Hábito de Cristo
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Hábito de Cristo
Caros confrades de fórum,
Recentemente consegui um decreto, através do Arquivo Nacional, passando a carta do hábito de Cristo para meu pentavô, Leandro Bezerra Monteiro, devido seu serviço durante a Revolução Pernambucana. O decreto data de fevereiro do ano de 1820, assinado no Palácio do Rio de Janeiro. Meu tio-pentavô, Gonçalo Luís Teles de Meneses, também recebeu o hábito.
Quais seriam as benesses do hábito de Cristo então? As consequências na vida civil?
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Hábito de Cristo
No caso não era esse hábito a que me referia, mas agradeço a resposta.
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Hábito de Cristo
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https://geneall.net/pt/forum/35631/o-habito-da-ordem-de-cristo/#a35631
Sc.
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Hábito de Cristo
Caro Saint Clair,
Muito obrigado pela resposta. Algum dos confrades teria mais a contribuir?
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Hábito de Cristo como vestimenta
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Caro Confrade;
O hábito é uma proclamação da vitória de Deus sobre o mundo.
https://catolicaconect.com.br/vestir-o-habito-e-revestir-se-de-cristo/
Cumprimentos
Sc.
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Hábito de Cristo
Caro Saint Clair,
Creio que não falamos do mesmo hábito. Falo da Ordem de Cristo.
Com meus melhores cumprimentos,
Daniel Lôbo
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Hábito de Cristo
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Pernambucana
Sc.
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A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL - 07/09/1822
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Caro Confrade;
Quando o seu pentavô recebeu carta do hábito, ano1820, já a independência do Brasil estava na
"forja"pelo que quaisquer benesses ou regalias na vida civil se esfumaram com o “Grito do Ipiranga” e de Dom Pedro I.[mudança regime.]
Melhores cumprimentos
Sc.
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A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL - 07/09/1822
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Caro Confrade;
Peço licença para colocar este tópico, que se insere nas comemorações dos 200 anos I.Brasil.
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"Embora a história oficial não dê a merecida relevância ao facto, Leopoldina, a primeira consorte,
que o marido,D. Pedro I, aquando sua prolongada viagem para S. Paulo, deixou como Princesa
Regente, teve um protagonismo decisivo na Independência do Brasil de Portugal.
Foi ela quem, na ausência do marido, recebeu a carta que, vinda da Corte Portuguesa, trazia a
notícia que ao Brasil era tirada a qualificação de integrante Reino U. de Portugal e Algarves,
e, por consequência desse afrontoso rebaixamento, o Brasil voltava à condição de simples Colónia de Portugal.
São nos escritos paralelos, principalmente nas cartas escritas por Leopoldina e mandadas para o
seu pai, na Áustria, que os historiadores contemporâneos encontraram os dados históricos,
inexplicavelmente omitidos, e, como que corrigindo e esclarecendo a História, dão àqueles factos a verdadeira versão.
Assim,sem que se vá a outras fontes seguras no respeitante à autenticidade e verossimilhança,
muito dificilmente se chegará ao conhecimento de que, acto continuo ao recebimento daquelas afrontosas notícias para o Brasil, foi que Leopoldina, que era mais culta e guardava mais
habilidades politicas do que o marido, redigiu carta-resposta à Corte de Portugal, dando notícia
ao Rei que o Brasil estava independente dos laços que o prendiam a Portugal.
Sem o uso do mesmo recurso não se chegará ao conhecimento de que, naquele mesmo ensejo, ela, Leopoldina, a então Princesa Regente, mandou portadores com carta ao marido que,
recebendo-a e tomando conhecimento do seu conteúdo, rectificou a decisão de Leopoldina, a
oficializou, com o emblemático grito: Independência ou morte!
Ao que tudo leva a crer, após a leitura da carta de Leopoldina, que a história oficial, salvo
desculpável equívoco do autor destas linhas, regista como seu remetente, José Bonifácio, foi
que D. Pedro I proferiu o heroico brado, infelizmente essa verdade ainda não chegou aos livros
didáticos do Brasil. pelo menos."
