Descendentes dos Lordelos e Monterrosos, em Rosém, no início do séc. XVII
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Descendentes dos Lordelos e Monterrosos, em Rosém, no início do séc. XVII
1. Monterrosos
Alão de Morais, no tít. “Moreiras Monterrosos”, da “Pedatura Lusitana”, diz o seguinte:
“Pedro Anes de Monterroso … viveu na quinta do Picão, de Vª Boa do Bispo, … e teve: Fernão do Couto Monterroso, … , Francª do Couto mulher de Gaspar Ribº … de Canavezes …”
E, a seguir: “Fernão do Couto Monterroso …, casou com Mª de Aguiar Vieira, fª de Pº Vieira Lordelo, da quinta de Lidrais, e de sua mulher Isabel de Aguiar.” (Obs.: a quinta de Lidrais era também em Vª Boa do Bispo).
Depois, no tít. “Ribeiros Uns”: “Gaspar Ribeiro, … casou com Francª do Couto, fª de Pedro Eanes de Monterroso … e teve Francº Ribeiro …”
Continuando …
“Francº Ribº …, viveu em Rosém, concº de Bem-Viver, casou com Catª Frs … e teve Jorge da Mota, Jerónimo da Mota e Mª da Mota, mulher de Francº do Couto, escrivão do concº de Bem-Viver …”
Aqui Alão estava mal informado: a mulher de Francº Ribeiro não se chamava Catª Frs, mas sim Francª da Mota.
Os filhos de Francº Ribeiro e Francª da Mota nasceram em Rosém: Jorge em 15/2/1591 e Maria em 9/3/1593 (casou em 2/9/1609). Jerónimo teria nascido antes de 1590 e casou (talvez em Avessadas) com Catª Pereira.
Maria da Mota e Jerónimo da Mota tiveram filhos em Rosém.
2. Lordelos
Alão de Morais no tít.” Lordelos” da “Pedatura Lusitana” … :
“Jorge Vieira de Rosém fº 3º de Jº Eanes de Lordelo … ou de Pº Eanes, como outros dizem … , chamou-se de Rosém por viver neste lugar, aonde casou com Mª da Mota … e teve Justa Vieira mulher de Gaspar Moreira … de Castelões …”
Depois, no tít. Moreiras e Teixeiras, diz que “Gaspar Moreira … casou com Justa Vieira de Rosém … e teve Francisca da Mota, 1ª mulher de Jerónimo Ferraz, pais de … Luís Ferraz da Mota, abade de Real, … , Beatriz Ferraz da Mota mulher de Belchior Ribº da Rocha, Senhor da quinta do Passo em Abragão.”
Alguém colocou, na base de dados do Genea, uma Cecília Vieira, casada com Baltazar João, como filha de Jorge Vieira (de Lordelo) e Maria da Mota, sendo, portanto irmã da Justa Vieira casada com Gaspar Moreira.
Essa Cecília Vieira não pode ser irmã desta Justa Vieira porque Cecília Vieira casou com Baltazar João em Rosém em 6/6/1602 e, por exemplo, Beatriz Ferraz da Mota, neta de Justa Vieira, teve filhos em Abragão entre 10/7/1607 e 5/3/1623 (ao mesmo tempo que a sua suposta tia-avó Cecília estava a tê-los em Alpendurada). Além disso Luís Ferraz da Mota, também neto de Justa Vieira, já era abade de Real em 1602, sendo, provavelmente, mais velho que a sua suposta tia-avó Cecília.
Se Cecília Vieira tinha uma irmã, em Rosém, chamada Justa Vieira, ela só poderia ser a Justa Vieira, casada com Brás da Rocha, que teve 4 filhos em Rosem: Gaspar de Aguiar da Mota, Maria de Aguiar, Luzia de Aguiar (19/12/1599) e
Paula de Aguiar (http://pesquisa.adporto.pt/cravfrontoffice/WebSearch/ODDisplay.aspx?move=next&DigitalObjectID=16670&FileID=_606472).
É provável que Justa e Cecília, sendo irmãs, fossem filhas de algum(a) filho(a) dos ditos Jorge Vieira de Lordelo e Maria da Mota ou, pelo menos, descendentes dos Vieiras de Lordelos da quinta de Lidrais. É que, analisando os participantes em alguns baptismos e casamentos daquela época, vê-se que havia uma grande proximidade entre Justa Vieira e seus filhos e os Lordelos de Lidrais (e, também, os Coutos/Motas/Monterrosos de Rosém).
João Machado
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