Paroquiais on-line - AD Guarda
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Paroquiais on-line - AD Guarda
Informação para os Confrades que eventualmente estejam interessados em pesquisas no ADGuarda e não recebem a Newsletter:
O ADGRD acaba de disponibilizar para consulta, a partir do repositório DIGITARQ do ADGRD, novas representações paroquiais dos seguintes Concelhos:
1 - Figueira de Castelo Rodrigo
2 - Gouveia
3 - Guarda
4 - Manteigas
5 - Pinhel
6 - Sabugal
7 - Seia
8 - Trancoso
Esta info consta das Newsletter do ADGRD nºs 1 - 2 - 3 e 4.
Cmps e votos de boas pesquisas
Vigo
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
Muito obrigado pela informação.
Cumprimentos
Tiago Matos
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
Excelente notícia, muito obrigada!
Cumprimentos
Maria
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
Aos Confrades eventualmente interessados no ADGuarda.
Transcricão de parte da Newsletter nº. 1/2013:
"O ADGRD, disponibilizou “online”, 7683 novos registos. de diferentes tipos de fundos, através do seu repositório
no Digitarq.
Fundos Paroquiais: Açores, Baraçal, Cadafaz, Carrapichana, Cortiçô da Serra, Fornotelheiro, Jejua/Vila Boa do Mondego, Lageosa do Mondego, Linhares da Beira, Maçal do Chão, Mesquitela, Minhocal, Prados, Rapa, Ratoeira, Salgueirais, Santa Maria, São Pedro, Vale de Azares, Velosa e Vide entre Vinhas, Sameiro, Santa Maria e São Pedro (atualização).
Outros Fundos: Cartório Notarial de Manteigas, Tribunal Judicial da Guarda, 2ª Secção, foram disponibilizados ao nível do documento composto 5965 registos de processos de inventários obrigatórios. Do Tribunal Judicial do Sabugal, foram disponibilizados 1646 registos ao nível do documento composto, referentes a inventários obrigatórios das freguesias de Águas Belas, Aldeia do Bispo, Aldeia da Ponte e Aldeia da Ribeira"
Melhores cumprimentos
Vigo
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
Ao Confrade Vigo
Muito agradecida por essa importante informação.
Com os melhores cumprimentos
Maria
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
Boa tarde Maria David.
Dado que tem imensos conhecimentos na leitura de assentos, gostaria, caso seja possível , de me satisfazer uma curiosidade.Sendo eu do Concelho de Seia e vivendo em Lisboa, tenho feito as minhas pesquisas na Torre do Tombo e, nalguns ramos, cheguei ao século XVI e XVII.No entanto, há sempre muitas pontas.Espreito de vez em quando, quando é que o AD da Guarda disponibiliza alguma coisa e verifico que o pouco que já começou a aparecer, não abrange a minha freguesia que é Paranhos da Beira.É claro que nesta pesquisa, vi que os meus ancestrais vieram de povoações vizinhas, entre elas Santa Eulália. Nunca tinha-me dedicado a ver doc. de óbitos, um ou outro, por curiosidade. Dos poucos que vi, achei que trazem informações muito curiosas.Bom...tudo isto para dizer que pus-me à procura de um óbito de um avô no século XVIII, em Santa Eulália.Este meu avô de nome Bernardo Garcia foi sepultado em 1799, embrulhado num lençol!!!
Podia fazer um comentário a respeito deste ritual, se é ritual?
Com os melhores cumprimentos
Maria Amélia Moura
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
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http://www.manuelalegre.com/301000/1/000256,000011/index.htm
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HRC
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
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Defronte do Instituto Bacteriológico Câmara Pestana, ao cimo da Calçada de Santana, em Lisboa, houve outrora o mosteiro do Convento de Santa Ana, destruído pelo terramoto. Não há nenhuma placa, nenhum sinal. Mas Camões foi enterrado aqui, da parte de fora do Convento. Olho o terreno ao lado do Instituto. Ia jurar que é o mesmo onde, embrulhado num lençol, foi sepultado aquele a quem, numa lápide ali mandada colocar mais tarde, D. Gonçalo Coutinho chamaria "o príncipe dos poetas do seu tempo".
Fonte; Poeta M. Alegre
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HRC
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
Olá, Maria Amélia, boa tarde
Pede-me um comentário à forma como foi sepultado seu avô e, claro, vou dar-lhe a minha opinião, uma singela opinião.
