Pedido de opinião - assentos de óbito

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Pedido de opinião - assentos de óbito

#349871 | Cora | 03 set 2014 15:50

Boa tarde a todos,

no decorrer das minhas pesquisas, descobri este registo de casamento, que menciona que Guilherme José Belling, o noivo, era viúvo de Brites Joanna da Cunha.

http://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4812405 – 756.TIF


Procurei a senhora na Freguesia mencionada, e apenas encontrei este registo, onde aparece "Brites Joanna de Ataíde".

http://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4812445 – 553.TIF

A ser outra pessoa, parece-me uma coincidência muito grande, pois o nome de "Guilherme" é muito raro no período em questão (pelo menos pelas minhas pesquisas, em Lisboa), e Brites também aparece poucas vezes.

Brites Joanna de Ataide faleceu juntamente com uma filha. Não encontrei registo de nascimento desta filha, Maria (morte no parto ?), nem qualquer registo de outros filhos do casal, nem registo do casamento, na freguesia da Ajuda.

Qual a vossa opinião ? As duas Brites poderão ser a mesma pessoa ?

Grata,

Fátima Belling


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#349893 | ppb | 04 set 2014 00:43 | Em resposta a: #349871

Boa noite Fátima,

Deparei-me com casos semelhantes nas minhas pesquisas.
Procurei os assentos de batismo, casamento e óbito e os nomes dados nem sempre são iguais. Dou-lhe um exemplo, o mais descarado, apesar de não ter presente as descrições exactas, mas que para o caso não é necessário ir procurar:
Custódio Pereira é identificado como Silvestre Pintado, ou Cristóvão Silvestre.
Como a mulher e os filhos coincidem, trata-se da mesma pessoa, por isso compus o nome Cristóvão Custódio Silvestre Pintado Pereira.
Isto verifico em várias pessoas da família.
Era costume os pais atribuírem apelidos diferentes a cada filho.
Também tenho visto que, registarem apelidos diferentes ao longo da vida. Às vezes no óbito aparece o apelido que mais os identificava.
É precisamente este costume que está a dificultar a conclusão da minha pesquisa sobre a origem do apelido Bandola.
Estou neste momento com membros das famílias Da Vide, Camões, Subtil, Bota e Tenreiro, todas entrelaçadas.
Agora veja o que se passa, todas são, por exemplo Martins Da Vide ou Gonçalves Tenreiro, e registam acabando o nome em Martins ou Gonçalves. Por isso, tenho os registos com quase todos Martins, Rodrigues e Gonçalves sem os apelidos que faltam...

Cumprimentos,

Pedro Bandola

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#349898 | Simões Chuva | 04 set 2014 05:50 | Em resposta a: #349871

Já tentou procurar o casamento na freguesia das Mercês? Parece que ele foi professor no Colégio dos Nobres:
http://digitarq.dgarq.gov.pt/details?id=1935535

E teve uma casa arrendada na atual rua Marcos Portugal:
https://archive.org/stream/depoisdoterremot03sequ#page/188/mode/2up
(primeira metade da primeira página)

Tanto uma coisa como outra eram na freguesia das Mercês.

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#349939 | Cora | 05 set 2014 13:24 | Em resposta a: #349871

Caro Simões Chuva,

Sim, já tinha encontrado a informação àcerca de Guilherme Belling ser professor no Colégio dos Nobres, no entanto agradeço a sua pesquisa !

Guilherme Belling ficou viúvo na freguesia da Ajuda, e voltou a casar na mesma freguesia, em Agosto de 1764, pouco tempo antes do registo da Carta de Professor de Latim, em 1765. Terá sido eventualmente nesta altura que se mudou para perto do Colégio.

O primeiro registo de um filho (Thomaz) que consegui localizar é de 1767, e menciona que moravam na Rua da Arrábida.

Foi por estes dados que concentrei a pesquisa da 1ª mulher (Brites) de Guilherme Belling na freguesia da Ajuda.

Mas, se eu não estiver a pensar bem, agradeço a correção - só consegui chegar onde cheguei até agora graças a este Fórum.

Agradeço imenso o link dos livros de Gustavo Matos Sequeira, que desconhecia, e que contêm informações importantes. Entretanto, descobri que o Volume I não consta da lista da Archive.org e preciso de o consultar. Sabe, por acaso, onde pode existir ?

Obrigada também ao Pedro Bandola ... fiquei bastante esclarecida, obrigada :) ... tenho agora menos dúvidas de que se trata da mesma pessoa !

Cumprimentos,

Fátima Belling

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#350108 | Simões Chuva | 11 set 2014 04:36 | Em resposta a: #349871

Não quis dizer de maneira nenhuma que não estivesse a pensar bem, apenas me pareceu uma hipótese o casamento ter acontecido nas Mercês, já que não o encontrou na Ajuda.

