pedido a pedro frança
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pedido a pedro frança
Sr. Pedro França.
Tomo a liberdade de lhe pedir uma informação:
No afã de ter cidadania portuguesa entendo necessário dados de meu descendente, o mais antigo que tenho noticia, chamado Modesto Nunes que foi médico do rei, formado em Coimbra. Devido sua ótima relação com a corte o rei ordenou fosse chamado de Modesto "Leal" Nunes. Pergunto então:
Como devo proceder para encontrar documentos relativos ao referido Modesto?
Muito obrigado.
Robson
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RE: pedido a pedro frança
Caro Robson,
acredito que quando menciona "descendente" queria dizer "ascendente".
Esse seu ascendente ou antepassado será o mesmo que casou (em 1763?) com Julietta Reger (filha de Teófilo Mariano Reger) e teve os seguintes filhos:
1. João Leal Nunes
2. José Mariano Leal Nunes
3. Paulo Leal Nunes
4. Albano Leal Nunes
Terá portanto nascido antes de 1740. Agora resta saber o nome dos pais e a freguesia de Coimbra em que foi baptizado.
Em 1760: Terminou o curso de Medicina na Faculdade de Coimbra
Em 4 de Maio de 1761: Entrou para a Corte de D. José I, Rei de Portugal
Após ser admitido como médico da Corte, de tal modo dedicou-se de tal maneira aos nobres que passou a ser tratado como um de seus pares e D. José I o distinguia com a alcunha de "meu Modesto leal", por sua dedicação e lealdade.
Em 1763, resolvendo casar-se, pediu o consentimento do rei, que lhe disse ser de competência de seus pais dar a licença. Por este gesto o rei aceitou ser seu padrinho de casamento (representado no ato por seu secretário particular) e disse-lhe que passasse a se assinar, a partir do casamento, Modesto Leal Nunes, em reconhecimento à sua lealdade.
Cumprimentos,
Nuno Silva
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RE: pedido a pedro frança
Caro Robson,
do que puder encontrar na internet, este Modesto Nunes fora indicado para médico da corte por outro que era seu tio materno, e dois dos seus filhos foram engenheiros que foram enviados para o Brasil (talvez a sua ascendência passe por aqui).
Cumprimentos,
Nuno Silva
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pedido a pedro frança
Bom dia Nuno, você sabe o nome do tio que indicou o modesto?
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pedido a pedro frança
O nome do tio do Modesto Leal Nunes era João de Castro Melo de Souza.
Ao menos esta é a informação do livro escrito pelo "Tio" Aprígio Leal Nunes, parente de meu pai, transcrito abaixo:
"ANTECDENTES E ORIGEM DO NOME LEAL
Em 1760, tendo Modesto Nunes, terminado o curso de medicina na
Faculdade de Coimbra, em Portugal, sendo médio da corte naquela época
seu tio materno, Dr. João de Castro Melo de Souza, e como este tratasse de
sua aposentadoria por estar com a idade de 68 anos. Sentindo-se idoso para
o cargo, pediu a D. José I, Rei de Portugal naquela época, que convidasse o
jovem médico Dr. Modesto Nunes, para assistente da corte em sua vaga;
afirmando ao Rei que o moço possuía inteligência brilhante e vasto
conhecimento de sua profissão; conseguiu ele o cargo e não foi desmentido
em sua afirmação.
O jovem médico entrou para corte no dia 4 de maio de 1761 e de tal modo
dedicou-se aos nobres que passou a ser tratado como um dos seu pares e D.
José I o distinguia com a alcunha de “MEU MODESTO LEAL”, fazendo
juz a sua dedicação e lealdade.
Em 1763, resolvendo casar-se com uma jovem de notável beleza que o
atraiu pela singeleza e pureza do coração, não o fez sem pedir o
consentimento do Rei que se mostrara tão seu amigo, ao que lhe respondeu
D. José I: “Bela escolha meu rapaz! A licença para casar-te, a mim não
compete, e sim a teus dignos pais, mas sei que a tua modéstia, e lealdade, a
isto te impede. Com muito prazer serei teu padrinho de casamento,
fazendo-me representar no ato por meu secretário particular; quero, porém,
no ato de matrimônio e daí por diante passarás a assinar Modesto Leal
Nunes, em reconhecimento a tua lealdade”.
A vontade do Rei foi satisfeita e surgiu mais um nome, cuja origem muito
honra a todos que o assinam.
A jovem que Modesto escolhera por companheira, era filha de Teófilo
Mariano Reger, encanador da corte e chamava-se Julieta.
Deste matrimônio nasceram 4 filhos: João, José, Paulo e Albano.
José, tendo com padrinho seu avós maternos, com estes veio ao Brasil,
quando seu avô, Teófilo Mariano Reger, recebera a incumbência de vir a
fazer o encanamento da Quinta da Boa Vista no Rio de Janeiro.
José Mariano, pois assim se chamava em homenagem ao avô, alguns anos
depois regressava a Portugal para seguir sua carreira de engenharia na
Universidade de Coimbra, onde já se achava seu irmão João, que cursava,
por vontade paterna, a Faculdade de Medicina; não fazia muito a gosto,
pois sua vontade era dedicar-se à agricultura o que desgostava seus pais.
Era João terceiranista de medicina, quando os estudantes brasileiros, entre
estes, Domingos Barbosa, Joaquim José Maya, Pedro Duarte Amaral e
muitos outros, manifestaram-se simpáticos a ideia de emancipação política
do Brasil. Joé Mariano e João Leal Nunes, também acompanharam os
estudantes brasileiros, pois José gostava muito do Brasil e soubera
comunicar sua simpatia ao irmão e julgavam-se com algum direito por
terem aqui seus avós maternos, que não mais regressaram a Portugal.
Sua Majestade, descontente com a atitude os filhos de seu médico, chamou-
o e comunicou-lhe seu descontentamento. Dr. Modesto, desgostoso com o
ocorrido, repreendeu severamente seus dois filhos. Estes, como nunca
houvessem contrariado seus pais, também nunca haviam recebido
repreensões ou castigo. Envergonhados com a repreensão, primeira e única
de seu pai, resolveram emigrar para o Brasil e assim o fizeram, vindo com
eles, Joaquim Fernando da Rosa, também português e simpático à causa do
Brasil. Este e José Mariano ficaram no Rio, e João, sempre interessado na
agricultura, veio para Santa Catarina. Seu ideal era abandonar a medicina e
abraçar a carreira que sempre desejara. Chegaram ao Rio de Janeiro em 4
de abril de 1875 e em Santa Catarina em 6 de agosto do mesmo ano."
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