À primeira vista, eu diria estar na presença de um ritual judaico. Quer por testemunhos familiares, recolhidos de processos do santo ofício, quer por leituras que fiz sobre cristãos-novos e judeus, o costume de envolver o corpo em lençol, vulgo mortalha, foi sempre uma constante ao longo dos tempos, salvaguardando alguma excepção pontual. Aliás, não esquecendo que o corpo de Jesus Cristo, igualmente judeu, mal foi descido da cruz para ser sepultado, foi envolvido por um lençol, como rezam as escrituras.
Contudo, mesmo com este tipo de evidências, não podemos ser taxativos, correndo o risco de "sermos mais papistas que o papa", segundo a expressão corrente. No decorrer da minha investigação em registos paroquiais, deparei-me, frequentemente, nos assentos de baptismo agregados a testamentos, que o falecido deixava expressas as suas últimas vontades sobre o seu sepultamento, entre as quais o desejo de ser envolvido por uma mortalha antes de ser enterrado. Quantas destas pessoas seriam verdadeiramente cristãos novos? Não sei responder-lhe. A aculturação verificada ao longo dos tempos entre cristãos e judeus (por isso tanto falamos da herança judaica/cristã) pode ter levado a que determinados costumes fossem introduzidos no quotidiano de ambas as partes. Penso que um historiador poderia responder-lhe melhor e com fundamentos à sua questão e não eu, simples curiosa destas matérias. Mas como me pediu uma interpretação sobre a forma como seu avô foi sepultado, transmiti-lhe o que penso.
Por outro lado, se fosse possível sabermos que outros rituais presidiram a esse funeral, o que pela antiguidade e falta de testemunhos escritos não é possível, estaríamos em posição de clarificar o problema. A título de exemplo e sobre o funeral do meu próprio avô: o banho que se dá ao defunto, o corte das unhas, o tapar dos espelhos da casa, entre outras manifestações. Curiosamente, já uma vez coloquei uma dúvida a um rabi sobre algo que vi no quarto do meu falecido avô e que por lá ficara esquecido: um copo com manchas de ter tido água que entretanto secara, com um igualmente seco ramo de oliveira lá dentro.
Fazer genealogia não é só pesquisar nomes e datas. Seria pobre demais.Há que olhar para os indícios que se nos apresentam (tal como a Maria Amélia fez) e interpretar esses indícios, assim como "ler" nas entrelinhas, à luz dos conhecimentos e cultura da época, sobre os factos que nos chegam.
Não lhe sei responder melhor. Desejo-lhe um bom fim de semana e sucesso para as suas investigações.
Abraço
Marua
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
Peço desculpa pelo erro: devia ter escrito registos de óbito e não de baptismo. Às vezes, escrevemos coisas e o pensamento está em outras!
Maria
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
Boa tarde Maria David,
foi muito valiosa a sua exposição. O lençol lembrou-me imediatamente os rituais de Jesus ou rituais judaicos.
Engraçado que às vezes, em brincadeira com a família, costumo dizer:«quando chegar a minha vez de partir, assegurem-se que estou de facto morta, quanto ao resto, podem embrulhar-me num lençol».!!!!!
Há pouco, estive a rever os assentos e vi que uma descendente deste meu avô, foi enterrada no «adro da igreja por não haver lugar dentro da mesma».Pode não significar nada.
Cumprimentos sinceros.
Maria Amélia Moura
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
Olá Maria David,
o tapar os espelhos com panos é qualquer coisa ligada à alma, penso que li isso há anos, o cortar as unhas não sei o motivo, do banho parece que será a purificação, a genealogia realmente não é só o conhecimento dos nomes dos nossos antepassados é todo o conjunto, a vida à época, a história do país, seriam vidas muito complicadas com tantas calamidades, felizmente que sobreviveram para podermos trocar informação.
Uma boa tarde,
Fernanda Farrajota
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
Ora viva, cara Fernanda!
