Morato Roma - Tudela de Castilho

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Morato Roma - Tudela de Castilho

#337234 | JFMenéndez | 25 out 2013 12:29

Meu Querido Pedro

Espero que vejas e me respondas qd puderes.

Como estão todos aí por casa e pela Figueira?

Aos poucos estou a regressar a estas "lides", até como maneira de ultrapassar a minha dor imensa.

Como antes te disse, estou a organizar o livro de homenagem à Fernanda, para ser lançado em junho, durante o Colóquio de Homenagem - Discurso(s) de Cumplicidade(s), em que contamos ter vários dos colegas mais amigos da minha Nanda, quer de Portugal, como de Espanha, como ainda de França. O colóquio que será a 9 de junho de 2014, sensivelmente um ano após a sua Partida, na UNL - FCSH. É organizado pelas três colegas mais chegadas, do grupo de investigação que a Fernanda coordenava - Pragmática, no CLUNL.

Por outro lado, voltei à vida académica e a intervir mais activamente nos palcos em que me movo. No dia 4 deste mês apresentei a comunicação "O BAIXO MONDEGO NO QUADRO DA RECONQUISTA", na Secção de História da SGL e no próximo dia 27 de Novembro darei uma conferência, na Secção de Genealogia, Heráldica e Falerística, da mesma SGL, intitulada:

DA QUINTA DO MORGADO DA RIBEIRA DE MOINHOS À QUINTA DO CABRAL - QUATRO SÉCULOS DE HISTÓRIA FAMILIAR

Quase 15 anos depois de ter iniciado aquela investigação (parada nos últimos 5 anos) sobre os Fonseca da Carapinheira, retomo o tema e, desta vez, para prosseguir a sério, rumo à conclusão das 1.ª e 2.ª partes que constarão do 1.º volume sobre os Cabral da Fonseca, as suas origens e descendências.
A 1.ª parte, sobre as origens dos Fonseca da Carapinheira, foi escrita agora, nas últimas semanas e é delas que falarei nessa conferência, até ao 11.º morgado (sem minúcias de discurso genealógico), quando a Quinta de Ribeira de Moinhos passa a ser conhecida por Quinta do Cabral. O ponto de partida vai ser o testamento do Fernão da Fonseca, feito em Montemor a 3 de marlo de 1453.

Estive afastado tanto tempo que já não me lembrava de tudo que me tinhas dado, do que eu já por aqui tinha escrito sobre os Alvelos de Barros, ascendentes de D. Rita Josefa Tudelan de Castilho Prado e Costa,


Bem, no meio de tanto paleio, estás a questionar-te o que é que eu quero de ti!?


Para já, apenas que me confirmes se o Rev. Vigário da Sabacheira P.e José Morato Roma, que bapt. o Félix Tomé de Freitas Morato, na ermida local de Nossa Senhora da Conceição de Lares (SPA=1-B-321v/76v), é um tio materno, ou o próprio avô materno? Será que me sabes dizer alguma coisa sobre esta questão?

Andei a procurar pelos paroquiais de Vinha da Rainha, um pouco ao acaso, mas para esse anos não encontrei nem o assento de D. Francisca de Paula Xavier, nem nada que me esclarecesse.

Beijos à Mena e à Bea
Um grande abraço para ti, do primo Amigo e muito sofrido

Zé Filipe

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RE: Morato Roma - Tudela de Castilho - Para Pedro França

#337316 | JFMenéndez | 27 out 2013 09:36 | Em resposta a: #337234

Olá Pedro


Está tudo bem?

Além do conteúdo anterior, enviei ainda ontem um mail para a tua cx.

Relativamente à pergunta que anteriormente formulei, sobre o Pe. José Morato Roma, Rev. Vigário da Sabacheira, penso que se trata efectivamente do avô materno, que procedeu ao b. do neto Félix Tomé.

Tinha-me passado esta tua anterior informação, naquele outro tópico «Tudela de Castilho», datada de 2 de outubro de 2007. Deve ter sido por coincidir com os meus anos, que me passou...! Daí que eu ter andado, em vão, à procura do assento de casamento dos avós maternos. Pudera! Os padres podiam ter, e tinham, numerosos filhos, mas penso que não haverá nenhum que se tenha atrevido a casar, incorrendo num crime muito mais grave que o da progenitura.

Como penso que terás a filiação do dito vigário da Sabacheira, de qual Morato Roma é ele filho? Do Francisco Morato Roma?

Bem, espero que esteja tudo dentro da normalidade aí pela Lusa Atenas.

Apertado abraço do teu primo

Zé Filipe

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Félix Tomé de Freitas Morato - Para Pedro França

#337317 | JFMenéndez | 27 out 2013 10:10 | Em resposta a: #337316

Caro Primo


Desculpa-me ainda esta outra questão sobre o Dr. Félix Tomé.

O processo de ordenação conjunta com o irmão José Morato Roma, que referes, não significa que ele tenha chegado a ordenar-se padre, não é verdade?

Se bem entendo, nunca se chegou a ordenar! Não é verdade? Ou então, só poderia ter-se casado após dispensa apostólica.

