Legitimação dos 3 filhos de Pedro Afonso de Magalhães por D. João I
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Legitimação dos 3 filhos de Pedro Afonso de Magalhães por D. João I
Em 3/1/1445 (3/1/1407) D. João I (livro 3, folhas 89v e 90) legitimou 3 filhos de Pedro Afonso (de Magalhães), clérigo de missa em Torres Novas: João Pires, Inês Pires e Rui Pires. A mãe desses 3 filhos chamava-se Maria Gonçalves. Ver imagem 99 em
http://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=3813666
O 3º filho, Rui Pires de Magalhães foi, segundo Alão de Morais, Deão de Coimbra e prior da Lousã. Coincidência ou não, o seu primo Pedro Machado foi Senhor da Lousã depois de casar, cerca de 1453, com Inês de Góis (que aí está sepultada). Coincidência ou não, uma filha de Rui Pires de Magalhães, Branca de Magalhães, casou com João de S. Pedro Machado, que Felgueiras Gayo dá, com algumas reservas, como filho bastardo de Pedro Machado (FG, título Magalhães, § 104). Mas a verdade é que João de S. Pedro Machado herdou propriedades do dito Pedro Machado na freguesia de Ferreiros (Póvoa de Lanhoso), deixando, posteriormente, pelo menos 2 quintas aos seus filhos: a quinta de Magalhães e a quinta de Real. João de S. Pedro Machado, que em 1482 já estava casado com Branca de Magalhães, teria nascido cerca de 1450 (antes do casamento de Pedro Machado com Inês de Góis) e teria, então, cerca de 14 anos quando Pedro Machado (fidalgo da casa de D. Fernando, irmão de D. Afonso V) morreu em Janeiro de 1464 no escalamento de Tânger. Segundo FG as propriedades que João de S. Pedro herdou em Ferreiros foram-lhe doadas por Inês de Góis.
Como complemento: o pai de Pedro Machado, Vasco Machado, que foi alcaide de Chaves, foi também legitimado por D. João I (livro 2, folha 73v), em 15/10/1428 (15/10/1390). Era filho natural de Gonçalo Machado e Moor Piz. Ver imagem 152 em
http://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=3813665
João Machado
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Olá, Joham!
Isso reforça a dedução do FG?
Cumprimentos,
Anrrique
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Caro Heinrich
FG refere-se, no § 104 n 1 do título Magalhães, ao casal João de S. Pedro Machado/Branca de Magalhães, escrevendo que Branca de Magalhães era filha de João de Magalhães (§ 34 n 8) e este João de Magalhães seria filho do cónego Rui Pires de Magalhães, que referi no texto anterior, sendo este, por sua vez, filho de outro João de Magalhães.
Há, pelo menos 2 erros nesta sequência;
1 - Branca de Magalhães foi legitimada em 1477 por Rui Pires de Magalhães, sendo, por conseguinte filha deste.
2 – Rui Pires de Magalhães, como se viu, era filho de Pedro Afonso de Magalhães, como já fora sugerido por Manuel Abranches de Soveral no seu “Ensaio sobre a origem dos Magalhães”.
Quanto ao João de S. Pedro Machado, ao contrário de Manuel Abranches de Soveral, estou convencido, pelas razões que indiquei, que era, mesmo, filho bastardo de Pedro Machado que, antes de casar com Inês de Góis, já era sr. de Entre Homem e Cávado, morando na região de Lanhoso. João de S. Pedro e Branca de Magalhães, sendo ambos bastardos, seriam parentes: tinham como antepassado comum, Afonso Rodrigues de Magalhães, avô paterno de Rui Pires de Magalhães e avô (ou bisavô) materno de Pedro Machado.
Cumprimentos
João Machado
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Caro João Machado
Ficar-lhe-ia muito grato se comentasse a seguinte questão:
Rodrigo de Magalhães Machado (aqui na BD em http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=241173) foi casado com Antónia de Faria, de que desconheço os ascendentes, e tiveram, entre outros, uma filha Antónia. Este Rodrigo era filho de Branca de Magalhães e de João de São Pedro Machado, e tinha uma irmã Branca.
Além disso, num estudo de Manuel Abranches Soveral, transcrito por Ricardo Charters d`Azevedo no tópico “Obrigado a Ângelo da Fonseca”, é dito que João de São Pedro Machado foi tabelião da Ribeira de Soaz e que teve, com Branca de Magalhães, um filho Rui de Magalhães, entre outros.