Artigo opinião extraído Jornal D. C. de 07/09/2022
autor Alcides Assis Saueia, poeta e advogado.
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Saintclair
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Hábito de Cristo
Prezado Daniel,
No decreto em que seu 5-avô recebeu o Habito de Cristo deve ser mencionado quanto ele receberia de tença.
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A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL - 07/09/1822
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"Embora a história oficial não dê a merecida relevância ao facto, Leopoldina, a primeira consorte,
que o marido, D. Pedro I, aquando sua prolongada viagem para S.Paulo, deixou como Princesa
Regente, teve um protagonismo decisivo na Independência do Brasil de Portugal.
Foi ela quem, na ausência do marido, recebeu a carta que, vinda da Corte Portuguesa, trazia a
notícia que ao Brasil era tirada a qualificação de integrante Reino U. de Portugal e Algarves,
e, por consequência desse afrontoso rebaixamento, o Brasil voltava à condição de simples Colónia de Portugal.
São nos escritos paralelos, principalmente nas cartas escritas por Leopoldina e mandadas para o
seu pai, na Áustria, que os historiadores contemporâneos encontraram os dados históricos,
inexplicavelmente omitidos, e, como que corrigindo e esclarecendo a História, dão àqueles factos a verdadeira versão.
Assim,sem que se vá a outras fontes seguras no respeitante à autenticidade e verossimilhança,
muito dificilmente se chegará ao conhecimento de que, acto continuo ao recebimento daquelas afrontosas notícias para o Brasil, foi que Leopoldina, que era mais culta e guardava mais
habilidades politicas do que o marido, redigiu carta-resposta à Corte de Portugal, dando notícia
ao Rei que o Brasil estava independente dos laços que o prendiam a Portugal.
Sem o uso do mesmo recurso não se chegará ao conhecimento de que, naquele mesmo ensejo, ela, Leopoldina, a então Princesa Regente, mandou portadores com carta ao marido que,
recebendo-a e tomando conhecimento do seu conteúdo, rectificou a decisão de Leopoldina, a
oficializou, com o emblemático grito: Independência ou morte!
Ao que tudo leva a crer, após a leitura da carta de Leopoldina, que a história oficial, salvo
desculpável equívoco do autor destas linhas, regista como seu remetente, José Bonifácio, foi
que D. Pedro I proferiu o heroico brado, infelizmente essa verdade ainda não chegou aos livros
didáticos do Brasil. pelo menos."
Artigo opinião extraído Jornal D. C. de 07/09/2022
autor Alcides Assis Saueia, poeta e advogado.
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https://journals.openedition.org/lerhistoria/2368
Sc.
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Hábito de Cristo
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Será que estes elementos correspondem;
Leandro Bezerra Monteiro foi brigadeiro do Exército Brasileiro, Coronel Comandante do Regimento de Cavalaria de Milícias do Crato, Cavaleiro do Hábito da Ordem de Cristo, além de proprietário do chão da atual cidade de Juazeiro do Norte. Liderou a contrarrevolução no Crato em 1817. Foi senhor do engenho São José, no Sergipe. Alguns consideram-no fundador de Juazeiro do Norte. É o patriarca dos Bezerra de Menezes do Crato.
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Gonçalo Luís Teles de Menezes
Data de nascimento: 20 Julho 1779
Local de nascimento: Ceará
Falecimento: 30 Março 1839
Família
Leandro Bezerra Monteiro e Rosa Josefa do Sacramento
Irmão de Luísa Joana Bezerra de Menezes; Padre Antônio Pinheiro Lobo de Menezes; Simão Félix de Menezes, sarg.-mor; Joaquim Antônio Bezerra de Menezes; José Geraldo Bezerra de Menezes.
Profissão; Coronel
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Sc.