Desculpa todas estas questões que tenho levantado, mas é que resolvi abrir um título à parte:

§ 1.º a - FILHOS DO DR. FÉLIX TOMÉ DE FREITAS MORATO
em anexo ao:

§ 1.º - FONSECA CABRAL DE MESQUITA - MORGADIO DA RIBEIRA DE MOINHOS - ou QUINTA DO CABRAL, na Carapinheira

Apertado abraço do primo,

Zé Filipe

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José Morato Roma - Para Pedro França

#337730 | JFMenéndez | 06 nov 2013 23:36 | Em resposta a: #337317

Olá Pedro

Já depois de termos falado ao tel. lembrei-me de ver o que é que haveria pela TT, quanto às diligências para FSO.

Já em tempos (há mais de 6 anos) tinha compulsado o processo de averiguação sobre a limpeza de sangue e geração do Dr. Félix Tomé de Freitas Morato, entre o qual avulta, de sobre maneira, o da geração e pureza (ou menos pureza) de sangue de sua mulher D. Rita Josefa Tudella de Castilho Prado e Costa.

Mas não tinha consultado o processo do pai do Dr. Félix, do capitão Mateus de Freitas e Oliveira, também ele FSO.
Foi o que hoje fiz.

Pois o "nosso" Mateus, que deve ser um dos dois Mateus baptizados em Lares, um a 30 de setembro e o outro a 2 de outubro de 1668 ( tens que me confirmar qual dos dois será, porque ambos os registos estão cortados nos paroquiais online, não conseguindo ler a sua filiação), seria o 3.º filho de Tomé de Freitas, abastado lavrador de Lares e de sua mulher Maria Lourença, a seguir uma Catarina, b. 15 de abril de 1664 e a um Miguel, b. a 10 de outubro de 1666.

Era neto paterno de Diogo Fernandes Hennes, lavrador, e de sua mulher Isabel de Freitas, moradores no Casal do Ervidinho e neto materno de Manuel Gonçalves Remedio e de Catarina Lourenço, ele natural de Lares e ela de Saõ Fins (Sanfins), freg. do Salvador de Maiorca.

Tenho vários registos destes Gonçalves Remedios para os finais do séc. XVII, princípios do XVIII, e do seu cruzamento com os freitas Cavaleiro, todos primos dos Freitas Morato, já anteriormente encontrados nas minhas pesquisas pelos paroquiais online.

Amanhã deixo-te a ascendência do Dr. José Morato Roma, com que intitulei este conteúdo.

Agora vou jantar.

Ah!
Só com uma pitadinha, para aguçar a tua curiosidade, a confirmar o seu casamento com D. Filipa Mendes Roma.

Pois! A D. Francisca de Paula Xavier era filha de legítimo casamento dos seus pais, acima designados ...

Abraços,

Zé Filipe

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Casal do Ervidinho - Para Pedro França

#337777 | JFMenéndez | 07 nov 2013 23:53 | Em resposta a: #337730

Olá Pedro


Já conseguiste acabar o tal texto de que me falaste, lá para a escola?

Ainda não vou falar da ascendência da D. Francisca de Paula.

É só para esclarecer que o casal do Ervidinho fica entre Vila Verde e Lares ou, mais precisamente, entre o casal da Marinha e o casal do Andrade.

Pois é!

Tive que estudar a região da foz do Mondego e reconstituir um mapa da sua margem norte, com todos os lugarejos e casais que então existiam, para projectar em PP na próxima conferência da SGL.

Abraços aí para casa,

Zé Filipe

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RE: Casal do Ervidinho - Para Pedro França

#338117 | JFMenéndez | 14 nov 2013 20:32 | Em resposta a: #337777

Então Pedro!


Emudeceste?


Diz quelque chose d' interessant ...

Um apertado abraço do primo,

Zé Filipe

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RE: Casal do Ervidinho - Para Pedro França

#338131 | Pedro França | 15 nov 2013 00:41 | Em resposta a: #338117

Oi, Zé Filipe, priminho:

Não sei o que aconteceu mas foi graças a uma mensagem da confreira Rosário que, através do tópico "Arq. Univ. Coimbra -- Pedido de ajuda ao confrade Pedro França", vim a saber deste teu pedido. Essa mensagem é que caiu na minha caixa de correio e não os teus alertas para os Morato-Roma... Daí que nunca pudesse responder-te.
Olha, dá para esperares por segunda-feira? Antes disso não passarei pelo AUC. Quando tens a tua comunicação? Eu tenho uma ideia de uma inquirição De Genere nas ordenações sacerdotais relativamente a esta família...Terei de ver isso e os tais assentos de batismo e casamento...

Então aguarda-me aqui, tá? Desculpa lá esta trapalhada.
Abraço, do primo,
Pedro

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Morato Roma

#338132 | JFMenéndez | 15 nov 2013 03:09 | Em resposta a: #338131

Olá Pedro

Tudo bem desde o meu telefonema?

Não há pressa nenhuma, porque os dados sobre o Dr. Félix Tomé de Freitas Morato, ou dos seus ascendentes Morato Roma não são essenciais para a minha conferência. Que, aliás, já está toda escrita e acompanhada dos respectivos PP.

Pois, quanto aos mailes enviados devo ter-me enganado no email para aonde os enviei.

Amanhã deixo-te aqui uns dados mais que apurei nos processos para FSO do cap. Mateus de Freitas e Oliveira e de sua (então) futura mulher D. Francisca de Paula Xavier, pais do Félix.

