Rodrigo Borges Fidalgo da Casa Real e Comendador da Ordem de Cristo e mulher D. Izabel da Fonseca
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Rodrigo Borges Fidalgo da Casa Real e Comendador da Ordem de Cristo e mulher D. Izabel da Fonseca
Caros,
Procuro Rodrigo Borges de Carvalho, fidalgo e comendador.
No Felgueiras Gayo, título dos Freitas, S5, N12, aparece:
"Bernardo de Freitas Carvalho filho de Amador de Freitas N11 cazou em Lamego com D. Joanna Teixeira filha de Rodrigo Borges de Carvalho, e sua mulher D. Izabel da Fonseca; Rodrigo Borges era Fidalgo da Casa Real e Comendador da Ordem de Cristo"
Alguém sabe onde encontrar mais informação sobre o referido Rodrigo Borges de Carvalho e sua mulher Izabel Fonseca? Já fiz várias pesquisas e o nome Rodrigo Borges de Carvalho não surge, o que me parece estranho, visto ter sido fidalgo e comendador.
Procuro ascendentes ou descendentes, casamento, batismos, ou qualquer outro evento. Obrigado!
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Possivelmente, a exemplo da ascendência de Bernardo de Freitas de Carvalho, também a sua esposa teria sangue cristão-novo. Por este motivo fugiam às limpezas de sangue como o diabo da cruz, daí não se encontrarem grandes referências.... uma possibilidade. Também nada encontrei, além dos filhos de Bernardo, documentados nas genealogias manuscritas do Padre Torcato Peixoto de Azevedo.
Cumprimentos,
Rui Faria
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A ascendência de Bernardo Freitas Carvalho tinha sangue cristão-novo por parte de quem? Consegue indicar-me fontes?
Pelo que pude apurar, Bernardo era filho de Amador de Freitas Sampaio que casou em Lamego com Joana de Mesquita, filha de Lourenço Sallazar e Izabel Carvalho (de onde vem o sobrenome Carvalho).
Também Bernardo casou em Lamego, com Dona Joana Teixeira de Carvalho filha de Rodrigo Borges de Carvalho c.c. Dona Izabel da Fonseca. Um dos filhos de Bernardo é Rodrigo Freitas Carvalho, que vem a casar no Brasil com Petronilha Fagundes e a ficar conhecido como Capitão Rodrigo de Freitas Castro de Carvalho, e cujo nome é atribuído a uma conhecida lagoa no Rio de Janeiro.
Então, tanto Bernardo como o seu pai Amador casaram com senhoras de apelido Carvalho, em Lamego, o que me leva a colocar a hipótese destas senhoras serem da família Caravalho de Lamego, do morgado da Casa do Poço. Esta família Carvalho de Lamego era de cristãos-novos?
Mais ainda, Amador de Freitas Sampaio (Carvalho por casamento), pai de Bernardo, era judicial em Guimarães; há um alvará "Para poder renunciar em seu filho Bento Teixeira de Carvalho o ofício de Judicial em Guimarães. Filiação: Amador de Freitas Sampaio, em 1702". Os cristãos-novos podiam exercer estes ofícios? Já agora, este Bento Teixeira de Carvalho, irmão de Bernardo, vem também a ligar-se a Guimarães por via de casamento: Inês Maria de Lanhas Peixoto dos Guimarães, casada com Bento Teixeira de Carvalho e Freitas e Castro, senhor da casa de Ladrido. Há uma sentença de Bento Teixeira de Carvalho e sua mulher, pela casa de Ladrido em 12/08/1724).
Finalmente, Bento Teixeira de Carvalho acaba por renunciar ao ofício que lhe tinha sido legado pelo pai: Provisão. Renuncia do ofício de Escrivão do Judicial em 1732.
Se a ascendência de Bernardo Freitas Carvalho tinha sangue cristão-novo, poderiam ter-se ligado por casamento à família Peixoto Lanhas "dos Guimarães" sendo esta família de reconhecida nobreza?
Sei que são muitas perguntas que deixo acima, mas deixo mais uma: Felgueiras Gayo escreveu que Rodrigo Borges de Carvalho era Fidalgo da Casa Real e Comendador da Ordem de Cristo. Quais terão sido as suas fontes?
