rol de confessados
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Boa noite,
Venho solicitar ajuda no seguinte:
num assento de baptismo de 1901 na freguesia da Glória, Aveiro, consta a filiação materna e nomes de avós maternos e respectiva morada. Porém, no rol de confessados de 1901, aparece o nome dos avós, mas entre os filhos não consta o nome da mãe do baptizado, que terá sido mãe solteira (embora todos soubessem quem era o pai).
Uma vez que a morada e profissão da mãe do baptizado consta do assento, não seria normal aparecer também no rol dos confessados?
Agradeço possível esclarecimento,
Ana
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Quais são as datas assento baptismo e do
Rol Confessados?
Sc.
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Data de baptismo 8/11/1901, nascimento a 13/09/1901.
Rol dos confessados 1901 (onde consta o nome da rua)
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... Mês em que foi feito o Rol Confessados, ou alguma
indicação escrita que nos oriente no espaço e no tempo!
Sc.
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Não consigo encontrar referencia ao mês, apenas o ano consta em (observações) no início da página.
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É natural que o pai do seu avô fosse o barbeiro,
e como se compreende, o padre e o sacristão
nada sabiam, e nem queriam saber! ....
Sc.
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Faltou dizer que no ano 1900, a profissão de
barbeiro, tinha outra leitura:
Era norma estes exercerem alguma medicina,
muito rudimentar, arrancar dentes, corte de
cabelo etc.
Sc.
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Curiosamente, também o pai da minha avó materna era barbeiro, mas em Lisboa, antes de 1910.
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Cara Ana
O único rol de confessados que vi não era centrado na família, mas na célula habitacional.
Deste modo, imagino que o significado que se deve retirar do que descreve é que a mãe da criança, em certo momento, deixou de viver com os pais.
Cumprimentos,
Manuel Cravo.
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De facto, não só deve ter saído da casa dos pais, como da freguesia, pois vi os registos todos e não aparece em lado nenhum.
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Ora ai está! Se não consta nos Ceboleiros, há-de constar nos Cagaréus.
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http://www.prof2000.pt/users/avcultur/calendaveiro/cronologico/1840.htm
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Sem pretender dar uma resposta cabal à questão inicial, pareceu-me útil fazer algumas referências ao Rol dos Confessados de que aqui se tem falado.
Até ao início da segunda metade do século passado os párocos eram obrigados a ter um livro denominado tecnicamente Liber Status Animarum (Livro do estado das almas) que vulgarmente se chamava Rol dos Confessados.
Um dos preceitos da igreja obrigava os fiéis a fazerem a sua “confissão ao menos uma vez cada ano” e outro preceito obrigava à “comunhão pela Páscoa da Ressurreição” entendendo-se que o cumprimento do preceito poderia decorrer desde o início da Quaresma (4ª feira de Cinzas, dia a seguir ao Carnaval) até ao Domingo da Santíssima Trindade (aquele que precede a festa do Corpo de Deus).
Como os fiéis deviam “estar na graça de Deus” para cumprirem o preceito da comunhão anual, normalmente aproveitavam para se confessarem e comungarem a seguir. Depois disso apresentavam-se ao pároco a declarar o cumprimento do preceito e o pároco anotava no livro atrás referido. A este acto se chamava “desobriga” (cumpriu a obrigação, ficou desobrigado) e em muitos assentos, nomeadamente de casamentos, sobretudo nas grandes cidades, diz-se que o noivo tem a Desobriga na paróquia de tal ou tal, e a noiva na paróquia de tal… Normalmente se passavam a residir noutra paróquia para lá mudavam a sua “Desobriga” dando conhecimento do facto ao pároco anterior que anotava no livro.
Daqui se compreende que, sendo o preceito anual, pode não haver uma data assinalada, mas apenas o ano, já que normalmente o pároco apenas assinalava com um x, um ., ou um c (cumpriu) aqueles que já tinham cumprido nesse ano.
Deve também notar-se que o preceito abrangia os baptizados desde “o uso da razão” que genericamente se fixava nos sete anos. Daí normalmente o Pároco só inscrevia um nome quando a criança atingia essa idade.