Aquele abraço, do primo amigo,

Zé Filipe

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Fonseca - Morato Roma - Tudela de Castilho - Coutinho Garrido

#338139 | JFMenéndez | 15 nov 2013 15:39 | Em resposta a: #338132

Para ti Pedro

(e para algum eventual confrade interessado nesta famílias)



Lembro que este tópico está intimamente relacionado com outros dois. Um deles intitulado "Tudela Castilho" e o outrro "Guedes Tudela Coutinho Garrido".

Aquele reporta à família paterna de D. Rita Josefa Tudela de Castilho Prado e Costa, mulher do Dr. Félix Tomé de Freitas Morato e este último à descendência de duas das netas deste casal - as irmãs D. Maria Manuel e D. Tomásia Adelaide (Rita) da Fonseca Tudela de Castilho, casadas, respectivamente, com António Maria de Macedo Tudela Pereira Forjaz (dos Macedo Pereira da grande Quinta do Cardal, em Verride) e José Guedes de Carvalho Coutinho Garrido Meireles (dos morgados de Bouça, em Penela).

Aquelas duas irmãs (duas dos nove filhos que tiveram os seus pais José Caetano da Fonseca Cabral de Mesquita e Lemos e D. Francisca Maria Paula Tudela Morato de Castilho) descendentes daquele Fernão da Fonseca, escudeiro do infante D. Pedro, duque de Coimbra, que em março de 1453 instituiu o Morgado da Ribeira de Moinhos.

Sobre este mesmo assunto, aproveito para informar que decorrerá na Sociedade de Geografia de Lisboa, no auditório Adriano Moreira, pelas 18h. do próximo dia 27 a conferência intitulada:


DO MORGADO DA RIBEIRA DE MOINHOS À QUINTA DO CABRAL
QUATRO SÉCULOS DE HISTÓRIA FAMILIAR
SUBSÍDIOS PARA OS FONSECA DA CARAPINHEIRA


Melhores cumprimentos,

José Filipe menéndez

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SGL - Do Morgado da Ribeira de Moinhos à Quinta do Cabral

#338141 | JFMenéndez | 15 nov 2013 16:20 | Em resposta a: #338139

Caros Confrades


Já agora, como achega à informação do conteúdo anteriror, sobre a conferência do próximo dia 27 deixo os seguintes endereços:

Sociedade Geografia Lisboa

e

http://www.cuadernosdeayala.es/el-curso-2023-2014-de-la-sociedade-de-geografia-de-lisboa/

Neste último site, consta ainda o programa do presente ano académico da Secção de GENEALOGIA, HERÁLDICA E FALERÍSTICA da SGL.

Melhores cumprimentos,

José Filipe Menéndez

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RE: Fonsecas de Montemor o velho

#338151 | tmacedo | 15 nov 2013 19:50 | Em resposta a: #338139

Caro José Filipe Menéndez,

De um ramo dos Fonsecas de Montemor, os Aguiar da Fonseca, de Arazede, descendem do casal Jácome de Aguiar [monteiro mor de Montemor] e Isabel Beliagoa moradores em Montemor o Velho. Viveu este casal na 1ª metade do século XVI. Nunca consegui entroncá-los.

O processo de leitura de bacharéis do lic.º Manuel de Aguiar da Fonseca [casado com D. Luisa Pantoja], realizado no início do século XVII [cerca de 1620], filho do cap. Manuel de Aguiar da Fonseca e de Maria Francisca de Oliveira, tem uma informação muito curiosa. Era ele neto paterno de Sebastião de Aguiar e de Maria Pinto e bisneto de Jácome de Aguiar. Uma testemunha dessa inquirição, natural de Montemor, com cerca de 100 anos de idade, diz que ainda conhecera a Jácome de Aguiar e que aquela família descendia dos Fonsecas. Mais diz que eles eram dos "melhores" daquela vila e que quem, naquela vila, não descendia dos Fonsecas não podia dizer que "era dos melhores" ...

Tem alguns dados deste Jácome de Aguiar ou de Isabel Beliagoa?

Envio-lhe os dados das 4 primeira gerações desta gente.

1- JÁCOME DE AGUIAR casado com ISABEL BELIAGOA. Moradores em Montemor-o-Velho. Ele foi monteiro mor de Montemor.
1.1- Isabel de Aguiar, casou com António Frade.
1.1.1- Vicência da Gama. Casou com Francisco Nunes. Casou 2.ª vez no Botão com Simão de Oliveira.
1.2- Antónia de Aguiar. Casou com Tomé Bonicho, talvez filho de um Jorge Bonicho que viveu em Coimbra. Moradores em Arazede.
1.2.1- Jorge Bonicho.
1.2.2- Francisca Pessoa Bonicho. Casou com Estevão de Ares. Casou 2.ª vez com Fernão Pinto, que deveria ser filho de outro Fernão Pinto, escrivão do fisco, e de sua mulher Luzia de Ares.
1.2.2.1- D.ª Antónia Pessoa de Ares. Casou com Luís de Sá Soutomaior.
1.2.2.2- Maria Pessoa de Ares.
1.2.2.3- Brites de Ares Pessoa casada com André Cabreira de Mendonça, de Coimbra. Casou 2.ª vez com Manuel Cabreira.
1.2.2.4- João Pessoa de Ares.
1.2.2.5- Maria Pinto. Casou com Melchior de Seabra, do Botão.
1.2.3- Ambrósia Bonicho. Teve de Luís Pessoa.
1.2.3.1- D.ª Francisca Pessoa. Casou com António de Oliveira, do Botão.
1.3 - Francisca de Aguiar.
1.4 - Ana de Aguiar. Casou com António Gomes, do Botão.
1.5 - SEBASTIÃO DE AGUIAR casado com MARIA PINTO. Moradores em Arazede.
1.5.1 - António de Aguiar. Casou com Isabel da Mota.
1.5.2 - D.ª Ângela de Aguiar. Casou com o licenciado Miguel Estaço de Negreiros.
1.5.3 - MANUEL DE AGUIAR DA FONSECA casado com MARIA FRANCISCA DE OLIVEIRA. Moradores no lugar de Vila Franca, em Arazede.
1.5.3.1 - Manuel de Aguiar da Fonseca, licenciado, nascido antes do casamento dos pais. Casou com D.ª Luisa Pantoja.
1.5.3.2 - António de Aguiar.
1.5.3.3 - Francisca de Aguiar. Casou com João Fernandes da Queda.
1.5.3.4 - ISABEL DE AGUIAR casou com SIMÃO VELHO DA FONSECA. Moradores no lugar de Vila Franca, em Arazede.

