Esclarecimento da DGLAB sobre a colocação Paroquiais on line
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Esclarecimento da DGLAB sobre a colocação Paroquiais on line
Tendo surgido várias dúvidas patentes no fórum de genealogia “Geneall” relativamente à publicação de imagens de registos paroquiais cabe-nos publicar o seguinte esclarecimento:
A DGLAB informa que os Arquivos dependentes disponibilizam, nesta data, um conjunto muito alargado de documentos, sendo uma parte significativa de interesse genealógico, salientando-se de entre estes os registos paroquiais (sécs. XVI – XX).
Até esta data foram produzidas 17.319.854 imagens de documentos e disponibilizaram-se online, entre 2007 e 2012, 11.954.000 imagens, sendo que as restantes encontram-se em tratamento para disponibilização.
Este trabalho não se resume somente a capturar/digitalizar e disponibilizar imagens, mas também a controlar a sua qualidade, colocá-las em contexto, ou seja, proceder á sua descrição e associação aos registos descritivos da base de dados para poderem ser pesquisáveis, bem como a assegurar a sua preservação. Neste processo de tratamento destacamos que as imagens existentes, digitalizadas a partir de microfilmes previamente existentes e produzidos, na sua maior parte pela ex-SGU representam um enorme volume de trabalho em cada Arquivo. A saber:
a) Como é do conhecimento da maior parte dos utilizadores, os microfilmes não possuem apenas as reproduções de imagens de uma única freguesia, mas podem abarcar várias e de concelhos distintos, tendo sido atribuído um único número de microfilme pela ex-SGU.
b) As imagens digitalizadas, de forma automática, apresentam-se numeradas sequencialmente, dentro de cada rolo, sem qualquer referência, pelo que é necessário efetuar a sua visualização para identificação de cada livro e seguidamente fazer a sua renomeação de acordo com o código de referência para ser possível a associação ao registo descritivo, organizando as imagens por paróquia e por concelho.
No que diz respeito aos registos paroquiais e/ou outros documentos de interesse genealógico têm sido reproduzidos pelos Arquivos ou ao abrigo de Protocolo com a Family Search (ex-SGU) através de digitalização direta ou digitalização a partir de microfilme, a preto/branco ou em escala de cinzas, e em algumas situações pontuais a cores, por motivo de evolução e capacidade tecnológica, recuperação da qualidade e das condições em que foram produzidos os próprios microfilmes.
Informamos ainda que a disponibilização dos registos paroquiais representam, até ao momento, cerca de 120 Tb (120.000 Gb) de informação, representando isto um enorme esforço de meios técnicos e humanos para assegurar o acesso continuado a estes documentos, bem como à sua preservação digital.
Salientamos que as imagens disponibilizadas on-line, documentação paroquial ou outra, está disponível a todos os utilizadores, e podem ser consultadas e descarregadas gratuitamente
Saliente-se ainda que todas as restantes imagens – ainda não disponibilizadas on-line – podem ser consultadas localmente nos diferentes Arquivos, bem como podem, também, ser requisitadas reproduções dessas imagens aos respetivos Arquivos dependentes desta Direcção-Geral, através do formulário eletrónico disponível no respetivo endereço, nomeadamente:
1. Arquivo Distrital de Aveiro
Mail geral: mail@adavr.dgarq.gov.pt
Sítio web: http://adavr.dgarq.gov.pt/
2. Arquivo Distrital de Beja
Mail geral: mail@adbja.dgarq.gov.pt
Sítio web: http://adbja.dgarq.gov.pt/
3. Arquivo Distrital de Bragança
Mail geral: mail@adbgc.dgarq.gov.pt
Sítio web: http://adbgc.dgarq.gov.pt/
4. Arquivo Distrital de Castelo Branco
Mail geral: mail@adctb.dgarq.gov.pt
Sítio web: http://adctb.dgarq.gov.pt/
5. Arquivo Distrital de Évora
Mail geral: mail@adevr.dgarq.gov.pt
Sítio web: http://adevr.dgarq.gov.pt/
6. Arquivo Distrital de Faro
Mail geral: mail@adfar.dgarq.gov.pt
