Sousas, uns, da Figueira da Foz
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Sousas, uns, da Figueira da Foz
Caros confrades:
Já aqui se tratou do tópico "Silva Miguéis" e por este vêm os "Silva e Sousa", sendo dado que uma bisavó minha Maria Amélia da Silva e Sousa, provém destes.
A questão coloca-se quanto à origem do ramo "Sousa".
Localizei, faz tempo, um processo de ordenação no AUC, de Fernando Vieira de Sousa, datado de 1758 (cxª 423), o qual contém apenas a De Genere, importante sim, embora não muito desenvolvida em certidões de idade nem nada que se pareça. Enfim, serviu e serve.
Este ordinando foi baptº a 09.05.1741, nascido a 2 [digitalizado 254 no site do AUC para Tavarede].
Era filho de João Rodrigues de Sousa e de Esperança Bernarda Vieira, recebidos em Tavarede a 18.07.1740 [388].
Neto paterno de Miguel Rodrigues de Sousa e de Leonor da Cruz - os que me interessam focar aqui.
Neto materno de José Mendes Fera, da F. Foz, que detinha o ofício de pescador do rio Mondego com seus barcos, e de Maria da Encarnação Paiva Vieira, de Tavarede.
Pelo dito processo, Miguel Rodrigues de Sousa havia nascido em Redondos mas foi baptizado na "pia de S. Cristóvão" da cidade de Coimbra, pelo facto de os pais - Matias Rodrigues e Isabel Rodrigues - andarem ao serviço de uns ingleses que tinham residência tanto na F. Foz como em Coimbra: ela na qualidade de ama e ele de feitor.
O mesmo processo refere que Miguel tinha mais irmãos na Figueira da Foz e a família é dada como residente nesta vila (então) e nas inquirições é nomeado um Francisco que foi casar a Buarcos (não localizei ainda este casamento até porque não sei os apelidos que ele usou na vida adulta).
Localizei sim, na F. Foz, um João, baptº a 24.05.1688 [97] filho dos ditos (só vem referido o nome do pai mas não se deve confundir com outro na mesma altura), e que teve por padrinho um Francisco Piquerim, que não é nada mais nada menos que o aportuguesamento de Pickering, estabelecidos na F. Foz e ligados à vida do mar (há registos na Biblioteca Muncipal da F. Foz das entradas na alfândega de barcos com mercadorias, capitaneados por esta gente).
- Este assento deste João, irmão do Miguel (este Miguel é meu antepassado directo por via de uma filha Cipriana da Cruz que casou em Tavarede a 26.02.1730 [377] com Baltasar Ferreira - dos Ferreiras Jácomes) vem acompanhado de um averbamento que refere que fora passada certidão a requerimento de Esperança Bernarda Vieira, da F. Foz e quem diz este assento diz outros dentro da mesma família Rodrigues de Sousa, mesmo dos flhos e netos de Miguel Rodrigues de Sousa, nomeadamente já na descendência daquela minha antepassada Cipriana da Cruz e marido, alguns requerimentos para efeitos ultramarinos.
Miguel Rodrigues de Sousa seguiu o ofício de alfaiate enquanto viveu na F. Foz mas foi casar a Tavarede a 31.07.1702 [356] com Leonor da Cruz, e aí trocou o ofício que tinha pelo do estanque do tabaco para o lugar de Tavarede.
Quem era esta Leonor da Cruz? Foi baptª em Brunhós/Soure a 10.10.1675 [18] tendo sido seu padrinho Miguel da Fonseca, filho de Domingos Correia da Fonseca, de Montemor-o-Velho, de família reputadamente nobre nessa vila. Outro filho (irmão de Leonor) detectei em Brunhós - Gerardo - baptº a 26.08.1674 [17] apadrinhado por Manuel da Fonseca filho do mesmo Domingos, e baptizado pelo L.do Gonçalo da Costa Gramaxo com licença do pároco. E não localizei mais filhos nesta paróquia sendo que os pais - João do Amaral e Francisca (Rodrigues) da Fonseca casaram em Vila Nova da Barca/Montemor-o-Vº a 13.08.1667 [250]. No assento podemos ver a proximidade deste João do Amaral e mulher, da família Correia da Fonseca: João do Amaral era quinteiro de Domingos C. da Fonseca e foram testemunhas nesse casamento - Diogo da Costa Gramaxo e seu irmão Gonçalo (da Costa Gramaxo/o mesmo acima).