Com os melhores cumprimentos,

António Taveira

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RE: Fonsecas de Montemor o velho

#338164 | JFMenéndez | 16 nov 2013 02:37 | Em resposta a: #338151

Caro António Taveira

Como está?
Há já muito tempo que não nos cruzavamos por estas "paragens".

Como pode ver pelo adiantado da hora é bastante tarde (acabei de chegara casa vindo do jantar da APG) pelo que não me vou agora alongar mais, até porque não tenho grandes dados sobre o ramo dos Fonseca que ficaram (ou regressaram a) por Montemor.

Como vou estar uns dias sem net, não estranhe a minha ausência de respostas. Daqui a breves dias voltarei ao assunto.

Melhores cumprimentos,

José Filipe

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RE: Fonsecas de Montemor o velho

#338177 | Pedro França | 16 nov 2013 14:58 | Em resposta a: #338151

Caro António Taveira:

Apenas um reparo: não é Ares mas Arês ou Arez, também ligados a Cabral de Arês, alguns da zona de Tamengos/Anadia.

Abraço,
Pedro França

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RE: Ares, Arez, Arês ou ainda Dares

#338178 | tmacedo | 16 nov 2013 15:42 | Em resposta a: #338177

Caro Pedro França,

Agradeço-lhe a observação que me permite uma clarificação. Eu privilegiei a versão quinhentista em detrimento da seiscentista.

As 3 grafias, a por mim indicada e as 2 por si referidas, constam dos vários registos ao longo dos tempos. Sendo a que referi constante dos mais antigos registos que consultei [o mais antigo de 1516]. A estas 3 ainda podemos acrescentar uma quarta: "Dares" que também aparece em registos da primeira metade do século XVI.

Os "Cabral de Arês", que não sei entroncar em Gomes de Ares [o tronco da família], descendem de uma Joana Ares [que creio filha do lic. Gaspar Nogueira e de s.m. Leonor Cabral], nascida cerca de 1550, que casou com o Dr. António Sebastião.

O mais antigo dessa família coimbrã que encontrei, o já referido Gomes Dares, foi cidadão de Coimbra e escudeiro, falecido entre 1526 e 1531. Nessa altura era casado com Ana Lopes Sodré que foi a sua terceira mulher.

O nome "Gomes Ares" e o apelido "Ares" aparece-nos nas "Espanhas" do século XV. Julgo que Ares seria uma forma do patronímico Aires ou Airas. Não me parece que tenha nada a ver com a terra alentejana. Com qual se terá posteriormente confundido com a versão posterior de "Arêz".

Com os melhores cumprimentos e os agradecimentos do,

António Taveira

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RE: Ares apelido galego de origem toponímica

#338182 | tmacedo | 16 nov 2013 16:08 | Em resposta a: #338178

Caro Pedro França,

Ares, segundo vi agora na net, é um apelido galego com origem toponímica no concelho de Ares, província da Corunha. Não terá pois nada a ver com Aires e Airas, como eu admitia.

Um abraço,

A. T.

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RE: Fonsecas de Montemor o velho

#338219 | avmendonca | 17 nov 2013 13:32 | Em resposta a: #338151

Estimado Senhor António Taveira,

Tomo a liberdade de me associar ao fórum e colocar-lhe a seguinte questão:

Terá nas suas investigações encontrado dois Aguiares que aparecem em Condeixa (bastante próximo de Montemor-o-Velho portanto) no início do século XVII, Luís de Aguiar que foi casar a Condeixa-a-Nova com Isabel Gomes em 1606, e Lopo de Aguiar pároco em Condeixa-a-Velha, cerca de 1600-1605? Os filhos de Luís de Aguiar usaram o apelido de Aguiar (Luísa de Aguiar) ou Mendonça (António de Mendonça).

Grato pela sua atenção e ajuda,

Com muito cordiais saudações,

Alexandre de Mendonça

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RE: Fonsecas de Montemor o velho

#338262 | tmacedo | 18 nov 2013 11:57 | Em resposta a: #338219

Caro confrade Alexandre de Mendonça,

O apelido Aguiar não é "originário" de Montemor-o-Velho. O Jácome de Aguiar que referi descenderá de Fonsecas de Montemor com quem um Aguiar, certamente exterior ao termo, terá casado.

