Assentos Paroquias - A sua Linguagem

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Assentos Paroquias - A sua Linguagem

#297026 | bjglrc | 12 fev 2012 12:21

Caros Confrades,

Necessito de ajuda pra descodificar a linguagem dos Assentos Paroquiais.

Em 20.3.1616 o Abade de Carrazedo (Amares) casava Gracia de Barros e Domingos Rodrigues, em que dizia "ambos naturais de Valdevez e criados de Manuel de Araujo e Sousa, senhor do Entre Homem e Cávado". Manuel de Araujo e Sousa também era natural de Valdevez, da Torre da Tora

No mesmo ano, a 21 de Dezembro, baptizava a primeira filha do casal -Maria - em que dizia que os pais eram Domingos Rodrigues e Gracia de Barros "familiar de Manuel de Araújo e Sousa, senhor deste concelho".

Em 6.12.1619, o Abade baptizava a segunda filha do casal, "Rufina", em que os padrinhos foram Felix Machado (1º marquês de Montebelo e sua irmã D. Maria, filhos de Manuel de Araújo e Sousa.

A minha dúvida é, qual a ascendência de Gracia de Barros? Nas minhas pesquisas, já vi muitos abades-se referirem-se aos seus filhos ilegítimos como "meu familiar", será que Gracia de Barros, que também era natural de Valdevez, tal como Manuel de Araújo e Sousa, fosse filha do mesmo? Antes deste ter vindo casar a Carrazedo com D. Margarida Machado? Tanto em Felgueiras Gayo como na base do Geneall não encontro referências, nem mesmo o apelido Barros, mas o que é certo é que o Abade diz que eram familiares.
Se algum dos confrades, tiver alguma informação que me possa ajudar, agradeço bastante.
Ou se algum dos confrades, encontrar o nascimento de uma Gracia, na freguesia do Vale, Arcos de Valdevez - onde penso que é a Torre da Tora - filha de Manuel de Araújo e Sousa, ou sua familiar, também agradeço.

Cumprimentos, Bruno Cerqueira

Base Geneall:
Gracia de Barros - http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=1994877
Manuel de Araújo e Sousa - http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=64318

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RE: Assentos Paroquias - A sua Linguagem

#297133 | joaoggralves2 | 13 fev 2012 17:54 | Em resposta a: #297026

Caro Bruno Cerqueira,

Não sei responder às dúvidas que coloca, no entanto será difícil confirmar pois os paroquiais de São Pedro do Vale iniciam-se em 1609. Também não creio que existam registos muito anteriores a esses entre as freguesias vizinhas... Parece-me contudo, que essa expressão "familiar" não é indicativa de relação de sangue com o casal, podendo apenas referir-se a pessoas que moravam na mesma casa. Em relação aos padrinhos, era muito frequente os Senhores e seus filhos apadrinharem os filhos dos criados ou mesmo de outros moradores na vizinhança. Mas talvez outros confrades que percebam mais do assunto sejam de opinião diferente.

Interessam-me muito as genealogias da zona de São Pedro do Vale e mais ainda as de Santa Maria de Paçô, freguesia sobre a qual penso que já trocámos breves impressões no passado. Desta forma pergunto-lhe se tem conhecimento de que João Ledo de Lima, que vi através do link, era de Paçô e lá foi crismado em 21.12.1621. Ainda existe junto à Igreja dos Remédios em São Paio dos Arcos de Valdevez as armas destes Aranhas, mandadas colocar pelo Abade Lançarote Dias Aranha, ainda referido nos paroquiais de Paçô. Quem estudou bem esta família foi o Dr. Fernando de Sá Monteiro, confrade deste fórum.

Cumprimentos,
João Guilherme

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RE: Assentos Paroquias - A sua Linguagem

#297153 | bjglrc | 13 fev 2012 20:51 | Em resposta a: #297133

Caro João Guilherme,

Obrigado pelo esclarecimento. De facto faz mais sentido que a relação "familiar" seja apenas de acordo com a relação de "criado-senhor".
Lembro-me bem que já trocámos algumas mensagens sobre Paçô, mas de facto não tenho avançado muito nesse ramo, pois tenho-me baseado mais nos registos que os Mormons disponibilizaram na Internet, e infelizmente o distrito de Viana do Castelo, ainda não está online.
Quanto a João Ledo de Lima, como vem em Felgueiras Gayo, não o investiguei muito nos Registos Paroquiais, sei que era vigário do Lindoso em 1631, e pouco mais, e até pensava que era originário da Barca.

Agora mudando de assunto, já que vejo que conhece bem o concelho dos Arcos, e talvez da Barca, tem conhecimento de alguma Quinta de Sta. Leocádia em Ruivães (Barca), que pertencia à família Araújo Dantas (ou Araújo e Antas)?

Com os meus melhores cumprimentos,
Bruno Cerqueira

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RE: Assentos Paroquias - A sua Linguagem

#297209 | joaoggralves2 | 14 fev 2012 17:44 | Em resposta a: #297153

Caro Bruno Cerqueira,

Ruivães penso que já é Vieira do Minho. O nome da quinta não me lembra nada, lamento... Por momentos pensei que se referisse a Rubiães, onde ficava o paço de Antas, que é donde vêm os Dantas da região.

Em relação a Paçô, continuo a fazer pesquisas por lá, por isso disponha.

Cumprimentos,
João Guilherme

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#431537 | MP | 24 fev 2021 11:26 | Em resposta a: #297133

Caro João Guilherme,

Não sei sei ainda será pertinente, mas o Pe. João Ledo de Lima era, tal como referido na mensagem posterior do confrade Bruno Cerqueira, originário da vila de Ponte da Barca. Afirmo isto com base no que é dito na Inquirição de Genere de Pedro Barros de Lima (neto do próprio, filho de José de Lima e Isabel de Barros). Se tiver interesse em consultar, o processo é o 02045, do ano de 1691. Está disponível no Family Search.

Atentamente,
Mário Pimentel.

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