região com esses apelidos.

Abraços,
JOAO BRAZ

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RE: Família Coutinho de Penedono

#257978 | msottomayor | 05 jul 2010 19:38 | Em resposta a: #257969

Caro João

Eu sabia dos pais de Maria Henriques. Mas como quis introduzir a informação que me deu, do meio-irmão dela, no software que uso, sem querer coloquei a amiga do pai no lugar da mãe legítima, o que não foi uma coisa nada bonita...

No Felgueiras Gayo, que estive ontem a consultar, no séc. XVI pelo menos, aparecem vários Fonseca Coutinho, de Marialva, muitos de nome próprio Diogo, e alguns dessa linha ditos Alcaides-Mor de Marialva. Mas não encontrei nenhum com combinações de nomes entre pais e filhos que coincidam com estes.

Fico então à espera de novidades dos "Trancosanos", logo que possível para si.

Só mais uma questão. Não percebi se, na sua opinião, o António Henriques, e o António Pacheco Henriques, são a mesma pessoa.

Um abraço, e obrigado mais uma vez,

Miguel

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RE: Família Coutinho de Penedono

#257982 | jaboo | 05 jul 2010 20:17 | Em resposta a: #257978

Caro Miguel,

Se acreditarmos na HSO do Teodosio da Fonseca Coutinho então não. Serão 2 pessoas diferentes. Há que consultar essa HSO.
Abraços,
JOAO

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RE: Família Coutinho de Penedono

#258078 | msottomayor | 06 jul 2010 18:10 | Em resposta a: #257982

Caro João

Vou tentar consultar essa HSO, depois dou-lhe noticias. De qualquer forma parece estranho serem duas pessoas diferentes, tanto pelas datas como pela informação sobre os vínculos herdados por Miguel Almeida Cayado e pela mulher.

Pode dar-me o seu e-mail? O meu é: misottomayor@clix.pt.

Um abraço

Miguel

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RE: Família Coutinho de Penedono

#258081 | jaboo | 06 jul 2010 18:28 | Em resposta a: #258078

Caro Miguel,

Ja lhe mandei um email.

Abraços,
JOAO

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RE: Família Coutinho de Penedono

#258126 | Nelita | 07 jul 2010 11:40 | Em resposta a: #258081

Caro João Braz:

Já tive notícias do João Azevedo. Felizmente está tudo bem. Apenas umas notas que recolhi na H. da Cidade e Bispado de Lamego, que lhe devem ser úteis.

Muxagata:
Reitor Dr. Manue de Jesus Henriques Marçal e Ramos, ainda em exercício em 1802.

Mós, termo do Freixo:

A 12 de Junho de 1767, na capela da Senhora da Graça, José de Abrunhosa Pinto, do Outeiro dos Gatos, casou com Úrsula Maria do Amaral Lopes de Vasconcelos, filha de João Lopes do Amaral e de Apolónia Lopes de Vasconcelos. João Lopes havia falecido em Março de 1763, tendo sido sepultado na capela da Senhora da Graça.

Marialva:
Em 1704, foi baptizada uma filha do capitão António da Fonseca Coutinho e de D. Francisca Meneses, apadrinhada por D. Sancho de Faro e Sousa, general da província do Minho, que se fez representar por Luís de Sousa Meneses, tio materno da neófita; em 1712, serviu de padrinho o sargento-mor António da Fonseca Coutinho, que voltou a apadrinhar uma criança no Rabaçal, em Fevereiro de 1721, juntamente com sua filha D. Teresa Rosária Maria de Meneses
...Em Maio de 1750, recebeu o baptismo Alexandre, filho de António Xavier Monteiro de Sousa Amado e neto paterno do Dr. Brás Monteiro, natural de Várzeas. António Xavier já era sargento-mor em 1744, ano em que apadrinhou uma criança em Vale de Ladrões.

Cumprimentos
Nelita

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Família Coutinho de Penedono

#352691 | jaboo | 05 dez 2014 18:57 | Em resposta a: #257197

Cara Dulce Jose, consegui apurar um pouco melhor as origens do Francisco de Sant'Ana Coutinho. Se ainda tiver interesse nesses Coutinhos de Penedono, pode entrar em contacto comigo por email:

joaobraz_2000@yahoo.com

Cumprimentos,
JOAO BRAZ

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