Sítio web: http://adfaro.algarvedigital.pt/
7. Arquivo Distrital da Guarda
Mail geral: mail@adgrd.dgarq.gov.pt
Sítio web: http://www.adguarda.pt/
8. Arquivo Distrital de Leiria
Mail geral: mail@adlra.dgarq.gov.pt
Sítio web: http://adlra.dgarq.gov.pt/
9. Arquivo Distrital de Lisboa
Mail geral: mail@adlsb.dgarq.gov.pt
Sítio web: http://adlsb.dgarq.gov.pt/
10. Arquivo Distrital de Portalegre
Mail geral: mail@adptg.dgarq.gov.pt
Sítio web: http://adptg.dgarq.gov.pt/
11. Arquivo Distrital do Porto
Mail geral: mail@adprt.dgarq.gov.pt
Sítio web: http://www.adporto.pt/
12. Arquivo Distrital de Santarém
Mail geral: mail@adstr.dgarq.gov.pt
Sítio web: http://adstr.dgarq.gov.pt/
13. Arquivo Distrital de Setúbal
Mail geral: mail@adstb.dgarq.gov.pt
Sítio web: http://adstb.dgarq.gov.pt/
14. Arquivo Distrital de Viana do Castelo
Mail geral: mail@advct.dgarq.gov.pt
Sítio web: http://advct.dgarq.gov.pt/
15. Arquivo Distrital de Vila Real
Mail geral: mail@advrl.dgarq.gov.pt
Sítio web: http://www.advrl.org.pt/
16. Arquivo Distrital de Viseu
Mail geral: mail@advis.dgarq.gov.pt
Sítio web: http://www.ad-viseu.com/
Assim, qualquer cidadão, que por motivos de urgência dos seus trabalhos de investigação, ou por qualquer outra razão que muito bem entenda, poderá solicitar a obtenção de reproduções de qualquer documento sem se deslocar fisicamente aos vários Arquivos.
No que diz respeito ao protocolo informamos que este poderá ser consultado no seguinte endereço: http://dgarq.gov.pt/noticias/protocolo-com-a-sociedade-genealogica-de-utah/
A razão porque estas imagens não são disponibilizadas na Internet pela Family Search explica-se pelo facto desta Direção-geral entender que este património arquivístico é propriedade e faz parte da identidade do povo português, e no cumprimentos das suas atribuições deve assumir um compromisso de o disponibilizar no espaço máximo de 2 anos, após a conclusão de cada projeto, de acordo com a clausula 6ª do Protocolo. Até ao presente momento com os trabalhos efetuados e devido à máxima dedicação e empenho de todos os colaboradores, apesar de todos os constrangimentos técnicos e de recursos, tem sido possível cumprir os prazos previamente estabelecidos.
A Family Search atendendo que o prazo de 2 anos ainda está a decorrer e têm recursos para o efeito, disponibiliza-as na Intranet, mas apenas para acesso interno dos seus membros que desenvolvem, muitas vezes, trabalhos de valor acrescentado em ambiente organizacional.
Pelo exposto, informa-se que tudo faremos para acelerar o processo de disponibilização e até lá, para obter os documentos pretendidos, basta contactar com os referidos Arquivos.
O Diretor-Geral
José Manuel Cortês
Fonte https://www.facebook.com/
Tardou, mas finalmente aí está o esclarecimento
Cumprimentos
Manuela Alves
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Houve luz, mas soa a pouco - RE: Esclarecimento da DGLAB sobre a colocação Paroquiais on line
Cara Manuela Alves e demais Confrades,
É sempre bom que as entidades responsáveis por serviços públicos esclareçam as dúvidas dos utentes desses serviços e por isso agradece-se a deferência do Director-Geral e a sua divulgação aqui no Fórum.
Contudo, faço notar que, para uma parte significativa dos utentes, a explicação dada já era conhecida desde 2006, altura em que aqui deixei pelo menos as mensagens http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=115042 e http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=138844 .
Salvo melhor opinião, para além do problema da falta de equilíbrio na disponibildade das imagens entre as diferentes regiões (arquivos) e entre diferentes paróquias, que não foi explicado no esclarecimento deste tópico, há outras questões igualmente importantes, como as que deixei, por exemplo, na mensagem http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=329755 e para as quais também não há qualquer explicação.