Por outro lado, diz FG que Branca de Faria de Magalhães, casada com Gonçalo Pires de Araújo, era filha de Rui de Magalhães, Senhor da Ribeira de Soaz (na BD em http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=2146919). Este casal teve uma filha Antónia, uma neta Branca e uma bisneta Branca.
Sendo Rui um diminutivo de Rodrigo, se Rodrigo de Magalhães Machado tivesse tido uma filha Branca, esta podia ser a mulher de Gonçalo Pires de Araújo.
Rodrigo de Magalhães Machado ou Rui de Magalhães, filho do tabelião de Ribeira de Soaz, e Rui de Magalhães, Senhor da Ribeira de Soaz, não serão a mesma pessoa?
António Rufino
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Caro António Rufino
Não disponho de qualquer informação que o possa ajudar. Cheguei a João de S. Pedro Machado/Branca de Magalhães usando o NFP de Felgueiras Gayo a partir de Luís de Magalhães Machado (-> Susana de Magalhães ->João de S. Pedro/Branca de Magalhães).
Cumprimentos
João Machado
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Caro João Machado
Muito obrigado pela sua resposta.
António Rufino
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Caro João Machado,
A filiação de João de S. Pedro também me interessa muito.
O argumento que utiliza faz todo o sentido: porque razão havia Inês de Góis de doar a um criado, por serviços prestados, uma quinta cujo tamanho era tal que, em partilhas deu origem a três -> Quinta de Magalhães + Quinta de Real + Quinta da Regueira?
No entanto, gostava de documentar essa filiação, mas tal só me parece viável se encontrar um de dois documentos:
- A referida doação;
- Justificação feita a requerimento de António de Magalhães Machado, cidadão de Braga, na Vila da Póvoa de Lanhoso aos 2 de Dezembro de 1566, nas Notas do Tabelião Manuel Ribeiro de Macedo, o qual contém um depoimento que deu a Senhora D. Margarida Machado, mulher de Manuel de Araújo e Sousa, Senhores de Entre Homem e Cávado, e jura a dita Senhora serem estes Machados e Magalhães dos seus e serem todos parentes, e por tais sempre se trataram uns com os outros.
Valério Pinto de Sá, refere-se a uma justificação que mandou fazer António de Magalhães de Barros, bisneto dos sobreditos João de São Pedro e sua mulher Branca de Magalhães, feito no concelho de Lanhoso aos 29 de Novembro de 1596 em presença do juiz Luís Pires de que foi escrivão Manuel Ribeiro de Macedo. Julgo que se trata da mesma justificação mas, infelizmente, o Arquivo Distrital de Braga, só tem registo notariais da Povoa de Lanhoso posteriores a 1671.
O João conhece algum destes documentos? Será que existem no arquivo da Casa de Crasto?
Um abraço,
José Adolfo Azevedo
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Caro José Adolfo Azevedo
Não conheço os documentos que refere. O que escrevi neste tópico foi tudo o que encontrei de relevante sobre o João de S. Pedro (e tudo na internet).
Cumprimentos
João Machado
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Caro João Machado,
Peço desculpa da insistência, mas o que o levou a dizer que João de S. Pedro Machado já era casado em 1482 com Branca de Magalhães?
Cumprimentos,
José Adolfo Azevedo
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Caro José Adolfo de Azevedo
Existem duas cartas de perdão de D. João II, uma a João de S. Pedro seguida de outra a Branca de Magalhães que podem ser lidas nas Img 245 (2º texto da pág.) e 246 em
http://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=3841256
A primeira começa assim:
“D. João …. Sabede que João de São Pedro morador no julgado de Lanhoso …”
E termina (na img 246) com:
“Fernão Gls o fez, ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil e iiij (quatrocentos) lxxxij (82) anos”
A segunda (sobre Branca de Magalhães), logo a seguir, referindo o mesmo incidente, diz o seguinte:
“D. João … sabede que Branca de Magalhães, mulher de João de S. Pedro morador no julgado de Lanhoso …”
Cumprimentos
João Machado
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Caro João Machado,
Não acha estranho que Branca apareça acompanhada de seu apelido Magalhães enquanto o marido é tratado, apenas, por João de S. Pedro, sem apelido?
