Vasco Fernandes e Lucrécia Fernandes de Távora / Família Botelho / Braga / século XVI

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Vasco Fernandes e Lucrécia Fernandes de Távora / Família Botelho / Braga / século XVI

#454397 | RainerPN | 21 jun 2024 14:17

Caros Confrades,

Eu procuro informações sobre uma família de Braga (ou arredores) que deve ter vivido na metade do século XVI. Trata-se de Vasco Fernandes e Lucrécia Fernandes de Távora. Alguém teria dados sobre eles ou outros "Fernandes de Távora", talvez aparentados com Botelhos?

Eu descendo de um filho destes, João Botelho. Este depôs com cerca de 68 anos de idade em 1627 no Rio de Janeiro como testemunha nos processos de canonização do padre Anchieta (Fonte: Revista da ASBRAP nº 3). Havia nascido então por volta de 1559. Disse ser natural de Braga, filho de Vasco Fernandes e de Lucrécia Fernandes de Távora* e que fizera com Anchieta uma viagem de navio do Rio à Bahia 43 ou 44 anos atrás (ca. 1583) na qual viu Anchieta orar "suspenso no ar" durante uma tempestade:

"João Botelho (ouvido a 19 de junho de 1627), natural de Braga, morador no Rio, com cerca de 68 anos de idade, filho de Vasco Fernandes e de Lucrécia Fernandes de Távora. Conheceu-o e tratou com ele haverá 43 para 44 anos, com ele fez viagem por mar desta cidade para a da Bahia. Narrou um milagre, a que estivera presente, em um navio dos padres da Companhia, de nome Santa Úrsula, desta cidade para a Bahia, com ventos contrários que causaram tanto perigo que os padres da Companhia que iam no navio se confessaram e se prepararam para morrer, abraçando-se e se despedindo um dos outros. E em particular o Padre Inácio Tolosa, reitor que então era deste Colégio do Rio, vendo-se já tão perto da terra e recifes do mar, dissera estas palavras: “Bendito sea Dios, que se escapamos de lo mar, no escapamos de la tierra”, aludindo a que, se alguns escaparam das ondas e penedos, dariam nas mãos do gentio, que ali havia muito e estava em guerra com os portugueses. E somente o Padre José Anchieta, em todo este tempo do perigo, que foram três dias com três noites contínuas, estivera em oração no navio, posto de joelhos, com as mãos levantadas ao céu. E que ele testemunha pusera os olhos nele nesta conjunção, o vira suspenso no ar, na qual forma, sem comer nem beber, estivera os ditos três dias e noites, ao cabo dos quais cessou a dita tormenta e saíram do perigo".

João Botelho foi casado por volta de 1585 com Maria da Fonseca e deixou descendência no Rio de Janeiro.

Qualquer informação agradeço.

Cumprimentos amigos

Rainer Pfeiffer Novelli

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