Claro que se compreende que um trabalho desta envergadura, para mais dependente da Sociedade Genealogica de Utah que está a converter paroquiais de muitos outros países, não é tarefa fácil e desde início que se sabia ser demorada, mas penso isso não justifica todos os problemas referidos no ponto anterior, que talvez pudessem ser atenuados se na Direcção Geral houvesse a voz de um "representante" dos utentes com conhecimento desta problemática e das nossas necessidades.
Esperemos por um futuro melhor na colocação e consulta de Paroquiais on line.
Melhores cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
PS: há um ano visitei o ADCB e na altura soube que já tinham paroquiais prontos para colocar em linha, mas que não tinham autorização "de Lisboa" para o fazer, o que só se verificou recentemente, talvez depois do ruído que aqui houve sobre o assunto.
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RE: Esclarecimento da DGLAB sobre a colocação Paroquiais on line
«A razão porque estas imagens não são disponibilizadas na Internet pela Family Search explica-se pelo facto desta Direção-geral entender que este património arquivístico é propriedade e faz parte da identidade do povo português»
Portanto, desperdicemos o dinheiro do contribuinte a fazer (à velocidade do caracol) um trabalho que o Family Search tem já pronto e disponibilizaria imediatamente e de graça ao povo português (num interface bem mais amigável, aliás).
Faz todo o sentdo, não há dúvida. A nossa identidade como povo português fica muito melhor!
Rita van Zeller
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RE: Esclarecimento da DGLAB sobre a colocação Paroquiais on line
Muito bem dito!
Sem dúvida que este é um grande trabalho e estamos todos muito agradecidos, mas esta situação é absurda.
Ao menos deixassem as imagens estar disponíveis enquanto não têm imagens próprias, se depois quiserem dizer "isto é só nosso", nessa altura, tudo bem.
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RE: Esclarecimento da DGLAB sobre a colocação Paroquiais on line
Caros Confrades
Concordo inteiramente com as V. opiniões: porque havemos de continuar com esta atitude do nacionalismo bacoco do "orgulhosamente sós" em pleno século XXI da globalização?
Tendo lido a cópia do protocolo colocada online e datada de 30.8.2006, não compreendo como são então calculados os tais dois anos? Pelas minhas contas, já lá vão bastantes mais, mesmo relativamente à digitalização mais recente do Arquivo da Camara Eclesiastica de Lamego. Talvez algum confrade jurista possa esclarecer esta dúvida?
É triste que tenhamos tido de esperar anos por qualquer informação, mas penso que há muito mais a saber, como por exemplo:
- Como/quem define a forma como a informação é posta online e com que metodologia? Com uma família que vou descobrindo com raízes quase pelo país inteiro, tenho usado regularmente os sites de praticamente todos os Arquivos. A experiência vai do Arquivo da UC, que estruturadamente seguiu a ordem alfabética das freguesias e colocou cada uma online como um todo, até ao aos Arquivos de Bragança e Viseu, que aleatoria e irregularmente colocam online às vezes apenas dois ou três livros de freguesias díspares, não permitindo qualquer investigação consistente, tornando o seu trabalho quase inglório e extremamente frustrante para os utilizadores. Ou como no site do ADPorto onde 'faltam' aleatoriamente um ou dois livros em muitas freguesias há anos;
- Há livros paroquiais de quase todo o país 'anormalmente' no ADL: qual dos arquivos os irá colocar online? O ADL possuidor dos livros 'em papel' ou o Arquivo regional, onde os livros pertencem e estão os restantes, e que possui apenas os microfilmes? Vários confrades têm mencionado que questionados directamente os arquivos envolvidos deferem dum para o outro;
- Como é definida a actualização/digitalização dos livros mais recentes (teoricamente já até 2012)? Aqui, pelo contrário, o AUC está atrasadíssimo;
- Vários generosos confrades têm criado e disponibilizado a todos nós utilíssimos links organizados de acesso aos sites dos Arquivos e mais recentemente das 'novidades' diárias. A pergunta é porque não o fez/faz a DGARQ/DGLAB? A sua utilidade não pode ser mais óbvia e é isso que torna 'vivo' qualquer arquivo, o que suponho seja parte fundamental da missão desse organismo.
