S. Cosme e S. Damião da Lobeira, Guimarães

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S. Cosme e S. Damião da Lobeira, Guimarães

#288775 | DSS | 09 out 2011 20:01

Caros Senhores,

Alguém estuda esta antiga freguesia de concelho de Guimarães, e suas famílias?

Com os melhores cumprimentos,
Daniel Sousa

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RE: S. Cosme e S. Damião da Lobeira, Guimarães

#288780 | f4b2 | 09 out 2011 21:09 | Em resposta a: #288775

Caro Daniel Sousa

Estes e os outros dados que mencionei no outro tópico dos Mouras de Gondomar foram pesquisados nos Anuários dos anos de 1908/1909,que possuo na minha biblioteca,passo acitar:

S.Cosme e S.Damião da Lobeira(a 4km de Guimarães) em 1909 eram anexas de Athães,que por sua vez pertencia á J.P. de S.Torquato,deixo os poucos nomes que constavam em Athães e S.Torquato:

- JOAQUIM FERREIRA LEITE - Professor em Athães

- JOSÉ FERNANDES ALVES de MATTOS - Pároco em Athães


De S.Torquato

- GUILHERMINO CARDOSO da FONSECA - Pároco

- VICTORINO MARTINS - Encarregado do Correio

- JOAQUIM JUSTINO LEÃO MARTINS - Pharmaceutico

- ANTÓNIA MARIA OLIVEIRA - Professora

- MARIA LUIZA LEITE de FARIA - Professora

Cumprimentos

João Barroca

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RE: S. Cosme e S. Damião da Lobeira, Guimarães

#288781 | DSS | 09 out 2011 21:24 | Em resposta a: #288780

Caro João Barroca,

Agradeço as informações.

Com os melhores cumprimentos,
Daniel Sousa

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RE: S. Cosme e S. Damião da Lobeira, Guimarães

#288956 | ruifaria3 | 11 out 2011 20:33 | Em resposta a: #288781

Caro Daniel Sousa

Será mais prático lançar aqui os nomes das famílias de que pretende informações, algum confrade as pode reconhecer.
Cumprimentos,
Rui Faria

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RE: S. Cosme e S. Damião da Lobeira, Guimarães

#288964 | DSS | 11 out 2011 22:16 | Em resposta a: #288956

Caro Rui Faria,

Agradeço a sugestão. Tem toda a razão. Desta antiga freguesia interessa-me, sobretudo, a ascendência do casal André Machado e Ângela de Oliveira, que foram pais de um Filipe de Oliveira, que em 1742 vivia na freguesia de Nossa Senhora da Oliveira (Rua dos Palheiros?), em Guimarães, já casado. Estando impossibilidade de me deslocar ao Arquivo de Guimarães, deixo aqui o apelo.

Com os melhores cumprimentos,
Daniel Sousa

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RE: S. Cosme e S. Damião da Lobeira, Guimarães

#288965 | DSS | 11 out 2011 22:20 | Em resposta a: #288964

Onde se lê "estando impossibilidade" deve ler-se "estando impossibilitado".

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RE: S. Cosme e S. Damião da Lobeira, Guimarães

#289228 | ruifaria3 | 15 out 2011 02:04 | Em resposta a: #288964

Caro Daniel Sousa,

Partindo de uma das obras de referência da genealogia nacional, o Nobiliário de Famílias de Portugal de Felgueiras Gaio, no seu tít.: Freitas, § 24, pode ler-se: N 7 FELIPA DE FREITAS fª. de Pedro de Freitas N 6, do § 6, casou com Jacome de Brito e tiveram 8 – Salvador de Freitas viveu em Carapecos de S. Romão de Aroens e casou Dona Joana de Barros.


