Ainda a Família Imperial do Brasil

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Ainda a Família Imperial do Brasil

#21394 | Jose C. Silveira | 16 mai 2002 02:33

Só agora conheci este site genealógico. Ele é muito rico e tenho muita coisa interessante ainda a descobrir nele. Mas queria dizer ainda uma palavra sobre a questão dinástica brasileira, que deu recentemente ainda muito assunto aqui. De fato, nenhum participante foi mais a fundo na questão. Dinasticamente, sem dúvida, Dom Luiz é o legítimo Herdeiro do Trono Imperial do Brasil. Livro muito importante sobre o assunto é o de Armando Alexandre dos Santos, "A legitimidade monárquica no Brasil".
A questão, porém, é outra. Dom Luiz é pessoa muito digna e correta, um homem bom (como foi seu pai Dom Pedro Henrique) Mas ele e seu inteligente e preprado irmão Dom Bertrand (o 2º na linha da sucessão) tem um problema grave. São membros atuantes da TFP, Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade. Trata-se de uma entidade extremamente conservadora, de linha católica tradicionalista. Vêem comunismo em tudo, não aceitam as reformas legítimas na Igreja (meio que ignoram o Papa e o Concílio Vaticano II, criticam a reforma litúrgica e só aceitam a missa tridentina). Ora, Dom Luiz e Dom Bertrand foram educados nesta entidade e assim são fechados, não levam praticamente vida social em São Paulo, retirados nas sedes da TFP (de fato últimamente os príncipes tem viajado, indo inclusive aos Estados Unidos e Europa), mas sempre a serviço da entidade, que dividiu-se por grave crise interna após a morte do fundador, prof. Plínio Corrêa de Oliveira.
A consequência desta vida fechada que levam faz com que permaneçam celibatários. Dom Luiz ainda tem um problema com uma perna, devido à paralisia infantil na infância, o que o faz agora portar uma bengala.
Dom Pedro Gastão, do ramo primogênito, por outro lado sempre apareceu muito na sociedade (até demais, embora seu irmão Dom João fossem ainda mais mundano), além de conservar muitos objetos históricos e os arquivos da Família Imperial. Ele, de fato, era o príncipe conhecido, enquanto o primo Dom Pedro Henrique, muito tímido, era fazendeiro no interior do país. Ultimamente, porém, criou-se uma situação nova. Dom Pedro Gastão, já muito idoso, praticamente mora na Espanha com sua esposa, Dona Esperanza. Seus filhos não querem saber das tradições imperiais, querem que as pessoas esqueçam que são príncipes. Levam também uma vida fora da sociedade. Sinal desse desinteresse pela causa monárquica e pelas tradições familiares, é o mau casamento que todos os filhos homens de Dom Pedro Gastão fizeram. Com moças simples, humildes. Vários se divorciaram. Recentemente ainda houve um escândalo com Pedro Tiago (o filho mais velho do filho mais velho de Dom Pedro Gastão), o rapaz tendo vendido louças históricas da família e que pertenciam a sua tia Dona Cristina. Isto tudo significa uma verdadeira renúncia do ramo de Dom Pedro Gastão. A esperança deste ramo primogênito estava em Dom João Henrique (Dom Joãozinho), sobrinho de Dom Pedro Gastão, que é pessoa extremamente simpática e agradável. Mas ele não quer saber muito das coisas monárquicas, é mundando demais, não tem curso superior algum, sendo conhecido como surfista e por sua profissão de fotógrafo (aliás bom).
Por tudo isso, a esperança dos monárquicos brasileiros está em Dom Antonio ou melhor ainda em seu filho Dom Pedro Luiz, rapaz alto, simpático, estudante universitário. Dom Antonio foi o único dos príncipes de sua geração (bisnetos da princesa Dona Isabel) a contrar um bom casamento na aristocracia européia. Sua simpática esposa, Dona Cristina, é nascida princesa de Ligne. Está certo, não é de família real nem mediatizada, mas é de uma família da mais alta nobreza européia, podendo ser perfeitamente admitido este casamento como igual de nascença. Ainda mais que sua mãe é uma princesa do Luxemburgo e de Bourbon de Parma. O casamento de Dom Antonio, comparado com o de tantos outros príncipes da Europa, é realmente muito bom. É de lembrar que Dona Cristina pelo lado materno é duas vezes descendente de Dom Miguel I de Portugal, sendo portanto um novo sinal da reconciliação dos dois ramos da Casa de Bragança.
Numa outra ocasião poderemos falar sobre os casamentos dos outros irmãos de Dom Luiz: todos renunciaram a seus direitos dinásticos, mas as moças com quem casaram são moças da sociedade brasileira, de excelentes famílias, muitas tendo sangue de famílias tradicionais e da nobreza colonial ou imperial.