Certamente há muitas mais (e melhores) dúvidas. A sugestão dum confrade de que deveria haver um representante dos utilizadores nalguma parte da estrutura da DGARQ/DGLAB parece-me certíssima. Pelo menos, uma 'caixa de sugestões' electronica que fosse, de facto, ouvida e respondida?
A minha 'pequena' mensagem cresceu de mais, mas talvez possa contribuir para este continuado debate que se pode congratular por já ter tido bons resultados.
Com os meus melhores cumprimentos
isabel a
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RE: Esclarecimento da DGLAB sobre a colocação Paroquiais on line
Mais do que absurdo, creio eu, é uma situação vergonhosa! Só o facto de as pessoas se mexerem apenas quando chamadas à responsabilidade, parece dizer tudo ...
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RE: Esclarecimento da DGLAB sobre a colocação Paroquiais on line
Desde já resolvo qualquer conflito de interesses: sou arquivista. Dito isto, não quero colocar em causa as afirmações mais recentes proferidas sobre a matéria nem quero entrar em polémicas desnecessárias, pois a questão que pretendo ver respondida é, simplesmente, fruto da minha ignorância no assunto e é, de facto, uma pergunta que gostaria de ver respondida: tendo em consideração que a Family Search ou a entidade que dirige este serviço já realizou a digitalização de milhões de documentos em milhares de arquivos pelo mundo fora, será que alguém tem a ideia de quantos e quais Arquivos Nacionais ou qualquer arquivo de outro tipo já tem disponível na Internet essa informação?
Os meus agradecimentos e cumprimentos,
Jorge Afonso
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RE: Esclarecimento da DGLAB sobre a colocação Paroquiais on line
Embora isto não responda à sua questão sobre a política de outros Arquivos Nacionais, sei que os outros registos digitalizados pelos Mórmons, que não estão sob a alçada da DGLAB, inclusivé os dos Arquivos Distritais de Braga e de Coimbra, tutelados respectivamente pela Universidade do Minho e a Universidade de Coimbra, estão acessiveis a qualquer pessoa, independentemwente da sua crença religiosa e nacionalidade.
Cumprimentos
Manuela Alves
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RE: Esclarecimento da DGLAB sobre a colocação Paroquiais on line
Gente pequena...
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RE: Esclarecimento da DGLAB sobre a colocação Paroquiais on line
Cara Manuela Alves,
Obrigado pela resposta. A minha pergunta não se referia à situação nacional mas à situação internacional. O que pretendo saber é se alguém conhece como está a situação noutros países onde também é executada a digitalização para a Family Search. A expressão «Arquivos Nacionais» foi utilizada no sentido de arquivos de outras nações (deformação profissional, peço desculpa).
Cumprimentos,
Jorge Afonso
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RE: Esclarecimento da DGLAB sobre a colocação Paroquiais on line
Caro Jorge Afonso
Também sou avessa a polémicas e penso que todos queremos contribuir para melhorar a genealogia e o funcionamento dos nossos arquivos mesmo quando nos lamentamos. Gostaria de louvar o extraordinário esforço material e financeiro dos Arquivos Portugueses até agora, sobretudo para quem vive no estrangeiro como eu, e a simpatia que sempre tenho recebido. No entanto, do que conheço e posso comparar, a excessiva centralização/regulamentação e duplicação de esforços está a criar uma situação insustentável que nalguns casos poderia facilmente ser ultrapassada para o benefício de todos e para fazer dos Arquivos instituições mais vivas e úteis.