O registo normalmente era por famílias, constando do nome dos pais, cada um em sua linha, e a seguir os filhos quando atingiam a idade. A seguir, em colunas com indicação do ano ao alto, colocava-se o sinal do cumprimento em cada ano. Cada livro daria para uns dez anos. Entre cada família deixavam-se algumas linhas em branco que seriam ocupadas por outros filhos que eventualmente aparecessem.
Eram assinalados os falecimentos e as mudanças de morada passando a respectiva linha a ficar em branco.
Daqui se deduz que o rigor destes assentos era muito inferior aos termos de baptismos, casamentos ou óbitos que serviam de base para certidões, por isso o formulário é completo e rigoroso, tornando-se por vezes mais exigente, enquanto aqui se tratava apenas de ter um conhecimento genérico do cumprimento do preceito. Por isso nas freguesias mais populosas, em que o Pároco muitas vezes tinha dificuldade em conhecer todos os “fregueses”, podia ser necessário acrescentar as profissões ou as moradas por ruas ou lugares. Ao contrário nas freguesias mais pequenas o pároco não ia além dos nomes, mais ou menos incompletos, já que rapidamente conhecia todos os seus paroquianos.
Espero ter projectado alguma luz sobre a questão, nomeadamente sobre as diferenças entre estes assentos e os termos de baptismos, casamentos e óbitos, sobre a mãe solteira que deixou de aparecer no registo, possivelmente por se ter separado do agregado familiar, ou outras anomalias.
Resta referir que o Liber Status Animarum (Rol dos Confessados) deixou de estar em uso a partir dos anos 50 ou 60 do século passado porque a evolução do pensamento da sociedade levou a sucessivas queixas de que a igreja fazia policiamento. Os padres, cujo pensamento também ia evoluindo, reflectiram sobre a questão e entenderam que lhes competia ajudar os fiéis na caminhada da fé, mas não fazerem de polícias… e a Desobriga passou à história…
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Caro CSSLP;
...A sua mensagem é esclarecedora do poder que a Igreja
detinha, apesar do Santo Oficio já ter sido extinto, ainda
em 1950 havia algumas remanescências!
Claro que a quem a sua mensagem se dirigia, não deu por
nada.... podera...o Confrade não escreveu sobre Barbeiros!
Cumprimentos
Sc.
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Quer-me parecer que o senhor agora foi um pouco desagradável...o facto de não ter respondido/agradecido, não significa que não tenha entendido a informação ou que a mesma não tenha vindo lançar uma certa luz a questão com que iniciei esta troca de mensagens.
Nem toda a gente que se inscreve neste forum tem a facilidade que o senhor aparenta ter nestas buscas e para isso visitamos o fórum: para aprender.
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ah....mas eu sou uma aluna muito aplicada...e o que não consigo descobrir perguntando ao sr. google, venho perguntar aqui, apenas porque reconheço que as pessoas que aqui escrevem, entendem verdadeiramente do assunto.
A aluna,
Ana
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Já conhecia esta fonte informação?
http://www.fogos.tomahock.com/
Sc.
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Obrigada, agora já conheço. A sorte que os nossos descendentes têm, pois daqui a 100 anos, vão ter tantas fontes onde recolher informação...
Entretanto, Aveiro vai ardendo!
Cumpts
Ana
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...Daqui a cem anos, alguns já estarão a ser tele-transportados
para outras paragens da Galáxia...
Sc.
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A imensidão do micro e do macro cosmo
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https://www.youtube.com/watch?v=7S3cgUG4PNQ
Sc.
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Por acaso já tinha visto, quando comecei a experimentar o google earth . Algo me direccionou para o vídio.
Temos muito para descobrir ainda...
Ana
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https://worldview.earthdata.nasa.gov/?p=geographic&l=VIIRS_SNPP_CorrectedReflectance_TrueColor%28hidden%29,MODIS_Aqua_CorrectedReflectance_TrueColor%28hidden%29,MODIS_Terra_CorrectedReflectance_TrueColor,Reference_Labels%28hidden%29,Reference_Features%28hidden%29,Coastlines&t=2016-08-08&v=-13.113165864318404,38.962375605226086,-1.863165864318404,44.016086542726086
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http://observador.pt/2016/08/09/1-900-operacionais-combatem-14-maiores-fogos-no-continente/
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Bom dia,
Aproveito para perguntar se é possível consultar este tipo de documentação online, mais concretamente as freguesias de Santa Justa, São Mamede e Mercês.
Obrigado.
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