Obrigado
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Pode indicar-me os filhos de Bernardo de Freitas de Carvalho?
Obrigado
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Caríssimo Justino,
Era significativa a “peçonha” que pairava sobre a geração ascendente de Bernardo Freitas de Carvalho; uns imputavam-lhe fama da mourama, outros, sangue de mulato e outros, mesmo, a fama de cristão-novo. Nunca se fez prova contundente de qualquer destas origens. Mas é certo que radicava em Antónia de Figueiredo, bisavó de Bernardo, esposa de Afonso Anes de Freitas, alcaide da vila, com quem casou a gosto, contra a vontade da família que o rejeitou como membro. Ainda jovem serviu a casa de D. António de Lima, Conde da Castanheira, onde se enamorou por Antónia de Figueiredo, sua criada, apelidada de “A Rachada”. Estabeleceram residência na Rua Nova do Muro, em Guimarães, de onde Afonso Anes era natural, tendo, além do cargo de alcaide, herdado um dos ofícios de tabelião do público e judicial da vila que correrá na geração.
«(…) haverá mais de vinte anos a esta parte estando ele testemunha em casa de Amador de Freitas que então era escrivão do judicial nesta vila, no Campo da Feira dela, o qual era sobrinho do pai do embargante na lojea da dita casa para ele testemunha dar umas testemunhas ho dito escrivão Amador de Freitas lhas haver de tomar, vira vir descendo pela escada um homem que ele testemunho não está lembrado quem era e muito agastado com o dito Amador de Freitas vinha dizendo, basta ser mourisco para fazer o que fez, o que ele testemunha ouviu e outras algumas pessoas que na dita lojea estavam e assim se foi o dito homem agastado pela porta fora sem mais ouvir coisa alguma […]»
«(…) e quantas vezes e que por este modo mostra não ser fama vulgar e constante nem que permanecesse em todo aquele tempo de trinta anos a esta parte como se infere das ditas palavras no dito testemunho escritas e disse mais ele testemunha que a fama de nova nação, digo, que o que ouviu dizer pelo modo que neste testemunho tem declarado o labeo de cristão-novo vinha pela parte de Afonso Anes de Freitas avô paterno do embargante e o de nação mulata por sua avó paterna mulher do mesmo Afonso Anes, e isto é o que declara no dito testemunho (…)»
Entretanto a fama que na surdina corria constituiu um poderoso empecilho aos casamentos de membros da geração. As portas das famílias cristãs-velhas fechavam-se-lhe e só além dos limites do termo da vila, ousavam propor enlaces matrimoniais. Por isso mesmo Amador de Freitas Sampaio foi ao Porto, à Foz buscar esposa, D, Joana de Mesquita Carvalho Salazar, descendente do judeu Mestre João da Paz. Com este enlace cresceram ainda mais as dificuldades de afirmação social da família, que embora considerada da nobreza, era discriminada por sua fama. O futuro da família passou então pelo Brasil.
A residência da família, além das casas na vila de Guimarães, foi a quinta do Ladrilho.
Os filhos de Bernardo de Freitas de Carvalho e de Dona Joana Teixeira de Carvalho foram: o padre João de São Bernardo, Religioso de São João Evangelista (mais relapsos na averiguação do sangue), Bento Teixeira de Carvalho, D Francisca, D. Jerónima, D. Joana e Rodrigo Borges de Carvalho.
Cumprimentos,
Rui Faria
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Temos ainda Rodrigo de Freitas e Castro casado com dona Petronilha Fagundes de Meneses, pais de João de Freitas e Castro, nascido na Sé do Rio de Janeiro, que chegado endinheirado ao reino, casou com Dona Leonor Maria de Melo Pereira e Sampaio e instituirá um morgado.
Cumprimentos,
Rui Faria
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Caro Rui Faria,
Apresenta bastante informação interessante. Tem possibilidade de me indicar as fontes, para que eu possa continuar a minha investigação?