I – SALVADOR DE FREITAS, identificado como escudeiro (1585), cavaleiro fidalgo (1596) e mercador (1604), senhor da quinta de Crespos em Arões (São Romão), Fafe, homem nobre da vila de Guimarães e de Montelongo, herdeiro das armas dos Freitas, que com orgulho ostentavam na prataria de sua casa como se pode ver num instrumento de fiança datado de 1606 onde entrega «hum copo de prata todo dourado com huas armas dos Freitas de pé alto». Como muitos dos nobres da época teve várias aventuras amorosas, entre elas com a viúva do casal da Prelada, de nome MARIA FRANCISCA, viúva de DOMINGOS PIRES, filha de Francisco Anes e de sua mulher Cecília Pires; esta última, ainda viva em 1596, quando juntamente com os vários filhos perdoa a Gonçalo Pires e a João seu filho, moradores no casal do Outeirinho da freguesia de São Vicente de Passos, do resultado nefasto de uma rixa que tiveram com seu filho João Francisco, defunto, porquanto «saiu ferido de duas feridas no peito e de uma pedrada de que veio a morrer» e se tirou devassa a requerimento da viúva do dito João Francisco de nome Polónia Gonçalves «por auto de queixume que fizera diante das justiças da vila de Guimarães e porquanto haviam apurado que os ditos Gonçalo Pires e João seu filho eram culpados na dita morte também eram certificados que o dito João Francisco foi agressor e culpado e causador de sua morte e por serviço de Deus e porque queriam perdoar a alma do dito João Francisco e as suas e pela melhor via e forma perdoavam como defeito perdoaram livremente os ditos Gonçalo Pires e João seu filho e a cada um deles pela morte do dito João Francisco». Testemunhou este perdão Salvador de Freitas, cavaleiro fidalgo, morador na Quinta de Crespos. Da relação amorosa entre Salvador de Freitas e Maria Francisca nasceu:
1(II) MARIA FRANCISCA

II – MARIA FRANCISCA nasceu no casal da Prelada, Arões (São Romão), ca. 1590, aí casada a 21-Set-1614 com ANTÓNIO GONÇALVES, nascido no casal da Pestana, Arões (São Romão), baptizado a 15-Fev-1590, aí falecido a 16-Fev-1661, filho de António Gonçalves e de sua mulher Isabel Gonçalves, senhores do casal da Pestana. António Gonçalves e Maria Francisca foram lavradores caseiros e tiveram vários filhos, a maioria dos quais viveu pobremente como cabaneiros, a exemplo dos dois que fazemos seguir: Ana Gonçalves minha antepassada e Marcos Peixoto antepassado do Filipe Machado e provavelmente seu antepassado.
Tiveram entre outros:
3(III) MARCOS PEIXOTO, q.s.
6(III) ANA GONÇALVES


III – MARCOS PEIXOTO nascido em Arões (São Romão), Fafe, baptizado a 30-Abr-1620, aí casado a 07-Out-1642 com ANA FRANCISCA, nascida na mesma freguesia, baptizada a 25 de Março de 1612, filha de Miguel Francisco e de sua mulher Ana Fernandes.
Tiveram entre outros
4(IV) – CATARINA FRANCISCA PEIXOTO, q.s.


IV – CATARINA FRANCISCA PEIXOTO nasceu na freguesia de Arões (São Romão), Fafe, baptizada a 14-Nov-1649. Casou na freguesia de sua naturalidade a 20 de Junho de 1672 com NICOLAU MACHADO baptizado a 22-Dez-1648, falecido a 04-Abr-1705. Filho de João Machado e de sua mulher Ana João Gonçalves. Neto paterno de Gonçalo Gonçalves Machado e de sua mulher Isabel Fernandes Gonçalves. Neto materno de André João e de sua mulher Isabel Gonçalves, filha de Gonçalo Gonçalves e de sua mulher Isabel Gomes.
Tiveram entre outros
1(V) – ANDRÉ MACHADO, q.s.


