Família Correia - Algarve (Tavira, Lagos e Castro Marim)
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Família Correia - Algarve (Tavira, Lagos e Castro Marim)
Pesquiso há algum tempo a família Correia no Algarve, da qual descendo por parte materna. Contudo, venho a certo ponto onde não consigo mais prosseguir, tendo que ler documentos de idos de1470 que, apesar de possuírem muitas informações sobre feitos e títulos de meus antepassados, não costumam trazer a filiação.
Começarei com o meu heptavô (7º avô), o Tenente Álvaro Mendes Correia, que era natural de Santa Maria de Tavira e serviu no 15º Regimento de Infantaria de Lagos, retirando-se em 1803, sendo que teria vindo como cadete em 1764, conforme os registros militares que li. Casou-se a 1791, em Pêra, com Dona Marianna Ignácia Rosa, filha do Capitão Jerónimo Joaquim Pereira de Lima e de Dona Josefa Cabrita, sendo neta paterna do Sargento-Mór Francisco Xavier Pinto Ribeiro, que serviu em Cabo Verde, onde comandou uma companhia e, conforme me parece pelo que li, teria exercido o governo inteirino destas ilhas por algum tempo (por nomeação do Senado destas ilhas), e de Dona Leonor Maria de Lima. Pela parte materna, era neta de um Martinho Gonçalves de Freitas e de Dona Marianna Cabrita, sendo esta última da linhagem do Alferes João Martins Cabrita e, também, do Capitão João Netto, que eram dos principais daquela região.
O Tenente Álvaro Mendes Correia, por sua vez, era filho do Capitão Miguel Correia de Freitas e de Dona Mathilde de Mattos [Lorenta?], esta que também aparece como Dona Josefa de Mattos Correia e Mascarenhas, o que me faz crer que era Dona Mathilde Josefa de Mattos Correia e Mascarenhas, pois creio o "Lorenta" (que não é "Lourença", pelo que li no registro) tenha sido um engano ou, até mesmo, uma mal leitura minha de algum dos sobrenomes. O Capitão Miguel Correia de Fretas era filho de outro Tenente Álvaro Mendes Correia, nome que muito aparece na família, natural de Castro Marim, e de Dona Margarida de Barros Montarroio, sendo neto paterno do Capitão Duarte Correia de Freitas, que serviu em muitas batalhas, sendo atingido num dos ombros, justificação para o seu cargo de escrivão da Câmara, que recebeu d'El-Rey, e de Dona Gracia (ou Engracia) da Fonseca de Lemos; e neto materno do Alferes Manoel Gomes de Araújo (num registro que vi aparece um cavaleiro da Ordem de Cristo com este mesmo nome na época em que ele viveu) e de Dona Beatriz Nobre, ambos de Santa Maria de Tavira.
Dona Margarida de Barros Montarroio, que aparece acima, era filha do Tenente Manoel de Mattos Correia e de Dona Josefa Correia de Mascarenhas que, por vezes, aparece como Dona Thereza de Barros. Novamente, temos problemas com os nomes, talvez fosse Josefa Thereza ou Thereza Josefa, não sei ao certo.
O Capitão Duarte Correia de Freitas era filho do Capitão Luís Mendes Correia, que nasceu em Lagos, e de Dona Isabel Correia de Freitas. Parece-me que era o secundogênito, pois tinha um irmão,o Capitão Álvaro Mendes Correia, que foi cavaleiro da Ordem de Cristo e Fidalgo da Casa Real, nobreza que passou para um Sargento-Mór Miguel Correia de Freitas, filho deste último, que viveu em Faro, onde comandava um forte (creio que de São Lourenço, se não me falha a memória) e faleceu em 1763. Estes casos de homônimos já muito me causaram confusões quando pesquiso esta família.
Não sei se o Capitão Luís Mendes Correia possuía algum destes títulos, mas também foi Juiz de Órfãos e faleceu a 1662. Contudo, creio que fosse Fidalgo da Casa Real, como o seu avô e bisavô, que virão mais à frente.
Pois bem, o Capitão Luís Mendes Correia era filho de Vicente Correia de Rebelo (ou de Rebelo Correia, por vezes sem o "de" precedendo o "Rebelo"), que creio ter sido Fidalgo da Casa Real, e de Dona Maria Jacques Pimentel ou Jacques de Mascarenhas, natural de Silves, que era filha de um Duarte de Moraes Zagallo e de Dona Maria ou Margarida Jacques Vilarinho, esta última filha de Diogo Vilarinho Pimentel (há um escudeiro que viveu em finais do século XV, em Lagos, com o mesmo nome) e de Dona Catarina Jacques [de Mascarenhas?].
Vicente Correia de Rebelo, por sua vez, era filho de Álvaro Mendes Correia, Fidalgo da Casa Real, que foi provedor da Santa Casa de Lagos em idos de 1540, e de Dona Inês Ferreira Corte-Real, sobre a qual pouco encontro, embora, pelo nome e época, tivesse que ser uma neta ou bisneta de Vasco Annes da Costa Corte-Real ou, até mesmo, da linhagem de João Vaz Corte-Real. Todavia, procurei e não encontrei qualquer Ferreira relacionado com os Corte-Real em pelo menos quatro gerações. Alguém saberia a origem destes "Ferreira Corte-Real"? Eles deram origem, por esta descendência de Álvaro Mendes Correia, a alguns ramos da família em Lagos e em Silves, que não sei se existem até hoje.