Conheço bastante bem a situação em Inglaterra e Gales (Escócia e Irlanda do Norte têm arquivos autónomos que nunca utilizei) e Republica da Irlanda. Os recursos online do National Archives estão disponibilizados em sites diferentes, alguns gratuitos e outros pagos. Não há qualquer restrição ao seu acesso no Family Search (FS). Exemplos:
- o site oficial do National Archives tem relativamente pouca coisa digitalizada (mas milhões de imagens). Os índices/catalogo são acessíveis gratuitamente e o download é pago. Tem links aos outros sites que disponibilizam a parte substancial dos seus arquivos (sejamos claros - há uma visão comercial na disponibilização online dos recursos, mas em Kew o acesso a tudo é gratuito);
- há milhares de livros paroquiais de Inglaterra online no FS sem quaisquer restrições de acesso: alguns estão indexados, alguns têm as imagens, alguns têm ambos e estão continuamente a ser actualizados;
- há um site gratuito já antigo, FreeBMD, que tem o índice do registo civil de Inglaterra e Gales (que existe desde 1847). As cópias são depois pedidas pelo correio, por exemplo num site proprio oficial, mas há outros sites e (bem) pagas;
- paralelamente há dois grandes sites com acesso pago, Ancestry e Find my past, que disponiblizam os indices e imagens de todos os census britânicos até 1911, recursos militares (por exemplo, processos individuais da Army e da Royal Navy, fichas das medalhas da 1a Guerra Mundial), livros paroquiais, jornais, listas telefónicas antigas, etc etc e que estão em constante actualização. O FS dá acesso gratuito aos índices dos census e dá o link para as imagens nesses sites pagos, com excepção do census de 1881 em que a transcrição é acessível gratuitamente no FS;
- o índice e imagens do Census de 1901 e 1911 da Irlanda está disponibilizado gratuitamente no site oficial. Os índices do registo civil e muitos registos paroquiais têm sido postos on line no FS ao longo dos anos sem quaisquer restrições.
Também tenho utilizado alguns dos recursos Brasileiros do FS, sobretudo as fichas de emigrantes e os paroquiais do Rio de Janeiro - de novo não há quaisquer restrições de acesso, mas os confrades Brasileiros poderão dar muito mais informação. Há uns dias consultei recursos Belgas e de novo sem quaisquer restrições (tirando alguma dificuldade com o Flamengo). O volume de informação dos Estados Unidos disponível na FS é colossal (e muito mais recente porque o período de 'fecho' é de 75 anos apenas) e o pouco que já consultei não tem quaisquer restrições.
Em resumo, nunca encontrei restrições de acesso no FS ou noutros sites (exceptuando a necessidade de pagamento nalguns, mas nunca no FS) na utilização de quaisquer recursos, exceptuando a situação dos nossos Arquivos que dependem da DGLAB. Aliás os das Universidades de Braga e Coimbra, do Arquivo Histórico de Elvas e alguns recursos de outras distritos, como por exemplo os passaportes de Aveiro e paroquiais mais recentes de Vila Real, são acessíveis sem restrições.
Confuso? Concordo e nacionalismo a mim não pode justificar restrição ao acesso à informação.
Com os meus melhores cumprimentos e disponha do que possa ser útil
isabel a
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RE: Esclarecimento da DGLAB sobre a colocação Paroquiais on line
Caro Jorge Afonso
Uma pequena adenda depois de ver este 2o email: penso que só a FS tem os recursos e 'drive' mesmo a nível mundial para fazer a microfilmagem e agora digitalização de recursos arquivisticos de interesse genealógico e depois facultar a sua disponibilização gratuita online. Para amostra, por exemplo veja a lista das 'existências' para a Europa continental https://familysearch.org/search/collection/list#page=1®ion=EUROPE
e para o Reino Unido e Irlanda https://familysearch.org/search/collection/list#page=1®ion=UNITED_KINGDOM_IRELAND
e que se repete para todos os continentes e países das mais diversas orientações políticas e religiosas sem restrições de acesso, tirando as nossas.