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RE: Ainda a Família Imperial do Brasil

#21419 | RAAL | 16 mai 2002 17:29 | Em resposta a: #21394

Para José Silveira
Obrigado pela excelente síntese. O site anterior já estava uma confusão.
Sou amigo pessoal de Dom Luís e "aposto" vivamente em Dom Pedro Luís.
Cumprimentos
RAAL

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RE: Ainda a Família Imperial do Brasil

#21430 | doria_gen | 16 mai 2002 21:42 | Em resposta a: #21419

O que se poderia discutir - em tese - é a questão da exigência do casamento principesco, face aos muitos exemplos recentes nas monarquias européias (Claus von Amsberg, na Holanda; Henri de Monpezat, na Dinamarca; Diana Spencer, na Inglaterra, e Sophie Rhys-Jones, igualmente; e Mette-Marit, na Noruega).

Insisto: em tese. Não quero de modo nenhum personalizar a questão, e nem tirar daí conclusões sobre validade ou não de renúncia tal ou qual. Naquela época era justificável; pergunto, e hoje?

Desde o século XIX, famílias titulares européias procuraram sangue, hum, menos titulado mas mais dourado, como Jenny Randolph, na Inglaterra. Na verdade, o casamento do filho segundo de Francisco I da França, já no século XVI, com Caterina de' Medici, era uma mésalliance - mas um casamento do sangue azul com o sangue dourado... (Lembremos que foi difícil negociar-se o casamento de Lorenzo de' Medici com Clarice Orsini, que algumas fontes dão como bastarda, e que um Orsini, sobrinho do Papa Nicolau III, já havia sido rejeitado por uma princesa francesa, dizendo-se que ``mesmo o trono de Pedro não era suficiente para o sangue de França.'')

fa

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RE: Ainda a Família Imperial do Brasil

#21463 | Jose C. Silveira | 17 mai 2002 02:31 | Em resposta a: #21430

Acho legítima uma certa evolução no casamento dos príncipes. Penso ser admissiveis os matrimônios dentro de uma boa nobreza: Claus von Amsberg na Holanda, Diana Spencer na Inglaterra (a rainha mãe recentemente falecida era também uma aristocrata lady Bowes-Lyon), Fabiola da Bélgica... Um falso nobre como Henri de Monpezat já é mais difícil admitir. Enfim são inadmissíveis casamentos como o do príncipe herdeiro da Noruega... Casamentos assim desprestigiam as Famílias Reais.
Que dizer dos casamentos dos príncipes herdeiros da Áustria e da Grécia? Casamentos prestigiosos por dourarem os brazões, mas não posso deixar de ficar melancólico. Um amigo holandês ficou encantado ao conhecer a esposa do príncipe herdeiro, jovem de boa família argentina, mas também fiquei triste...
Penso, enfim, que os príncipes tem direitos, mas também obrigações, inclusive de comportamento. Ora, não é fácil ser príncipe na sociedade secularizada de hoje, ainda mais príncipes pobres, de famílias não reinantes.
É claro que alguns casamentos "horrorosos" (dinasticamente falando) as vezes dão muito certo. Por exemplo, o do príncipe de Mônaco com uma artista de Holywood... Que sucesso foi para Mônaco a príncesa Grace! Tem dado certo também o casamento do rei da Suécia, a rainha Silvia (meio brasileira) talvez salvando o trono sueco, eis que o jovem rei era então um play boy nada popular.Ela tem sido muito digna.

