Censos 1890
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Censos 1890
Boa tarde Caros Confrades,
É possivel consultar a informação dos Censos de 1890? Se sim, alguem sabe indicar-me onde? Tenho particular interesse no concelho de Elvas. E de censos posteriores, alguma coisa pode ser consultada online?
Obrigado
Cumprimentos,
Nuno Pires
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RE: Censos 1890
Os nossos censos,não são consultáveis, pois depois de certo tempo, os papeis que se preenchem são destruídos. Mas há
uma coisa parecida que são os Rois de confessados nas Igrejas paroquiais e que devem estar alguns nos Arquivos
Distritais ou na ANTT
Saudações genealógicas
Maria Oom
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RE: Censos 1890
Caro Nuno
Os Censos visam essencialmente contagens e não têm identificações de pessoas. O que é questionado vai variando.
Os dados recolhidos são anonimizados, tratados e destruidos.
Os resultados são publicados e difundidos em papel e no portal do INE. Algumas publicações mais antigas foram digitalizadas e constam da biblioteca digital. Outras podem ser consultadas em bibliotecas depósito legal ou na sede do INE em Lisboa.
Se me disser com mais precisão o que procura poderei ajudá-lo melhor. Os Censos de 1890 foram os III a serem realizados, apesar de já em tempos da I dinastia se fazerem inquirições e contagens.
Cumpts,
RCC
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RE: Censos 1890
Do site do INE
1890 - 1 de Dezembro (III Recenseamento Geral da População)
Neste censo foram seguidas novas orientações metodológicas, de acordo com o Congresso Internacional de Estatística de S. Petersburgo, realizado em 1872, que definiu a caraterização da população “de direito” e “de facto”.
Segundo a Carta de Lei de 15 de Março de 1877, este censo deveria realizar-se em 1888, mas a Carta de Lei de 25 de agosto de 1887 adiou para o ano de 1890 e manteve a periodicidade decenal.
No plano executivo este censo apresenta um rigor bastante superior aos anteriores, baseando a recolha de dados em autoridades locais. Do ponto de vista metodológico este recenseamento é igualmente inovador, demonstrando maior cuidado na recolha, tratamento e apresentação dos dados definitivos. Continuou a usar-se o boletim de família, a que se juntavam os boletins de fogos (casas ou locais habitados) e embarcações, tendo sido apurados desta vez o número de famílias e sua constituição (famílias segundo o número de pessoas que a compõem).
Outra inovação consistiu na listagem das casas habitadas e desabitadas, dos estabelecimentos comerciais ou com fins que não os de residência, dos chefes de família e ainda nas caraterísticas toponímicas da zona, além da contabilização dos estrangeiros por nacionalidades e da distinção entre residência e naturalidade.
A população foi classificada segundo a “condição perante o trabalho”: pessoas exercendo uma profissão, pessoas de família sem ocupação lucrativa e serviçais empregados no serviço doméstico e dentro da população com profissão segundo o agrupamento profissional por grandes grupos de atividade (12 categorias profissionais). Quando o indivíduo exercia mais do que uma profissão pedia-se que indicasse a profissão principal.
Foram também publicadas uma nomenclatura e classificação das profissões, juntamente com os dados.
Considerou-se a distinção entre a população urbana e rural classificando-se a população que vivia em vilas capitais de concelho como população urbana.
“Em 5 049 729 habitantes de facto, que o país contava no 1.º de dezembro de 1890, sómente 1 048 802 sabiam ler.” As famílias apresentavam um número médio de 4 indivíduos.
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