Faz tempo que não trocamos dois dedos de prosa. Efectivamente, fazer genealogia para além dos meros nomes e datas é algo de fascinante. Ficamos impregnados pelo desejo de voltar ao passado e tentamos perceber como viviam, realmente, os nossos ancestrais. Comigo sucederam coisas interessantes, desde que comecei na juventude a investigação familiar. Nunca mais olhei para as coisas do mesmo modo e sinto sempre, como que um sentimento de nostalgia (veja lá o disparate....) quando percorro uma vila ou cidade que viu nascer muitos dos meus avoengos. Ainda não há muito tempo, voltei a Monsanto para mostrar a aldeia mais portuguesa de Portugal a uma estrangeira. Ao percorrer aquelas ruas sinuosas, ao ver aquelas casas mais antigas e primitivas, dei comigo a pensar "Será que também eles pisaram estes trilhos? Em que casas morariam?"; tenho um conjunto de pratos com imagens rurais de casas, pessoas e um carro puxado por cavalos, e sempre que olho para eles deixo que o meu pensamento voe e começo a pensar "em 1650 eles vestiam-se mais ou menos assim...". Enfim, é tentar imaginar a vida à época, como a Fernanda diz. Qualquer paisagem circundante às povoações onde nasceram todos os que me deram origem, algures no tempo, tem hoje para mim um significado especial, que vai muito além daquilo que os meus olhos percebem. E penso sempre "também andaram por aqui..."
Boa noite
Maria
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
Cara Maria
Desculpe meter-me na conversa,há muito que não nos encontramos nem na TT,nem aqui neste forum.Ao ler estes seus pensamentos sobre o pssear nas terras dos seus antepassados sinto precisamente o mesmo. O verão passado fui convidada para ir a Escalhão terra de um ramo da minha avó materna.Tinha o nome das ruas onde alguns moraram, andar nas ruas, visitar a Igreja onde casaram e onde até meu pai o quiseram ir baptizar,visitar o museu e ver peças feitas e oferecidas por meus familiares deu-me uma energia como há muito não sentia, foi como se eles estivessem presentes a agradecer-me por eu estar a transmitir estes conhecimentos a membros da família que nem sequer sabiam que nossos ancestrais tinham suas raízes naquelas terras.
Sinto que contraí uma maior responsabilidade perante os membros mais novos da família que agora querem conhecer aquelas paragens,etc.Mas não vou ter tantos anos para investigar o tanto que há para descobrir....comecei tarde.
Boas noites e obrigada
Dulce
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
Cara Maria
Desculpe a intromissao mas ao ler a sua mensagem pensei "ainda bem que nao sou so' eu"!! 'E que 'as vezes ha pessoas que me olham "estranhamente" se por acaso revelo o que penso.... Tenho feito varias "peregrinacoes genealogicas", como lhe chamo, a varias aldeias da Serra da Estrela, Tenerife e Cabo Verde, fora Lisboa de onde sou e o sentimento e pensamento sao sempre os mesmos. Ha uma ligacao e significado especiais que nao se sente noutros lugares. Tenho assentos de Lisboa que dao a morada (alguns ate em que andar viviam) e sempre que posso vou tirar fotografias dos predios e visitar as igrejas que frequentaram.
Como ainda me falta Macieira de Cambra, Braga, Acores e ate' Livorno ja ve que nao me faltam planos de ferias para os proximos anos :))
A Maria "colecciona" assinaturas dos seus antepassados se as encontra em documentos? Eu tenho bastantes e gosto de "estudar" a caligrafia deles. Dos antigos nao ha fotografias e acho as assinaturas as coisas mais pessoais a que poderei chegar.
Bons passeios.
Rosario
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
Boa noite, Rosário
Agradou-me imenso ler a sua mensagem pela forma como revela o seu amor à genealogia. Essas peregrinações, como lhes chama, são partes fundamentais neste processo de inventariar o passado. Há outras, também, muito interessantes e ricas de informações que são os notariais mas em relação a estes seriam precisas várias vidas, tal a complexidade.
Fiquei muito curiosa sobre os seus antepassados de Livorno. Um dia destes, com mais vagar, entrarei de novo em contacto consigo para lhe falar dos meus que passaram por esse porto italiano.
Sobre as assinaturas, efectivamente guardo todas as que posso e, tal como a Rosário, fico embevecida pelo traço de cada uma, numa caligrafia bem reveladora das respectivas personalidades. Como tenho quase todos os meus antepassados com processos do santo ofício, recolho o que aparece. Tenho pena que não tenham sobrevivido ao tempo muitos dos sambenitos envergados pelos condenados, com os seus retratos pintados ou as pinturas desses mesmos condenados, que eram afixadas nas igrejas das localidades em que viviam.