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RE: Ainda a Família Imperial do Brasil

#21477 | doria_gen | 17 mai 2002 10:30 | Em resposta a: #21463

Como disse, pretendia discutir o caso *em tese*. Mésalliances, de um modo ou de outro, são comuns na história - cito, por exemplo, ainda que longe, o caso de Eudoxia Ingerina, em Bizâncio (há exemplos mais agressivos).

Ainda vou ver o texto exato da Constituição Imperial, mas me parece que a única condição é o chefe da casa (ou o governo imperial, se existir) dar permissão para o casamento.

fa

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RE: Ainda a Família Imperial do Brasil

#21493 | Jose C. Silveira | 17 mai 2002 17:02 | Em resposta a: #21477

Sim, a Constituição Imperial de 1824 nem menciona a necessidade dos casamentos dos príncipes serem iguais de nascença ou coisa assim. Mas é claro que no século XIX nem se pensava em contrair casamentos fora de seu nivel social (isto não só os príncipes...). Era normal os príncipes e princesas fazerem casamentos arranujados: lembremos os casamentos de D. Pedro I e D. Pedro II totalmente arranjados por diplomatas. As princesas Dona Isabel e Dona Leopoldina também fizeram casamentos arranjados, que, aliás, deram certo.
Hoje os tempos mudaram... Aliás, quem fez uma "mésaliance": não terá sido a baronesa Francesca, herdeira da fortuna dos Thyssen, que casou com um Habsburgo pobretão? (os príncipes herdeiros dos tronos da Grécia e das Duas Sicílias também fizeram excelentes alianças, com ricas herdeiras...)

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RE: Ainda a Família Imperial do Brasil

#21507 | DiogoA | 17 mai 2002 18:51 | Em resposta a: #21493

Tem razão... os tempo mudaram. Então porque acha mal casamentos entre diferentes "classes" (essa palavra já nem devia ser utilizada, mas vá lá)?
Graças a Deus em todas as monarquias e outras democracias da Europa todos os cidadãos são à partida igualmente inteligentes, igualmente "nobres", igualmente bons, etc. dependendo depois das suas estruturas inatas e do meio em que ele estiver sujeito.
Seja o indivíduo um príncipe ou princesa por dentro (nem que seja descendente de escravos ou que tenha um passado individual menos digno) já deveria ser apto para casar com alguém que o seja por fora. Por aí se deveria definir um bom casamento (não esquecendo o principal: honesta paixão).
Um mau casamento deveria ser (independentemente das famílias que se advém) com alguém que seja idiologicamente perigoso (ex.: D. Carlota Joaquina, mulher de D. João VI) ou que fosse uma verdadeira má influência para os futuros príncipes.

Melhores cumprimentos,
Diogo Alenquer

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RE: Ainda a Família Imperial do Brasil

#21519 | doria_gen | 17 mai 2002 21:42 | Em resposta a: #21493

Penso, ainda, nos vários casamentos morganáticos em casas reais: desde os Battenberg/Mountbatten até os casamentos das irmãs e irmãos de Sissi (mas Max, Herzog in Bayern, era visto como um ultra-liberal...). Sem falar claro, no caso de Mrs. Jones ;-) e na história de John Orth, que bem precisava de uma biografia...

fa

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RE: Ainda a Família Imperial do Brasil

#21522 | alentejo | 17 mai 2002 21:46 | Em resposta a: #21507

Caro Diogo Alenquer,


O exemplo de D. Carlota Joaquina parece-me mal amanhado. Perigosa!!! porquê?