Talvez uma pesquisa exaustiva pelas inquirições de genere do AUC de Aguiares de Condeixa lance luz sobre os que procura.
Lamento não lhe poder ser útil.

Com os melhores cumprimentos,

A. T.

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RE: Fonsecas de Montemor o velho

#338264 | tmacedo | 18 nov 2013 12:31 | Em resposta a: #338219

Caro confrade,

Perdoe-me a pouca relevância e possível extemporaneidade da informação. Mas já pesquisou uma possível ligação com uma "Leonarda de Mendonça de Aguiar Juzarte de Santa Maria". Veja http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=1675&fview=c

No blog http://ferreirasdeviseu.blogspot.pt/2010/08/contreiras-e-aguiar-santa-maria.html vêm referências que podem interessar.

Tenho ideia que os Aguiares [desde o século XV/XVI] estavam instalados a sul de Montemor o velho mais perto de terras do mosteiro de Alcobaça de cuja "proximidade" beneficiaram.


Cumprimentos,
António Taveira

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RE: Fonsecas de Montemor o velho

#338335 | avmendonca | 19 nov 2013 20:33 | Em resposta a: #338264

Estimado Confrade Senhor António Taveira,


Queria antes de mais agradecer a gentileza e bondade da sua resposta.

Creio que se refere aos processos de inquirição de genere de colegiais e porcionistas do Colégio Real de S. Pedro... de facto, vi no AUC o Índice do Cartório do Colégio Real de S. Pedro, bem como o artigo publicado no Boletim do Arquivo da Universidade de Coimbra por Ana Maria Leitão Bandeira e Júlio Sousa Ramos (vol XXI)...

Poderão ser também as Ordenações Sacerdotais, onde não encontrei nada de muito óbvio, mas provavelmente valerá a pena tentar uma segunda pesquisa....

Em boa verdade, andei algum tempo empoleirado nas gavetas metálicas das salas de referência e leitura do AUC, sem grande sucesso..... os Cartórios Notariais poderiam fornecer dados interessantes, mas sem descrição pormenorizada é difícil...

Porém pode sempre haver uma pista milagrosa de um confrade.....

Com muito cordiais saudações,


Alexandre de Mendonça

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RE: Aguiares em Coimbra

#338388 | tmacedo | 21 nov 2013 00:18 | Em resposta a: #338335

Caro confrade Alexandre de Mendonça,

De facto referia-me às inquirições de genere que precediam as ordenações sacerdotais. Nem sempre, depois, recebiam ordens superiores ficando, às vezes, exclusivamente com as menores. Há por isso inquirições no AUC a muitos indivíduos que não foram padres.

Presumo que não identifica ninguém na descendência próxima do Luis de Aguiar que tenha tirado inquirição. Presumo que a identificação dos padrinhos dos seus filhos também não tenha dado pistas relevantes. Que fazer a seguir ?
Tentaria nos dois ficheiros [no da sala de leitura e no da de índices] verificar todos os indivíduos com o apelido Aguiar e Mendonça no século XVII para tentar traçar um quadro geográfico dos apelidos no bispado. Isto se o apelido Mendonça veio pelo Luis de Aguiar e não pela mulher.

A ideia que tenho é que o apelido Aguiar é mais, ou do interior do bispado de Coimbra, ou para sul já no distrito de Leiria: Alvorninha, Alvorge, Maiorga e outras terras dos coutos de Alcobaça onde se terá disseminado pelo poder de D. Estevão de Aguiar durante o século XV.

Cordiais cumprimentos,
António Taveira

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Sobre as origens dos Aguiar da Fonseca...

#338464 | JFMenéndez | 22 nov 2013 13:15 | Em resposta a: #338388

Caro António Taveira


Depois de uns curtos dias de férias em Albufeira, para onde iríamos no dia 8 de junho, eu e minha querida e saudosa mulher, falecida na véspera e cujo funeral decorreu nesse mesmo dia – dia de viagem sim! – mas para a eternidade, aqui estou para lhe responder às questões levantadas por si.

Como bem diz e pelo que diz, o Jácome de Aguiar deve ser descendente dos Fonseca de Montemor-o-Velho. Ou por via masculina, ou feminina. É que nesses tempos remotos, nem sempre os varões seguiam o apelido paterno, embora feito quase uma regra, nem, de forma inversa, as filhas seguiam exclusivamente o apelido materno, ou do avô materno. Adiante!

Infelizmente não lhe posso adiantar nada, a não ser a firme convicção de que os Fonseca de Montemor, sobre o Mondego, descenderem do velho Fernão da Fonseca.

Dos seus vários filhos, que teve do casamento e fora dele, só conheço três e mesmo assim sem continuidade genealógica, excepção feita para a descendência de Fernando da Fonseca, o Bastardo e 3.º morgado de Ribeira de Moinhos.

Dele, do meio-irmão primogénito Lopo da Fonseca e do Dr. Diogo da Fonseca, que foi o 1.º morgado, contra a vontade exarada no testamento paterno de março de 1453, irei falar no próximo dia 27 na Secção de Genealogia, Heráldica e Falerística da SGL. Deles, das suas remotas origens e da descendência mais “próxima” do bastardo Fernando. Próxima, entre aspas, porque reporta já aos séculos XVII e XVIII, para justificar a transformação do Morgado da Ribeira de Moinhos em Quinta do Cabral.