De novo com os meus melhores cumprimentos
isabel a
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RE: Esclarecimento da DGLAB sobre a colocação Paroquiais on line
Cara isabel a,
Obrigado pela resposta mas mais um esclarecimento: a minha pergunta refere-se ao acesso aos documentos digitalizados pela FS e consultáveis não na FS ou nos seus associados, como refere e muito bem, mas sim através dos Arquivos Nacionais ou em outros arquivos públicos. Não confundamos as coisas, pois não se trata de discutir nacionalismo, crença ou nacionalidade mas sim de saber se fora de Portugal a prestação destes serviços também é realizada pelos e nos Arquivos Nacionais ou em outros arquivos públicos. Para melhor esclarecimento: na Europa, depois da Alemanha e da Espanha, é de Portugal que existe o maior número de digitalizações na FS. Sendo assim, por exemplo, os Arquivos Nacionais ou outros arquivos públicos destes países disponibilizam ou não essa informação? Eu não tenho conhecimento disto e gostava de ter mas, em Portugal, sei que o Arquivo Nacional e os Arquivos Distritais disponibilizam essa informação e parecem ser caso único na Europa e, eventualmente, no mundo. Estarei errado?
Obviamente que temos de ter em atenção as características próprias de cada país, visto os registos digitalizados em Portugal pela FS estarem depositados em arquivos públicos (um arquivo paroquial ou um arquivo diocesano, quando pertencentes a uma paróquia ou a uma diocese, embora possam ter acesso público não são arquivos públicos), sendo por isso mais fácil a sua disponibilização quase em simultâneo com a FS. Será que o acesso a este tipo de informação fora de Portugal (não me refiro a registos portugueses e de Portugal) só se pode fazer exclusivamente através da Family Search? São estas as minhas dúvidas.
Cumprimentos,
Jorge Afonso
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RE: Esclarecimento da DGLAB sobre a colocação Paroquiais on line
Ja pensou participar no:
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=332779
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Esclarecimento da DGLAB sobre a colocação Paroquiais on line
Caro Ricardo,
Vi o tópico, mas o encontro é em Lisboa e durante a semana. Eu nisto sou só amadora, e a genealogia é hobby de noites e fins-de-semana.
Além disso, o que penso sobre o assunto resume-se em três pontos:
1) Deixem os mormons disponibilizar os paroquiais a todos os portugueses, e não apenas aos membros da igreja, que é o que está a acontecer agora. As digitalizações já lá estão. Terei de me converter à igreja mormom, com todo o respeito que me merece, para fazer as minhas investigações? É isso que reforça a minha identidade portuguesa? Pois, se calhar infelizmente sim, porque realmente isto é o tipo de coisa que reflecte bem a identidade portuguesa (ou melhor dizendo, do aparelho estatal português) nos últimos anos: gastar o que não se tem, a fazer o que não é preciso.
2) Se querem disponibilizar digitalizações, então em primeiro lugar usem o *nosso* dinheiro (*nosso*, dos nossos impostos, de nós contribuintes -- que este acesso, ao contrário do que escrevem não é um "favor" que nos fazem, não é "de graça", é pago por todos nós), que agora estão a gastar a duplicar um trabalho que já está feito pelos mormons, para digitalizar outros documentos que os mormons não trataram: notariais, habilitações para o Santo Ofício, processos da Inquisição -- não faltam eles!
3) Antes de pagarem por um programa com interface para o utilizador final tão medíocre como é o caso do sistema Digitarq, fazem um teste: dizem ao programador para ele procurar numa freguesia bem populosa, num desses livros de baptismo com 500 ou 600 págnas, todos os netos de um casal com nomes simples (digamos, António João e Maria de Jesus); só pagavam o programa quando esse resultado fosse obtido num tempo razoável. Vai ver como eles sabiam logo como melhorar o interface: navegação hierárquica para chegar à freguesia, janela de visualização maior, botões todos juntos no mesmo sítio para não andar a fazer scroll entre o avançar e o redimensionar da página (que por sinal, devia ser fixo, e não ter de ser redefinido página a página), etc. Eu já programei, e é por isso que estou convencida que quem desenhou este programa nunca o usou a sério, nem falou com quem o usa.
Melhores cumprimentos,
Rita van Zeller
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RE: Esclarecimento da DGLAB sobre a colocação Paroquiais on line
Caro Jorge Afonso,
Como saberá, Portugal é um caso muito distinto de Espanha e outros países, porque com a implantação da República, salvo algumas excepções, os livros de assentos de cada paróquia foram "nacionalizados", ficando o Estado na posse deles, estando actualmente, depositados em arquivos públicos, sendo com estes serviços que a SGU acordos.
