Ajuda a Decifrar Testamento (Carreira - VN Famalicão)

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Ajuda a Decifrar Testamento (Carreira - VN Famalicão)

#333891 | JPPinho76 | 15 ago 2013 17:49

Caros Confrades:

Necessito de ajuda a decifrar um testamento. Tenho bastantes dificuldades em perceber e decifrar os termos utilizados.

Algum dos confrades me poderá ajudar ??

é o testamento de Pedro Fernandes que segue em link.

https://familysearch.org/pal:/MM9.3.1/TH-1-16302-13173-98?cc=1913410&wc=MMYP-677:n1644521242

Grato por toda a ajuda possível.

Atentamente
Pedro Pinho

Resposta

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RE: Ajuda a Decifrar Testamento (Carreira - VN Famalicão)

#333952 | jpm2353 | 17 ago 2013 01:44 | Em resposta a: #333891

Caro confrade Pedro Pinho,

Aqui vai o que li rapidamente:
«Testamento com que faleceu Pedro Fernandes do lugar de Segade desta freguesia de São Tiago da Carreira
Em nome da Santíssima Trindade, Padre, Filho e Espírito Santo, três Pessoas distintas e um só deus verdadeiro que me criou eu Pedro Fernandes do lugar de Segade desta freguesia de São Tiago da Carreira termo de Barcelos, Arcebispado de Braga, estando em cama doente, não sabendo o que Deus de mim disporá e temendo a conta que lhe hei-de dar ordeno o meu testamento na forma seguinte: primeiramente encomendo a minha alma a Deus Padre que a criou e a Deus Filho a remiu com o seu precioso sangue e a Deus Espírito Santo que a …. E à Virgem Maria Senhora Nossa, que seja minha advogada diante de seu Unigénito Filho e ao Santo de meu nome e a todos os Santos e Santas da corte do Céu que intercedam por mim quando desta vida partir, primeiramente sendo Deus servido levar-me para si, quero que meu corpo seja sepultado dentro da igreja donde sou freguês e meu corpo envolto no que meus herdeiros lhes parecer mais conveniente e que pela minha alma se façam três ofícios de dez padres cada um como é costume e a esmola se dará como se observa por uso e me acompanhara à sepultura a Confraria das Santas Chagas de que sou irmão. Declaro que sou casado com Margarida Roiz (Rodrigues) e que tive dela 5 filhos a saber: Maria, António, Catarina, Manuel e Marcelina e a estes e a dita minha mulher, deixo por herdeiros na parte que cada um lhe couber por direito. Nomeio a meu filho António o prazo de que é directo senhorio a igreja de Dalães com condição de que dará a sua mãe de reserva todos os anos 20 rasas de pão de toda a mistura e o terço dos mais frutos que a fazenda der limpo e seco, e se lhe parecer a ela ajuda-lo em alguma coisa, e podendo e ele lho merecer o fará, e com esta condição lho nomeio e não lha querendo dar como dito fica, nomeio o dito prazo em minha filha Maria, para que com a mesma condição o lagre (lavre?) para dar a mesma reserva a sua mãe, e não querendo esta, com a mesma condição passara esta nomeação a minha filha Catarina que também com a mesma condição da reserva acima lha nomeio. Como também com a 2ª condição de que não poderão casar qualquer dos nomeados acima sem licença da dita sua mãe, e ela poderá receber o dote de entrada para dele dispor o que lhe parecer e pagar as suas dívidas e em satisfação do dote que trouxe para esta fazenda quando veio casar a ela. Nomeio o campo da Seara, de que é directo senhorio as Religiosas de Sta. Clara de Guimarães a minha mulher Margarida Roiz para que o possa comer em sua vida e ter dele o uso e fruto enquanto quiser com condição que o nomeará em qualquer dos sobreditos meus filhos acima nomeados, que melhor lhe parecer e mais lhe fizer a vontade, e no caso, que não nomeie, tornará para a mesma fazenda, e nomeando naquele filho ou filha que lhe parecer poderá tirar a reserva e entrada para si que lhe parecer razoável e declaro que este campo também tem uma leira de mato da parte de fora e nela contesta por ser pertença sua
Deixo a minha 3ª da alma, a minha mulher Margarida Roiz para que em sua vida a logre, e por sua morte a poderá nomear em filho ou filha que lhe parecer e melhor lhe fizer a vontade e não tomar estado (quer dizer: não casar) sem sua licença. Declaro que tenho mais umas terras que são do duque de Bragança, de que é directo senhorio, sitas no lugar da Boca desta freguesia se meus herdeiros acima nomeados achar que tem direito para ter nelas estimação meu filho António acima nomeado como cabeça da fazenda lhes satisfará o que for por direito. Declaro que tenho algumas dívidas que constaram de papéis e o que deles constar se satisfará pela herança.
Deixo a minha mulher mais que poderá viver nas casas que hoje possuo, por serem feitas por mim e ela constante o matrimonio e podê-las-á ela dar ao que possuir a fazenda, e não se acomodando com o que possuir a fazenda como mãe e filho, este querendo fara delas, este lhe fará umas em que possa morar com capacidade a sua possibilidade, e seu conto.
E nesta forma hei por feito o meu testamento, porquanto esta é a minha ultima vontade, e quero que assim se cumpra como nele se contêm, e por este revogo qualquer outro testamento ou codicilo que haja feito porque quero que este tenha todo o seu vigor como dito fica, e peço muito de mercê a todas as justiças assim eclesiásticas como seculares que assim inteiramente o façam cumprir assim em juízo como fora dele e por não saber ler nem escrever, roguei ao Reverendo Padre Manuel Coelho Pimentel do lugar de Segade desta freguesia que por mim este fizesse e assinasse, e eu sobredito padre a rogo do sobredito Pedro Fernandes o fiz e por ele assinei, sendo testemunhas que presentes estavam, que em sua presença se lhe leu e todos assinaram Custódio e José Vaz solteiros familiares do Reverendo Abade desta freguesia e Domingos de Castro da freguesia de Salvador de Ruivães e Jerónimo solteiro filho de Custódio Machado, das Figueiras da freguesia de Salvador de Dalães, e declarou ele testador que o dito seu herdeiro semearia a sua mãe uma rasa de linhaça junto com a sua em cada ano, e mais estavam presentes João Coelho desta freguesia digo, Agostinho Pereira e Domingos Francisco de Paredes e Domingos, solteiro, familiar da casa do dito Padre Manuel Coelho Pimentel todos desta freguesia que aqui assinaram hoje 30 de 7.bro? (Setembro?) de 1727. A rogo do sobredito Pedro Fernandes testador Eu o dito Padre Manuel Coelho Pimentel; Agostinho Pereira; Domingos Francisco; Domingos de Castro; Domingos Correia; de Custódio, solteiro, uma cruz; de José Vaz, uma cruz; de Jerónimo, solteiro, uma cruz»

Cumprimentos,
João Magalhães

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RE: Ajuda a Decifrar Testamento (Carreira - VN Famalicão)

#333958 | JPPinho76 | 17 ago 2013 11:33 | Em resposta a: #333952

Caro Confrade João Magalhães:

Não sei como lhe agradecer a ajuda que me deu na descrição deste testamento de um antepassado meu.

Muito Grato por toda a ajuda.

Atentamente
Pedro Pinho

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