Barões de Mullingar
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Barões de Mullingar
Ao navegar pelos elementos de uma grande família lusa neste sítio (sim, há umas semanas uma reforma ortográfica entrou em vigor: sítio em vez de "site") reparei que o pai do primeiro titulado dessa família em Portugal foi feito barão de Mullingar na Irlanda.
http://www.geneall.net/pessoas/pes_show.php?id=3790
Na listagem dos barões de Mullingar deste sítio ele é apresentado como o único a usar esse título. Mas continuando a navegar pelos seus descendentes por varonia, verifiquei que o que deveria ser o 6º barão é apresentado como "5º barão de Mullingar, no condado de Meath, Irlanda" e por "Par no Reino Unido".
Eis pois a minha questão: o actual Duque de Albuquerque (descendente por varonia de ambos) acumula o título de barão de Mullingar no Reino Unido?
Creio que Meath é um condado da actual República da Irlanda, mas sempre tive a ideia de que quando um país perdia um território os títulos referentes a este não tinham que se extinguir (ex.: condes de Nova Goa, marqueses de Acapulco...)
No entanto baralhei-me com o facto do suposto 6º barão de Mullingar ser na realidade o 5º e porque não foi ele listado como tal.
Agradecimentos em avanço,
Diogo Alenquer
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RE: Barões de Mullingar
A sua confusão vem do facto de o 1.º Barão de Mullingar ter sido Luís Gonçalo de Sousa... e não seu pai António, embora tivesse sido este quem prestou relevantes serviços a Carlos I e à monarquia. A carta patente é de 28.06.1661.
Quem conhece bem este assunto é D. Luis da Costa de Sousa de Macedo (Mesquitela), ilustre heraldista.
Cumprimentos
RAAL
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RE: Barões de Mullingar
Caro Diogo
Laborei no mesmíssimo erro...
Aceito a explicação de RAAL, mas continuo a não entender porque não é posto, preto no branco, a representação do Duque de Albuquerque, aos Mesquitela, para além de outras, que penso terem.
cmptos.
M.M.Magalhães
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RE: Barões de Mullingar
Caro Diogo Alenquer,
Sobre o título de Brarão de Mullingar aconselho a leitura de "Luís Gonçalo de Sousa de Macedo, Barão de Mullingar, na Irlanda" da autoria de D. Luís Manuel da Costa de Sousa de Macedo (Mesquitela), publicado na revista "Armas e Troféus", Jan.-Março de 1972 (e também em separata).
Neste estudo é tratada a legitimidade do título bem como do Pariato, à luz de diversos documentos, entre eles do Arquivo da Casa.
Sobre o título de Duque de Albuquerque não concordo com o seu uso. Foi concedido em circunstâncias especiais a um chefe da Casa mas não foi renovado no seu irmão e sobrinho, ambos sucessores em tempo da Monarquia. De qualquer forma, está registado pelo Conselho de Nobreza em nome do actual Conde de Mesquitela, que dele não faz uso.
Cumprimentos
Lourenço Correia de Matos
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um erro, então?
Mas... o que está indicado neste sítio é o contrário... Aliás, não está só escrito nas notas que ele D. António foi o 1º barão de Mullingar, ele entra mesma na listagem dos barões de Mullingar como único...
Há portanto um erro a corrigir neste sítio?
Cumprimentos,
Diogo Alenquer
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RE: Barões de Mullingar
hmm... infelizmente não tenho meio de aceder a essa edição... Mas se já leu o artigo em causa não podia atalhar se o actual Duque de Albuquerque é oficialmente reconhecido como barão no Reino Unido, se o caso está pendente ou se simplesmente não é?
E porque não concorda com o uso do Duque de Albuquerque? Se há o direito de resgatar títulos antigos da família, porque não haveria o varão dos da Costa de Sousa de Macedo resgatar o título mais importante da família?
cumprimentos,
Diogo Alenquer
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RE: um erro, então?
De facto o "sítio" está errado.
Veja o artigo que LCM indica que tem tudo explicado direitinho
Cumprimentos
RAAL
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RE: Barões de Mullingar
Caros confrades
Penso que haverá um certo paralelismo entre este caso do título de Barão(Baron)de(of) Mullingar e o caso do título de Conde(Earl)de(of)Avranches,embora este segundo tenha sido concedido cerca de 200 anos antes do primeiro.Ambos são títulos estrangeiros atribuídos a súbditos portugueses pelos monarcas ingleses.
A questão fundamental está nas regras de sucessão de títulos no Direito Nobiliárquico Britânico,cujo o conteúdo eu não conheço suficientemente mas que são diferentes das nossas(embora possam também,mas num grau de excepcionalidade muito maior,haver senhoras de Casa).
Se,de acordo com o Direito Nobiliárquico vigente no Reino Unido,esses títulos não estiverem extintos e se as suas regras sucessórias em matéria de títulos tiverem sido cumpridas,indicando respectivamente os actuais Duque de Albuquerque e Conde de Almada como representantes desses títulos,não vejo razão para que estes dois últimos titulares não se possam encartar nesses títulos ingleses junto das entidades competentes que estão sob a alçada do Governo de S.M.
Já o mesmo não se passará quanto ao pariato hereditário na Câmara dos Lordes(inerente aos títulos),que antes de ser abolido pela reforma constitucioal de à 2 anos(embora ainda existam 93 que serão com certeza os últimos),estava exclusivamente reservado a súbditos britânicos.
Cumprimentos,
Francisco Pinto de Novais
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