Tive muito gosto em voltar a "falar" consigo.
Maria
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
Olá, Dulce, que agradável surpresa!
Tem razão, há muito que não nos vemos na TT. Agora sou avó e estou a tempo inteiro a tomar conta da minha neta. Uma prioridade que para mim faz todo o sentido: ajudo a minha filha, satisfaço o meu desejo de ajudar a formar um ser íntegro (para os tempos que correm não sei se será boa ideia....) e, sobretudo, preparo o caminho para que a minha neta se interesse por esta área do conhecimento.
Sobre o tempo que nos resta, minha cara Dulce, nem vale a pena pensar. Eu costumo dizer que se pudesse ter 10 vidas a 100 anos cada, não me chegaria para o muito que gostaria de aprender, de viajar, de ler, de conhecer...
Enfim...aproveitemos o que há, não é mesmo?
Abraço e até breve
Maria
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
De novo bom dia Maria.
Não escrevi no outro tópico, para não haver confusão.Tudo isto a respeito de um meu avô, em 1799, ter sido sepultado embrulhado num lençol.Para tirar dúvidas ou ter mais informações, procurei o óbito da mulher ou seja minha avó.Não encontrei.No entanto, à medida que lia os assentos de outras pessoas, apareceram muitos sepultados com o hábito de São Francisco.Não dei importância, até que pensando no assunto, lembrei-me de ver no TTonline, processos da Inquisição, onde muitos cristãos novos eram condenados a usar hábito penitencial perpétuo.O que pensa disto?
Abraços
Maria Amélia
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
Olá amigas
não há dúvida que passamos a padecer do mesmo mal quando nos entregamos à genealogia, também tenho visitado terras que me eram completamente desconhecidas depois de descobrir que tenho lá raízes, não sei se já vos aconteceu conhecerem certas terras onde se sentiram muito bem e depois descobrirem que eram de lá alguns dos vossos antepassados, até já me aconteceu dizer disparates como, nesta casa viveram os meus antepassados e mais tarde ter conhecimento que era verdade. Falo neles como se os tivesse conhecido, agora a família e amigos já não ligam mas ao princípio diziam que estava passada, descobrimos realmente muito sobre eles até segredos que a família mais recente tentou esconder, é fascinante, bendita loucura.
Um abraço,
Fernanda
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Paroquiais on-line - AD Guarda
Boas tardes! Desculpem-me a ignorancia, mas será possível mostrar o linl correct para o TTonline? Os meus agradecimentos - JoãoLCruz
RespostaLink directo:
RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
Experimente:
http://ttonline.dgarq.gov.pt/
Maria
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
Olá, Fernanda
O seu comentário foi muito oportuno e interessante, dentro da minha perspectiva, evidentemente. Passo a explicar porquê:
Sou daquelas pessoas que considera que não há coincidências (comentário que dá pano para mangas, discutível e que colide com muitas ideias feitas, mas adiante); para mim há sempre uma correlação entre causa/efeito. Ao longo da minha vida deparei-me com situações para as quais parecia ter sido empurrada como que por mão estranha e invisível. Um sentimento estranho de "ter que fazer", "ter que ir", para o qual não encontrava lógica. Estar em lugares desconhecidos, pela primeira vez e ter a sensação que me era familiar, vindo a saber mais tarde que afinal antepassados meus por lá viveram.
Enfim, podia dar-lhe um montão de exemplos mas fico-me apenas por um, bem significativo: desde os meus nove/dez anos que devorava livros considerados pouco apropriados para a idade, alguns dos quais ligados a judeus, campos de concentração, inquisição, para os quais me sentia atraída sem perceber porquê. Tudo me seduzia nestas matérias. Cresci num ambiente católico, frequentei colégios de freiras e em família nunca ouvi qualquer alusão a eventual ascendência judaica/cristã nova. Foi aos dezassete anos que tomei conhecimento, pela primeira vez, das minhas raízes e da forma mais inesperada. Entusiasmei-me pelos comentários da professora, em Literatura Portuguesa, sobre o António José da Silva, o seu processo e tudo com ele relacionado: as óperas cómicas, a inquisição, a ordem de S.Domingos, etc.