Cumprimentos,
José Adolfo Azevedo
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Caro José Adolfo Azevedo
Como deve saber Inês de Góis, viúva de Pedro Machado, casou com Álvaro da Cunha. Teria levado com ela o João de S. Pedro, o qual passou a servir o dito Álvaro da Cunha, o que já demonstra um certo afecto pelo João. A doação que lhe fez das quintas do vale de Geraz não teria “caído bem” entre os seus filhos, até porque tinham sido propriedades de Pedro Machado. Daí, talvez, a relutância de João de S. Pedro em utilizar o apelido Machado, por um lado tendo em conta a possível hostilidade dos Machados e por outro, certamente, por respeito a Inês de Góis que tendo-o protegido, teria evitado, eventualmente, revelar quem era o seu pai. No entanto alguns dos seus bisnetos (já com algum distanciamento temporal) começaram a utilizá-lo. Numa pesquisa que fiz pelos paroquiais de Braga, Póvoa de Lanhoso e Amarante encontrei os seguintes bisnetos (todos eles netos de sua filha Susana de Magalhães, que morou em Sta Senhorinha de Basto):
- Gervásio Machado (faleceu na Sé, Braga em 21/2/1640), filho Margarida de Faria (filha de Rui de Magalhães, filho de João de S. Pedro) e de Pedro de Magalhães (filho de Susana de Magalhães)
- Isabel Machado (madrinha em Cividade, Braga em 10/2/1596, filha de Ana de Barros e de João de Magalhães (filho de Susana de Magalhães)
- os filhos de Luís de Magalhães (filho de Susana de Magalhães) que morou em S. Gonçalo (Amarante)
- Manuel Machado (faleceu em 21/8/1599) que casou com Francisca de Sampaio
- Cosme de Magalhães Machado que casou em 28/8/1583 com Catarina Peixoto
- Isabel Machado que casou em 16/9/1595 com Francisco Cerqueira.
No entanto não foram só os netos de Susana de Magalhães que recuperaram o apelido Machado.
Joana de Magalhães Machado era, ver
https://familysearch.org/ark:/61903/3:1:3QS7-892F-5KC?i=1&wc=SSKM-161%3A363117701%2C363117702%2C363116903%2C1304567149&cc=2125025
filha de Joana Alvarenga da Costa que casou com João Carvalho e moraram na Sé (Braga).
Joana de Alvarenga nasceu em 4/8/1603 e era filha de Bartolomeu de Alvarenga e Helena de Araújo.
Bartolomeu de Alvarenga era filho de Mateus de Alvarenga e Catarina da Costa
Mateus de Alvarenga era filho de Francisca de Magalhães (filha de João de S. Pedro)
.
É claro que nada disto prova que João de S. Pedro era filho de Pedro Machado, mas também nada há que prove o contrário. Para mim esta questão foi um mero passatempo.
Cumprimentos
João Machado
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Caro João Machado,
O João de S. Pedro era meu antepassado e, como tal, documentar a sua filiação não é, para mim, mero passatempo.
Nesse sentido, agradeço toda a contribuição que amavelmente fez o favor de me prestar, no sentido de esclarecer essa questão, bem como o acesso a documentação que desconhecia.
Despeço-me, reconhecido,
José Adolfo Azevedo
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Legitimação de Branca de Magalhães no livro 1 de legitimações da “Leitura Nova”:
img 620 em http://digitarq.dgarq.gov.pt/viewer?id=4223248
João Machado
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Exmo Confrade,
Venho agradecer-lhe a mensagem de hoje. E, pela mesma ocasiao, contar o "milagre" (13 de Maio) que aconteceu. Trabalhei todo o dia na construçao da minha àrvore num site conhecido. Parei às 17 horas francesas para tomar o chà com o meu marido.
Venho agora mesmo dar uma volta ao forum, antes de fechar o computador, e sabe o que constato ?
Que às 15h.54 (hora portuguesa) o Confrade tinha mandado a mensagem com o link "legitimação de Branca de MAGALHAES".
Eu tinha parado às 17h. inscrevendo a pessoa de D. Branca de MAGALHAES, mulher de Alvaro ANES do VALE, e pais de Mécia ALVARES do VALE.
Essa avo vem -me pelos PALHARES de Trute, Monção. O càlculo das probabilidades de que uma tal coincidência aconteça deve ser qualquer coisa !!! Esta Branca de Magalhaes tem um n° sosa de 100mil e tantos ! Cumprimentos Natércia
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Bom dia ! Apresento as minhas desculpas pela mensagem de ontem à noite. Quando li o nome Branca de Magalhaes precipitei-me e nao verifiquei de que Branca se tratava ! A minha Branca é filha de um Afonso e não de um Pedro e vivia par os lados de COURA.
No entanto, é curiosa a coincidência homonima. E de horàrios.
Desejo um bom Domingo a todos, e vou "de ce pas" assistir, na televisao francesa "au couronnement républicain" do novo presidente, que podia ser meu neto. Se ele pudesse dar um geitinho à gouvernance da EUROPA !!! Faço votos. Cpts Natércia
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