Registos Paroquiais de Torrozelo
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Caros Confrades,
Perdoem a minha enorme ignorância, que graças ao 'site' Geneall, tento de alguma forma colmatar.
Desta feita, questiono-me e solicito a Vossa gentil sabedoria, pois não sei se houve algum facto histórico para que Torrozelo, no concelho de Seia, distrito da Guarda, tenha tão poucos registos, 'Quod est demonstrandum in':
https://nosportugueses.pt/pt/paroquiais/2488/torrozelo
Previamente grato e com os melhores cumprimentos,
João Carreira
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Excelentíssimo Confrade Virgílio,
Muito obrigado pela pronta e rápida resposta.
Com os melhores cumprimentos,
João Carreira
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Caros amigos,
De facto gostava de consultar registos de nascimento da minha bisavó e parentes dos anos aproximados de 1860 a 1870 de Torroselo e parece que um incêndio os consumiu embora pareça haver duplicados mas onde não sei.
Será que me podem ajudar nesta questão?
Obrigada.
Isabel Trindade
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Cara amiga Isabel Trindade,
Pela informação gentilmente fornecida pelo confrade Vírgilio, fiquei a saber que toda essa informação está disponível na Cidade dos 5 'Efes', em https://digitarq.adgrd.arquivos.pt/details?id=1212855
Espero que possa aceder a essa informação facilmente e se possível, gratuitamente.
Faço votos para que essa informação esteja rapidamente disponível na Internet, pois começámos uma nova época, menos agradável do ponto de vista da saúde, mas que nos possa dar um salto tecnológico e digital, para que nenhum vírus nos atormente, pois todos nós, temos no sangue a valentia de várias gerações que lutaram em guerras, contra pestes e fomes; e deles, não perdemos o sorriso que herdámos. Muito obrigado.
Com os melhores cumprimentos,
João Carreira
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Obrigada João Carreira pela resposta afectuosa e até poética.
Aí vou eu procurar (já agora o que quer dizer Cidade dos 5 EFs?!) no local que me indicou.
Mas justamente os tais duplicados que abrangem 1860-1880 estão em papel no arquivo da Guarda segundo diz o site e eu moro em Lisboa.
Eu procuro mãe e pai incógnitos da minha avó que nasceu em Torroselo em 1891 de um tal José Rodrigues Mendes Moreira, foi abandonada à porta de alguém em Vila Cova à Coelheira e veio parar à roda de Seia e, pelos vistos, resistiu a este 'não-amor' e a prova é que eu estou aqui.
Procuro a mãe, de que não sei o nome, mas que deve ter nascido em Torroselo entre 1860-1870, justamente os anos que não estão on-line.
Enfim, ela ter-se-ia redimido no fim da vida, depois de vir do Brasil, procurou a filha, é verdade, mas era tarde demais.
Mas a curiosidade corrói-me e apetecia-me saber o seu nome e toda a história que viveu.
Continuo as buscas.
Pela ajuda carinhosa estou-lhe muito reconhecida.
Um abraço.
Maria Isabel Trindade
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Muito boa noite, Maria Isabel Trindade,
Muito obrigado pela enorme simpatia da sua mensagem e perdoe o meu atraso.
A curiosidade que menciona é a mesma que leva muitas pessoas a pesquisarem os ascendentes.
Com tantos ascendentes, é natural que haja gente de todas as classes sociais e com histórias absolutamente diferentes. Pode até descobrir nos ascendentes, essoas que lutaram em lados opostos de uma guerra. Não é ser coscuvilheiro, mas é isso que eu mais gosto nesta procura ou demanda, como dizem os brasileiros.
Não me alargando muito na resposta às suas dúvidas, começo pela Cidade dos 5 'efes' ou 'fês'.
A Guarda e os egitanienses têm orgulho justo e antigo nessa alcunha.
1 - FORTE pois a torre do castelo, as muralhas e a posição geográfica, a Sé Velha demonstram a sua força para lá do carácter dos Bispos da Guarda, presentes em momentos tão marcantes como o casamento de D. Pedro e de D. Inês de Castro, negado anos mais tarde pelo Dr. João das Regras ou na resistência aos invasores franceses.