V – ANDRÉ MACHADO nascido em Arões (São Romão), Fafe, baptizado a 11 de Julho de 1674, faleceu pobre no casal de Caíde, Lobeira (São Cosme Damião), Guimarães a 29-Mar-1756. Casou na freguesia de Rendufe (São Romão), Guimarães onde residia no casal da Laje a 02-Set-1700 com ÂNGELA DE OLIVEIRA, natural do casal de Monte Negro, São Torcato, Guimarães, baptizada a 20-Jan-1675, falecida no casal de Lobeira de Baixo, Lobeira (São Cosme Damião), Guimarães, a 17-Set-1736. Filha de Domingos Sodré e de sua mulher Maria de Oliveira, caseiros no casal de Monte Negro, em São Torcato. Neto paterno de Salvador Álvares, senhor do casal de Monte Negro, em São Torcato, e de Isabel Fernandes, mulher solteira. Neto materno de Torcato de Oliveira e de sua mulher Catarina Gonçalves senhores do Casal de Segade em São Torcato. André Machado e Ângela de Oliveira eram lavradores caseiros, gente de posses modestas que trabalhavam terras que não eram as suas. A necessidade forçava-os a uma vida errante e instável, o que explica o facto de os encontrarmos primeiro como caseiros de Sabarido, em São Romão de Rendufe, depois, como caseiros de Lobeira de Baixo, em São Cosme Damião de Lobeira
Tiveram:
1(VI) DOMINGOS nascido no casal de Sabarigo, Rendufe (São Romão), Guimarães, a 08-Jun-1701, baptizado a 12. Foram padrinhos Nicolau Machado da Laje e Domingas, solteira, filha de André de Oliveira da freguesia de São Torcato.
2(VI) MANUEL nascido no casal de Sabarigo, Rendufe (São Romão), Guimarães, a 14-Abr-1704, baptizado a 20. Foram padrinhos Manuel de Araújo e Maria filha de Domingos Sodré das Casas Novas.
3(VI) CATARINA nascida no casal de Sabarigo, Rendufe (São Romão), Guimarães, a 09-Jan-1707, baptizada a 12. Foram padrinhos André, solteiro, filho de Francisco de Meira do casal do Casal e Catarina, solteira, filha de Nicolau Machado.
4(VI) FILIPE MACHADO, nascido no casal de Sabarigo, Rendufe (São Romão), Guimarães, a 28-Abr-1712, baptizado a 1 de Maio. Foram padrinhos Manuel de Araújo do Assento e Jerónima, solteira, filha de Catarina de Oliveira do casal do Gavinho, Atães (Santa Maria), Guimarães.
5(VI) MARIA nasceu no casal de Lobeira de Baixo, Lobeira (São Cosme Damião), Guimarães a 23-Maio-1715, baptizada a 30. Foram padrinhos Gonçalo Fernandes de Cima de Vila e Maria, solteira, filha de Torcato Francisco e de sua mulher Catarina Fernandes.
6(VI) FRANCISCO nasceu no casal de Lobeira de Baixo, Lobeira (São Cosme Damião), Guimarães a 02-Jul-1719, baptizado a 9. Foram padrinhos Francisco de Oliveira, solteiro, do casal de Segade, São Torcato e Domingas, filha de Domingos de Oliveira do Assento da Igreja de Lobeira.

Espero ter ajudado.
Cumprimentos,
Rui Faria

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RE: S. Cosme e S. Damião da Lobeira, Guimarães

#289317 | DSS | 16 out 2011 12:01 | Em resposta a: #289228

Caro Rui Faria,

Agradeço imenso a sua amabilidade, pois de outra forma eu não teria acesso a estas informações, que são preciosíssimas. Muito obrigado.

De facto, descendo de André Machado e de Ângela de Oliveira, por seu filho Filipe de Oliveira (que nunca vi documentado como Filipe Machado), que casou com Catarina Luísa, nascida no lugar da Povoação, freguesia de São Gens, Fafe, a 25 de Novembro de 1711, filha de João da Cunha e de Maria Antunes. Filipe de Oliveira e sua mulher viveram em Guimarães, na Rua dos Palheiros, e em Vila Nova de Gaia, onde deixaram descendência.

Lendo os dados que me enviou, verifiquei que o pai de Ângela de Oliveira se chamava Domingos Sodré, sendo esse um apelido pouco comum. Sabe dizer-me de onde provêm (se do lado paterno, se do lado materno de Domingos Sodré)?

Mais uma vez lhe agradeço.

Com os meus melhores cumprimentos,
Daniel Sousa

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RE: S. Cosme e S. Damião da Lobeira, Guimarães

#289318 | DSS | 16 out 2011 12:05 | Em resposta a: #289317

Onde se lê "de onde provêm" deve ler-se "de onde provém".

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RE: S. Cosme e S. Damião da Lobeira, Guimarães

#289323 | ruifaria3 | 16 out 2011 13:53 | Em resposta a: #289317

Caro Daniel de Sousa

Relativamente a Filipe Machado, o erro foi meu ao atribuir-lhe o apelido paterno pois, como refere, fora sempre nomeado por Filipe de Oliveira.

