Lanhelas

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#448858 | JTS123 | 09 jul 2023 14:27

Caros Confrades,
Os meus 7os Avós, Pedro Gonçalves, natural de Bela, e Maria da Trindade, natural de Lanhelas, deve-se ter caso em Lanhelas entre 1707 e 1711, mas no ADVC não existem fundos arquivísticos desta paróquia anteriores a 1825.
Maria da Trindade era filha de Gaspar Lourenço Franco e de Maria da Trindade, ambos naturais de Lanhelas, neta paterna de Bernardo Afonso, de Covas, Vila Nova de Cerveira, e de Catarina Lourença, de Lanhelas e neta materna de Manuel da Costa e de Maria Lourença, ambos de Sopo, Vila Nova de Cerveira.
Algum dos Confrades tem alguma informação ou pista que me possa facultar acerca destes meus antepassados e acerca de informações de Lanhela?
Obrigado
PTM

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#448861 | Jorge Resende | 09 jul 2023 15:24 | Em resposta a: #448858

Deve pedir pesquisa desse casamento em Lanhelas ao Arquivo Distrital de Viana do Castelo ou pessoalmente ali fazer a pesquisa

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#448862 | JTS123 | 09 jul 2023 15:35 | Em resposta a: #448861

Obrigado Jorge Resende,
mas os fundos arquivisticos mais desta paróquia que se encontram no Arquivo Distrital de Viana do Castelo são de 1825.

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#448864 | ADB | 09 jul 2023 16:20 | Em resposta a: #448862

Boa tarde

Desconheço o que aconteceu aos livros de Lanhelas anteriores a 1825. Mesmo dos batismos e casamentos não há livros.

Como são muitos livros, duvido que tenham sido destruídos nas invasões francesas, até porque alguns abrangem datas posteriores. Não o podendo afirmar, porque não tenho conhecimento, os livros podem ter ficado na paróquia de Lanhelas. Apesar dos párocos da época terem sido obrigados a entregar os livros às Conservatórias, sei de situações semelhantes de livros que estão nas paróquias.

Como os livros não estão descritos no site, não faz qualquer sentido pesquisar no Arquivo, porque os livros não estão lá (se estivessem estavam descritos, mesmo que sem imagens associadas).

Tente contatar o Pároco de Lanhelas para saber se os livros ainda lá estão.

Cumprimentos,

Filipe

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#448867 | JTS123 | 09 jul 2023 18:50 | Em resposta a: #448864

Obrigado pelo seu comentário Filipe.
Já estive no ADVC e efetivamente não existem, pelo menos lá; à semelhança do que se pode verificar no Tombo.pt
Vou ver o que consigo, se conseguir.

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#448868 | mariafaia | 09 jul 2023 19:15 | Em resposta a: #448864

Por incrível que pareça os livros paroquiais e outros papeis e documentos como o arquivo da casa da Torre de Lanhelas, foram vendidos a peso para os fogueteiros de Lanhelas aí no final do século XIX inícios do séc XX. Esta informação foi-me transmitida pelo meu pai, natural de Gondarém pois seu pai e meu avô paterno ter estado envolvido nessa transação. Por isso os registos paroquiais terem desaparecido bem como muita outra documentação que desapareceu, nomeadamente a do convento de S. Paio do monte, na vizinha freguesia de Loivo. Foi tudo estourado no ar a envolver as bombas de foguetes.
Desfizeram-se em fumo
Cumprimentos . Mariafaia

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#448869 | JTS123 | 09 jul 2023 19:38 | Em resposta a: #448868

Ainda me dói a alma, depois de ler o seu comentário, que agradeço imenso.
Muito deve ter sido o património destruído ao longo do tempo.
Muito obrigado

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#448870 | ADB | 09 jul 2023 20:18 | Em resposta a: #448869

Que barbaridade! Admira-me como é que o Pároco compactuou com isso, a não ser que o ameaçassem. E assim desapareceu parte do arquivo paroquial e o da casa da Torre de Lanhelas, certamente considerados como "papeis velhos" por pessoas iletradas em todos os sentidos ...

O estranho é que a outra parte (só venderam metade?) do arquivo paroquial escapou, chegando felizmente aos nossos dias ...

Filipe

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#448871 | mariafaia | 09 jul 2023 20:54 | Em resposta a: #448870

Tem que procurar ver o assunto com os olhos dum padre e seus fregueses de 1900,
Na freguesia de Lanhelas nesse tempo e até há poucos anos existia uma pujante indústria pirotécnica, Essa indústria precisava para funcionar para além da pólvora, de canas de bambu e de papel para envolver as bombas. Nesse tempo havia pouco papel e caro, não havia os livros escolares que há hoje e a indústria de papel era incipiente , artesanal e á base de reciclagem do trapo.
A população era largamente analfabeta e os párocos queiramos quer não eram o seu expoente.
Para que é que eles queriam a sacristia atulhada de calhamaços dos sec 16, 17 e 18 com registos que não interessavam a ninguém e que podiam vender a bom preço pois o papel era caro e difícil de encontrar
Portanto fez o que ainda hoje se faz, ao fim de 100 anos os registos são enviados ao arquivo da TT, só que ele mandou-as para os fogueteiros da terra seus queridos fregueses
Só que há 120 anos atrás isso não era possível pois não havia arquivos distritais
Vai daí o abade de Lanhelas resolveu fazer o jeito á incipiente indústria e dar uma ajuda a esses paroquianos cedendo ou vendendo os papeis velhos que possuía até 80 anos atrás,(mais ou menos). Na altura não escandalizou ninguém e teve concerteza o apoio da junta da paróquia, democráticamente diriamos hoje; ganhou espaço físico e algum dinheiro para a fábrica da igreja e apoiou a indústria local.
Exactamente o mesmo que faz hoje o governo ao deixar abater sobreiros para instalar célula fotovoltaicas para produção de energia e que o grosso da população apoia com o isco da energia barata.
Portanto caro confrade não tem que se escandalizar com essa atitude, nem chamar ignorante ao bom abade que tudo fez com as melhores intenções e com o apoio dos seus fregueses. Eram tempos diferentes com modo diferente de ver os problemas, mas que era o correcto e aceitável nesses tempos.
Cumprimentos

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#448874 | saintclair | 10 jul 2023 09:07 | Em resposta a: #448871

-
Excelente.
Cumpºs
Sc.

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#448934 | JTS123 | 12 jul 2023 20:23 | Em resposta a: #448868

Boa tarde Mariafaia,
Estive no Arquivo Distrital de Viana do Castelo, falei com o Arquivo Distrital de Braga e com o Pároco de Lanhelas e não há efetivamente qualquer rasto. Ainda tinha alguma esperança de que não se tivesse perdido ou, melhor dizendo, queimado, como referiu.
Obrigado pelo seu esclarecimento.

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