Lamento, caro António, não poder precisar, nem saber ao certo como entroncar os Aguiar da Fonseca nos Fonseca. O mesmo sucedendo com os Correia da Fonseca, do capitão-mor António Correia da Fonseca e Andrade, também descendente dos primeiros Fonseca.

As minhas pesquisas sobre eles, em paroquiais, têm-se restringido à Carapinheira e, pelas ligações familiares, às Alhadas, Penela e Verride, mas, neste último caso, já para tempos mais próximos de nós.

Melhores cumprimentos,

José Filipe Menéndez

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RE: Sobre as origens dos Aguiar da Fonseca...

#338495 | tmacedo | 22 nov 2013 23:13 | Em resposta a: #338464

Caro José Filipe Menéndez,

Sabendo da insignificância de todas e quaisquer palavras nestas alturas, e porque tenho a toda a hora presente o muito recente falecimento de meu pai, partilho consigo a dor crudelíssima do desaparecimento de um ente querido.

Sobre os Fonsecas de Montemor.
Na verdade não sei se o apelido FONSECA vem aos "Aguiar da Fonseca" pelo
1º Jácome de Aguiar
2º se por sua mulher Isabel Beliagoa.
3º Ou ainda por uma eventual primeira mulher de Jácome de Aguiar.

Isabel Beliagoa podia ser de Montemor [o apelido originário do Porto já aparece em Coimbra no século XV]. De facto, em 1450, Fernão Gonçalves, o moço, dito irmão de Fernão Gonçalves Beliagoa, escudeiro régio, é nomeado escrivão das sisas da dízima do pescado de Montemor e seu termo. Isabel Beliagoa podia descender deste e duma FONSECA.

Agora, não me parecem restar dúvidas que os Aguiar da Fonseca descendem dos Fonsecas "montemorenses" do século XV.
Na leitura de bacharéis de Manuel de Aguiar da Fonseca [bisneto de Jácome], de 1640 [e não 1620 como referira] uma testemunha com o invulgar apelido de Carraque [que só conheço no Baixo Mondego], de mais de 100 anos de idade, diz que ainda conhecera Jácome de Aguiar e que a sua descendência provinha dos Fonsecas de Montemor.

Jácome de Aguiar e Isabel Beliágoa terão vivido entre 1490/1510 e 1550/1565. O bisneto mais recuado de Jácome a que encontro referências seguras nasceu em 1572. Jácome é nomeado monteiro-mor de Montemor em 1538. Seu filho, Sebastião de Aguiar, recebe uma carta de perdão em 1558. Jácome e sua mulher parecem ser da geração dos bisnetos de Fernão da Fonseca. Este último, Fernão da Fonseca, ao qual se referem vários documentos das chancelarias, deverá ser contemporâneo [irmão?] de fulana da Fonseca Pereira casada com Rodrigo Afonso de Andrade, tronco dos Correias da Fonseca de Andrade e dos Juzartes de Andrade [entre outros] de Montemor. Ainda no século XV, em 1499, aparece-nos em Montemor-o-Velho um Vasco da Fonseca que renuncia num ofício de tabelião em Gomes de Abreu.

Permita-me que lhe mande um sentido abraço,

António Taveira

Aguardo pois com muita expectativa o seu trabalho e, se puder, não deixarei de estar presente na SGL.

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RE: Sobre as origens dos Aguiar da Fonseca...

#338562 | JFMenéndez | 24 nov 2013 11:55 | Em resposta a: #338495

Caro António Taveira

Muito obrigado pelas suas boas palavras.
Apresento-lhe também os meus sentidos pesâmes pelo falecimento do Senhor seu Pai.
É a lei natural da vida contra a qual somos impotentes. Mas que custa, custa imenso. Falo pelo vazio em que se tornou esta casa, sem a luz que nos alumiava, sem a presença insubstituível da minha Mulher, que tanta falta nos faz aqui, como aos seus muitos alunos na FCSH, de que foi uma das mais distintas professoras de Linguística.

Mais à frente, vou deixar a informação prometida ao Pedro sobre as inquirições de genere levadas a cabo pelos comissários do SO.

Melhores cumprimentos,

José Filipe Menéndez

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RE: Aguiares em Coimbra

#338580 | avmendonca | 24 nov 2013 15:37 | Em resposta a: #338388

Estimado Confrade Senhor António Taveira,

Fico muito grato pelas sugestões.

Certamente será de regressar ao AUC e percorrer de novo as gavetas metálicas.....

Com muito cordiais saudações,

Alexandre de Mendonça

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Costados do Dr. FÉLIX TOMÉ DE FREITAS MORATO

#338590 | JFMenéndez | 24 nov 2013 21:25 | Em resposta a: #338562

Prezados Consócios

(Especialmente para o António, Joca, Miguel e Pedro)


Como tinha anteriormente prometido, aqui deixo alguns dados sobre a ascendência Morato Roma do Dr. Félix Tomé de Freitas Morato, desde logo os seus costados:

1 - Dr. FÉLIX TOMÉ DE FREITAS MORATO, tomou ordens menores (1717, embora esteja referido juntamente com o seu irmão José num processo de ordenação conjunto, nunca se terá chegado a ordenar) e foi, depois, bacharel formado (em Cânones?) pela UC, familiar do Santo Ofício (1737), cavaleiro da O. de Cristo (1757). Nasceu em Lares, freg. de S. Pedro das Alhadas, e aí bapt. na ermida local a 4 de dezembro de 1710.