Noutros países, os livros paroquiais antigos continuarão a estar em arquivos paroquiais ou diocesanos pelo que os Mormones terão negociado o processo com as entidades religiosas, desconhecendo eu os termos do acordo.
De qualquer forma, penso que a situação portuguesa até terá facilitado a tarefa da SGU quer no acordo antigo de microfilmagem dos livros quer agora na conversão digital com o novo acordo de 2006 com a DGLA, sendo que, em termos relativos, seremos um dos países com mais MF's e mais imagens digitais convertidas pela SGU.
Seguramente que a disponibilidade da informação em linha pelos Arquivos se trata de um projecto complexo, dispendioso e demorado, mas a compreensão de tudo isto, não nos retira o sentido crítico de que parece residir alguma falta de coordenação quer nos critérios de disponibilização das imagens entre arquivos e dentro de cada arquivo, quer na uniformização dos programas de consulta nos diferentes arquivos, quer na adequação das características dos programas para o nosso tipo de trabalho, quer ainda nas ferramentas centralizadas de localização da informação a consultar, onde penso que haveria muito a melhorar, e não obrigatoriamente com mais custos. Para mais detalhes, poderá ver a minha mensagem http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=332820 .
Esperemos que o tempo nos traga melhorias sensíveis, pois já lá vão sete anos e nalguns aspectos até parece que se regrediu na facilidade de acesso à informação.
Com os melhores cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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RE: Esclarecimento da DGLAB sobre a colocação Paroquiais on line
Cara Isabel,
Infelizmente, não é verdade que o acesso aos passaportes de Aveiro seja livre no FamilySearch. Bem jeito me faria...
Cumprimentos,
Ana Silva
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RE: Esclarecimento da DGLAB sobre a colocação Paroquiais on line
Caro José Afonso
Muito obrigada pela sua resposta, mas não conseguir compreender exactamente a sua pergunta: "Será que o acesso a este tipo de informação fora de Portugal (não me refiro a registos portugueses e de Portugal) só se pode fazer exclusivamente através da Family Search?"
A resposta tem sempre de ser negativa, pois o Family Search apenas possui cópia (microfilme ou digital) dos livros paroquiais. Os originais pertencem aos Arquivos onde estiverem depositados e será sempre possível aí consultar os documentos originais e/ou os microfilmes.
Em termos de acesso online, por exemplo, o Recenseamento Britânico de 1881 é acessível nos sites FS, Ancestry e Find my past, para lá de ser acessível em microfilme (já em desuso) e terminal no National Archives em Kew e suponho que também em todos os Arquivos Regionais (os originais não são disponibilizados para consulta). O mesmo se passa com os registos paroquiais que estão depositados nos respectivos Arquivos regionais e têm vindo a ser progressivamente disponibilizados online, com a vantagem de haver um grande esforço de indexação (mais intensa nos sites comerciais pagos) que facilita enormemente a sua consulta.
Portanto, como refere, os Arquivos Nacional e regionais também prestam esses serviços. O que é diferente é a ausência de "exclusividade" dessa prestação. Pelo contrário, existe é complementaridade entre os Arquivos públicos e os sites online seja da FS seja dos comerciais.
O número de digitalizações no site da FS é o número de "collections" de cada país, o que é função em 1o lugar da sua divisão administrativa. É difícil ajuizar facilmente o número total de digitalizações de cada país: só abrindo todas as colecções e somando os números de imagens. Claramente a colecção Portuguesa é já substancial e é regularmente aumentada, o que nos deixa a todos ainda mais frustados por não lhe podermos aceder na sua totalidade.
Mais uma vez, com os meus melhores cumprimentos
isabel
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RE: Esclarecimento da DGLAB sobre a colocação Paroquiais on line
Cara Ana Silva
Tem toda a razão, mas eu recordo-me de terem estado acessíveis. Pelo menos tenho a certeza dos testamentos de Aveiro. Possivelmente foi detectado e corrigido?
Com os meus melhores cumprimentos
isabel
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RE: Esclarecimento da DGLAB sobre a colocação Paroquiais on line
Caro Jorge Afonso,
Creio que internacionalmente existem as mais diversas situações e genericamente falando, a de Portugal está certamente entre as melhores.
