Descendência de Manuel Brito Camacho
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Descendência de Manuel Brito Camacho
Caros,
Inicio a minha contribuição para este fórum com a questão da descendência de meu trisavó, Manuel de Brito Camacho, médico militar, escritor, publicista e político que, entre outros cargos de relevo, exerceu as funções de Ministro do Fomento (1910-1911) e de Alto Comissário da República em Moçambique (1921 a 1923). Fundou e liderou o Partido Unionista. Foi fundador e director do jornal A Luta, órgão oficioso do Partido Unionista.
A ascendência e descendência de Manuel Brito Camacho é algo que suscita algumas dúvidas no seio da minha família, pelo que iniciei algumas pesquisas tendo surgido alguns tópicos neste fórum que me fizeram ainda mais dúvidas.
Assim, segundo o que até agora reuni, os parentes do Brito Camacho na altura da sua morte eram residentes todos na zona de Aljustrel de onde ele era, nunca aceitaram e reconheceram o filho Joaquim Emílio Videira Camacho. Em vida o Dr. Brito Camacho apregoava aos seus amigos do Partido e Jornal que fundou, que Joaquim Camacho era seu filho. Em 1922, quando na tipografia do jornal "A Luta" se compunha um jornal de estudantes dirigido por Joaquim Camacho, o Dr. Brito Camacho exclamou entrando na tipografia: "Vai fazer-se aqui um jornal de estudantes que é dirigido pelo meu filho". A questão do não reconhecimento do Joaquim Camacho como filho, embora ilegiítimo , por parte dos parentes aquando da sua morte, deveu-se ao facto do Brito Camacho, em testamento ter declarado não ter filhos e fez suas herdeiras D. Maria Beltrão e D. Maria Antónia Espada Figueiredo. Perante esta situação Joaquim Camacho pediu uma investigação de paternidade e Perfilhação do Capitão Joaquim Emílo Videira Camacho. De acordo, com cópia (que tenho em meu poder) do Acordão do SupremoTribunal de Justiça (Processo nº 52.118 de Junho de 1943) este julgou definitivamente a questão, dando razão a Joaquim Camacho: "......tendo o autor (Joaquim Camacho) a seu favor a reputação e consideração do público como filho do Dr. Brito Camacho, como se mostra na alínea g), os factos das Alíneas c) a f) abonam a reputação e tratamento como filho pelo Dr. Brito Camacho e assim se verifica a sua posse de estado como filho ilegítimo do r. Brito Camacho, nos termos......".
E acrescenta mais adiante "O facto do Dr. Brito Camacho ter repudiado aa sua paternidade nos últimos 12 nos da sua vida é irrelevante e não prejudica a posse de estado do autor como seu filho, não sendo justificado, dada a fidelidade da mãe do autor no período legal da sua concepção e o seu procedimento irrepreensível, como as instâncias deram como provado".
Caso alguém tenha mais informações relativo a este assunto, favor não hesitem em me contactar.
Luís Manuel Camacho Montez Madera
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RE: Manuel Brito Camacho
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