Por fim, o dito Álvaro Mendes Correia, Fidalgo da Casa Real, era filho de um Simão Correia, dito Fidalgo da Casa Real e Capitão e Governador de Azarmor, em idos de 1510, que, inclusive, enviou ao Rei algumas estratégias para combater Mulei Mafamede. Parece-me que também foi Veador e Provedor da Casa d'El-Rey. Simão Correia era casado com Dona Inês de Rebelo, filha de Estevão de rebelo, sobre o qual já muito pesquisei, pela abundância de fontes bem descritas. Era Estevão de Rebelo cavaleiro da Casa d'El-Rey e, pelos seus serviços, foi nomeado Alfaqueque-Mór dos Reinos de Portugal e Algarve e d'Aquém e d'Além-Mar em África, o que lhe dava o direito de receber "cinco dobrões de ouro por cada cativo judeu ou mouro" capturado nos senhorios e colônias do Reino, seja por guerra ou rendição. Ainda, caso se recusassem a pagá-lo, receberia o dobro e o mestre ou capitão do navio rebelde deveria, ainda, pagar mais dez mil réis. Foi assim nomeado em 1472, tendo o seu filho, Vicente de Rebelo, sucedido o pai em 1502, quando Estevão deve ter vindo a óbito. Estevão de Rebelo, pelo que me parece, era filho de um Rodrigo de Rebelo, Fidalgo da Casa Real e provedor da Santa Casa de Lagos, que era casado com Dona Thereza Vaz. Este Rodrigo de Rebelo, conforme vi em fontes terceiras (não sei se confiáveis), aparece-me como filho de um Vasco Annes de Rebelo e de Dona Brízida de Castro.
Por sua vez, Estevão de Rebelo era casado com uma Inês Gonçalves de Batévias ou Batávias, cujo pai era Rodrigo Affonso de Batévias ou Batávias, casado com Dona Mór ou Maior da Cunha. Pelo sobrenome dos filhos de Rodrigo Affonso de Batévias ou Batávias, parece-me que este era filho de um João Gonçalves de Batévias ou Batávias.
Parece-me, ainda não sei, que este Simão Correia era filho de outro Fidalgo da Casa Real, que teria sido um Jorge Correia, que aparece como Provedor da Santa Casa de Lagos, mas também poderia se tratar de um irmão dele. Creio que haja a possibilidade deles estarem ligados aos Correia de Fralães, pois estes também se relacionam com o dito Estevão de Rebelo por meio de outros casamentos. Desta forma, Simão Correia poderia ser neto ou bisneto de Gonçalo Correia, Senhor da Honra de Fralães, descendente em linha masculina de Paio Ramiro.
Agradeço desde já caso alguém queira me dar qualquer ajuda nestas pesquisas.
Atenciosamente,
João Brianti
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Esqueci-me, ainda, de citar algumas suspeitas acerca da dita Dona Isabel Correia de Freitas, pois esta deveria ser filha ou neta de um Aníbal Correia de Freitas, casado com Dona Leonor Simões Cabral. Era este Aníbal filho de João Mendes Correia, irmão de Álvaro Mendes Correia e, consequentemente, filho de Simão Correia, e de Dona Joanna de Freitas, que creio terem dado origem aos Correia de Freitas ou, por vezes, de Freitas Correia, que se formaram naquelas regiões de Lagos, Tavira e Castro Marim.
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Agora mesmo encontrei outra fonte que pode ajudar, mas não consigo decifrar.
O dito Simão Correia aparece com um Luís Mendes Correia nesta "breve 'Exponi Nobis'" do Papa Paulo III. No meu latim (por vista, muito ruim, principalmente em textos grandes como este), parece-me que ambos eram filho de um João Vicente Correia e de uma Briolanja de Freitas. Posso estar falando algo sem sentido, pois apenas entendi o Briolanja de Freitas (Freitas é um sobrenome que muito aparece na descendência de Simão, o que me chamou a atenção), procedido de João Vicente e algumas letras que não entendi (talvez, Correia, não sei), seguido do termo "parentibus" que, em latim, significa pais. Contudo, apenas cerca de oito linhas depois que aparece o nome de Simão Correia.
Está neste link: https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=3908072
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O dito Simão Correia, Governador de Azamor, foi o mesmo que doou o terreno para o Convento de São Francisco de Portimão, que hoje se encontra em estado de ruínas. Na porta de referido convento encontrava-se o brasão de Simão Correia, que lá teria sido enterrado com o seu irmão, creio que o Luís Mendes Correia acima citado, na "Exponi Nobis" do Papa Paulo III.
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Caro João Brianti
Relativamente a João Gonçalves de Batévias ou Batávias, hipotético pai de Rodrigo Afonso de Batévias ou Batávias, encontrei uma informação que, não elucidando qualquer filiação, pode ter algum interesse histórico.
O caso é que, estando reunidas as Cortes em Évora em tempo de D. João II, foi passada a 11.XII.1481 “carta régia a confirmar o aforamento de um esteiro de água salgada, ‘no Rio dalvor que vai pera o braço da mexolhoeira’, no termo da vila de Lagos, a João Gonçalves Batuvias (sic), nosso cavaleiro e almoxarife do almoxarifado da dita vila.
Cf. ANTT, Odiana, livro 2, vols. 171-171v., citado por Joaquim Veríssimo Serrão, “Itinerários de El-Rei D. João II, Lisboa, MCMXCIII, p. 36.
Cumprimentos do
António Pimenta de Aguiar
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ola Joao tudo bem?
eu Descendo por linha direta destes Correias! Poderiamos trocar informação?
meu numero whatsapp : 910 943 192
meu email: pedrohenriquesvicente@gmail.com
um grande abraço !
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Ola boa noite! somos descendentes dos mesmos Correias, poderiamos trocar informação
meu email pedrohenriquesvicente@gmail.com , meu numero 910 943 192
um grande abraço
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