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Independência Brasil
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"o drama político de Portugal e Brasil; interior da Igreja de Santa Cruz de Coimbra e planos do túmulo de D. Afonso Henriques. Retratos do Marechal. Gravuras da época. Gravura que retrata a corte no Brasil. Retrato do Rei D. João VI. Refere a Revolução Liberal, e a situação entre Portugal e Brasil. Retrato de D. Pedro IV, Regente do Brasil. Gravura de D. Pedro IV com apoiantes brasileiros. Gravura que retrata a Independência do Brasil. Várias gravuras da época. Continua com a história de Luís Paulino. Retrato do Rei D. João VI."
https://arquivos.rtp.pt/conteudos/a-separacao-do-brasil
Sc.
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Portugal- perspetiva histórica nação europeia
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https://youtu.be/u7Jw51gLihw?t=9
Sc.
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Hábito de Cristo
Olá meus caros confrades,
Obrigado pelas respostas. Só fui vê-las agora. E sim, correspondem, caro Saint Clair. Este é meu pentavô e seu filho, meu tio-tetravô.
Creio que não deve ter tido tempo de desfrutar do prestígio social do Hábito e benesses pela Independência em 2022, mas mesmo assim fiquei curioso.
Com os meus melhores cumprimentos,
Daniel.
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Hábito de Cristo
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Rectificação:
Onde escreveu 2022, deve ler-se 1822.
Cumprimentos
Sc.
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Hábito de Cristo
Caro Saint Clair,
Realmente, onde escrevi 2022, deve se ler 1822. Foi lapso meu: afinal o bicentenário da independência ocorreu este ano.
Cumprimentos,
Daniel.
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O TRATADO DO RIO DE JANEIRO DE 1825
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"As invasões francesas – cujas consequências ainda hoje se podem sentir – foram o prenúncio do que viria a acontecer mais tarde.
De facto, em 29 de Novembro de 1807, a Família Real Portuguesa, o Tesouro Real, o Governo, bens e pessoas num número nunca até hoje discriminado, e que se calcula entre 10 e 15 mil pessoas, mudaram-se para o Brasil, em cerca de meia centena de navios, o que constituía a quase totalidade da Armada Portuguesa.
Tal facto, previamente preparado e acordado com a Inglaterra (que enviou meia dúzia de navios a acompanhar a frota), foi uma decisão estratégica brilhante e singular, que impediu a captura da Família Real (como tinha acontecido em Espanha); salvou a frota nacional impedindo que a mesma caísse em mãos francesas (que careciam de navios como de pão para a boca) e salvaguardou a independência política do Reino.
Por isso o General Junot (e Napoleão) ficou a “ver navios no alto de Santa Catarina”…
Por outro lado a chegada ao Rio de Janeiro de tão ilustre e poderoso fluxo de meios humanos e materiais tornou, rapidamente, aquela cidade tropical, equivalente a uma capital europeia, em termos de cosmopolitismo, conhecimentos e capacidade de desenvolvimento.
A “ajuda” inglesa teve um preço elevado, em vários âmbitos, mas para o que estamos a tratar interessa referir que implicou a abertura dos portos brasileiros ao comércio inglês nos mesmos moldes que acontecia (uma espécie de monopólio) com os nacionais.
Tal representava, na prática, o fim do “Pacto Colonial”, de 1651, que os próprios ingleses tinham imposto, para se defenderem da tese do “Mare Liberum”, de 1608, que a Holanda tinha adoptado.
Ora isto afectou tremendamente o comércio português, o que se sentiu ainda mais, depois de os franceses terem abandonado o território nacional, em 1811, deixando um rasto de morte e destruição tremendo e de que hoje não temos ideia nem memória. Nem vontade de ter.
O principal beneficiário destes eventos foi a Inglaterra que, aliás, veio a dominar o comércio brasileiro e a economia e as finanças portuguesas, durante todo o século XIX e Primeira República. Só os governos do Professor Salazar lhe puseram fim.
À medida que o tempo passava, a população da parte europeia de Portugal, começou a sentir-se “órfã” pois a Família Real teimava em não regressar, o que só aconteceu, em 1821, por via da Revolução Liberal ocorrida no Porto, em 24 de Agosto de 1820. E estando o governo no Rio de Janeiro passou a inverter-se a situação entre Metrópole e território ultramarino…
Entretanto havia também problemas graves no Brasil, como a ocupação da Guiana Francesa, em 1809 (devolvida após o Congresso de Viena); a tentativa de revolta republicana de 1817, em Pernambuco (que foi duramente reprimida) e toda a agitação na América espanhola, varrida por instabilidade política e desejos de independência e o velho contencioso de fronteiras nas margens do Rio Prata, que levou à Campanha do Uruguai, que durou entre 1811 e 1820.