Cumptos

NB

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RE: Ainda a Família Imperial do Brasil

#21526 | Portuguez | 17 mai 2002 22:12 | Em resposta a: #21507

Caro Diogo Alenquer

D. Carlota Joaquina casou criança, e foi educada piedosamente e como filha por D. Maria I na Corte de Portugal. Não terá assim sido muito influenciada pelo mau comportamento da famigerada Maria Luisa de Espanha, sua Mãe... Tinha apenas a carga de ADN. Já quanto aos casamentos feitos pelo tísico Pedro I, o 2º casamento dele e o de sua filha D. Maria II, com meros Bel'Arreios netos da inominável Josefina, além da sua infantil admiração e vontade de copiar Napoleão, deixam muito a desejar em termos de moralidade, patriotismo e bom senso. Diga-se de passagem que a imperatriz D. Amélia deixou reputação de comportamento exemplar. Especulou-se foi muito se Augusto de Beauharnais, morto tão rápida e repentinamente logo depois do casamento, não teria sido envenenado.
Cumptos.

Alexandre Tavares Festas

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Carlota Joaquina

#21578 | DiogoA | 18 mai 2002 18:51 | Em resposta a: #21522

Antes de pôr esse exemplo pensei até duas vezes porque cheguei a prever que haveria de ser polémico... mas não resisti. OK, em termos de "organização" do casamento não houve grandes "erros" (ninguém podia prever como ela iria sair). Mas o que é facto é que lá por ela ser uma Borbón não impediu que ela fosse uma das piores consortes de um monarca que Portugal já tinha visto desde D. Leonor Teles (ah... mas esta última espero que seja consensual!!).
Pessoalmente guardo um pouco de rancor de D. Carlota Joaquina por tudo o que ela fez para minar o trabalho do nosso bom rei D. João VI de manter a paz, o progresso e a democracia em Portugal e no Brasil, conspirando um sem-número de vezes contra ele e sendo uma das grandes responsáveis por uma guerra fraticida.

Bom, concordem ou não concordem com esta minha visão desta personagem histórica (e para não desviar muito do tema genealógico do fórum) o que eu quis dizer é que ninguém é automaticamente "bom" ou "mau" por ser filho de quem quer que seja.

Melhores cumprimentos,
Diogo Alenquer

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RE: Carlota Joaquina

#21579 | magalp | 18 mai 2002 19:02 | Em resposta a: #21578

Caro Diogo

Sabe quem "lançou" o Condestável D. Nuno Alvares Pereira, inclusivamente armando-o Cavaleiro?
Pois foi mesmo. D.Leonor Telles pelo menos aí acertou...
cmptos,
M.M.Magalhães

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RE: Ainda a Família Imperial do Brasil

#21581 | magalp | 18 mai 2002 19:17 | Em resposta a: #21507

E, em relação a D. Carlota Joaquina, até os meu amigos "malhados" lhe reconheceram o seu muito patriotismo, a sua dedicação a Portugal, sem embargo das calúnias que uns outros "jacobinos e anti-Cristo" propagaram a seu respeito. Já naquele tempo, Magessi, um militar culto e informado, desmontou muita cabala a esse respeito. Mas, como estava do lado dos vencidos, foi ignorado.
cmptos,
M.M.Magalhães

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RE: Leonor Teles

#21588 | DiogoA | 18 mai 2002 20:21 | Em resposta a: #21579

hmm por acaso até já tinha lido isso (muito se deve ter ela arrependido, no entanto)... Mas eu também não advogo que pessoas que considero que tiveram um contributo no total negativo na história de Portugal sejam encarnações do demónio ou totais desastrados! Queria apenas dar ênfase ao facto do saldo positivo ou negativo não provir do sangue (bom, mas já me estou a repetir).

Referente a D. Carlota Joaquina... Pronto. Se assim o diz também não o vou contestar com tanta veemência porque não sou propriamente um especialista de D. Carlota Joaquina. Mas todas as biografias que já li sobre ela e sobre o cônjugue suscitaram-me sempre uma profunda admiração pelo progressismo e inteligência política de D. João VI em confronte com as sucessivas intrigas da rainha, tentativas de golpe e pressão anti-progressista.

cumprimentos,
Diogo Alenquer

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RE: Leonor Teles

#21589 | magalp | 18 mai 2002 20:40 | Em resposta a: #21588

Sim, sim, plena e totalmente de acordo!
Por sangues e vistos estes por um outro prisma diferente destes, não poderemos esquecer a progenitura do Genial L. v. Beethoven...
Tb. não me esquece o par de cornos com q. enfeitou o legítimo marido, antepassado de muitos de nós, eu incluído...
Em relação à golpista e ultra conservadora Rainha Carlota Joaquina, muito me impressionou
o testemunho de Magessi, que muito contrariou o parecer do muito respeitado A.Herculano.
Foi só.
Cmptos.
M.M.Magalhães