Não sei se já leu todas as outras referências a "Belingue" nos volumes disponíveis, de qualquer forma aqui vai a lista:

Volume 2
https://archive.org/stream/depoisdoterremot02sequuoft#page/12/mode/1up
https://archive.org/stream/depoisdoterremot02sequuoft#page/17/mode/1up
https://archive.org/stream/depoisdoterremot02sequuoft#page/24/mode/1up
https://archive.org/stream/depoisdoterremot02sequuoft#page/202/mode/1up
https://archive.org/stream/depoisdoterremot02sequuoft#page/235/mode/1up

Volume 3
https://archive.org/stream/depoisdoterremot03sequ#page/15/mode/1up (e seguinte)


Quanto ao 1º volume, não o consegui encontrar, mas aqui vai o que consegui arrancar dos excertos do google, são todas as referências a "Belingue", excluindo os indíces:

Página 193
"passou o edifício e o seu quintalão para a posse do Colégio dos Nobres, incluido nos bens com que Pombal dotou a nova instituição e logo a seguir deram-no de aforamento a Guilherme José Belingue professor do Colégio."

Página 194
"Em 1775 era o Seminário dirigido pelo Guilherme Belingue, que aí também residia com sua mulher D. Ana Maria, seus filhos Tomás e José, e seu irmão Edmundo José Belingue. No Rol dos Confessados mencionam-se 17 alunos, entre os quais José Ricaldes Pereira de Castro, que foi desembargador, Francisco e Sebastião de Abreu Pereira de Castro, Sebastião e Francisco José dd Sampaio. O capelão era, então, o padre António Mendes da Costa. Em 1777 eram 19 os estudantes e vejo, entre êles, João Venâncio de Ornelas e Felipe de Sousa Canavarro. Em 1779, no pátio do edifício havia uma casa que estava alugada a uma D. Mariana Eugénia de Mendonça 'que aí vivia com seus filhos. O Colégio do Belingue passou, em 1754, a ser dirigido por Edmundo Belingue, irmão do primeiro director, e, a avaliar pelo número dos alunos, parece ter…"

Página 299
"Vejo nomeados, nos documentos do Real Colégio, os seguintes professores até 1833: De francês — Edmundo Belingue, José Bernardo de Andrade Coelho, Daniel José Chancalence (ou Franco- lence!), o abade Germain e Francisco António Bento v Cachedenier, barão de Vassimont; De inglês - Edmundo Belingue e padre Bernardo Maria Dermott; De desenho- Joaquim Carneiro da Silva, Francisco (1) Joaquim Josó Monteiro Torres, almirante, foi também vice- -reitor em 1821."

Página 300
"De latim — Guilherme José Belingue, Sebastião Koiz da Costa, Luís dos Santos Vilhena e Joaquim Agostinho de Freitas;"

Página 429
"Havia então em Lisboa duas fábricas de tipo, o que era mais do que suficiente se estivessem bem organizadas. Em toda a Inglaterra havia apenas uma (em Londres) e chegava bem para as múltiplas exigências de todas as oficinas tipográficas desse país. Essas duas fábricas, fundadas no reinado anterior, pertenciam, uma à Academia Real de História e a outra à viúva de Henrique José Belingue, português de nação, embora o seu nome atrapalhe um pouco a justificação dessa nacionalidade. Da primeira era mestre Jean de Villeneuve, francês, natural de Besançon, mas português pelo coração, como êle próprio se confessa em um discurso laudatório, dirigido à Junta do Comércio, emoldurado em vinhetas e outros ornatos tipográficos A fábrica do Belingue, por ocasião do terramoto, sofreu, como. a do Villeneuve, consideráveis prejuízos. Em virtude da destruição de grande quantidade de tipo, foi enorme a concorrência dos impressores reclamando os caracteres que lhes faltavam, tornando-se necessária a intervenção do próprio Governo para regulamentar esse fornecimento aos numerosos reclamantes. Estes e outros acontecimentos suscitaram, à Junta do Comércio, a ideia da criação de uma escola pública"

Página 430
"daquela manufactura. O sítio escolhido para ela seria o pavimento terreo do prédio em que funcionava, defronte do Colégio dos Nobres. Apresentado tal alvitre, com outros, em consulta de 24 de abril de 1758, foi logo aprovado a 27, por uma Resolução Régia. Para mestre da fábrica e professor, a Junta indigitara o Belingue, o que o governo aceitou, concedendo-lhe uma ajuda de custo de 200$000 réis, paga pelo cofre da mesma Junta, à parte os proventos da oficina que seriam livres para ele. Foi esta fábrica que, depois de passar das mãos de Belingue para as de Miguel Menescal da Costa, se anexou à Real Oficina Tipográfica, por meio de compra, em 1768 (l)."


(A numeração das páginas é de uma edição que tem juntos os dois primeiros volumes.)

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#350124 | Cora | 11 set 2014 23:35 | Em resposta a: #349871

“Não quis dizer de maneira nenhuma que não estivesse a pensar bem, apenas me pareceu uma hipótese o casamento ter acontecido nas Mercês, já que não o encontrou na Ajuda.”