No Reino de Portugal as coisas não iam melhor: com o país a lamber as feridas das invasões francesas; a germinação das “novas ideias” revolucionárias trazidas de França e
que a Maçonaria defendia agora sem peias – o que contrastava com o país profundo e tradicionalista e afrontava a Igreja – com o desagrado crescente pelo governo do Marechal Beresford, que D. João VI tinha nomeado cabeça da junta governativa e o mal-estar existente no Exército por os principais comandos e funções estarem a ser ocupados por oficiais ingleses levaram, primeiro a uma tentativa de golpe de estado, frustrado, em 1817 e, finalmente, à vitória da Revolta Liberal de 1820, que logo obrigou ao regresso da Família Real e restante governo para Lisboa, a fim de poderem jurar a futura Constituição, em preparação, o que ocorreu no ano seguinte.
Entretanto a paz política e social foi-se degradando acentuadamente, acabando por a Família Real se cindir e depois dela, o Exército e a população em geral.
O primogénito e herdeiro do trono, o Príncipe D. Pedro ficou no Brasil para assegurar o controlo do território, como Príncipe Regente, mas acabou capturado pela maçonaria brasileira e pelo grande doutrinador da independência da antiga “terra brasilis”, o naturalista, poeta e estadista, José Bonifácio de Andrada e Silva.
Começou por desobedecer à Assembleia Constituinte, que o mandou regressar e à mulher Leopoldina (que era austríaca e grande defensora da independência), com o célebre “Fico!”, em 9 de Janeiro de 1822; e depois desobedeceu ao pai e ao governo, e traíu o país ao provocar a secessão do seu território mais rico e vasto, que o génio português tinha descoberto, colonizado e construído. E elevado a Reino Unido, isto é, com a mesma categoria política que Portugal e os Algarves (de aquém e de além-mar…). E veio (D. Pedro), mais tarde, depois de ter abdicado (“despedido”), em 1831, do título de “Imperador” a que se guindara, a provocar – juntamente com o seu irmão D. Miguel – a maior luta fratricida que em Portugal já houve, e quase acabou com o que restava do País.
Isto depois do pai de ambos, o infeliz monarca D. João VI, ter morrido envenenado em circunstâncias até hoje nunca apuradas.
Os governos liberais e a Assembleia Constituinte (uma novidade) trataram mal os deputados eleitos pelo Brasil e, mal avisados, tentaram reverter a situação de proeminência que o território brasileiro ganhara, procurando reverter as coisas ao modo como estavam antes da Família Real ter ido para o Rio de Janeiro. O que, naturalmente, não caiu nada bem nas “forças vivas” brasileiras.
As ideias independentistas, porém, começaram a ser espalhadas no Continente Americano, pela Independência dos EUA, em 1776. Esta independência, também ela de inspiração maçónica, foi feita contra a Europa. Tal teve, mais tarde, como consequência, a “Doutrina Monroe”, de 1823, que defendia o isolacionismo, fazendo da América Central e Sul uma espécie de quintal das traseiras americano; o que implicava que os países europeus abandonassem politicamente o Continente Americano.
O que sucedeu, com excepções negligenciáveis (Guiana Francesa e algumas ilhas nas Antilhas) sendo a última guerra que provocaram com esse fim, a de 1898, com a Espanha.
Não foi, portanto, por acaso que os EUA foram o primeiro país a reconhecer a independência brasileira.
A Inglaterra, porém, dado o potencial de que dispunha (e não tendo até hoje “engolido” a independência dos EUA), interessava a independência brasileira, a fim de se apoderar de todo o seu comércio e daí partir para fazer o mesmo com os restantes países da América Espanhola, aproveitando as convulsões políticas e sociais dos dois países."
http://novoadamastor.blogspot.pt/
--
Sc.
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