No mesmo processo de ordenação vem referido por via do ordinando (tradição oral confusa?) que este João do Amaral e mulher fugiram de Brunhós quando a filha Leonor da Cruz contava aí uns 7 anos de idade em virtude de este ter assassinado um homem que ia na companhia de um fidalgo. Ora acontece que nas inquirições, os depoimentos convergiam nuns "Machados" - e destes havia vários para a mesma altura em que foram baptizados Leonor e Gerardo - como autores de semelhante crime e não no João do Amaral. Certo é que João do Amaral mulher e filha/filho(s) foram viver para Tavarede.
Rocambolesco? Lá cheio de peripécias é esta história de família.
Abraços a todos.
Pedro França
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Sousas, uns, da Figueira da Foz, Ferreiras, uns de Montemor-o-velho
Caro amigo,
Com está? De férias por terras alentejanas?
Chegou a alguma conclusão na Figueira da Foz? E a minha sugestão serviu-lhe de alguma coisa? Espero que sim.
Sobre o texto que trouxe ao debate, reparei nesses Ferreiras de Montemor-o-velho, pois tenho um ramo de Ferreiras, julgo que da vila de Pereira (pelo menos a Maria Joana é), Montemor-o-velho, que nunca mais estudei.
Esses seus Ferreiras Jácomes são da freeguesia de Montemor-o-velho ou de outras freguesias do concelho?
O que tenho destes meus Ferreiras é:
António Corrêa de Almeida, da Luzenda de St.º António, Góis, b a 1/9/1763 cc (Real Capela da Misericórdia de Pereira, a 5/6/1793) Maria Joanna Ferreira, de Pereira, Montemor-o-Velho, b 24/8/1774 (filha de João Ferreira – filho de de Luís Ferreira e Maria Soares – e de sua esposa Antónia Roiz/Rodrigues Raya – filha de Manuel Lopes e Izidora Roiz)
Uma curiosidade que, se bem me lembro, pertence a este assento de casamento entre António e Maria Joana é a referência a um pagamento de um dote.
O dote deixa algum rasto, algum documento?
E o que significa sociológicamente?
Um dia chateio-o por causa dos Carvalhos, de Coimbra...
Abraço e boas férias,
Miguel
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RE: Sousas, uns, da Figueira da Foz
Olá Pedrito
Tudo bem convosco?
Espero que não estejas a sufocar sob esta canícula abrasante em terras eborenses. Até aqui em Ribamar, de tempo habitualmente mais fresco, tem feito imenso calor. Nem em Tavira tivemos tanto calor, apesar do tempo (e da água) bem quente.
Só para te dizer que já tinha lido o teu post, logo no 1.º dia, mas como não tinha (nem tenho) nada que pudesse acrescentar, sobre a origem destes teus Sousa, deixei rodar o tempo, na expectativa de que alguém (muito dificilmente) te respondesse.
Já agora, como não a puseste aqui na BD, penso que esta ligação com os Silva Migueis venha pelo José da Silva Migueis, filho do nosso avô Antonio?
É que depois não sei, por não ter investigado essa descendência, se o Joaquim da Silva Migueis cc a Maria Rita de Sousa é filho, ou neto, daquele José. Penso que é destes Joaquim e Maria Rita que vem a tua ascendência, não é? Deles descobri os seguintes filhos:
- João da Silva e Sousa, cc Maria da Guia Gaspar. Por sua vez pais de:
-- Maria da Conceição * 14-XII-1840
-- Carlos * 24-I-1843
-- Caetano * 23-XII-1847
-- Adelaide * 28-IV-1850
É possível que haja mais filhos, mas não procurei mais. Aliás, estes apareceram quando eu procurava os meus Águas.
- António da Silva e Sousa, cc Mariana Fernandes. Pais de:
-- José * 3-IV-1839
Tenho também (não sei se é o mesmo casal com outros nomes) um António de Sousa (f.º de Joé da Silva e de maria de Sousa), cc Teresa Fernandes e pais de uma Maria * 17-IX-1846.
