Apelidos de Expostos
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Apelidos de Expostos
Caros Confrades:
A escolha do apelido das crianças expostas na “roda” obedecia a algum critério específico? Quem escolhia esse apelido?
Muito obrigado.
Cumprimentos,
Carlos Sá
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RE: Apelidos de Expostos
caro confrade
Ao nascituro colocado na roda de expostos e se não vinha acompanhado de qualquer informação ou recomendação, nomeadamente se era baptisado e qual o nome.
Caso essa não existisse era normalmente levado no dia imediato á igreja. onde era baptizado e lhe era atribuido o nome do santo do dia, coforme a "folhinha" e como sobrenome ou apelido levava o Exposto.
Ao dispô
Aguerreiro
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RE: Apelidos de Expostos
Caro Aguerreiro,
Agradeço o esclarecimento. Assim sendo, um exposto com o nome João da Silva já seria baptizado ou, caso contrário, terá sido baptizado no dia de um São João. E o apelido Silva, terá sido adoptado com que critério, no caso de se tratar da segunda hipótese?
Cumprimentos,
Carlos Sá
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RE: Apelidos de Expostos
Caro Carlos
Era normal levarem como apelido Exposto, tenho pelo menos conhecimento pessoal de dois casos. Caso levassem outro para além deste era em princípio o do padrinho, que "até deu o nome", sem outras consequências ou conotações, era "caridade" e como padrinho teria a obrigação de zelar para que fosse educado na fé. Nos casos que tive conhecimento o padrinho foi o sacristão e madrinha N. Sra. das Dores.
AoAguerreiro dispôr
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RE: Apelidos de Expostos
Caro Carlos,
De todos as vezes que me deparei com a situação de expostos, é rara a vez em que a palavra se tornou sobrenome. Só encontrei o apelido Exposto uma vez numa freguesia do Porto (não me lembro agora qual!).
Normalmente, a criança mais tarde adoptaria o sobrenome "de Jesus" ou "dos Santos". Ou então, o sobrenome de um dos padrinhos.
Sucesso,
Adilia
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RE: Apelidos de Expostos
Caro Aguerreiro,
Mais uma vez lhe agradeço.
Cumprimentos
Carlos Sá
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RE: Apelidos de Expostos
Cara Adilia,
Muito obrigado pelo seu contributo.
Cumprimentos,
Carlos Sá
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Expositos
Caro Carlos Sá,
Resposta: na minha opinião, não.
Pode andar anos a coligir registos de enjeitados que não vai encontrar nenhum padrão. Ou melhor, vai encontrar dezenas deles, o que vai dar ao mesmo.
Cada instituição, cada padre, cada região vai escolher os nomes - os nomes cristãos - para as crianças conforme o que lhes der na real gana.
Ora, como as pessoas nas aldeias até casarem (e mesmo a partir daí) utilizavam paraticamente só o nome cristão (ninguém precisava de apelidos para nada, e quando precisavam de um diferenciador, usava-se a alcunha), por essa altura escolhiam um conforme ao seu gosto.
As vidas da maior parte dos nossos ancestrais era da maior simplicidade quanto a esses aspectos 'formais': ninguém ligava muito a isso. Para além do mais, quase ninguém sabia ler nem escrever, e os seus nomes 'inteiros' só eram escritos 3 a 4 vezes em média durante as suas vidas. E em geral por outras pessoas (o padre ou o notário) que acabavam por se enganar, juntar ou tirar qualquer coisa, diabruras dessas.
Cumprimentos. Victor Ferreira
P.S.: alguém escreveu que a alguns expostos chamar-se-íam 'Exposto'. Talvez quisesse dizer 'Exposito', esse sim, um nome cristão existente.
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RE: Expositos
Caro Victor Ferreira:
Muito obrigado pelo esclarecimento. O apelido era, de facto, pouco relevante para a generalidade da população, podendo ser adoptado sem nenhum critério. Seria assim com os expostos.
Cumprimentos
Carlos Sá
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