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RE: Magessi

#21604 | Portuguez | 18 mai 2002 23:53 | Em resposta a: #21589

Caro Manuel Maria

Não conheço esse testemunho de Magessi. Será que se poderia por aqui breve e suncintamente sintetizar?
Cumptos.
ATF

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RE: Magessi

#21609 | magalp | 19 mai 2002 00:45 | Em resposta a: #21604

Caro Alexandre

Não tenho isso comigo. Pertece à minha Mãe e li isso há cerca de dois anos. Logo q. possa dou-lhe todos os pormenores. Em tempo deu uma grade questão ente Magessi, filho dum general derrotado, de D. Miguel e Alexandre Herculano, historador oficial dos vencedores. Creio que o Duque de Saldanha defendeu Magessi, o que terá sido escandaloso!
cmptos.
MMM

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RE: Magessi

#21611 | Portuguez | 19 mai 2002 01:01 | Em resposta a: #21609

Caro Manuel Maria

Não duvido que a reputação de D. Carlota Joaquina tenha sido tão denegrida como o foi a a de D. Tareja, a de D. Leonor Teles, a de D.Miguel I, etc., por ódio político. Mas gostaria de saber se existe realmente ou não algum fundo de verdade, que , pequeno, possa ter sido empolado. O que lhe posso dizer é que na minha família materna o respeito por ela manteve-se tão grande que minha Bisavó e Tias, de família miguelista, não lhe diziam o nome sem esboçar maquinal e rapidamente o gesto de levantar-se da cadeira. Só respeito à Rainha, ou também à Senhora?
Cumptos.
ATF

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RE: Ainda a Família Imperial, livro

#21646 | Monigo | 19 mai 2002 18:17 | Em resposta a: #21394

"ANTIQUÁRIO DA PRINCESA E FORENSE LANÇAM LIVRO SOBRE DOM JOÃO VI

O Antiquário da Princesa e a Editora Forense, promove no próximo sábado, dia 18 de maio, a partir das 18 horas, um coktail em homenagem a Princesa Isabel e o lançamento do livro "Crônica de Dom João VI", de autoria de Paulo Napoleão Nogueira da Silva. O Antiquário da Princesa, organizado por Cristina de Bourbon de Orleans e Bragança e Miguel Salles, apresenta um acervo variado, quer pela diversidade histórica, com ênfase nos séculos XVIII e XIX, quer pela variedade e qualidade das peças expostas.

O autor, na primeira páginas do livro afirma que a sua pretensão é apenas uma análise impessoal de Dom João VI, "figura da mais alta relevância para o Brasil; procurando, à luz dos fatos e do seu contexto, compreender a verdadeira natureza desse rei". De acordo com o autor o livro traz dados verdadeiros da história comprovada e indiscutida e tudo baseado em documentados encontrados no Arquivo Nacional, Biblioteca Nacional, Instituto Histórico e Geográfico Brasileira, Museu Imperial, Museu do Primeira Reinado, Instituto de Geografia e História Militar do Brasil e diversos outros documentos.

O autor chama atenção dos leitores para o fato de que foi Dom João VI quem fez "juridicamente a emancipação política, em 1816, ao proclamar o Brasil reino independente, e lograr o reconhecimento da comunidade internacional a essa nova situação." De acordo com o autor, a partir de então o Brasil está ligado a Portugal apenas no âmbito do Reino Unido de Portugal. Ainda segundo o autor, Dom João VI tinha consciência de que o Brasil era um novo reino e por isso, ao retornar para Portugal, nomeou seu filho, Dom Pedro, cmo Regente do Brasil.