Não quero com isto dizer que esteja bem. Não está e não melhorará substancialmente a curto prazo. O que está em curso irá evoluindo quantitativamente mas enquanto persistir em funções de chefia a deformação resultante de mais de meio século de ditadura cultural de esquerda não pode melhorar.
Recordo-me bem de uma discussão televisiva de bem mais de meia hora entre o drs. António Barreto e Fernando Rosas, o primeiro na qualidade de vítima o segundo na de responsável pelos arquivos da ex-PIDE-DGS. A questão era simples. A ex-PIDE-DGS havia interceptado a apreendido uma carta da mãe do dr. António Barreto quando este se encontrava na Suiça e este entendia que a carta era sua, tinha-lhe sido endereçada e a sua apreensão era ilegal e que a função histórica do arquivo ficaria salvaguardada com fotocópia, fac-símile ou outro. O dr. Fernando Rosas defendia que a carta tinha um valor histórico intrínseco e assim pertencia ao povo Português, subentendendo eu que entenderia igualmente - embora não o tivesse afirmado explicitamente - que o valor afectivo por uma carta da mãe que creio não ter voltado a ver com vida (posso estar errado) seria satisfeito com uma fotocópia, etc..
Não vou comentar mas quando li neste tópico que se defendia a "identidade" do povo português impedindo a divulgação de imagens e registos de antepassados de cada um, imediatamente reconheci o quadro e, como disse no início, não será de prever que se altere a curto prazo.
Mas há bem pior até na Europa. Os arquivos alemães são estaduais e como saberá têm o maior número de registos microfilmados pelos Mormons na Europa. Ora de diferentes governos regionais seria de esperar alguma diversidade mas todos concordam em não autorizar aos Mormons a divulgação das imagens. Pior ainda, as fotocópias dos livros - também por imposição dos arquivos alemães que o exigiram em protocolo quando autorizaram as microfilmagens, estão disponíveis nos Estados Unidos e na Alemanha mas em mais nenhum país da Europa. Aconteceu-me que, sendo-me mais fácil comunicar em inglês do que em alemão, acabei por contratar uma investigadora americana da Califórnia para alugar os microfilmes e fazer-me investigações dos meus antepassados alemães.
Saindo da Europa, dou-lhe dois exemplos. Antes do mais o Brasil, onde os registos continuam e são propriedade da Igreja Católica que não tem tido sensibilidade - nem creio que venha a ter a curto prazo - para o fenómeno da vulgarização da genealogia e ou não tem verbas ou tem outras prioridades. Desde bispados onde os documentos estão em risco físico de se perderem por estarem em espaço físico inadequado e sujeitos a humidades elevadas, ao caso clínico de um pároco do interior que não autoriza a ninguém o acesso ao cartório da igreja, encontra-se um pouco de tudo.
Depois o tristíssimo caso de Cabo Verde, onde na maioria dos arquivos já não se conseguem encontrar registos do início do séc. XIX porque os livros foram comidos pelas térmitas. Não tenho assim nem tenho qualquer possibilidade de obter o registo de baptismo do meu avô, nascido na Guiné ou talvez já no navio de regresso mas baptizado na Boavista; e se esse documento nenhuma falta me faz o mesmo já não poderá dizer um primo, filho de um irmão do meu avô e igualmente nascido em Cabo Verde mas que cedo foi para Angola, onde viveu e teve 11 dos seus 13 filhos. Foi exactamente o mais novo, oficial miliciano, depois licenciado em Direito e que ficou largos anos no serviço de Preboste do Estado-Maior do Exército e que, necessitando de provar a nacionalidade portuguesa e não conseguindo obter o registo de baptismo do pai se viu obrigado a requerer a nacionalidade por ter casado com uma portuguesa. Tinha então mais de 20 anos de serviço como oficial do exército mas isso não estava previsto na Lei da Nacionalidade e não tinha assim nenhum efeito legal.
Claro que isto em pouco contribui para o que me pareceu desejar e que seriam dados comparativos e não apenas "fait-divers".
A. Luciano
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