Tal não me passou pela cabeça, de todo ! Apenas quis dizer que poderia estar à vontade para me corrigir, o que seguramente já aconteceu aqui várias vezes, e ainda bem :)

Sim, verifiquei todas as referências aos Belling nos 3 volumes on-line e também encontrei os excertos do Google, mas não consegui uma leitura tão ampla. Nos “pedaços” que consegui, descobri que Edmundo é IRMÃO de Guilherme José, e não filho, como eu pensava desde sempre (ambos têm como pai Guilherme José, casado também com uma Anna Maria, tal como o Guilherme-filho-professor-de-Latim).

Entretanto, com as novas informações que fez o favor de pesquisar, Edmundo aparece como “Director do Colégio do Belingue” em 1754 (e o que é o “Colégio do Belingue” ??), e depois como professor de francês em 1833 … tratar-se-á de um lapso ?

Edmundo Belling terá nascido em 1750, e, mesmo que assim não fosse, parece demasiado idoso para ainda ser professor em 1833, sendo já um director em 1754.

No Volume 1 há também uma errata, mas não consegui nada, apenas a palavra através do Google. Tenho mesmo que tentar ler o livro.

Agradeço MUITO todo o trabalho e todo o tempo que dedicou a este tema.

Cumprimentos,

Fátima Belling




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#350126 | Simões Chuva | 12 set 2014 00:15 | Em resposta a: #349871

Pelo que percebi ele não era professor em 1933, aquela lista é dos professores que deram aulas (suponho que desde o início do colégio) até 1933.

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#350137 | Cora | 12 set 2014 12:02 | Em resposta a: #349871

Obrigada !

Faz sentido, claro ... ainda assim, fico com a idéia que existe mais do que um Edmundo ... e provavelmente haverá, só tenho que o encontrar.

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#407282 | msubtil | 09 set 2018 07:29 | Em resposta a: #349893

Caro Sr Pedro Bandola
Com muito atraso recorro a si. Os Subtil mais antigos que encontrou reportam-se a Tancos e Sertã ou são do distrito de Portalegre (Elvas, Castelo de Vide,Campo Maior, Nisa e arredores)? Pergunto isto porque estou tentando encontrar a ligação entre eles, nos anos anteriores a 1700. (que a deve haver). Se são dessa época os seus dados, fará o favor de me disponibilizar alguma informação? Muito obrigado. Msubtil

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#407321 | ppb | 10 set 2018 22:02 | Em resposta a: #407282

Caro MSubtil,

Os Subtil que encontrei são de Fronteira, Portalegre.

Aparecem vários como padrinhos de muitos membros da minha família, mas não encontrei, ainda, um Subtil em linhagem direta.
É possível que a ligação seja na família Vide, de que sou descendente.
De acordo com as Genealogias Manuscritas, na Torre do Tombo microfilme 1174, Álvaro Martins da Vide teve três filhos:
- Brás Martins da Vide, de quem descendo por meio de Beatriz da Vide Guardado que casou em 29.05.1575 com Gonçalo Vaz Pinto de Sousa.
- Afonso Martins da Vide
- Pedro Afonso da Vide é avô de Pedro da Vide que casou com Maria Álvares Cardoso filha de Gaspar Fernandes e Margarida Subtil.

De um outro ramo sou descendente de Leonor Palha casada com Nuno Vaz. Esta é provável que seja bisneta de João Palha, Alcaide-Mor de Fronteira, casado com Brites Varela Moniz.

Brás Palha filho 1.º de João Palha sucedeu na casa de seu pai e foi Comendador da Fronteira. Instituiu morgado de Benavila em 1545 dizem alguns que também foi Alcaide-Mor da Fronteira. Casou com Maria Sutil filha de João Palha. (TORRE DO TOMBO Nob. Queiroz vol 21 f. 108 microfilme 877 PALHAS)

Além destas referências apenas tenho os nomes daqueles que foram padrinhos nos diversos assentos de batismo e casamento de alguns ascendentes diretos.

Caso seja de interesse para si, poderei indicá-los.

Melhores cumprimentos,

Pedro Bandola

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#407581 | msubtil | 12 set 2018 13:42 | Em resposta a: #407321

Caro Sr Pedro Bandola
agradeço a prontidão na sua resposta.
Vejo que fez um grande trabalho de investigação. Isso não é uma simples árvore, é uma sequóia-gigante!
Vou guardar a sua amável disponibilidade para, depois de arrumar a minha papelada, lhe pedir algum esclarecimento. Contudo, se já tem algo a que não necessite de acrescentar trabalho, eu ficaria muito grato por recebê-lo. Como este tópico tem um fim diferente, caso concorde remeter-me essa informação, poderia usar um email directo? Cá vai masl1948arrobagmail.com
Sinceramente agradecido. Manuel Subtil

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