Um dos objetivos do livro, assim como de outros editados na mesma linha é mostrar a figura inportante de Dom João VI para a História do Brasil. Com a instalação da República, tentou-se por todos os meios esconder e privar as futuras gerações dos fatos ocorridos no período do Reino Unido e da Monarquia, que se conhecidos nos levam a ter orgulho desta Nação e de ser brasileiros."

em "A Tribuna de Petrópolis"

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RE: Ainda a Família Imperial do Brasil

#21688 | Atlantique | 20 mai 2002 14:47 | Em resposta a: #21493

Facto é que há muitos mais bilionários do que principes imperiais,portanto o troféu é o principe (mesmo pobretão) e nunca a rica herdeira.

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D. Leonor Telles, A Flor de Altura

#22788 | doria_gen | 12 jun 2002 11:07 | Em resposta a: #21579

Revendo este tópico notei estas mensagens, e me lembrei que D. Leonor Telles é ancestral de muito, muita gente - de meus filhos, como exemplo - no Brasil e em Portugal.

Tenho uma carta de brasão de um Vasconcellos baiano, meu parente, que vai terminar lá em cima num ``sobrinho da Rainha D. Leonor'' - Telles, bem entendido.

fa

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RE: Família Imperial do Brasil - Exposição

#22820 | Monigo | 12 jun 2002 23:15 | Em resposta a: #21394

Olá

estará aberta ao público até o mês de Julho no palácio Isabel, em Petrópolis, a exposição de fotografias particulares "Um olhar: a vida privada dos Orleans-Braganças"

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RE: Ainda a Família Imperial do Brasil

#22840 | magalp | 13 jun 2002 13:21 | Em resposta a: #21526

Caro Alexandre T.F.

Os venenos e os seus usos entre 1832 e 1860 dariam "pano para mangas", se calhar tema dum romance histórico que traria surpresas a muita gente. Em todo o caso, na busca do rigor histórico, porque não dedicar-se o meu amigo a estudar essa questão, apoiado por um médico especialista forense?
Sobre o assunto tenho para aí uns opúsculos da época. Tenho-os como muito especulativos, mas não esqueço que "onde há fumo há lime"...
Cmptos.
Manuel Maria Magalhães

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Envenenamentos na FRP

#22849 | Portuguez | 13 jun 2002 17:05 | Em resposta a: #22840

Caro Manuel Maria

Houve já médicos portugueses que trataram do assunto e publicaram obra, os primeiros deles fizeram análise de hipóteses de envenenamento por sintomatologia tirada dos textos coevos que descreveram a morte de alguns reis de Portugal, pelo menos desde D. João II, mas (falo de memória) um mais recente houve que procurou analisar cientificamente os restos mortais existentes, e poude falar com mais certeza. São livros que não tenho, e li há muitos anos da biblioteca de um meu Tio. Não consigo lembrar os nomes dos autores, mas agora foram reunidos em livro uns artigos sobre amores reais publicadas na Revista do Expresso há tempos, e em D. João VI indica essa análise feita revelando teores de veneno muito elevados: in Paixões Reais, por Eduardo Nobre, Lx. 2002, Capº D. João VI Assassinado, p. 50, lê-se "A análise moderna das vísceras deste último (Jº VI) viria a revelar doses mais que letais de substâncias tóxicas". Infelizmente, como é o caso nestes livros de jornalismo histórico para venda fácil com tema sedutor, não indica quaisquer fontes. É como alguns livros de genealogia: indica meramente alguma bibliografia no final... :) Se me lembrar do nome dos tais médicos, dir-lhe-hei.
Também os podemos procurar na PORBASE. Quanto às razões que havia para envenenarem D. João VI, isso dá que pensar... Tanto mais que sempre se afirmou que foi truqueada a data oficial da morte do rei, naturalmente para dar tempo a destruir-se documentação e fabricar-se nova.
Quanto a Augusto Leuchtenberg, feito Alteza Real e duque de Santa Cruz no Brasil por seu cunhado D. Pedro, vejo agora que o ano passado foi publicada uma biografia, ou subsídios para, por Maria Manuela Pera Lourenço Martins, que gostaria de ler.
Cumptos.
Alexandre Tavares Festas

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