Como é possível alguém escrever isto (para muitos milhões de pessoas)?

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Como é possível alguém escrever isto (para muitos milhões de pessoas)?

#331829 | joham_mac | 02 jul 2013 17:04

D. Gonçalo Rodrigues da Palmeira … nascimento em 1130, … , mordomo-mor da raínha D. Teresa de Leão em 1114, …, tenente de Vermoim em 1128, …, filho de D. Rodrigo Fróias de Trastamara (nascido em 1130) e de D. Urraca Rodrigues de Castro (nascida em 1140) …
Ver
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gon%C3%A7alo_Rodrigues_da_Palmeira

Obs.: e não deve ser caso único!

João Machado

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RE: Como é possível alguém escrever isto (para muitos milhões de pessoas)?

#331830 | HRC1947 | 02 jul 2013 17:20 | Em resposta a: #331829

-
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=39290
http://www.geneall.net/H/per_page.php?id=12352
--
HRC

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RE: Como é possível alguém escrever isto (para muitos milhões de pessoas)?

#331832 | joham_mac | 02 jul 2013 17:39 | Em resposta a: #331830

Pois..
Aqui o Gonçalo Rodrigues nasceu 40 anos antes do pai e 50 antes da mãe ...

João Machado

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RE: Como é possível alguém escrever isto (para muitos milhões de pessoas)?

#331885 | Sérgio Sodré | 03 jul 2013 17:01 | Em resposta a: #331829

Apenas as datas e factos relacionados de 1114 e 1128 estarão corretas...

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RE: Como é possível alguém escrever isto (para muitos milhões de pessoas)?

#331890 | joham_mac | 03 jul 2013 18:46 | Em resposta a: #331885

Caro Sérgio Sodré
Eu só queria realçar a falta de cuidado de algumas pessoas que copiam textos para a internet, sabendo a importância que esta tem, hoje em dia, na obtenção de informações (para trabalhos escolares, por exemplo). A questão das datas de nascimento, revela uma falta de cuidado incompreensível.
Mas já agora aproveito este tópico para colocar aqui duas visões distintas sobre o dito Gonçalo Rodrigues: uma do lado português e outra do lado galego.

Escreve José Augusto de Sotto Mayor Pizarro em "Linhagens Medievais Portuguesas II" (pág. 879) num texto dedicado aos Trastâmara-Trava-Tougues-Palmeira”:
“No início desse período chefiava a linhagem o Conde Dom Pêro Froiaz, senhor de Trastâmara e de Trava, e aio de Afonso VII de Leão e Castela. Foi o pai de duas figuras bem conhecidas e bastante ligadas aos primeiros momentos do jovem reino português, Fernão Pires e Bermudo Pires de Trava.”
……………………………………………
“Pela mesma altura em que Pêro Froiaz ombreava em poder e prestígio com o célebre arcebispo Diogo Gelmires, apareciam no condado portucalense dois sobrinhos seus, filhos de seu irmão Rodrigo Froiaz. O primeiro a surgir na documentação, em 1097, é Mem Rodrigues, que aqui permanece até 1109, regressando mais tarde à corte entre 1130 e 1333.”
………………………………………………..
“O mesmo, porém, não aconteceu com o outro ramo de Trastâmaras, proveniente de um filho de Rodrigo Froiaz e que mais acima tínhamos nomeado. Gonçalo Rodrigues aparece um pouco mais tarde -1110 - do que o irmão, Mem Rodrigues de Tougues, mas foi mordomo-mor da rainha Dona Teresa, em 1114. Depois, com D.Afonso Henriques, será tenente de Vermuim, de Penafiel de Bastuço e de Refóios de Riba de Ave, entre 1128 e 1146, continuando depois a aparecer até 1154. Os seus dois casamentos correspondem bem à sua influência política: o primeiro com Fruilhe Afonso de Celanova - prima-direita da amante do irmão - e a segunda com uma filha de Dom Egas Moniz, o Aio.
Na terra de Vermuim estava situado o couto de Palmeira, origem do apelativo inicial deste ramo, e aí também o seu filho Gonçalo fundou o most° de Landim, em 1177. Mas Gonçalo Gonçalves, que ocupou cargos relevantes entre 1176 e 1198, só teve uma filha, e com ela terminou o uso do apelido da Palmeira.”