Estou em crer que o apelido Sodré lhe tenha chegado por via paterna, embora sem documentos que o comprovem, muito em particular devido ao facto do livro de paroquiais de São Torcato deste período ter sido espoliado, já à guarda do Arquivo, de uma das resmas onde se continham os nascimentos e casamentos entre 1620 a 1657 aproximadamente, ainda antes das reproduções dos Mórmons, o que me deixa bastante triste.
Ainda assim suponho que Salvador Álvares será irmão de Gonçalo Sodré que foi senhor da fazenda de Cima de Selho, filhos de Brás Álvares e de sua mulher Catarina Sodré, e por via desta, netos de Salvador Álvares e sua mulher Maria Sodré, senhores de um dos prazos da Pousada em São Romão de Mesão Frio, e bisnetos por parte de Maria Sodré de Mateus Sodré e de sua mulher Margarida Gonçalves, senhores do Casal da Fonte em Lobeira (São Cosme Damião), lavradores abastados, dos mais ricos da freguesia pelos anos de 1550. Salvador Gonçalves, ao contrário do que havia referido, foi legítimo marido de Isabel Fernandes, por onde viria a fazenda de Monte Negro, tendo, após o óbito desta a 08-Dez-1657 casado em segundas núpcias com Maria André.
Existem alguns tópicos sobre os Sodrés neste fórum, embora não tenha, até ao momento, conseguido entroncar Mateus Sodré nas lindas dos da governança da Vila de Guimarães.
Cumprimentos,
Rui Faria

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RE: S. Cosme e S. Damião da Lobeira, Guimarães

#289325 | ruifaria3 | 16 out 2011 14:15 | Em resposta a: #289323

Onde se lê Salvador Gonçalves deve ler-se Salvador Álvares.
Cumprimentos
Rui Faria

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RE: S. Cosme e S. Damião da Lobeira, Guimarães

#289414 | DSS | 17 out 2011 16:35 | Em resposta a: #289323

Caro Rui Faria,

Agradeço, mais uma vez, a sua atenção.

Acha possível que este Mateus Sodré seja descendente ou aparentado com o tal João Sodré, documentado na chancelaria de D. Afonso V (livro 6, fl. 116), que é referido como escudeiro e morador em Guimarães, em 1476? Será este o mesmo que foi juiz dos direitos reais e reguengos de Guimarães, nomeado a 10 de Novembro de 1483 (Chancelaria de D. João II, liv. 26, fol. 45), e confirmado no mesmo cargo a 30 de Março de 1496 (Chancelaria de D. Manuel I, liv. 34, fl. 32v), sendo, à data, escudeiro da Casa Real? E o mesmo que a 14 de Maio de 1496 teve confirmação do cargo de recebedor dos direitos das terças e residos na comarca de Entre Douro e Minho e de procurador e contador dos feitos que se tratam perante o contador das terças e residos (Chancelaria de D. Manuel I, liv. 43, fl. 49)?

Com os melhores cumprimentos,
Daniel Sousa

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RE: S. Cosme e S. Damião da Lobeira, Guimarães

#289564 | ruifaria3 | 19 out 2011 20:35 | Em resposta a: #289414

Caro Daniel Sousa

Não poderei afirmá-lo. A possibilidade existe de facto, todavia últimos desenvolvimentos das minhas pesquisas levam-me a concluir que, já antes de João Sodré, poderiam circular outras linhagens do mesmo apelido na vila de Guimarães. Estou certo porém que os ilustre da Governança têm todos relação com este João Sodré.
Cumprimentos,
Rui Faria

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RE: S. Cosme e S. Damião da Lobeira, Guimarães

#289631 | DSS | 20 out 2011 19:12 | Em resposta a: #289564

Caro Rui Faria,

Muito obrigado pela sua atenção. Se entretanto tiver alguma novidade, ficar-lhe-ia muito grato se me comunicasse, uma vez que sei agora, graças à sua amabilidade, que descendo desta gente. Se eu descobrir algo na TT, dir-lhe-ei.

Com os melhores cumprimentos,
Daniel Sousa

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