Pais
2 – Capitão MATEUS DE FREITAS E OLIVEIRA, estudou na Universidade de Coimbra, embora não tenha chegado a formar-se, foi capitão de ordenanças e FSO por provisão de 20 de julho de 1702. Nasceu em Lares e foi bapt. a 30 de setembro ou a 2 de outubro de 1668.
3 – D. FRANCISCA DE PAULA XAVIER, muito provavelmente nascida em Vinha da Rainha, segundo as inquirições feitas pelo SO, aquando do seu casamento.

Avós
4 – TOMÉ DE FREITAS, abastado lavrador em Lares, freg. de S. Pedro das Alhadas, falecido aproximadamente em 1699 (ainda não procurei os óbitos, tendo-me circunscrito aos diversos testemunhos das inquirições para FSO)..
5 - MARIA LOURENÇA, natural e moradora em Lares.
6 – Dr. JOSÉ MORATO ROMA, bacharel formado pela UC (certamente em Cânones), vigário da Sabacheira, na prelazia de Tomar (certamente depois de enviuvar). Nasceu em Castelo de Vide, de onde saiu com seu tio Frei Mateus Morato para Ferreira. Pensei, inicialmente que fosse a actual Ferreira-a-Nova, no concelho da Figueira. Mas agora estou em crer que seja a actual Ferreira do Zêzere, bem mais perto de Castelo de Vide. Depois de estudar em Coimbra fixou-se em Vinha da Rainha, concelho de Soure, já na orla meridional dos Campos do Mondego, bem perto da Foz do Mondego e do lugar de Lares aonde viria a casar a sua filha. Casou em Castelo de Vide com sua prima
7 - D. FELIPA MENDES ROMA, natural de Castelo de Vide, de onde saiu com sua mãe, já viúva, e seu irmão o padre Mateus Morato para “Villa da Rainha” aonde este foi prior. Quase todas as testemunhas, com uma única excepção, se referem a Vinha da Rainha como Vila da Rainha, não tendo nós qualquer dúvida quanto ao topónimo e respectiva povoação do termo de Soure, ali quase na Borda do Campo, fronteira a Telhada.

Bisavós
8 – DIOGO FERNANDES HERNES (ENNES). O Miguel Doria, a quem agradeço a elucidação, aponta a grafia “Hennes”, para aquele último apelido, certamente o materno. Com esta grafia, actualmente, só me aparecem referências a alemães, pelo que me inclino que seja Ennes, apelido esse mais consentâneo com a nossa terra. Seja como for, o nosso Diogo, que foi lavrador, viveu e morou no casal do “Hervadinho”, certamente o actual casal do Ervidinho, que fica entre Vila Verde e Lares ou, mais precisamente, entre o casal da Marinha e o casal do Andrade, como referi lá mais atrás noutro conteúdo deste tópico.
9 – ISABEL DE FREITAS, certamente natural daquela freg. de S. Pedro das Alhadas, aonde o apelido é presença constante.
10 – MANUEL GONÇALVES REMÉDIO, lavrador natural da freg. de S. Pedro das Alhadas. Nas inquirições o apelido “Remédio” aparece assim no singular, mas nos muitos registo que já compulsei, aparece-nos geralmente no plural – “Remédios”. Melhor que eu, será o Pedro quem nos poderá elucidar quanto à forma mais usual.
11 – CATARINA LOURENÇO, natural de “Saõ Fins”, que não é outro que o actual lugar de Sanfins, freg. de Maiorca.
12 – ANTÓNIO FERNANDES ROXO, tosador de panos de cor, natural de Castelo de Vide e muito provavelmente empregado da personagem referida sob o n.º 14.
13 – FRANCISCA DE MATOS ROMA, natural de Castelo de Vide e muito provavelmente aparentada com os Morato Roma.
14 – Capitão JOÃO MORATO ROMA, capitão de ordenanças “(…) o qual era homem nobre e dos principais deste povo e nelle servio os cargos da Republica e sustentou sempre a sua caza com abundancia com a renda das suas fazendas e trato de mercador (…)” de panos de lã (eles dizem de cor), acrescento eu pelo que li entre os diversos testemunhos prestados pelas pessoas arroladas pelos delegados dos comissários do SO. Natural de Castelo de Vide e aí falecido
15 – CATARINA VAZ ROMA, natural de Castelo de Vide e muito provavelmente falecida em Vinha da Rainha.

Com toda a justiça, devo acrescentar, que alguns dos dados complementares apresentados, sobre estes Freitas Morato, para lá daqueles extraídos dos processos para FSO, os devo à ajuda amiga, sempre prestável e nunca desmentida do meu primo, confrade e Amigo Pedro França, a quem envio um apertado abraço. Bem hajas Pedro!

Digam de V/justiça o que mais souberem sobre os Freitas e Oliveira, os Morato Roma e gente aparentada como eram os Gonçalves Remédios.

Melhores cumprimentos,

José Filipe Menéndez

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RE: Ainda a origem dos Ares, Arez, Arês ou Dares de Coimbra

#338650 | tmacedo | 26 nov 2013 11:49 | Em resposta a: #338177

Caro Pedro França,

Conforme lhe referi tenho a convicção que a origem desta família de Coimbra está na Galiza.