Vejamos, agora, o que dizem os galegos, recorrendo, por exemplo, a um trabalho de Andrés Barón Faraldo, publicado na revista galega “Cátedra, revista eumesa de estúdios”, intitulado “O Grupo Aristocrático dos Fróilaz nas Terras nas Terras do Eume. Implantación Territorial e Estrutura do Domínio Durante os Séculos XI e XII”

“OS DESCENDENTES DO CONDE FROILA VERMÚDEZ:

A parentela do Conde Pedro Fróilaz
…………………………………………….
Do seu matrimonio coa súa primeira esposa, Urraca, o conde Pedro Fróilaz tivo seis fillos: Froilán, Vermudo, Fernando, Loba, Jimena e Froila”
Cá estão o Vermudo (Bermudo) Perez de Trava e Fernando Perez de Trava.

Mais à frente
“A parentela de Rodrígo Fróilaz
De entre o conxunto dos descendentes de Froila Bermúdez, a figura de Rodrigo Fróilaz
tamén se fai merecedora dun tratamento individual. Situada nun nivel inferior, pero inmediato ao seu irmán o conde Pedro, e malia non acadar nunca a dignidade condal, este magnate ocupou un lugar destacado no contexto global da parentela, onsolidándose como tanto él como o conxunto dos seus descendentes, como grandes propietarios no conxunto das terras eumesas durante os anos finais do século XI e durante todo o século XII. As primeiras noticias que se conservan sobre esa posición como propietario territorial na comarca datan do ano 1087, momento no cal Osorio Velázquez e o seu fillo Paio Osorio vendían a Rodrigo Fróilaz e á súa dona Guncina González, a parte que ambos tiñan na igrexa parroquial de Santa Mariña de Vilar, en Serantes, con todas as pertenzas e bens inmobles anexos a dita propiedade.
…………………………………….
Ademais destas propiedades nos lugares sinalados, Rodrigo Fróilaz aparecía tamén como facendado na aldea de Carantoña, en función da doazón efectuada ao mosteiro de Caaveiro no ano 1096, onde outorgaba unha herdade cos seus correspondentes servos.
Da súa unión matrimonial con Guncina González, Rodrigo Fróilaz tivo catro fillos:
Menendo, Gonzalo, Froila e Aldena. No que respecta ao primeiro deles, Menendo Rodríguez, hai que sinalar que se ten información sobre o mesmo en función da doazón efectuada a San Xoán de Caaveiro no ano 1133 xunto coa súa nai, e pola cal facía entrega de certos bens en Bezoucos, os cales ao parecer eran obxecto de doazón con motivo da súa marcha á Terra Santa.
Sobre o segundo dos fillos de Rodrigo Fróilaz, Gonzalo Rodríguez, non se ten información sobre a súa posición como propietario nas terras do Eume, pero é posíbel estabelecer que a mesma debeu de ser unha realidade factíbel, sobre todo en función das noticias transmitidas polos descendentes do seu matrimonio con dona Berenguela: Urraca, García, Fernando, Elvira, Gómez, Gonzalo e Rodrigo.
Sábese que no ano 1165, dous deles, Gómez e Urraca, facían referencia ás herdades
e servos que ambos conxéneres tiñan en Santa Cecilia, lugar localizado na área de Serantes, pero non é posíbel precisar se outros campesiños dependentes dos doadores que aparecían nesta escritura se situaban tamén nesta mesma aldea, ou se pola contra os seus casais estaban noutras localidades do territorio. Unha problemática difícil de discernir, xa que tamén se alude, e de forma xenérica, a aqueles "homines cum hereditatibus suis quos habeos in Trasancos". Posteriormente no ano 1169, outros dous fillos seus, Elvira e Gonzalo González, doaban ao mosteiro de Santa María de Sobrado as herdades que tiñan en Trasancos, …
Por último, a documentación de Sobrado achega datos sobre a figura de Fernando
González, tamén nesas dúas localidades de Priorio e Reparadi en función da doazón realizada a este dominio monástico no ano 1169”

Concluindo e resumindo:
1. No texto galego, não há qualquer referência ao couto de Palmeira nem à estadia dos irmãos Mendo Rodrigues/Menendo Rodriguez e Gonçalo Rodrigues/Gonzalo Rodriguez no condado portucalense, mas também não contraria essas informações.
2. Curiosamente no texto galego nada se diz a respeito de Rodrigo (para nós Rodrigo Gonçalves Pereira), filho de Gonzalo Rodriguez, ao contrário do que acontece com os outros filhos.
3. O que os portugueses e os galegos não concordam é no nome da mãe de Gonçalo Rodrigues (Urraca Rodrigues de Castro para uns e Guncina Gonzalez para outros) e no nome da mulher (Fruilhe Afonso para nós e Berenguela para os galegos).
4. Do texto galego pode deduzir-se que o Gonzalo Rodriguez deles nasceu, efectivamente, cerca de 1090, o que está de acordo com a data que colocaram na base de dados do Genea para o nascimento de Gonçalo Rodrigues da Palmeira.

João Machado

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