De todos os que indiquei as datas de * tenho as referências. se precisares delas diz-me. Mas penso que tenhas também todos estes dados.
E quanto às raízes dos teus Sousa, desculpa lá, mas ficas na mesma.
Um apertado abraço do primo e amigo,
Zé Filipe
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RE: Sousas, uns, da Figueira da Foz, Ferreiras, uns de Montemor-o-velho
Caro Miguel:
Pois, cá estou eu, mande sempre.
Quanto aos meus Ferreiras - Ferreiras Jácomes - vêm de Tavarede tanto quanto eu sei mas têm ligações com as localidades vizinhas: F. Foz, Redondos, Buarcos e até Quiaios.
Não posso ajudá-lo acerca da questão dos dotes da Misericórdia: sei que havia crianças que sendo órfãs ou expostas podiam ser confiadas à guarda da Misericórdia que lhes assegurava dote para poderem casar; é como se fosse o "enxoval" que elas levavam para o casamento...
Abraço.
Pedro França
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RE: Sousas, uns, da Figueira da Foz
Caro primo:
Pois, cá estou em terras alentejanas e tem estado um daqueles calores que nem te digo...pelo menos hoje, levantou-se o vento, está mais agradável...sabe bem é estar dentro de água.
Bem, eu não tenho aqui os dados dos Silva e Sousa mas o pai da minha bisavó Maria Amélia é também Silva e Sousa - António da Silva e Sousa (1817-88) e já está lançado aqui no GP. O José da Silva Miguéis é pai deste António. Portanto, esta é a linha e os Sousas vêm pela mulher Maria Joaquina de Oliveira já lançada na GP, também.
Os ramos que podes ter entretanto encontrado nas tuas pesquisas serão colaterais.
Vai dizendo coisas. Estou em contacto via net na CMÉvora Todos os dias, em princípio entre as 15:00 e as 17:00 h.
Um abraço e tudo de bom para vocês pelos Algarves.
O primo
Pedro
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RE: Sousas, uns, da Figueira da Foz, Ferreiras, uns de Montemor-o-velho
Caro Pedro,
Tavarede, pois, não é Montemor-o-velho... esqueça!
Quanto ao dote, expostos não são, mas já quanto a um deles ser orfão, quem sabe... boa pista!
Abraço
Miguel
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RE: Sousas, uns, da Figueira da Foz, Ferreiras, uns de Montemor-o-velho
Caro Pedro,
Na sexta-feira, ainda consegui ver o assento de baptismo e assento de casamento de Maria Joana e não vem qualquer referência, como seria de esperar, aos seus pais como já serem falecidos nessas datas.
Porém, vem referido terem apresentado carta de dote e autorização do sr provisor do bispado.
Será que se pode consultar esta carta e autorização?
Boas férias, que eu já estou em Praia D'El Rei, onde vou passar uns (poucos) dias, depois de ter passado ontem, 14 de Agosto, pelo centro de interpretação da batalha de Aljubarrota, que recomendo, vivamente!
Tive o privilégio de acompanhar a explicação da batalha, no centro e ao longo do campo, feito pelo tenente-coronel de infantaria José Américo Henriques, especialista em história militar e naquela batalha.
Abraço,
Miguel
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RE: Sousas, uns, da Figueira da Foz, Ferreiras, uns de Montemor-o-velho
Caro Miguel:
Não sei onde se possam consultar esses dados que procura...terei de perguntar, eventualmente, à Drª Ana Maria Bandeira, do AUC.
Quanto ao CIBA, fui lá este ano com o 5º ano de escolaridade da minha escola e adorei. Também não conhecia.
Continuação de boas férias.
Abrço.
Pedro França
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Sousas, uns, da Figueira da Foz
Em seu relato você menciona o José Mendes Fera, da F. Foz, que detinha o ofício de pescador do rio Mondego
Meu trisavô, foi Adelino dos Santos Fera( natural de Filgueira da Foz), que casou-se com Gliceria Fera, passaram a morar no Brasil, em Salvador/ bahia e foram pais de Aurea Anna dos Santos Fera(nascida em 26.07.1878), Gostaria de saber informações sobre a família Fera e sobre Adelino Fera, para complementar dados da minha arvore genealogica. agradeço qualquer informação.
ciro Maia.
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