Nobres e comércio

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Nobres e comércio

#362821 | Hepar | 28 out 2015 05:52

Boa noite,

Não estando muito familiarizado com as implicações da condição de nobre em Portugal, gostaria de saber se era provável (se possível de todo), no séc. XVIII, o filho de um nobre estar envolvido em comércio de "grosso trato" e o que isso implicaria (nomeadamente se estaria mesmo envolvido na supervisão/decisões operacionais ou apenas em nome através de investimentos).
Se poderia montar por ex.fábricas, firmas de import/export de sua própria iniciativa ou apenas com autorização/mandato régio.
Se haveria, até, a prática de encaminhar nobres para cargos relacionados com os tipos de comércio monopolizados pelo Estado.
Se, do ponto de vista da família, este tipo de ocupação seria idealmente a evitar e ocurreria mais "por necessidade" quando não havia condições para levar uma vida de ócio mas não se conseguia algum posto na administração do Reino.
Ou se ser dono de um negócio seria aceitável desde que fosse tratado como a administração de uma fonte de rendimento, tal como com as propriedades rurais, sem se estar directamente envolvido na gestão?

Cumprimentos,
Hepar

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Nobres e comércio

#362842 | saintclair | 28 out 2015 14:57 | Em resposta a: #362821

-
Claro que sim.
Saintclair

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#363154 | A. Luciano | 05 nov 2015 19:28 | Em resposta a: #362821

Caro Hepar,

As questões que colocou cobririam uma tese de mestrado ou de doutoramento mas como obteve uma resposta tão sucinta e assertiva, talvez tenha ficado esclarecido e o tópico poderia ser encerrado por inutilidade superveniente. Contudo, talvez por desconfiança ou optimismo, admito que ainda queira conversar sobre o assunto com um curioso que infelizmente não poderá substituir a pléiade de juristas, advogados, historiadores e professores universitários que tanto brilharam neste fórum mas que parece terem-no abandonado.

E começo a conversa com o tempo, não o meteorológico mas mesmo o cronológico.
Como diria Jacques de Chabannes, Sieur de La Palice, Pacy, Heron etc., um século são cem anos; e como poderia ter dito o saudoso Augusto (GFA), em cem anos muita água corre debaixo da ponte. Lá mais para trás, nas longas trevas medievais, houve alguns séculos que terão sido menos significativos mas não o foi de nenhuma forma o século XVIII, aliás a segunda metade do dito, aliás o seu terceiro quartel, mais precisamente o período de 1750 a 1777 quando o benemérito Marquês ocupou o cargo de secretário de Estado dos reinos de Portugal e dos Algarves É que, nas coisas que o preocupam, há um antes de Pombal e um depois de Pombal.

E por agora me fico.

A. Luciano

Notas (que não intercalei para não quebrar o ritmo do texto):
- "por desconfiança ou optimismo" no contexto ambas têm conotação negativa;
- "GFA" Guarda Florestal Ajuramentado;
- "nas longas trevas medievais" assevero que não me estou a candidatar a nenhum lugar do previsivelmente próximo governo do arco esquerdo.
A.L.

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Comerciantes de Grosso Trato século XVIII

#363233 | saintclair | 07 nov 2015 17:32 | Em resposta a: #363154

-
..." He bem sabido que o negócio não dá nem tira Nobreza às pessoas que o exercitão, salvo
sendo feito em loja aberta"...
http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223054099R0pVP5xq0Uf71OV2.pdf
Saintclair

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