Meu pai confidenciou-me, nesse dia, sermos parentes dele e quando lhe fiz perguntas a propósito, recusou-se a fazer mais qualquer comentário, como se estivesse arrependido de ter falado num assunto "proibido".
Escusado será dizer que desde então comecei a interessar-me por genealogia e nunca mais parei, até hoje. Ao longo dos anos fui descobrindo que a quase totalidade dos meus ancestrais passou pelo santo ofício, muitos foram deportando, muitos faleceram nas fogueiras, a maioria perdeu todos os bens, recomeçando a vida a partir do zero.
Pensei em registar as minhas pesquisas e deixar à família. E um dia, um feliz acaso colocou-me em contacto com a ex-directora do Museu de Lanifícios da Covilhã, Drª Elisa Calado. Sem me conhecer, disse-me, aos despedirmo-nos, estas palavras que me ficaram gravadas para sempre "Engraçado, quando olho para si sinto que tem uma missão a cumprir, não sei qual é, mas é o que sinto".
Claro que atribuí a estas palavras dela uma atitude de pura gentileza para comigo. E pouco tempo depois fez-se luz no meu espírito: a minha missão seria dar voz a todos aqueles que na inquisição não tiveram voz, falar das suas vivências, dos seus dramas, para que os vindouros entendessem e não esquecessem. Para isso estou a trabalhar.
A cada terra que visito, a cada processo que analiso, fico com a certeza que não foi por acaso que me interessei, desde a infância, por esta temática.
Desculpe o alongado da prosa mas a genealogia merece este aparte.
Abraço
Maria
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Da. Maria David - mil agradecimentos - JoaoLCruz
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
Cara Maria
Obrigada pelas suas palavras. Fiquei contente por saber que estou "em boa companhia".
Agora sou eu que estou curiosa sobre os seus familiares de Livorno! Fico aguardando o seu contacto e estou ao seu dispor.
Cumprimentos.
Rosario
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
Algum confrade pode confirmar-me a existência da Igreja de Nossa Senhora do Mercado (depis Nossa Senhora da Vitória) na cidade da Guarda. Onde fica localizada?
Obrigado
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
Maria,
Peço desculpas pela intromissão neste tópico,mas, eu o abri sem querer e,comecei ler,até ver o que uma senhora lhe disse que teria uma missão a cumprir...
É assim que me sinto em relação as minhas pesquisas que comecei sem querer,descobri coisas que a família escondia ,tentei parar com minhas pesquisas,mas, não consigo,mesmo sendo pressionada pela família.Minha mãe diz a todos que eu só mexo com defuntos,mas, eu não me importo,pois,descobri que a genealogia é algo apaixonante.Quando me questionam,principalmente os parentes,respondo que não sei o motivo que me leva a pesquisar,mas,sei que tenho que fazer,e, que talvez eu encontre resposta a isso.
Meus cumprimentos.
Mila
Brasil
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
Boa noite, Mila
Deixe-se guiar pela sua intuição, pelos seus sentimentos. As respostas estão dentro de si. Nunca se irá arrepender de ter mergulhado fundo na genealogia. Ela vai dar-lhe muitas compensações, garanto-lhe!
Saudações amistosas desde Portugal e sucesso nas suas pesquisas.
Maria
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
Boa noite,Maria.
Agradeço pelas suas palavras gentis,e,se precisar de ajuda deste lado do Atlântico,disponha!
Meus cumprimentos.
Mila
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RE: Paroquiais on-line - AD Guarda
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HRC
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O Teatro e o Cinema na Guarda
Neste nosso peregrinar pelas casas de teatro e cinema que a Guarda teve ao longo do tempo, falámos já em anteriores edições da “Guarda”, do Teatro dos Bombeiros, instalado na antiga igreja de Nossa Senhora da Vitória, mais conhecida por igreja de Nossa Senhora do Mercado, atrás dos balcões e do Cinematógrafo da Guarda, que mudou sucessivamente de nome para Cynematógrapho Pathé e Animatógrapho da Guarda e funcionava num pavilhão da antiga “Praça Nova”, propriedade da Câmara. Foi esta casa, a primeira que na Guarda se destinou exclusivamente ao cinema. Logo ao lado, funcionou durante algum tempo o Kynematographo High-life, da empresa Neves e Pascaud.
Falámos também no belo Terrasse Halley, que era onde actualmente são as instalações da casa “Véritas”.
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HRC
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