Para além da possível origem toponímica no concelho galego de Ares, durante o século XV, a forma Ares é usada na Galiza como nome próprio, equivalente ao nosso Aires [ou medieval Airas], com igual patronímico. Desde há muito tempo, sabendo que o pai do célebre cardeal Tavera era um Ares Pardo, de origem galega, e vendo a utilização frequente na Galiza do século XV desse nome, que me fui inclinando para aí.

Como já lhe referi, a primeira forma, quer nos paroquiais quer nas matrículas de ordens, entre 1516 e 1540 é Ares ou, em menor escala, Dares. Gomes Ares, falecido entre 1526 e 1531, foi casado com Ana Lopes [Sodré], pelo menos desde 1516 até à sua morte, que foi a sua terceira mulher. Uma Joana Ares [casou com Simão da Costa e não tiveram geração], dita filha de Gomes Ares, madrinha em 1520, poderá ser filha de Ana Lopes ou de casamento anterior. Também um seu filho João Ares [que veio a ser cidadão de Coimbra, com geração] que recebeu ordens menores em 1524, tido de Ana Lopes, deverá ter nascido cerca de 1514 [o que nos poderá permitir recuar o terceiro casamento do pai].

Qual terá sido a origem de Gomes Ares, referido como escudeiro e cidadão dos principais de Coimbra ?
Seria mesmo um galego emigrado para terras do mondego a quem a fortuna terá sorrido?

Suspeito que possa ser um Gomes Aires, galego, assim referido no índice dos livros da chancelaria de D. Manuel, que é perdoado em 1501 por viver com barregã em Formoselha [Santo Varão] sendo casado em Santiago. Terei de confirmar o seu nome no próprio livro da chancelaria.

Com os melhores cumprimentos,
António Taveira

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Ass. de baptismo do cap. Mateus de Freitas e Oliveira

#339260 | JFMenéndez | 10 dez 2013 11:27 | Em resposta a: #338590

Meu Caro Pedro


Tudo bem por tua casa?

Tive pena de não poderes ter almoçado comigo no passado sábado.
Acabei por comer com os nossos confrades da APG, os de Lisboa (e arredores) e do Porto (e arredores) que se deslocaram até à Lusa Atenas, pois que os da região de Coimbra primaram todos pela ausência. Quem apareceu foram alguns alunos da Faculdade de Letras de Coimbra e colegas ligadas ao AUC, fora algumas pessoas ligadas por relaçoes de amizade aos conferencistas, como foi o caso da Prof. Doutora Maria Regina Anacleto.

Bem, mudando para o assunto em epígrafe, é só para te dizer que localizei e visionei (na ínbtegra) o assento de bapt. do Capitão Mateus de Freitas e Oliveira, pai (como segue) do


1 - Dr. FÉLIX TOMÉ DE FREITAS MORATO, tomou ordens menores (1717, embora esteja referido juntamente com o seu irmão José num processo de ordenação conjunto, nunca se terá chegado a ordenar) e foi, depois, bacharel formado (em Cânones?) pela UC, familiar do Santo Ofício (1737), cavaleiro da O. de Cristo (1757). Nasceu em Lares, freg. de S. Pedro das Alhadas, e aí bapt. na ermida local a 4 de dezembro de 1710.

Pais
2 – Capitão MATEUS DE FREITAS E OLIVEIRA, estudou na Universidade de Coimbra, embora não tenha chegado a formar-se, foi capitão de ordenanças e FSO por provisão de 20 de julho de 1702. Nasceu em Lares e foi bapt. a 30 de setembro ou a 2 de outubro de 1668.

A minha dúvida, ao escrever as duas possíveis datas, é que no registos online do AUC, os mesmos aparecem cortados no final (estão no fim da folha), não se conseguindo ler a filiação.
Só agora ao retomar as pesquisas no FamilySearch visionei (e guardei) o registo integral e não amputado pela má digitalização, de que este caso não é exemplo único, infelizmente.

Assim sendo, a data correcta do assento de bapt. é a segunda que apresento acima, ou seja, a de 2 de outubro de 1668, sendo pads. o Padre Manuel de Freitas e Jorge de Oliveira, escrivão em Buarcos. Os dois padrinhos certamente aparentados com os pais do neófito.

Não te preocupes mais com estes dados, mas diz-me, depois, se a ascendência de D. Francisca de Paula Xavier, mulher do Mateus de Freitas e Oliveira, que lá mais atrás deixei postado, extraída das hab. para FSO do marido, te aportou (comno espero) mais alguns dados sobre os Morato Roma.

Apertado abraço do primo

Zé Filipe

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Morato Roma - Tudela de Castilho

#410377 | v.oliveira | 11 dez 2018 17:54 | Em resposta a: #338139

Caro Sr. Jose Filipe,

Acompanhei aqui brevemente seus foruns sobre os coutinho garrido. Sou historiadora estabelecida no Canada, onde sou professora universitaria. Minha pesquisa tem foco em Luanda no sec. XIX e os Garrido sao figura proeminente no meu trabalho. Tenho particular interesse no casal Elisio Garrido e Theresa Luisa de Jesus Garrido. Gostaria de estabelecer contato com voce para dialogarmos acerca da historia da familia. Ficaria grata se pudesse estabelecer contato comigo pelo meu email vsol.oliveira@gmail.com

Cumprimentos,

Vanessa Oliveira

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