2 - FARTA devido à riqueza do vale do Mondego.
3 - FRIA, pois 85% do território da Serra da Estrela está no distrito da Guarda e a cidade da Guarda, por ser a mais elevada cidade de Portugal, é bem fria no Inverno.
4 - FIEL porque Álvaro Gil Cabral – que foi Alcaide-Mor do Castelo da Guarda e trisavô de Pedro Álvares Cabral – recusou entregar as chaves da cidade ao Rei de Castela durante a crise de 1383-85. Teve ainda Fôlego para combater na batalha de Aljubarrota e tomar assento nas Cortes de 1385, onde elegeu o Mestre de Avis (D. João I) como Rei;
5 - FORMOSA como se quer uma cidade e se devem gabar os seus habitantes.
Quanto à segunda parte da sua mensagem.
Eu cresci em Loriga e conheço muito bem o concelho de Seia, pelo facto da família dos avós que me criaram como um filho, terem pessoas amigas por todas essas terras.
Estando em Lisboa, faça tal e qual, como quando eu comecei. Tente informar-se junto da Torre do Tombo. Encontrei lá pessoas muito simpática e profissionais que me colocaram em contacto com microfilmes e documentos interessantíssimos. Tudo o que eu tinha, era um pequeno caderno da minha avó a relatar histórias que remontavam a um período anterior ao Terramoto e em que me parecia demasiado ficção ter determinados ascendentes. Por isso e por histórias que me contavam na Infância, após a morte muito próxima da minha mãe e da minha avó, procurei tirar a limpo.
Ainda me falta muito encontrar provas para o que me diziam, mas é uma forma de sentir mais perto os que conheci e que agora apenas moram no coração.
Sugiro então que se informe na Torre do Tombo, onde não vou desde o início desta peste Covid-19 e tente também pesquisar em Vila Cova à Coelheira, Seia e arredores em:
https://nosportugueses.pt/pt/paroquiais/9/guarda
Esperando não a ter cansado com tão tamanho texto.
Com votos de muito sucesso na sua procura e os melhores cumprimentos,
João Carreira
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Caro amigo João Carreira:
Muito obrigada pelas suas informações e simpatia.
De facto, como diz, tentando saber mais sobre a nossa família e os entes que amámos é como se eles ainda vivessem um pouco através da nossa memória e do nosso pensamento. Enquanto faço estas investigações fico tão absorvida que até me parece que vivo junto deles, no século em que viveram, transmutando-me neles, vivenciando os acontecimentos e mesmo dores e alegrias das suas vidas.
Gostei de saber a razão dos 4 efs da Guarda, cidade que conheço muito mal, só de passagem. Esta pandemia que nos assusta tanto tem pelo menos a vantagem de nos focalizar no nosso país e permitir visitá-lo com mais vagar e gosto.
Na semana passada fiz uma viagem pela zona de origem do meu pai e avó, Corgas, Cabeça d'Eiras, Sandomil e Torroselo. E finalmente conheci Loriga de que gostei imenso.Uma vila lindíssima que percorri devagarinho com a minha filha e onde prometi a mim mesma voltar um dia.
Continuo entretanto as investigações. Hoje mandei um mail ao Arquivo da Guarda para saber onde posso encontrar a lista das matrículas da roda de Seia e falei para a junta de freguesia de Sandomil para obter informações de datas e outras que me permitam entrar nos registos paroquiais mais cirurgicamente.
De facto em 2014 fui à Torre do Tombo onde pesquisei com sucesso as origens da minha outra família, lado da minha mãe, que é do Algarve mas nunca mais tinha tido tempo para me interessar pelo lado do meu pai que achei sempre muito complicado.Foi a quarentena que aqui me trouxe !
Obrigada mais uma vez pela sua ajuda (o site dos portugueses também é óptimo).
Um abraço solidário.
Maria Isabel Trindade
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Ficou hoje disponível, on-line,
um livro misto de TORROZELO.
Período 1606/1750. Boas pesquisas.
miguel monteiro
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