Na verdade, procuro estabelecer ligação entre a família Carvalho e Bernardo Carvalho cc Francisca Silva:
Bernardo Carvalho cc com Francisca (Costa?) Silva, pais de
Simão Carvalho, pai de
Custódio Luís Carvalho n. 19 Jan 1767, pai de
Bento Carvalho n. 29 Abril 1795, pai de
Emília Carvalho, b.1825 (afilhada de Dona Anna Emília n.1796 da casa de Ladrido), mãe de
António Carvalho, proprietário da Quinta da Goncinha em Felgueiras
Curiosamente, Bernardo Carvalho cc Francisca Silva é referido, em 1724 num batismo onde é padrinho, como criado de Bento da Guarda Peixoto Lanhas, que sabemos ser irmão de Inês Maria de Lanhas Peixoto dos Guimarães, cc Bento Teixeira de Carvalho e Freitas e Castro, senhor da casa de Ladrido
Portanto, Bernardo Carvalho cc Francisca Silva foi criado do irmão da mulher de Bento Teixeira de Carvalho Srº da casa de Ladrido (falado nas publicações acima), e a sua quarta neta Emília é afilhada da Dª Ana Emília da casa de Ladrido. Durante pelo menos estas quatro gerações Bernardo Carvalho cc Francisca Silva e sua descendência têm ligação aos Carvalhos da casa de Ladrido. Infelizmente, não consigo encontrar referências diretas nem a Bernardo Carvalho nem a Francisca (Costa?) Silva, em batismos, casamentos ou óbitos, em Stª Comba de Regilde nem Penacova, por onde a família de Bernardo e Francisca andava por estas épocas.
Bernardo Carvalho cc Francisca Silva era solteiro em 1724 e veio a ter uma filha, Domingas, em 1726. Portanto, assumo que terá casado algures nesse intervalo de datas.
Tem informação sobre este casal e de que forma se ligam à família Carvalho?
Obrigado e cumprimentos
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Lamento, mas ignoro de todo o referido casal. Claro está que poderá, de facto, existir alguma ligação de parentesco, provavelmente por via ilegítima. Já analisou os casamentos das freguesias que circundam a área Penacova - Refontoura?
Cumprimentos,
Rui Faria
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Tenho andado a reconstituir um ramo da árvore genealógica da família Carvalho e, há cerca de um ano, deparei-me com este casal Bernardo Carvalho cc Francisca (Costa?) Silva, que terão nascido por volta de 1700 e casado em 1725. Entretanto, fui encontrando informações relativas à família Guimarães (Peixoto Lanhas) e à família de Amador, Bernardo, Bento e Rodrigo Freitas Castro Carvalho, de Ladrido.
Os documentos mostram que estas famílias ligam-se à de Bernardo Carvalho cc Francisca Silva:
- Bernardo é criado do irmão da mulher do Bento Carvalho,
- partilha o primeiro nome com o pai de Bento, "Bernardo", para além do apelido Carvalho
- a sua 4ª neta Emília é afilhada de Ana Emília de Ladrido. Em rigor, Emília é também apadrinhada ainda dentro da família Freitas por José de Freitas, solteiro, da Quinta das Botas.
Há várias hipóteses para a dificuldade em encontrar ligação familiar explícita:
- em Regilde, onde nasceram dois dos filhos de Bernardo Carvalho, Domingas n.1726 e Manuel n.1727, anteriormente a Bernardo Carvalho há pouquíssimas referências à família Carvalho, o que sugere que nasceu e casou em outras localidades. Por exemplo, pode ser um descendente de uma das senhoras da família Carvalho que casaram em Lamego com Amador de Freitas Sampaio ou seu filho Bernardo Freitas Carvalho.
- ausência de livros paroquiais relativos a essas datas; identifiquei dois em falta, que ainda não consegui consultar, nem sei se existem fisicamente nos arquivos ou se terá sido perdidos ou destruídos;
- filho ilegítimo, caso em que, apesar de ilegítimo terá sido muito bem aceite pelas famílias descendentes, que continuam próximas mesmo ao fim de quatro gerações
- registos escritos em secções de outros livros paroquiais, relativos a outras datas ou a eventos de outra natureza, como às vezes se encontra
Ainda não procurei em Refontoura, mas vou seguir a sua sugestão. Passei já pelos livros de Regilde, Penacova e Vizela (S. Jorge), sem sucesso direto, mas aproveitando para recolher informação relativa a outras pessoas.
Obrigado e Cumprimentos
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